Transtorno disfórico pré-menstrual: a 'super TPM' que leva algumas mulheres à internação psiquiátrica:baixar app do sportingbet

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"Todo mês, eu me cansava tanto, que tinha que dormir 18 horas durante três dias. Comecei a ter pensamentos suicidas", conta.

Laura apresentava síndrome pré-menstrual severa, também chamadabaixar app do sportingbettranstorno disfórico pré-menstrual (TDPM), patologia reconhecida oficialmente e caracterizada por sintomas intensos - como irritabilidade e depressão associadas ao período pré-menstrual - que interferem na capacidadebaixar app do sportingbetuma pessoa viver normalmente.

Quem sofre dessa síndrome pode manifestar sintomas por até três semanas durante o mês.

Psicose e manias

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Legenda da foto, Sarah considera fazer uma histerectomia

Sarah,baixar app do sportingbet23 anos, começou a ter TDPM aos 14. "Tinha ansiedade e depressão e, com o tempo, psicose - eu via coisas - e também tinha manias."

Ela foi hospitalizada e diagnosticada com transtorno bipolar e passou um ano inteiro entrando e saindobaixar app do sportingbetuma unidade psiquiátrica hospitalar para adolescentes.

"Com frequência, o diagnósticobaixar app do sportingbetTDPM é mal feito", diz o professor e ginecologista John Studd.

"Como os sintomas são cíclicos, os psiquiatras às vezes acreditam que seja um transtorno bipolar, e então os pacientes seguem um tratamento durante anos com terapias e antipsicóticos como o lítio."

Fúria sem motivo

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Legenda da foto, O gel funcionou para Rachael, que sente 95%baixar app do sportingbetmelhora com o tratamento

Rachael,baixar app do sportingbet35 anos, tem sintomasbaixar app do sportingbetTDPM desde os 14 e diz ter experimentado momentosbaixar app do sportingbetfúria "nos quais poderia ter matado alguém".

"Eu acordava no meio da noite me sentindo furiosa sem nenhum motivo e começava a quebrar pratos."

Foi seu ex-parceiro que a diagnosticou corretamente pela primeira vez, uma década depois.

"Eu li as informações sobre a doença e disse: 'Meu Deus, essa sou eu'. Eu falava para os médicos sobre o que sentia, mas eles me davam somente antidepressivos e medicação para ansiedade."

Com o tempo, a vida dela desmoronou. Ela deixou o trabalho na polícia e os filhos ficaram com a avó durante seis semanas.

"Cheguei a um pontobaixar app do sportingbetque eles iriam me internarbaixar app do sportingbetum hospital psiquiátrico. Em certo momento, estava dirigindo e me deu vontadebaixar app do sportingbetbater contra um caminhão."

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Legenda da foto, Um médico disse a Laura que ela era sortuda por não viver na Idade Média, onde poderia ser queimada como 'bruxa'

Tratamento

O que Laura, Sarah e Rachael compartilham são as dificuldades para conseguir com que os profissionais médicos reconheçam essa doença.

"Agora tenho um ginecologista que está convencidobaixar app do sportingbetque tenho TDPM, mas meu psiquiatra ainda diz que tenho transtorno bipolar com um componente hormonal", diz Sarah.

Um médico disse a Laura que ela deveria se sentir sortuda por não viver na Idade Média, porque poderiam tê-la queimado como uma "bruxa".

"O que costuma chamar a atenção ao ver uma mulher nesta condição é a quantidadebaixar app do sportingbettempo que leva até que ela seja levada a sério, e o quão aliviada ela se sente quando finalmente alguém lhe oferece tratamentos baseadosbaixar app do sportingbetprovas", afirma o ginecologista Nick Panay, presidente da Associação Nacional sobre a Síndrome Pré-Menstrual do Reino Unido.

"Quase sempre (a TDPM) é tratável", afirma o médico Studd, que normalmente receita tratamento hormonal com estrogênio e um gel cutâneo.

"Essa é a maneira segurabaixar app do sportingbetdominar o ciclo e os sintomas cíclicos."

No começo deste ano, um estudo apontou que a TDPM pode estar relacionada com uma vulnerabilidade genética.

"Isso é muito emocionante", disse Panay. "Uma vez que se encontra um fator genético causador dessa doença, abre-se a possibilidadebaixar app do sportingbetdesenvolver um testebaixar app do sportingbetdiagnóstico e terapias genéticas específicas. Mas a investigação ainda estábaixar app do sportingbetfase muito inicial, então não há perspectivas imediatasbaixar app do sportingbetque estas opções estejam disponíveis nos próximos anos. Mas definitivamente há progressos."

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Legenda da foto, Os médicos receitam um tratamento com estrogênio e um gel cutâneo

Como estão Laura, Sarah e Rachael

O gel hormonal funcionou para Raquel. "Já não tenho pensamentos suicidas. Quase não discuto com meu parceiro. É uma melhoriabaixar app do sportingbet95%", diz.

Ela agora planeja estudar Psicologia.

"Eu adorava trabalhar para a polícia e tinha um bom salário. Depois, aconteceu tudo isso e achei que nunca mais voltaria a ser parte ativa e construtiva da socidade. Por isso agora acredito que meu destino seja ajudar outras mulheres."

Sarah dependebaixar app do sportingbetuma combinaçãobaixar app do sportingbetquatro tratamentos para controlar seu ciclo. Mas a estratégia só funciona durante seis meses, quando chega uma nova recaída.

Por isso, ela está considerando retirar o útero e os ovários.

"Fui internadabaixar app do sportingbethospital psiquiátrico duas vezes no verão passado e pensei: isso não pode continuar dessa maneira."

Sobre a retirada do ovário, ela conta que muita gente a advertiu dizendo que ela poderia se arrepender por não poder engravidar depois. Mas ela defende a opção. "Não quero trazer ninguém para este mundo para depois causar algum dano a eles ou a mim."

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Legenda da foto, Rachael chegou a deixar os filhos com a avó e pensoubaixar app do sportingbetse matar

"Recentemente, durante uma crise grave quase tentei me matar. Às vezes penso que é melhor fazer a operação do que voltar a passar por isso."

Enquanto isso, Sarah se concentrabaixar app do sportingbetconcluir a universidade. Ela vive com a esperançabaixar app do sportingbetum futurobaixar app do sportingbetque possa "viajar, fazer planos com antecedência e poder comprometer-se com algo durante um ano ou mais". "Tenho essa determinação e isso me faz bem."

Laura também se mantém otimista: "2017 é o anobaixar app do sportingbetque tudo isso se resolverá".

Ela está esperando a aprovação para fazer a histerectomia (remoção cirúrgica do útero).

Aos 38 anos, ela não têm poupança ou uma carreira, mas tem um parceiro que a apoia.

"Há coisas que eu sei que posso conseguir. Imagine o que eu posso fazer com quatro semanas no mês", diz, empolgada.

Laura lidera um projeto chamado Vicious Cycle (ciclo vicioso), para disseminar informações sobre a doença para que os médicos a conheçam melhor.

Ela também administra um grupobaixar app do sportingbetFacebookbaixar app do sportingbetapoio a pacientes - que tem sidobaixar app do sportingbetgrande ajuda também para Rachael e Sarah.