O labirinto365 inplaytúneis365 inplayGaza que Hamas diz ser maior que metrô365 inplayLondres:365 inplay

Israel diz que está atacando partes365 inplayum labirinto secreto365 inplaytúneis construídos sob a Faixa365 inplayGaza pelo Hamas, enquanto continua a retaliar o ataque sem precedentes do grupo militante islâmico palestino no último sábado (9/10).

“Pense na Faixa365 inplayGaza como uma camada para os civis e outra camada para o Hamas. Estamos tentando chegar a essa segunda camada que o Hamas construiu”, disse um porta-voz das Forças365 inplayDefesa365 inplayIsrael (IDF)365 inplayum vídeo na quinta-feira.

“Estes não são bunkers para civis365 inplayGaza. São apenas para o Hamas e outros terroristas, para que possam continuar a disparar foguetes contra Israel, a planejar operações para lançar terroristas contra Israel”, afirmou.

É muito difícil avaliar o tamanho da rede, apelidada por Israel365 inplay“Metrô365 inplayGaza” e alojada sob um território que tem apenas 41 km365 inplaycomprimento e 10 km365 inplaylargura.

Após um conflito365 inplay2021, as IDF disseram ter destruído mais365 inplay100 km365 inplaytúneis365 inplayataques aéreos.

Entretanto, o Hamas afirmou que os seus túneis se estendiam por 500 km e que apenas 5% haviam sido atingidos.

Para referência, o metrô365 inplayLondres, um dos maiores do mundo, tem 400 km365 inplaycomprimento e está majoritariamente acima do solo.

A construção dos túneis começou365 inplayGaza antes365 inplayIsrael retirar suas tropas e colonos365 inplay2005.

Mas foi intensificada depois365 inplayo Hamas ter assumido o controle da Faixa, dois anos depois, o que levou Israel e o Egito a restringirem a entrada e saída365 inplaymercadorias e pessoas por razões365 inplaysegurança.

No seu auge, quase 2.500 túneis que passam por baixo da fronteira egípcia foram usados para contrabandear bens comerciais, combustível e armas pelo Hamas e outros grupos militantes.

O contrabando ficou menos importante para Gaza depois365 inplay2010, quando Israel começou a permitir a importação365 inplaymais mercadorias.

Mais tarde, o Egito encerrou o contrabando inundando ou destruindo os túneis.

O Hamas e outras facções começaram a cavar túneis para atacar as forças israelenses.

Em 2006, militantes usaram um deles sob a fronteira com Israel para matar dois soldados israelenses e capturar um terceiro, Gilad Shalit, que mantiveram365 inplaycativeiro durante cinco anos.

Em 2013, as IDF descobriram um túnel365 inplay1,6 km365 inplaycomprimento e 18m365 inplayprofundidade revestido365 inplayconcreto, depois que os moradores relataram ter ouvido "sons estranhos".

Ele ia da faixa até perto365 inplayum kibutz israelense.

No ano seguinte, Israel citou a necessidade365 inplayerradicar a ameaça365 inplayataques365 inplaymilitantes que utilizam "túneis terroristas" sob a fronteira para justificar uma grande ofensiva aérea e terrestre365 inplayGaza.

As IDF disseram que destruiram mais365 inplay30 túneis na guerra. Mas um grupo365 inplaymilitantes também conseguiu usar um deles para organizar um ataque que deixou quatro soldados israelenses mortos.

"Os túneis que atravessam a fronteira tendem a ser rudimentares, o que significa que quase não têm qualquer fortificação. Eles são escavados com um propósito único: invadir o território israelense", diz Daphné Richemond-Barak, especialista365 inplayguerra subterrânea que leciona na Universidade Reichman,365 inplayIsrael.

"Os túneis dentro365 inplayGaza são diferentes porque o Hamas os utiliza regularmente. Provavelmente são mais confortáveis para que se permaneça neles por longos períodos. Estão definitivamente equipados para uma presença mais longa", diz

"Os líderes estão escondidos lá, têm centros365 inplaycomando e controle, usam eles para transporte e linhas365 inplaycomunicação. Estão equipados com eletricidade, iluminação e trilhos. É possível se movimentar mais e ficar365 inplaypé."

Ela diz que o Hamas parece ter “aperfeiçoado a arte” da construção365 inplaytúneis e da guerra nos últimos anos, tendo aprendido muito com as táticas dos combatentes rebeldes sírios365 inplayAleppo e dos militantes jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI)365 inplayMosul.

Acredita-se que os túneis dentro365 inplayGaza estejam até 30 metros abaixo da superfície e tenham entradas nos andares inferiores365 inplaycasas, mesquitas, escolas e outros edifícios públicos para permitir que os militantes evitem ser pegos.

A construção da rede também teve um custo para a população local. O FDI acusou o Hamas365 inplaydesviar milhões365 inplaydólares doados a Gaza365 inplayajuda para pagar os túneis, bem como dezenas365 inplaymilhares365 inplaytoneladas365 inplaycimento destinadas à reconstrução365 inplaycasas destruídas365 inplayguerras anteriores.

É possível que um túnel transfronteiriço tenha sido utilizado por militantes do Hamas durante os ataques do fim365 inplaysemana passado365 inplayIsrael, nos quais pelo menos 1.300 pessoas foram mortas, a maioria delas civis, e mais365 inplay150 outras foram feitas como reféns.

Houve relatos365 inplayque uma saída365 inplaytúnel foi descoberta perto do kibutz365 inplayKfar Aza, onde dezenas365 inplaycivis foram massacrados.

Se for confirmado, o túnel teria sido construído sob a barreira subterrânea365 inplayconcreto repleta365 inplaysofisticados sensores365 inplaydetecção antitúnel que Israel instalou no final365 inplay2021.

A especialista Richemond-Barak diz que isso seria um choque, mas ressalta que nenhum sistema365 inplaydetecção365 inplaytúneis é infalível. "É por isso que os túneis têm sido usados365 inplayguerras desde tempos imemoriais, porque não há como evitá-los."

Ela alerta que não é realista acreditar que será possível destruir toda a rede365 inplaytúneis do Hamas365 inplayGaza, enquanto centenas365 inplaymilhares365 inplaysoldados se concentram nas proximidades para uma possível operação terrestre.

"Haverá partes da rede onde os civis, por qualquer razão, não serão evacuados... Algumas partes da rede subterrânea são desconhecidas. E para algumas delas os danos colaterais serão demasiado elevados."

A destruição dos túneis também levará a uma perda significativa365 inplayvidas – incluindo forças israelenses no terreno, civis palestinos e reféns, diz ela.

Mais365 inplay1.500 palestinos365 inplayGaza, muitos deles civis, já foram mortos365 inplayataques aéreos israelenses retaliatórios desde sábado.

"O Hamas é muito bom no uso365 inplayescudos humanos. Quando um ataque é iminente, eles colocam civis inocentes no topo dos edifícios. Isso forçou Israel a cancelar ataques muitas vezes", diz Richemond-Barak.

"O Hamas poderia facilmente usar essa técnica no contexto dos túneis e simplesmente colocar reféns israelenses, americanos e outros dentro deles."

Durante o conflito365 inplay2021, uma série365 inplayataques aéreos devastadores na cidade365 inplayGaza derrubou três edifícios residenciais, matando 42 pessoas. As IDF disseram que tinham como alvo túneis subterrâneos, mas que quando eles desabaram, as fundações do edifício também desabaram.

A rede365 inplaytúneis também deve anular as vantagens que as FDI têm365 inplaytermos365 inplaytecnologia e inteligência, ampliando as dificuldades da guerra urbana e representando uma ameaça letal às tropas israelitas, segundo Richemond-Barak.

“Em primeiro lugar, o Hamas teve muito tempo para preparar armadilhas para toda a rede”, diz ela. “Eles poderiam simplesmente deixar os soldados entrarem na rede365 inplaytúneis e, eventualmente, explodir tudo”.

"Eles poderiam sequestrar [os soldados365 inplayataques surpresa]. E então você tem todos os outros riscos - ficar sem oxigênio, lutar contra o inimigo365 inplaycombate corpo a corpo e resgatar soldados feridos torna-se virtualmente impossível."

Ela acrescenta: "Mesmo que você não entre no túnel, proteger uma área onde você suspeita que possam existir túneis é muito diferente365 inplayapenas proteger uma área365 inplaygeral. Aqui, você tem que proteger algo que é invisível."

As forças israelitas terão, no entanto, algumas formas365 inplaymitigar os riscos.

De acordo com Colin Clarke, diretor365 inplaypesquisa da consultoria365 inplaysegurança Soufan Group, isso pode incluir o envio365 inplaydrones e veículos não tripulados para túneis para mapeá-los e identificar armadilhas.

Aviões365 inplayguerra também podem lançar bombas "destruidoras365 inplaybunkers", que penetram profundamente no solo antes365 inplayserem detonadas.

No entanto, isso representaria um risco365 inplaydanos colaterais devido ao denso terreno urbano da região.