Rimaslampions bet login entrarlíngualampions bet login entrarsinais: como rappers surdos estão mudando a música:lampions bet login entrar

O que teve origem no Bronx,lampions bet login entrarNova York, pode agora ser encontrado um pouco por todo o mundo, assumindo novas formas à medida que evoluiu numa diversidadelampions bet login entrarespaços e lugares, desde trap music e horrorcore até o spaza, um subgênero surgido na Cidade do Cabo, na África do Sul.

Dip hop é um dos muitos estiloslampions bet login entrarrap que se desenvolveram ao longo dos anos. Mas se destacalampions bet login entraroutros subgêneros do hip hop porque os rappers criam rimaslampions bet login entrarlínguaslampions bet login entrarsinais e músicas baseadaslampions bet login entrarsuas experiências culturais na comunidade surda.

O nascimentolampions bet login entrarum movimento musical

Como etnomusicóloga, acompanho o desenvolvimento do dip hop desde 2011, documentando como os rappers foram pioneiros nessa formalampions bet login entrararte enquanto apresentavam pessoaslampions bet login entrarfora, como eu, à cultura surda.

Em 2005, o rapper Warren "Wawa" Snipe criou o termo “DIP HOP”lampions bet login entrarASL elampions bet login entraringlês para classificar um estilolampions bet login entrarraplampions bet login entrardesenvolvimento na comunidade surda.

Embora os artistas desse estilo identifiquemlampions bet login entrarmúsicalampions bet login entrarmaneiras diferentes — alguns usam rótulos como "deaf rap", "deaf hip-hop" e "sign rap" — a designação dip hop vai alémlampions bet login entraradicionar um qualificador ao gênero musical mais amplolampions bet login entrarrap.

Em vez disso, indica um estilo independente fundamentado no hip hop e na cultura surda. Como bounce, trap e drill, o rótulo dip hop faz uma distinção maiorlampions bet login entrarser uma variação do rap para um estilo fortemente situado na cultura surda e determinado pela estética surda.

De muitas maneiras, o dip hop seguiu uma trajetória não muito diferente do hip hop.

No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, DJs surdos e empresários do entretenimento organizaram festas DIY (Do it Yourself, ou faça você mesmo), eventos noturnos e reuniões sociais. Esses locais ofereceram oportunidades para rappers, DJs, dançarinos e outros artistas começarem a desenvolver e explorar seu próprio estilolampions bet login entrarhip hop e se conectar com outros rappers e DJs.

Cidades com escolas para surdos serviram como centros culturais para networking musical. A Universidade Gallaudetlampions bet login entrarWashington, DC e o Instituto Técnico Nacional para Surdoslampions bet login entrarRochester, Nova York, têm atuado como importantes locaislampions bet login entrarprodução nos Estados Unidos, conectando alunos surdos e com deficiência auditivalampions bet login entrartodo o mundo.

Além disso, maior acesso à tecnologialampions bet login entrargravação, siteslampions bet login entrarstreaminglampions bet login entrarvídeo e mídias sociais deram aos artistas surdos ferramentas para criar música e se conectar com outros artistas e fãs.

Embora a incorporação da linguagemlampions bet login entrarsinais seja um elemento fundamental do dip hop — e permaneça na vanguarda da definição desse estilo — o dip hop se estende muito além da criaçãolampions bet login entrarcançõeslampions bet login entrarrap originaislampions bet login entrarlinguagemlampions bet login entrarsinais.

Ele envolve expressão musical que é moldada através do prisma cultural surdo — canções que reorientam as noções dominantes do que pode ser considerado música. Ao mesmo tempo, cada artista tem seu próprio estilolampions bet login entrarrap, com performanceslampions bet login entrardip hop assumindo uma variedadelampions bet login entrarformas e estruturas diferentes.

Por exemplo, alguns artistaslampions bet login entrardip hop trabalham com linguagens orais e manuais para tornarlampions bet login entrarmúsica acessível a pessoas que ouvem. Há aqueles que tocam nos dois idiomas simultaneamente, e outros que pré-gravamlampions bet login entrarfaixa vocal, que toca ao fundo enquanto eles fazem raplampions bet login entrarlíngualampions bet login entrarsinais.

Alguns artistas colaboram com intérpretes. Em Vergiss mich nicht, o artista Deaf Kat Night faz raplampions bet login entrarlíngualampions bet login entrarsinais alemã, enquanto as letras são interpretadas oralmentelampions bet login entraralemão.

Depois, há aqueles que colaboram com DJs ouvintes ou surdos. Breaking Barrels, com DefStar, é apenas uma das muitas colaborações entre Wawa e DJ Nicar.

As apresentações também podem envolver instrumentos musicais. Sean Forbes, por exemplo, se apresenta com uma banda ao vivo enquanto também faz raplampions bet login entrarASL e inglês, uma abordagem vistalampions bet login entrarseu videoclipe Calm Like a Bomb.

Como alternativa, existem rappers que criam música para o público surdo e fazem rap apenaslampions bet login entrarlínguaslampions bet login entrarsinais. Essas músicas, no entanto, ainda podem ter componentes auditivos, que geralmente consistemlampions bet login entrarartistas compondo suas próprias batidas ou aumentando o volumelampions bet login entrarmúsicas gravadas anteriormente para fazer rap.

Dip hop, como muitos estiloslampions bet login entrarmúsica, ganha vida por meiolampions bet login entrarapresentações ao vivo. Os artistas se movem pelo palco com as mãos voando no ar enquanto o público pulsa ao ritmo da batida do baixo.

Alguns artistas mergulham ainda mais seu público na experiência musical usando instrumentos e equipamentos especializados, como subwoofers, objetos que podem conduzir vibrações como balões, ou novas formaslampions bet login entrartecnologia háptica (tecnologias que um usuário experimenta por meio do sentido do tato).

Alguns artistas também incorporam recursos visuaislampions bet login entrarsuas apresentações por meio do usolampions bet login entrartelaslampions bet login entrarvídeo e luzes ativadas por som.

Entrando no 'mainstream'

Os artistas do dip hop têm lutado para serem reconhecidos como músicos — para quelampions bet login entrararte seja o foco das atenções,lampions bet login entrarvez do fatolampions bet login entrarserem surdos ou deficientes auditivos.

Isso está começando a mudar.

Em 2009, o rapper finlandês Marko "Signmark" Vuoriheimo assinou um contrato com a gravadora Warner Music Finland e lançou Smells Like Victory e Speakerbox no mesmo ano.

Foi a primeira vez na história que um artista surdo assinou contrato com uma grande gravadora.

No ano seguinte, o rapperlampions bet login entrarDetroit e ex-aluno do Instituto Técnico Nacionallampions bet login entrarSurdos, Sean Forbes, assinou um contrato com a WEB Entertainment e lançou o single I'm Deaf, atraindo a atenção popular para esse estilolampions bet login entrarrap.

E com o apoio da comunidade surda, aliados ouvintes e fãs, o EP da Forbes "Little Victories" alcançou o primeiro lugar na categoria hip hop no iTunes e chegou ao top 200 da parada da Billboardlampions bet login entrar2020.

No ano seguinte, o single LOUDlampions bet login entrarWawa foi considerado uma das 20 melhores faixaslampions bet login entrardança no iTunes.

Em 2022, Forbes e Wawa fizeram história novamente como os primeiros artistas da ASLlampions bet login entrarum show do intervalo do Super Bowl, a final da ligalampions bet login entrarfutebol americana.

À medida que o dip hop evolui, ele continua a ultrapassar os limites da convenção. No espírito do hip hop, o dip hop se rebela tanto musical quanto socialmente contra as normas culturais, quebrando paradigmas e expandindo as possibilidades para a arte musical.

Por meiolampions bet login entrarsuas apresentações, os artistas do dip hop não apenas subvertem noções preconcebidas sobre música, mas também sobre a cultura surda e a surdez, mudando o que significa

significado da música ser ouvida.

*Katelyn Best é professora-Assistentelampions bet login entrarEnsinolampions bet login entrarMusicologia, na Universidade do Oeste da Virgínia (EUA)

Este artigo foi publicado originalmente no sitelampions bet login entrarnotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originallampions bet login entraringlês.