'Casamento inter-racial dos meus pais provocou escândalo internacional':blaze com pt

Ndinda conta que, quando o casal decidiu se casar,blaze com ptmãe foiblaze com ptbarcoblaze com ptvolta para o Reino Unido para informar seus pais e seus chefes da decisão, mas encontrou reprovação.

"Foi uma questão muito grande", conta Ndinda à BBC. "Nessa viagem, o Exército da Salvação decidiu tirar o emprego dela."

"Ela acabou comprando uma aliançablaze com ptcasamento, assou um bolo com o anel dentro e contrabandeou o objetoblaze com ptvolta para o Quênia."

O casal se apaixonoublaze com ptuma época tensa no país africano.

O Exército da Terra e Liberdade do Quênia, conhecido como Mau Mau, lutava pela independência do domínio colonial britânico.

A união do casal tornou-se particularmente controversa porque acreditava-se que Ruth era a primeira europeia branca a se casar com um queniano negro.

A cerimônia chegou a ser interrompida pelo escrivão — que os casou, mas afirmou que não concordava com o matrimônio.

Ndinda conta que o casamento foi noticiadoblaze com ptjornais e na televisão no Reino Unido, Quênia, Estados Unidos, entre outros.

Algumas matérias diziam que o casamento trazia a ameaçablaze com pttumultos raciais.

"A oposição mais forte veio provavelmente dos colonialistas brancos no Quênia", lembra a filha, que nasceu três anos depois do casamento.

"Minha mãe não conseguiu vencer; meu pai não conseguiu vencer. Houve alguns artigos positivos, masblaze com ptgeral eram extremamente racistas."

"O casamento inter-racial dos meus pais provocou um escândalo internacional."

A família começou a se separar após a independência do Quênia,blaze com pt1963, pois temia-se pela vidablaze com ptRuth, já que o novo país "pediu que todos os brancos fossem embora".

Em 1965, o casal decidiu que Ruth deveria levar Ndinda e suas duas irmãsblaze com ptvolta ao Reino Unido.

"Fiquei muito chateada", lembra Ndinda. "Viemos com uma mala pequena e a roupa do corpo e estamos aqui desde então."

"Foi um momento muito difícil para meu pai. Acredito que [minha mãe] teve um colapso nervoso, mas ela simplesmente seguiublaze com ptfrente."

Ndinda afirma que seus pais pensavam que um homem cego não encontraria trabalho no Reino Unido, por isso John ficou no Quênia, onde trabalhava como telefonista na polícia.

Ele manteve contato com a família enviando para Ruth gravaçõesblaze com ptfitas, que Ndinda até hoje guarda.

Ela diz queblaze com ptmãe tentou ser otimista, mas não poder estar com o marido "partia o seu coração".

Ruth morreu há cercablaze com pt30 anos e John, que se casou novamente duas vezes, chegou aos 90 anos antesblaze com ptmorrerblaze com ptnovembro deste ano.

Ndinda voltou ao Quênia para participar do funeral do pai no mês passado — ablaze com ptprimeira vez no paísblaze com pt30 anos.

A viagem para seu país natal a motivou a escrever um livro sobre a história dos pais.

"Eu me sentiblaze com ptcasa", conta. "Não foi triste porque meu pai faleceu. Na verdade, me sentiblaze com ptpaz."

"Saí para a varanda e ouvi tão claramente a voz da minha mãe dizer 'está tudo bem na minha alma'".

Ndinda afirma que seus pais foram "pioneiros" que ajudaram a mudar a história.

"Vivemos num mundo diferente agora, mas isso é amor. [Por] amor você fará qualquer coisa. Você escalará montanhas. Foi o amor que os uniu e o amor que os fez lutar por tudo isso."