Os dinossauros teriam sobrevivido se não fossem atingidos por asteroide?:vai de bet corinthians
Este "inverno nuclear" causou a extinçãovai de bet corinthiansmuitas espéciesvai de bet corinthiansplantas e animais. Entre eles, o mais emblemático: os dinossauros.
Mas como os dinossauros estavam se saindo antes deste cataclismo?
Esta é a pergunta que tentamos respondervai de bet corinthiansnosso novo estudo, cujos resultados acabamvai de bet corinthiansser publicados na revista científica Nature Communications.
Estávamos interessados em seis famíliasvai de bet corinthiansdinossauros, as mais representativas e diversificadas dos 40 milhõesvai de bet corinthiansanos que antecederam a chegada do asteroide.
Três dessas famílias eram carnívoras: os Tyrannosauridae, os Dromaeosauridae (incluindo o velociraptor, que ficou famoso depois do filme Jurassic Park) e os Troodontidae (pequenos dinossauros semelhantes a pássaros).
As outras três eram herbívoras: os Ceratopsidae (representadosvai de bet corinthiansparticular pelo tricerátops), os Hadrosauridae (a mais ricavai de bet corinthianstodasvai de bet corinthianstermosvai de bet corinthiansdiversidade) e os Ankylosauridae (representados sobretudo pelo anquilossauro, um dinossauro coberto por uma armadura óssea com uma caudavai de bet corinthiansformavai de bet corinthiansclava).
Sabíamos que todas essas famílias haviam sobrevivido até o final do período Cretáceo, marcado pela queda do asteroide.
Nosso objetivo era determinarvai de bet corinthiansque proporção essas famílias se diversificaram — formaram novas espécies — ou se tornaram extintas.
Durante cinco anos, compilamos todas as informações conhecidas sobre essas famílias para tentar descobrir quantas delas havia na Terravai de bet corinthiansum determinado momento — e que espécies estavamvai de bet corinthianscada grupo.
Na paleontologia, cada fóssil recebe um número único para finsvai de bet corinthiansrastreamento, o que nos permite acompanhá-lo na literatura científica ao longo do tempo.
O trabalho foi tedioso — fizemos um inventário da maioria dos fósseis conhecidos dessas seis famílias, que representavam maisvai de bet corinthians1,6 mil indivíduosvai de bet corinthianscercavai de bet corinthians250 espécies.
Não é fácil categorizar adequadamente cada uma das espécies e datá-las corretamente: um pesquisador pode fazer o registrovai de bet corinthiansuma determinada data e espécie, e então outro pode reexaminar o fóssil e fazer uma análise diferente.
Nestes casos, tínhamos que tomar nossas próprias decisões — se houvesse muitas dúvidas, eliminávamos o fóssil do estudo.
Depois que cada fóssil foi devidamente classificado, usamos um modelo estatístico para estimar o númerovai de bet corinthiansespécies que evoluíram ao longo do tempo para cada família.
Conseguimos assim rastrear as espécies que apareceram e desapareceram entre 160 e 66 milhõesvai de bet corinthiansanos atrás e estimar, novamente para cada família, as taxasvai de bet corinthiansespeciação — a evoluçãovai de bet corinthiansnovas espécies — e extinção ao longo do tempo.
Para estimar essas taxas, tivemos que levarvai de bet corinthiansconsideração vários fatoresvai de bet corinthiansconfusão.
O registro fóssil é tendencioso: é desigual no tempo e no espaço, e alguns tiposvai de bet corinthiansdinossauros simplesmente não fossilizam tão bem quanto outros.
Este é um problema bem conhecido na paleontologia ao estimar a dinâmica da diversidade do passado.
Modelos sofisticados podem contabilizar a preservação desigual ao longo do tempo e entre as espécies.
Ao fazer isso, o registro fóssil se torna mais confiável para estimar o númerovai de bet corinthiansespéciesvai de bet corinthiansdeterminado momento.
Mas é importante ter cautela, porque estamos falandovai de bet corinthiansestimativas, e essas estimativas podem mudar se encontrarmos mais fósseis, por exemplo, ou novos modelos analíticos.
Um declínio acentuado
Nossos resultados mostram que o númerovai de bet corinthiansespécies estavavai de bet corinthiansdeclínio acentuado desde 10 milhõesvai de bet corinthiansanos antes da queda do asteroide até os dinossauros serem extintos.
Este declínio é particularmente interessante porque é mundial e afeta tanto grupos carnívoros, como os tiranossauros, quanto herbívoros, como o tricerátops.
Algumas espécies diminuíram drasticamente, como os anquilossauros e ceratopsianos, e apenas uma família das seis — a Troodontidae — apresentou um declínio muito pequeno, que ocorreu nos últimos cinco milhõesvai de bet corinthiansanosvai de bet corinthiansexistência dos dinossauros.
O que pode ter causado esse forte declínio? Uma teoria é a mudança climática: naquela época, a Terra passou por um períodovai de bet corinthiansresfriamento globalvai de bet corinthians7°C a 8°C.
Sabemos que os dinossauros precisamvai de bet corinthiansum clima quente para que seu metabolismo funcione adequadamente.
Como costumamos ouvir, eles não eram animais ectotérmicos (de sangue frio) como crocodilos ou lagartos, nem endotérmicos (de sangue quente), como mamíferos ou pássaros.
Eles eram mesotérmicos, sistema metabólico entre répteis e mamíferos, e precisavamvai de bet corinthiansum clima quente para mantervai de bet corinthianstemperatura e assim desempenhar funções biológicas básicas.
Essa quedavai de bet corinthianstemperatura deve ter tido um impacto muito forte sobre eles.
Vale destacar que identificamos um declínio escalonado entre herbívoros e carnívoros: os comedoresvai de bet corinthiansvegetais diminuíram ligeiramente antes dos comedoresvai de bet corinthianscarne.
É provável que o declínio dos herbívoros tenha causado o declínio dos carnívoros. Isso é o que chamamosvai de bet corinthiansextinçãovai de bet corinthianscascata.
O golpevai de bet corinthiansmisericórdia
Uma grande questão permanece: o que teria acontecido se o asteroide não tivesse caído? Os dinossauros estariam extintosvai de bet corinthiansqualquer maneira, devido ao declínio que já havia começado, ou eles poderiam ter se recuperado?
É muito difícil dizer. Muitos paleontólogos acreditam que, se os dinossauros tivessem sobrevivido, os primatas e, consequentemente, os humanos, nunca teriam aparecido na Terra.
Um fato importante é que uma possível recuperação na diversidade pode ser muito heterogênea e condicionada ao grupo,vai de bet corinthiansmodo que alguns grupos teriam sobrevivido e outros não.
Os hadrossauros, ou dinossauros "com bicovai de bet corinthianspato", por exemplo, mostraram alguma formavai de bet corinthiansresiliência ao declínio e poderiam ter se recuperado posteriormente.
O que podemos dizer é que os ecossistemas do final do período Cretáceo estavam sob pressão significativa devido à deterioração climática e grandes mudanças na vegetação, e que o asteroide deu o golpe final.
Este costuma ser o caso no desaparecimentovai de bet corinthiansespécies: primeiro elas estãovai de bet corinthiansdeclínio e sob pressão, então outro evento intervém e acaba com um grupo que poderia estar à beira da extinçãovai de bet corinthiansqualquer maneira.
Fabien Condamine é pesquisador do CNRSvai de bet corinthiansFilogenia e Evolução Molecular, na Universidadevai de bet corinthiansMontpellier, na França.
*Este artigo foi publicado originalmente no sitevai de bet corinthiansnotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).
vai de bet corinthians Leia a versão original vai de bet corinthians desta reportagem (em inglês) no site BBC Future vai de bet corinthians .
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