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'Essa ideia da sociedadecomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolque ninguém presta é muito perigosa', diz Boris Fausto:como apostar em time de futebol
O historiador não vê uma solução clara para acalmar essa crise que assola o país "há dois, até três anos". No entanto, ele classifica como "perigosa" a tendênciacomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolrejeição à política que tem surgido diantecomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futeboltodas as denúncias trazidas à tona pela operação Lava Jato.
"O problema da sociedade, é essa ideiacomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolque 'ninguém presta'. Essa ideia é muito perigosa. Ela abre um espaço muito perigoso. As pessoas começam a se perguntar: então quem presta?", indagou.
"Nessa hora, os salvadores aparecem no imaginário das pessoas."
Autorcomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebol"História do Brasil" e ganhador do prêmio Jabuticomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebol1995, Boris Fausto não consegue ver correlação histórica direta deste momento com qualquer outro pelo qual tenha passado a política brasileira. No entanto, a gravidade da situação, para ele, lembra os anos vividos antes do golpe militar, instituídocomo apostar em time de futebol1964.
"Essa crise é a mais grave que já vivemos, não vejo nenhuma outra semelhante a ela. Mas uma conjuntura tão grave assim foi a que vivemos nos anos que precederam o golpe militar", pontuou ele.
Apesar disso, Fausto reitera que não vê qualquer chancescomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futeboluma nova ditadura militar ser instaurada neste momento - isso porque o Exército não teria tanta voz hoje, como tinha no passado. No entanto, ele alerta para alguns cenários que poderiam contribuir para o agravamento ainda maior da crise política, que poderia aí abrir uma possibilidadecomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolmudança desse quadro.
"Até hoje, as especulações não estãocomo apostar em time de futeboltorno do Exército. Não existe nenhuma conversa entre generais ou qualquer coisa que possa ser indício disso. Mas eu temo que a gente possa chegar a uma situação que mude esse quadro, que empurre militares para intervenção."
Perguntado sobre qual seria essa situação, ele afirmou: "Uma situaçãocomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolcaos social,como apostarcomo apostar em time de futeboltime de futeboldesentendimento completo, as manifestaçõescomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolrua escaparem dos limites. E a polarização contribui para isso. Seria muito triste, mas pode ocorrer."
Falandocomo apostar em time de futebolpolarização, Fausto lembra que, na época que precedeu o golpe militar, a população também estava dividida, e isso favoreceu o fortalecimento do Exército. Ele reforça, no entanto, que aqueles eram temposcomo apostar em time de futebolque as Forças Armadas tinham um papel mais decisivo na política - diferentementecomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolhoje.
"A divisãocomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolopiniões, essas posições muito contrastantes e uma alta mobilização social eram o cenário da época. Só que o Exército tinha um papel decisivo, bem diferentecomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolhoje. Na época, isso deu na ditadura. Hoje, a conjuntura é bem diferente por vários fatores, mas a situação é dramática."
Solução?
Para Boris Fausto, a situação talvez menos dolorosa para acalmar os ânimos no país poderia vircomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futeboluma eleição indireta no Congresso, uma das possibilidades listadas na Constituição. Ele acredita que "uma figuracomo apostar em time de futeboltorno da qual houvesse razoável consenso para terminar esse mandato" seria a solução viável nesse momento.
"O Congresso poderia eleger alguémcomo apostar em time de futeboltorno do qual houvesse razoável consenso pra terminar esse mandato e que pudesse criar condições para mais entendimento. Mas teria que ser uma pessoa livrecomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolinvestigações. Não há mais lugares para as pessoas atingidas pela Lava Jato."
Com a quantidadecomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolnomescomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolpolíticos envolvidos com acusaçõescomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolcorrupção na operação, o historiador acredita que seria mais "fácil" encontrar um nome "da sociedade" ou então alguém vindo do Judiciário.
"Seria mais fácil lançar mãocomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolum nome da sociedade. Ou poderia ser alguém do Judiciário que poderia assumir. Mas aí nós temos um precedente não muito animador, lá atrás,como apostar em time de futebol1945", contou o historiador.
"À época, acho que ele era presidente do Supremo, José Linhares. Ele foi guindado ao poder com respeito geral, afinal era o presidente do Supremo, estava acimacomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolqualquer suspeita. Ele fez um governocomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolpoucos meses, mas andou distribuindo cargos, cartórios, e foi uma grande decepção."
Perguntado sobre o que poderia acontecer agora, diante da instabilidade política que vive o país, Boris Fausto foi categórico: "Eu que sei?". Mas ele admite que seria "tentador" poder escrever uma nova parte para o seu livro "História do Brasil" apenas com os acontecimentos dos últimos três anos - e já tem até um nome para o capítulo: "Circocomo apostarcomo apostar em time de futeboltime de futebolHorrores".
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