A revolução dos alimentos 'animais' criadosslot eslaboratório:slot es
E esta formaslot esproduçãoslot esalimentos poderá também ajudar o planeta. A criaçãoslot esgado sozinha é responsável por cercaslot es14,5% das emissões globaisslot esgases do efeito estufa — e a indústria alimentícia como um todo representa um terço das nossas emissõesslot escarbono.
Levar alimento para bilhõesslot espessoas todos os dias é uma tarefa monumental que só tende a crescer cada vez mais, à medida que aumenta a população humana. Do desmatamento ao transporte, armazenagem e gestãoslot esresíduos, cada etapa da cadeia alimentícia traz consigo uma alta pegadaslot escarbono.
Para o mundo atingir o objetivoslot eszero emissãoslot escarbono até 2050, como definido no Acordoslot esParis sobre mudanças climáticas, a indústria alimentícia precisará fazer aslot esparte. Como poderemos mudar os alimentos que consumimos à medida que se aproxima a metade do século?
Gandhi e Pandya, residentesslot esBerkeley, na Califórnia (Estados Unidos), esperam oferecer parte da solução. Outros cientistasslot estodo o mundo alimentam esperanças similaresslot esproduzirslot eslaboratório alimentos que imitem a carne e os laticínios.
A TurtleTree Labsslot esSingapura, por exemplo, é a primeira empresa do mundo a usar células-troncoslot esmamíferos para produzir leite, incentivando as células a fabricar o produtoslot esenormes biorreatores.
Com menos necessidadeslot esvacas para a produçãoslot esleite, espera-se que esse tiposlot essolução possa também reduzir a quantidadeslot esmetano — um potente gás do efeito estufa que captura até 25 vezes mais calor que CO2 durante seus primeiros 100 anos na atmosfera — produzida pelas milhõesslot esvacas existentes no mundo durante a digestão dos seus alimentos.
A empresa também afirma que poderá reduzir os custos e emissões do transporte, pois os biorreatores poderão,slot estese, ser instalados mais perto dos locaisslot esvenda do leite que nas fazendas.
Tecnologias similares também estão sendo empregadas para criar carneslot eslaboratório, cultivando-a a partirslot escélulasslot esanimais. Em 2013, o cientista Mark Post apresentou o primeiro hambúrguer do mundo criadoslot eslaboratório, formado por pequenos feixesslot esfibras musculares produzidas com o cultivoslot escélulas retiradasslot esuma vaca.
Post descreveuslot escriação como "um começo muito bom" — e, cumprindo a previsão,slot escompanhia Mosa Meat pode criar atualmente 80 mil hambúrgueres com apenas uma amostraslot escélulas do tamanhoslot esuma sementeslot esgergelim.
Existem cada vez mais pesquisadores tentando criar carne celularslot esdiferentes animais, incluindo carneslot escarneiro, porco, peixe e frango — e esta última foi aprovada para vendaslot esSingapuraslot es2020.
Mas as barreiras para que a carne e o leite produzidos com células cheguem ao mercado são significativas. Atender aos padrões alimentícios não é fácil quando se lida com alimentos novos, sem falar no aumentoslot esescala dessa produção complexa — uma tarefa indispensável para quem quiser sair do laboratório e passar a ser um fornecedor confiávelslot esalimentos para lojas e supermercados.
Haverá também os desafiosslot esequilibrar os custos associados às tecnologias envolvidas na produção desse alimento que, por enquanto, só existeslot esescala muito pequena. Mas os especialistas afirmam que a carne produzida com células pode ter o mesmo custo da carne convencional, quando se atingir a produçãoslot esescala.
Se essas dificuldades técnicas puderem ser superadas, parece haver pessoas dispostas a consumir os alimentos cultivadosslot eslaboratório. Um estudo recente entre consumidores no Reino Unido estimou que a carne cultivada poderá compor até 40% do consumo anualslot escarne do país, considerando a disposição do público para experimentar produtos cultivadosslot eslaboratório.
O que mais pode ser feito?
Os pesquisadores estão desenvolvendo outras inovações que também poderão ajudar a reduzir as emissões dos alimentos que consumimos.
Cientistas da Nova Zelândia, por exemplo, estão pesquisando uma vacina que pode ser aplicada a carneiros e vacas para reduzir a quantidadeslot esgás metano produzida pelos animais. Além disso, a agricultura regenerativa — que pretende melhorar a saúde do solo usando práticas que causem menos movimentação da terra — permite que a matéria orgânica do solo se regenere e a práticaslot esrotação das safras possibilita que o solo retenha uma variedade maiorslot esnutrientes.
O solo pode reter carbono à medida que a matéria vegetal se decompõe e permanece na terra. Mas, se o solo for movimentado, por exemplo, com uso excessivo do arado, esse carbono pode ser liberadoslot esvolta para a atmosfera.
O projeto britânico AgriCaptureCO2 também está desenvolvendo uma formaslot esmedir o carbono capturado no solo, usando imagensslot essatélites, dados dos agricultores e amostrasslot essolo. A intenção é permitir que os agricultores sejam capazesslot esrastrear seus esforços para capturar mais carbono na terra.
Outra inovação importante ocorrida nos últimos anos é a agricultura vertical. Em vez da luz do sol, as plantas nas fazendasslot esambientes fechados recebem luzslot esLEDs com comprimentosslot esonda específicos e suas necessidadesslot eságua e nutrientes são monitoradas pela tecnologia.
As fazendas verticais podem gerar safras com muito mais rapidez que os campos, mas também consomem muita energia para iluminação e aquecimento, segundo Fiona Burnett, professoraslot espatologia vegetal aplicada da Faculdade Rural da Escócia, no Reino Unido.
Isso significa, segundo ela, que as fazendas verticais somente são economicamente viáveis nas regiões do mundo onde o clima é tão extremo que é difícil cultivar produtos com métodos agrícolas tradicionais — ouslot esregiões tão remotas que é difícil levar os alimentos até lá.
Atualmente, as fazendas verticais emitem muito CO2, mas estão surgindo tecnologias que pretendem reduzir essas emissões, retirando energiaslot esfontes da própria terra, usando baterias para armazenar energiaslot esfontes renováveis e empregando comprimentosslot esonda específicos,slot essubstituição à luz branca, para acelerar o crescimento.
As fazendas verticais também precisarão encontrar seu lugar na cadeiaslot esfornecimento global, para fornecer o tipo certoslot esalimento que precisaslot escultivo, segundo Burnett. "Você tem muitas empresas inovadoras concorrendo nesse mercado. No momento, elas estão separadas dos agricultores tradicionais, mas existem grandes oportunidades para que eles possam unir-se e formar melhores conexões para o fornecimentoslot esalimentos. Isso precisará acontecer", afirma ela.
O papel dos consumidores
Embora soluçõesslot esalta tecnologia como essa possam ajudar a reduzir a pegadaslot escarbono da agropecuária, também serão necessárias algumas mudançasslot escomportamento por parte dos consumidores.
"Na virada do século, estávamos produzindo calorias suficientes para alimentar 10 a 12 bilhõesslot espessoas, mas tínhamos apenas 7 bilhõesslot espessoas no planeta", afirma Tim Benton, diretor do programaslot esambiente e sociedade da organização britânica Chatham House. "A questão era produzir mais, comer mais, distribuir mais e reduzir os preços."
Agora, precisamos mudar o que comemos para transformar o sistema alimentar, segundo ele.
Cercaslot es17% dos alimentos produzidosslot estodo o mundoslot es2019 foram desperdiçadosslot esvários pontos da cadeia alimentar. Isso representa 931 milhõesslot estoneladas. Pelo menos 61% dos desperdícios ocorreram nas residências, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), enquanto o restante ocorreu durante a colheita, transporte, processamento e varejo.
Isso significa que, além do desperdício do carbono liberado durante a produção dos alimentos, mais gases do efeito estufa são liberados para a atmosfera à medida que esses alimentos se deterioram. Somente no Reino Unido, o desperdícioslot esalimentosslot es2018 foi responsável por cercaslot es36 milhõesslot estoneladasslot esgases do efeito estufa.
Os esforços para reduzir o desperdícioslot esalimentos com melhores métodosslot esarmazenagem, refrigeração e transporte poderão ajudar a reduzir as emissões, mas outras mudanças são necessárias para garantir que o máximo possívelslot esprodutos comestíveis disponibilizados para o consumo sejamslot esfato consumidos. Isso poderá também ajudar a tornar os alimentos mais acessíveisslot esoutras partes do mundo, especialmente quando são doados a bancosslot esalimentos eslot esiniciativasslot escaridade.
Mas isso poderia também significar mudanças fundamentais da nossa relação com os alimentos, afirma Benton. "Se nós reduzirmos suficientemente a demanda, não precisaremos ter agricultura muito intensiva, não precisaremos usar muitos produtos químicos e não teremos que destruir a biodiversidade", segundo ele.
Por fim, Benton afirma que todo o sistema alimentício precisa mudar, incluindo como pensamos, embalamos e transportamos os alimentos, como os regulamentamos e o comercializamos.
"Toda a arquiteturaslot esinovação e renovação dos sistemasslot esgestão é muito importante para que todo o sistema alimentar se transformeslot esum sistemaslot esbaixa emissãoslot escarbono", conclui ele.
Leia a íntegra desta reportagem no site BBC Future.
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