5 perguntas e respostas sobre casovaidebetboxeadora argelina no centrovaidebetdebate sobre gênero:vaidebet

Logo após a luta, Khelif sofreu ataquesvaidebetextrema-direta por causavaidebetalegações falsasvaidebetque ela seria uma mulher transgênero: que havia nascido do sexo masculino e mudadovaidebetgênero quando adulta.

A seguir, a BBC esclarece algumas questões sobre o assunto.

1 - Qual sexo consta na certidãovaidebetnascimentovaidebetKhelif? Ela nasceu biologicamente masculina ou feminina?

Khelif sempre competiu na divisão feminina e é reconhecida pelo COI Internacional como uma atleta feminina.

"A boxeadora argelina nasceu mulher, foi registrada como mulher, viveuvaidebetvida como mulher, lutou boxe como mulher, tem um passaporte feminino", disse o porta-voz do COI, Mark Adams, na sexta-feira.

"Este não é um caso envolvendo transgênero. Houve alguma confusãovaidebetque,vaidebetalguma forma, seria um homem lutando contra uma mulher. Este não é o caso. Sobre isso, há consenso, cientificamente: este não é um homem lutando contra uma mulher."

Khelif falou sobrevaidebetexperiênciavaidebetcrescer como uma menina na Argélia e o preconceito que enfrentou jogando futebol ao ladovaidebetmeninos.

"Não deixe que os obstáculos entremvaidebetseu caminho, resista a quaisquer obstáculos e supere-os", disse elavaidebetmarçovaidebet2024. "Meu sonho é ganhar uma medalhavaidebetouro."

"Se eu ganhar, mães e pais poderão ver até onde seus filhos podem ir. Eu particularmente quero inspirar meninas e crianças que são desfavorecidas na Argélia."

Não há nenhuma indicaçãovaidebetque Khelif não seja uma mulher cisgênero.

O que aconteceu durante a luta com Carini?

Nas oitavasvaidebetfinal, a italiana Angela Carini perdeu após abandonar o ringue com apenas 46 segundosvaidebetluta, depoisvaidebettomar uma soco da oponente.

Carini disse que encerrou a luta para "preservarvaidebetvida", mas depois pediu desculpas à oponente argelina por não apertarvaidebetmão ao fim da luta.

"Sinto muito pela minha adversária também. Se o COI disse que ela pode lutar, eu respeito essa decisão", afirmou Carini.

Carini lamentou não ter cumprimentado Khelif depois da luta.

"Não era algo que eu pretendia fazer", disse Carini. "Na verdade, quero pedir desculpas a ela e a todos os outros. Fiquei com raiva porque minhas Olimpíadas viraram fumaça."

Ela acrescentou que, se encontrasse Khelif novamente, a "abraçaria".

Já Khelif, apósvaidebetvitória, disse: "Estou aqui pelo ouro — luto com todo mundo."

2 - Como é a carreira dela no boxe até o momento?

Khelif luta boxe há oito anos.

A argelina fezvaidebetestreia no cenário amador mundial aos 19 anos, quando ficouvaidebet17º lugar no Campeonato Mundialvaidebet2018. Um ano depois, Khelif ficouvaidebet19º no Campeonato Mundial FemininovaidebetBoxe.

Ela fezvaidebetestreia olímpica nos Jogosvaidebet2020vaidebetTóquio. Lutando na divisão levevaidebet60 kg, Khelif foi derrotada por 5 a 0 nas quartasvaidebetfinal pela medalhistavaidebetouro da Irlanda, Kellie Harrington.

Ela então se tornou a primeira boxeadora argelina a ganhar uma medalha no Campeonato Mundial, ficando com a pratavaidebet2022 após perder a final para a irlandesa Amy Broadhurst, que agora representa a Grã-Bretanha.

Em seguida, Khelif venceu o Campeonato Africanovaidebet2022 e os Jogos do Mediterrâneovaidebet2022.

Em 2023, ela ganhou o ouro nos Jogos Árabes na divisãovaidebet66 kg e garantiuvaidebetvaga nos Jogosvaidebet2024 ao derrotar Alcinda Panguana,vaidebetMoçambique, na final do torneiovaidebetqualificação para as Olimpíadas Africanas no Senegal.

Até o momento, Khelif lutou 51 vezes emvaidebetcarreira, vencendo 42 e perdendo nove. Seis dessas vitórias foram por nocaute.

3 - Por que a vitóriavaidebetKhelif contra Carini foi controversa?

A vitóriavaidebetKhelif gerou controvérsia e críticas após Carini perdervaidebetapenas 46 segundosvaidebetluta.

A boxeadora italiana disse ter abandonado a luta para "preservarvaidebetvida". Depois, pediu desculpas à oponente.

Muitas das críticas decorrem da desqualificaçãovaidebetKhelif no Campeonato Mundialvaidebet2023vaidebetNova Déli, Índia.

Ela falhouvaidebetum testevaidebetelegibilidadevaidebetgênero conduzido pela Associação InternacionalvaidebetBoxe (IBA) horas antesvaidebetseu confronto pela medalhavaidebetouro contra a chinesa Yang Liu.

A argelina inicialmente apelou da decisão ao Tribunal Arbitral do Esporte, mas depois desistiu da apelação durante o processo.

A IBA, chefiada pela Rússia, disse que Khelif "não atendeu aos critériosvaidebetelegibilidade para participar da competição feminina, conforme definido e disposto nos regulamentos da IBA".

De acordo com os regulamentos da IBA: "Os boxeadores competirão contra boxeadores do mesmo gênero, ou seja, mulheres contra mulheres e homens contra homens, conforme as definições dessas regras".

A IBA define uma mulher ou menina como "um indivíduo com cromossomos XX" e homens ou meninos como "um indivíduo com cromossomos XY".

Na segunda-feira (5/8),vaidebetentrevista coletiva, a IBA afirmou sem apresentar provas que as lutadoras apresentaram níveis elevadosvaidebettestosterona e cariótipo XY, segundo seu presidente Umar Kremlev.

Kremlev declarou que "o boxe feminino está sendo morto" e que os resultados dos exames indicam que elas são homens, destacando a desigualdade que isso representaria no esporte.

"O boxe feminino está sendo morto e eu não quero que isso aconteça. O esporte feminino está sendo destruído. Não podemos permitir isso", disse Kremlev.

"Os resultados dos exames mostram que elas são homens. Se pessoas têm dúvidas se nasceram assim ou mudaram algo depois na vida delas, vocês podem perguntar para elas. O teste mostra que o nívelvaidebettestosterona nelas duas é muito alto. Seria uma situação desigual, acrescentou ele, nos minutos finais da entrevista.

O secretário-geral e CEO da IBA, Chris Roberts, disse que antes do Mundialvaidebet2022, boxeadoras, técnicos e médicos expressaram preocupações sobre as atletas Khelif e Lin.

Segundo ele, no MundialvaidebetIstambulvaidebet2022, um "testevaidebetgênero" foi realizado com examevaidebetsangue, mas os resultados foram considerados "inconsistentes" pelo CEO.

Em 2023, acrescentou Roberts, elas foram submetidas a um novo examevaidebetsangue, que, segundo o dirigente, revelou cromossomos que as tornaram inelegíveis, conforme as regras, embora esses resultados não tenham sido divulgados.

Segundo o médico Ioannis Filippatos, quatro boxeadoras foram testadas no Mundialvaidebet2022, e apenas Khelif e Yu-ting apresentaram resultados inconclusivos, sendo testadas novamentevaidebet2023.

Roberts afirmou que, devido ao sigilo médico, não podem divulgar os resultados dos exames, mas sugeriu aos jornalistas que "leiam nas entrelinhas".

Filippatos, sem apresentar provas, destacou: "Ela não é mulher. Não podemos dizer tudo porque é sigilo médico. Não posso dizer a você se ela nasceu mulher. Eu não estava no hospital quando ela nasceu. Eu tento dizer que o examevaidebetsangue, nos laboratórios, diz que essa boxeadora é homem".

O COI levantou dúvidas sobre a precisão dos testes.

"Não sabemos qual era o protocolo, não sabemos se o teste foi preciso, não sabemos se devemos acreditar no teste", disse o porta-voz do COI.

"Há uma diferença entre um teste ser realizado e aceitarmos a precisão ou mesmo o protocolo do teste".

4 - O que mudou na regulamentação e governança do boxe olímpico desde a decisão da IBA?

Ao contrário dos Jogos anteriores, o boxe nas OlimpíadasvaidebetTóquio foi organizado pelo COI, e não pela IBA.

O COI suspendeu a IBAvaidebet2019 devido a preocupações com suas finanças, governança, ética, arbitragem e julgamento.

Por não ter cumprido as reformas exigidas estabelecidas pelo COI, a IBA foi destituídavaidebetseu status como órgão regulador mundial do esportevaidebet2023.

Essa decisão foi mantidavaidebetabrilvaidebet2024 pelo Tribunal Arbitral do Esporte após um recurso.

A decisão do COIvaidebetdestituir a IBAvaidebetseu status ocorreu quatro meses após o órgão desqualificar Khelif e Lin Yu-ting do Campeonato Mundialvaidebet2023.

Em 2021, o COI lançou uma campanha sobre "Justiça, Inclusão e Não Discriminação com Base na IdentidadevaidebetGênero e Variações Sexuais".

O documento estabelece dez princípios — não regras — para os órgãos nacionais seguirem ao selecionar atletas para os Jogos.

O COI disse que "apoia a participaçãovaidebetqualquer atleta que tenha se qualificado e cumprido os critériosvaidebetelegibilidade para competir nos Jogos Olímpicos, conforme estabelecido porvaidebetIF [Federação Internacional]. O COI não discriminará um atleta que tenha se qualificado por meiovaidebetsua IF, com base emvaidebetidentidadevaidebetgênero e/ou características sexuais".

5 - Quais testes são realizados no boxe?

Em 2019, o COI delegou a responsabilidade pela organização e gestão do controlevaidebetdoping nas Olimpíadas à Agência InternacionalvaidebetTestes (ITA).

O COI disse que adotou uma "políticavaidebettolerância zero" para qualquer pessoa encontrada usando ou fornecendo produtosvaidebetdoping.

Os testes incluem determinar os níveisvaidebettestosteronavaidebetum atleta, mas não se reduzem a isso.

O que as pessoas têm dito

vaidebet "É importante poder competirvaidebetigualdadevaidebetcondições e, do meu pontovaidebetvista, não foi uma disputa equilibrada", - Primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

vaidebet "Acho que isso prejudicou o boxe olímpicovaidebetum momento crucialvaidebetque seu futuro ainda está sendo discutido. É um desastre absoluto", Steve Bunce, comentarista do 5 Live

vaidebet "Se você tem um boxeador que superavaidebetmuito a forçavaidebetoutro com basevaidebetcritériosvaidebetelegibilidade e testes, isso sugere que essa pessoa não é adequada para estar na categoria feminina da competição", Chris Roberts, CEO da IBA

vaidebet "Eu recomendaria que tentássemos tirar a guerra cultural disso e realmente abordássemos as questões e as pessoas e pensássemos sobre as pessoas envolvidas e o dano real que está sendo causado pela desinformação", Mark Adams, porta-voz do COI.

vaidebet "Foi uma exibição incrivelmente desconfortável pelos 46 segundos que durou e sei que há muita preocupaçãovaidebetrelação às competidoras sobre se estamos encontrando o equilíbrio certo não apenas no boxe, mas tambémvaidebetoutros esportes", disse Lisa Nandy, SecretáriavaidebetEstado da Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido.