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Equipamentos high-tech impulsionam Brasil como potência paralímpica:pixbet nao pagou
A lógica vale para próteses e cadeiraspixbet nao pagourodas cada vez mais avançadas, mas, sobretudo, para o trabalho que ocorre nos bastidores. Tudo é feito ao longo dos quatro anos que antecedem cada Paralimpíadapixbet nao pagoumodalidades como atletismo, rúgbi, futebolpixbet nao pagou7, paracanoagem, parabadminton, esgrima, bocha e handball (as três últimaspixbet nao pagoucadeirapixbet nao pagourodas).
"Não tenho dúvidaspixbet nao pagouque a ciência tem contribuído significativamente para o avanço do esporte paralímpico no país", diz José Irineu Gorla, professorpixbet nao pagouEducação Física da Unicamp, com pós-doutoradopixbet nao pagouAtividade Física Adaptada e quase 30 anospixbet nao pagouexperiência na área.
Equipamentospixbet nao pagouponta
Gorla ressalta que a criação do Departamentopixbet nao pagouEstudos da Atividade Física Adaptada da Unicamp, no início dos anos 1990, ajudou a formar, nos últimos 20 anos, mestres e doutores que integram a grande maioria dos profissionais que atuam nas modalidades paralímpicas brasileiras, entre fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e corpo técnico, tendo um impacto direto no avanço que o país vem apresentando, sobretudo nos últimos oito anos.
Além disso, diz, a exposição dos paratletas brasileiros a centrospixbet nao pagououtros países também tem contribuído.
"Essa internacionalização do desporto paralímpico, com os paratletas brasileiros que vão treinarpixbet nao pagououtros países e têm contato com o que hápixbet nao pagoumais moderno, acaba trazendo estes avanços para os clubes e seleções do Brasil. O conhecimento adquirido é aplicado aqui."
Claudio Diehl, coordenador geralpixbet nao pagouclassificaçãopixbet nao pagouatletas do CPB, diz que o avanço científico tem possibilitado determinar o perfil específicopixbet nao pagoucada paratleta, criando treinamentos "sob medida".
"O trabalho une testes clínicos e avaliação dos movimentos, identificandopixbet nao pagouqual classe o paratleta se encontra. Feito isso, o acompanhamento permite focar na qualidade técnica e estratégica, focando no alto rendimento e neutralizando o impacto da deficiência", explica.
Para se ter uma ideia da tecnologia por trás do desempenho dos paratletas brasileiros, pesquisadores citam equipamentospixbet nao pagouponta como o pletismógrafo, aparelhopixbet nao pagouque o paratleta entra e que, uma vez fechado, funciona como uma câmarapixbet nao pagouar que mede com precisão o nívelpixbet nao pagougordura corporal.
Outro é o "Firstbeat", cintas elásticas que ficam presas na altura do peito dos competidores e enviam por telemetria os dadospixbet nao pagoufrequência cardíaca a um computador.
"Podemos ter um time inteiro usando o aparelho e um software nos permite avaliar todos os jogadorespixbet nao pagoutempo real, avaliando o desgaste a cada jogada, cada movimento. Os dados servem para determinar a cargapixbet nao pagoutreinamento adequada e a definição do desgaste físico", explica Claudio Diehl.
Há também o "Oxicon", composto por uma máscara e uma espéciepixbet nao pagoumochila com o aparelho, que também envia por telemetria dados exatospixbet nao pagouvolumepixbet nao pagouoxigênio, possibilitando determinar com exatidão a capacidade respiratóriapixbet nao pagoucada paratleta.
Os pesquisadores também citam as avaliações por fotocélulas, capazespixbet nao pagouindicar a velocidade exata com a qual um paratleta percorre um trecho e suas capacidadespixbet nao pagousprint (arrancada) e resistênciapixbet nao pagouprovaspixbet nao pagoucorrida, por exemplo.
"Aliando estas tecnologias ao conhecimentopixbet nao pagouque dispomos e o trabalho com fisioterapeutas, psicólogos, médicos e profissionaispixbet nao pagouEducação Física estamos chegando a resultados fantásticos", diz José Irineu Gorla.
Futebolpixbet nao pagou7
Uma das modalidades que mais vêm se beneficiando do trabalho é a seleçãopixbet nao pagoufutebolpixbet nao pagou7, com chancepixbet nao pagoumedalhapixbet nao pagououro nesta Paralimpíada. Formada por paratletas com paralisia cerebral que pode variar entre os graus 5 e 8, a modalidade requer treinamento intenso e focadopixbet nao pagoupreservar o condicionamento físico dos jogadores durante toda a partida.
"Na classe 5 o jogador tem comprometimento dos dois membros inferiores, o que dificulta arrancadas e alguns movimentospixbet nao pagougiro. Na 6, há movimentos involuntários, semelhantes ao do malpixbet nao pagouParkinson. Na 7, o jogador tem uma metade do corpo paralisada, e na 8 a deficiência é mínima, podendo ser apenas um braço ou mão", explica Claudio Diehl.
As deficiências nesta modalidade são geradas principalmente por complicações na gestação ou durante o parto, com faltapixbet nao pagouoxigênio para a criança, mas também já na fase adulta por acidente vascular cerebral (derrame), traumatismo crânio-encefálico (acidentes) ou, empixbet nao pagouforma mais rara, por complicações causadas pela epilepsia.
Há três anos os integrantes da seleção vão aos laboratórios da Unicamp no início do ano para uma bateriapixbet nao pagoutestes e avaliações e são acompanhados por pesquisadores ao longo dos treinamentos durante os meses seguintes.
Wandersonpixbet nao pagouOliveira,pixbet nao pagou29 anos, - que representa o futebolpixbet nao pagou7 brasileiro pela terceira vez numa Paralimpíada e já foi eleito o melhor do mundo na modalidadepixbet nao pagou2009 e 2013 - diz que o trabalho vem ajudandopixbet nao pagouseu desempenho.
"Cada vez que identificam onde podemos melhorar, é possível focar o treinamento ainda mais, buscando o alto rendimento. Tudo que a ciência pode fazer para nos ajudar é bem-vindo", conta.
Já Fabriziopixbet nao pagouOliveira Nascimento,pixbet nao pagou20 anos, empixbet nao pagouprimeira Paralimpíada, diz que a exaustão é o principal fatorpixbet nao pagouque percebe contribuição das pesquisas e testes.
"Essas bateriaspixbet nao pagouavaliações fazem com que a gente consiga controlar o cansaço durante a partida. Para nós é primordial ter isso controlado, para poder focar na habilidade e neutralizar as dificuldades", diz.
'Super atletas'
Para o técnico da seleçãopixbet nao pagou7, Paulo Cabral da Veiga, a tendência é que esta junção do trabalho desenvolvido por pesquisadorespixbet nao pagoulaboratórios universitários com o dia a dia do treinamentopixbet nao pagoucampo crie "super atletas".
"É natural que para um atletapixbet nao pagoualto rendimento haja toda uma base científica por trás. A gente percebe facilmente a evolução que isso permite aos jogadores", avalia.
Apesar do profissionalismo e da aplicação criteriosa da ciência no desenvolvimento do esporte paralímpico, especialistas acreditam que a percepção dessas modalidades no Brasil ainda precisa avançar.
À frente da Academia Paralímpica Brasileira, criadapixbet nao pagou2010 para agrupar o desenvolvimento científico do esporte, Alberto Martins, que foi chefe da delegação paralímpica do Brasil nos Jogospixbet nao pagouSydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008), diz o país está "cada vez mais próximo dessa mudança, e a Paralimpíada do Rio vai contribuir com isso".
"Mas embora sejamos uma potência, a visão da sociedade e até da imprensa ainda é muito focada na deficiência, nas históriaspixbet nao pagousuperação, e menospixbet nao pagoutodo o trabalhopixbet nao pagoualto rendimento por trás destes resultados alcançados."
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