Qual é o futuro do sexo?:saque rapido pix bet

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Legenda da foto, Atitudesaque rapido pix betrelação à homossexualidade está mudandosaque rapido pix betvários países, o que pode abrir caminho para discussões mais abertas sobre sexosaque rapido pix betgeral

"Daqui a 20 a 40 anos, a maioria das pessoas com um bom planosaque rapido pix betsaúde no mundo todo escolherá engravidarsaque rapido pix betum laboratório."

O livrosaque rapido pix betGreely analisa alguns desafios legais e éticossaque rapido pix betque a ciência do diagnóstico genético pré-implantacional (PGD, na siglasaque rapido pix betinglês) esbarra.

"Como na maioria das coisas, haverá uma quantidade razoávelsaque rapido pix betreações viscerais negativas inicialmente, mas com o passar do tempo, à medida que as crianças [nascidas via PGD] provarem não ter um rabo e duas cabeças", a população não apenas vai tolerar, como vai preferir se reproduzir não sexualmente.

E nesse mundo –saque rapido pix betque os bebês são criadossaque rapido pix betlaboratórios;saque rapido pix betque apenas uma minoriasaque rapido pix betmulheres escolhe engravidar por relação sexual;saque rapido pix betque a ética sexual não tem nada a ver com a possibilidadesaque rapido pix betprocriação –– qual o significado do sexo?

"Para que serve o sexo”? Esta é uma pergunta que o pesquisador David Halperin fazsaque rapido pix betum artigo provocantesaque rapido pix betmesmo nome. O sexo, nós pensamos, deve sempre ter um propósito. E esse raciocínio não é necessariamente ruim.

Afinalsaque rapido pix betcontas, ser humano significa ser intelectualmente e emocionalmente curioso. Fazer sexo e teorizar sobre o que isso pode significar é muito natural, uma vez que somos animais que passam grande parte do tempo analisando e criticando tudo.

Do pontosaque rapido pix betvista biológico, há um motivo óbvio para o sexo entre seres humanos. Fazemos sexo porque isso satisfaz nossos impulsos biológicos, incluindo os impulsos necessários para procriar e se relacionar.

Na verdade, essas são as duas razões que a tradição ocidental nos ensina, ambas organizadassaque rapido pix bettornosaque rapido pix betum propósito ou objetivo final.

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Legenda da foto, É muito comum ver casaissaque rapido pix betpinguins do mesmo sexo

Como escrevisaque rapido pix betum artigo anterior, foram os estoicos que, na tentativasaque rapido pix betcoibir a autoindulgência, tentaram dar um significado ao sexo: ceder ao prazer sexual é legítimo desde que fosse com o objetivosaque rapido pix betgerar bebês.

Esse princípio ético foi levado para a tradição cristã, notoriamente por meiosaque rapido pix betSanto Agostinho, e continua a exercer enorme influência no Ocidente. E parte da premissasaque rapido pix betque o sexo é ético quando praticado primeiramente para a procriação.

(Para esclarecer, embora seja apresentada como uma ética cristã,saque rapido pix betorigem estásaque rapido pix betoutros lugares. Na verdade, o livro bíblico Cântico dos Cânticossaque rapido pix betSalomão celebra o sexo apaixonado, erótico e selvagemsaque rapido pix betseus próprios termos, entre dois amantes – e não entre marido e mulher, como mais tarde os cristãos vieram a interpretar erroneamente o poema.)

E, segundo Halperin, a outra razão importante para o sexo provémsaque rapido pix betAristóteles. Na obra Primeiros Analíticos do século 4 a.C., o filósofo grego apresenta o seguinte silogismo:

"Ser amado, então, é preferível à relação sexual,saque rapido pix betacordo com a natureza do desejo erótico. O desejo erótico, então, é mais um desejosaque rapido pix betamor do quesaque rapido pix betrelações sexuais. Se é sobretudo por isso, esse também é o seu fim. Ou a relação sexual, então, não é absolutamente um fim ou é para o bemsaque rapido pix betser amado."

Para Aristóteles, como explica Halperin, "o amor é o propósito do desejo erótico".

"Não é o amor que visa o sexo como objetivo, é o sexo que tem como objetivo o amor", completa.

A verdadeira razão pela qual fazemos sexo,saque rapido pix betacordo com Aristóteles, não é porque queremos fazer sexo, mas porque queremos amar e ser amados. O sexo é sobre algo superior, algo mais nobre.

Como muitas pessoas, Aristóteles supõe que amor e sexo andamsaque rapido pix betmãos dadas – mas ele nunca procura demonstrar a solidez dessa suposição.

O que ele demonstra, no entanto, pelo menos na interpretaçãosaque rapido pix betHalperin, é que "o sexo não é o objetivo final do desejo erótico".

E se esse for o caso, Halperin acredita que a pergunta mais interessante a se fazer não é sobre a relação entre amor e sexo, mas a surpreendente relação entre sexo e desejo erótico.

Se Aristóteles está correto, o sexo não tem propósito erótico – seu verdadeiro objetivo estásaque rapido pix betoutro lugar. Em resumo, não fazemos sexo por causa do sexo propriamente dito.

Por que fazemos sexo então? Para procriar, com certeza. Para se conectar com o outro, também. Mas essas são apenas duassaque rapido pix betmuitas respostas possíveis. Como muitos fenômenos culturais, o sexo ultrapassa seu porquê.

Pense na comida. Do pontosaque rapido pix betvista da sobrevivência, faz sentido que a gente coma e que comamos juntos – afinal, era vantajoso para nossos ancestrais juntar seus recursos (mais para o grupo significa mais para mim).

Mas quando olhamos para a cultura gastronômica contemporânea – hambúrgueres folheados a ouro, perfissaque rapido pix betcomida no Instagram, canaissaque rapido pix betculinária, happy hours com colegassaque rapido pix bettrabalho, jantares comunitários promovidos por igrejas – fica cada vez mais difícil definir o objetivo exato do nosso relacionamento com a comida.

A diferença entre nós e muitos animais não racionais é que regularmente temos prazersaque rapido pix betfazer coisas inúteis. E nós fazemos simplesmente porque gostamos, porque participarsaque rapido pix bettais atividades nos dá prazer – do tipo que nos distraisaque rapido pix betqualquer pergunta sobre porquês.

É possível, escreve Halperin, que "o ato sexual faça sentido apenas quando não faz sentido".

Talvez seja horasaque rapido pix betadmitir que o prazer é a principal razão pela qual a maioriasaque rapido pix betnós – incluindo os mais religiosos – faz sexo.

Para ser honesto, há geralmente um sentidosaque rapido pix betfazer sexo, caso contrário estaríamos fazendo outra coisa. Mas, nas últimas décadas, desafiamos a ideiasaque rapido pix betque o sexo deveria ser feito apenas para fins específicos.

A pílula anticoncepcional foi revolucionária nesse aspecto, mas deixou uma parcela da sociedade assustada.

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Legenda da foto, Os anos 1960 e 1970 introduziram novas ideias sobre sexualidade e quebraram muitos tabus

"Todo mundo sabe o que é a pílula. É um objeto pequeno – mas seu potencial efeito sobre a sociedade é muito mais devastador do que a bomba nuclear", escreveu a autora Pearl Bucksaque rapido pix betartigo publicado na revista Seleções (Readers Digest)saque rapido pix bet1968.

Como, aliás, muitas ideias conservadoras, o argumentosaque rapido pix betBuck parece ser baseado na histeriasaque rapido pix betque a atividade sexual sem propósito significaria o fim da civilização. Para essas pessoas, a chamada revolução sexual é responsável pelas visões modernas liberais sobre sexo.

Embora a revolução sexual seja frequentemente usada como um bicho-papão para encerrar,saque rapido pix betvezsaque rapido pix betcontribuir para debates importantes, pesquisadores observaram mudanças radicais na forma que o sexo era visto pelas pessoas a partir dos anos 1960.

Em uma pesquisasaque rapido pix bet2015, Jean M Twenge, professorsaque rapido pix betpsicologia da Universidade Estadualsaque rapido pix betSan Diego, nos EUA, analisou o comportamentosaque rapido pix betamericanossaque rapido pix betrelação ao sexo entre as décadassaque rapido pix bet1970 e 2010.

"Entre as décadassaque rapido pix bet1970 e 2010, os americanos se tornaram mais receptivos ao sexo não conjugal”, concluiu ele.

Em sintonia com pesquisas anteriores que mostraram um declínio na orientação religiosa e um aumento nos traços individualistas, um número maiorsaque rapido pix betamericanos acredita que a sexualidade não precisa ser restringida por convenções sociais.

As novas gerações também estão agindo com base nessa crença – elas têm um número significativamente maiorsaque rapido pix betparceiros sexuais e fazem mais sexo casual do que os nascidos no início do século 20.

Twenge ressalta que, dentrosaque rapido pix betuma população, os comportamentos ainda podem variar por diversos motivos (dependendo da idade, raça, sexo, crenças religiosas etc.), mas a pesquisa mostra que “ocorreram mudanças geracionais significativas na atitude e no comportamento sexual” ao longo do tempo.

Nossa visão sobre sexo é, portanto,saque rapido pix betgrande parte produto da nossa localizaçãosaque rapido pix betdeterminado espaço e tempo. Nossa ética sexual não é atemporal: ela evoluiu, e vai continuar evoluindo. Talvez muito mais rápido do que estamos preparados.

saque rapido pix bet O que é natural?

Como todo fenômeno humano, a atividade sexual veiosaque rapido pix betalgum lugar. Chegamos às nossas práticas, comportamentos e éticas sexuais por meiosaque rapido pix betuma longa e tortuosa jornada desde os animais que nos precederam – uma jornada que remonta ao início da vida no universo.

Mas, mesmo se nos concentrarmossaque rapido pix betnossa espécie, vamos encontrar muitas evidênciassaque rapido pix betque alguns conceitos tradicionais sobre sexo são menos naturais do que pensávamos.

Uma vez, ouvi um pastor evangélico americano condenar a homossexualidade, o que para a congregação dele parecia uma piada engraçada.

"Eu não deveria ter que lembrar a vocês que dois homens não deveriam ficar juntos. Até os animais do curral sabem disso!”

O que o pastor estava argumentando era que a homossexualidade não é natural – e que, por isso, os animais não a praticavam.

O que ele não sabe, no entanto, é que o comportamento homossexual é bastante comum no reino animal. O macaco-japonês, a mosca-das-frutas, o besouro-castanho, o albatroz-de-laysan, o golfinho-nariz-de-garrafa – são apenas algumas das maissaque rapido pix bet500 espécies que desenvolvem relações homossexuais.

Certamente, os animais não se identificam como gays, tampouco se identificam como não gays. O que nos leva a um fato extremamente óbvio, mas raramente contemplado – que os seres humanos, pelo menos no último século, se definiram com base no tiposaque rapido pix betsexo que praticam.

A heterossexualidade começou a ter um significado; e esse significado foi construído, especificamente,saque rapido pix betoposição à homossexualidade. Se você quer entender que significado é esse, comece se fazendo a mesma pergunta que Jonathan Ned Katz levanta no livro A Invenção da Heterossexualidade:

"Que interesses foram atendidos pela divisão do mundosaque rapido pix betheterossexuais e homossexuais?"

Qualquer pessoa que foi provocada na infância, como eu, por parecer gay sabe que essa distinção não foi feita com a melhor das intenções.

O interessante é pensar por quanto tempo essa divisão hétero/homo vai continuar se perpetuando. Uma pesquisa do instituto YouGovsaque rapido pix bet2019 mostrou que quase quatrosaque rapido pix betcada dez millennials não se identificam como "completamente heterossexuais".

Isso possivelmente tem menos a ver com mudanças na orientação sexual do que com mudanças no significado dessa orientação. Resumindo, definir a identidadesaque rapido pix betalguém com base na atividade sexual é provavelmente menos importante hoje do que há três décadas.

Em um mundosaque rapido pix betque a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo é amplamente aceita como uma variação natural e saudável da sexualidade humana, não é mais tão importante formar uma identidade pública baseadasaque rapido pix betpráticas sexuais.

Talvez, quanto mais separarmos o sexo do seu propósito, menos gente vai pensar sobre o que o ato sexual pode significar e como pode contribuir para a identidadesaque rapido pix betum indivíduo.

O propósito do sexo não é uma questão para a cultura gay, assim como é para a cultura heterossexual.

Parte disso é situacional: sem a perspectiva da gravidez biológica e (até recentemente) do casamento, os gays são livres para fazer sexo com o único objetivosaque rapido pix betfazer sexo.

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Legenda da foto, Nossos conceitossaque rapido pix betsexualidade e identidade evoluíram continuamente ao longo da história

Não estou sugerindo que o sexo gay não tenha um propósito: ele pode ter muitos propósitos, incluindo, é claro, o amor.

Mas a cultura gay, historicamente, se mostrou mais aberta à ideiasaque rapido pix betque nem sempre precisa haver um propósito no sexo.

Essa postura, é claro, parece se opor aos valores morais e concepções culturais sobre sexo há tanto temposaque rapido pix betvoga, o que talvez possa explicar a discriminação histórica contra os gays.

Como muitas crianças, fui ensinado a julgar a ética sexual sob uma única perspectiva – se a relação sexual tinha acontecido dentrosaque rapido pix betum relacionamento sério e monogâmico (geralmente, no casamento).

Mas, finalmente, comecei a questionar esse padrão – principalmente porque as mesmas pessoas que me ensinaram isso também me ensinaram que os seres humanos foram criados por Deus alguns milharessaque rapido pix betanos atrás.

Se o conhecimentosaque rapido pix betbiologia deles era tão fraco, então por que dar atenção ao que eles tinham a dizer sobre sexo, que é um fenômeno biológico?

Percebi que o que eles acreditavam ser ético não fazia sentido para os gays, que não são capazessaque rapido pix betconceber filhos por meiosaque rapido pix betuma união sexual.

Parecia hipócrita, na melhor das hipóteses, e cruel, na pior das hipóteses, advogar por um padrão sexual que impeça uma parcela considerável da populaçãosaque rapido pix betalcançá-lo.

A maioria dos atos sexuais heterossexuais não resulta no nascimentosaque rapido pix betum bebê, e, por alguma razão, o sexo sem procriação nunca é classificado como antinatural, da maneira como o sexo homossexual sem procriação costuma ser condenado.

Felizmente, a resistência à homossexualidade estásaque rapido pix betdeclínio. Um estudo conduzido pela Universidade da Califórniasaque rapido pix betLos Angeles (UCLA), nos EUA, analisou a mudançasaque rapido pix betatitude das pessoassaque rapido pix bet141 países – e constatou quesaque rapido pix bet80 países (57%) houve um aumento na aceitaçãosaque rapido pix betpessoas LGBT entre os anossaque rapido pix bet1981 e 2014.

Mas nem tudo são flores: enquanto os pesquisadores descobriram que os países tradicionalmente mais abertos (Islândia, Holanda, Suécia, Dinamarca, Andorra e Noruega) se tornaram mais tolerantes ao longo do tempo, os países mais fechados (Azerbaijão, Bangladesh, Geórgia e Gana) se tornaram ainda menos tolerantes.

Embora essas atitudes antigays não devam ser ignoradas, é importante lembrar que a maioria dos países estudados apresentou uma tolerância maior à homossexualidade.

Há muitas razões para crersaque rapido pix betuma ampla aceitação da homossexualidade, incluindo a cobertura positiva da imprensa sobre questões LGBT, o apoio público a organizações médicas e psicológicas e o fatosaque rapido pix betque a maioria das pessoas conhece alguém LGBT (é mais difícil acreditar que os gays querem destruir a civilização quando eles são seu professorsaque rapido pix betpiano, o florista, o padre ou o bombeiro local).

É claro que os gays nem sempre são exemplos perfeitossaque rapido pix betética sexual – me refiro aqui aos homens, grupo com o qual estou mais familiarizado.

Na comunidade masculina gay, há um culto a homens com tipos específicossaque rapido pix betcorpo (musculosos e magros, por exemplo), o que passa a mensagemsaque rapido pix betque aqueles que não atendem a esse padrão estético (a maioriasaque rapido pix betnós) são menos merecedores ou dignos do que aqueles que atendem.

A tecnologia, por meiosaque rapido pix betaplicativos como o Grindr (plataforma que promove encontros gays), tornou esse padrão excludente ainda mais evidente – nesses aplicativos, os homens são reduzidos a imagenssaque rapido pix betpartes do seu corpo, e os que não são considerados objetosaque rapido pix betdesejo são rapidamente bloqueados.

“Nadasaque rapido pix betgordos ou afeminados” é, para nossa vergonha, um bordão que pode ser ouvido com bastante frequência nesses aplicativos, o que significa que ainda temos que refletir muito quando se trata da nossa ética sexual.

Mas, apesar dessas lacunas, é a cultura gay que, durante todo esse tempo, tem oferecido ao mundo novas maneirassaque rapido pix betpensar sobre ética sexual – maneiras que não envolvem procriação, casamento, amor ou sequer relacionamentos sérios e monogâmicos.

Basta considerar uma pesquisasaque rapido pix bet2005 que mostrou que 40% dos casais gays apoiam relacionamentos abertos,saque rapido pix betcomparação com 5% dos casais heterossexuais.

Se esse tiposaque rapido pix betexperiência sexual realmente se tornar a norma – como algumas pessoas sugerem –, serão os gays que terão aberto essa porta.

Suponho que alguns heterossexuais podem se ofender com essas ideias, mas é difícil fazersaque rapido pix betconta que a cultura heterossexual tem o papelsaque rapido pix betpaladino da moralsaque rapido pix betquestões sexuais.

A cultura popular está repletasaque rapido pix betcasossaque rapido pix betrelacionamentos heterossexuais problemáticos. A ética sexual heterossexual “tradicional” – que, como os historiadores sustentam, foi criada no século 19 – foi testada e considerada a desejar.

Ao longo dos anos, vários futuristas previram como será o futuro do sexo. Da pornografia a encontros virtuais (em que, a distância, as pessoas chegam ao orgasmo por meio da tecnologia háptica, que permite transmitir sensações táteis), o futuro do sexo será mais digital, mais sintético e menos orgânico.

Mas, embora o futuro traga, sem dúvida, grandes mudanças tecnológicas, também devemos considerar que algumas das principais mudanças vão envolver novas concepções.

Haverá, por exemplo, novos conceitos sobre reprodução. Desde 1978, maissaque rapido pix betoito milhõessaque rapido pix betbebês nasceram por meiosaque rapido pix betfertilização in vitro. A previsão é que esse número aumente drasticamente à medida que essa tecnologia se torna mais acessível e onipresente.

O controle da natalidade e os métodos contraceptivos também ajudaram a separar o sexo da procriaçãosaque rapido pix betnosso imaginário cultural.

Se as previsõessaque rapido pix betGreely sobre o diagnóstico genético pré-implantacional (PGD) estiverem corretas,saque rapido pix betalgum momento nas próximas quatro décadas, haverá uma mudança radicalsaque rapido pix betrelação a como nascem os bebês. O PGD se tornará acessível graças ao desenvolvimento da genética e das pesquisas com células-tronco.

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Legenda da foto, A visão sobre homossexualidade está mudando no Ocidente – e pode abrir caminho para um debate mais aberto sobre sexosaque rapido pix betgeral

"Um casal que quer ter filhos visitará uma clínica – ele deixará uma amostrasaque rapido pix betesperma; ela deixará uma amostrasaque rapido pix betpele. Uma ou duas semanas depois, os futuros pais receberão informações sobre 100 embriões criados a partirsaque rapido pix betsuas células, dizendo a eles o que os genomas dos embriões preveem para o futuro deles... Depois, selecionarão que embriões serão transferidos para o útero para uma possível gravidez e nascimento", resumiu Greely no jornal britânico The Guardian.

As pessoas podem se incomodar com a ideiasaque rapido pix bet"bebês projetados", mas quando lembramos que a maioria das pessoas que tem filhos escolheu uma a outra com basesaque rapido pix betcertas características, sabendo muito bem que essas características provavelmente seriam transmitidas aos seus filhos, fica mais difícil fazer uma separação entre as tecnologias que Greely estuda e a reprodução padrão por sexo.

Haverá novos conceitos sobre monogamia e relacionamento sério. Ter um parceiro sexual por toda a vida adulta parece uma perspectiva mais facilmente alcançada quando a expectativasaque rapido pix betvida é menor.

Mas a expectativasaque rapido pix betvida da população tem aumentado. De 1960 a 2017, a média subiu 20 anos. E, até 2040, a previsão é que aumente mais quatro anos – número considerado conservador para alguns futuristas. Steven Austad, por exemplo, acredita que o primeiro homem a completar 150 anos nasceu antessaque rapido pix bet2001.

Diante desta perspectiva, quão realista é exigir que alguém fique restrito ao mesmo parceiro sexual por 130 anos? Mas nem precisaríamos olhar tão à frente.

Mesmo agora, as taxassaque rapido pix betdivórcio e recasamento não paramsaque rapido pix betcrescer. De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center,saque rapido pix bet2013, quatrosaque rapido pix betcada dez casamentos americanos envolvem o recasamentosaque rapido pix betpelo menos um dos noivos.

Talvez, com uma expectativasaque rapido pix betvida maior, "até que a morte nos separe" simplesmente deixesaque rapido pix betser nosso objetivo.

Haverá ainda novos conceitos sobre identidade sexual. Se o sexo deixasaque rapido pix betsignificar algo alémsaque rapido pix betsexo; se as crianças não são provocadas por terem uma orientação sexual “diferente”; se a reprodução acontecesaque rapido pix betum laboratório; pode ser que os futuros seres humanos se sintam à vontade para fazer sexo com homens e mulheres quando der vontade. Ou pode ser que se sintam confortáveissaque rapido pix betcultivar seus próprios desejos sexuais.

Será que o conceitosaque rapido pix betorientação e identidade sexual está vinculado a uma noção arcaicasaque rapido pix betreprodução? No futuro, palavras como "heterossexual" e "homossexual" serão ouvidas apenas na aulasaque rapido pix bethistória?

Esses conceitos vão virar cada vez mais uma tendência – graças,saque rapido pix betgrande parte, à comunidade LGBT que, nas últimas décadas, tem convidado a cultura dominante a repensarsaque rapido pix betética sexual.

Alguns anos atrás,saque rapido pix betuma conferência, ouvi a filósofa Judith Butler, referênciasaque rapido pix betestudossaque rapido pix betgênero, dizer: "Talvez a coisa mais queersaque rapido pix betrelação ao sexo seja apenas desfrutá-lo". Eu não concordei na época, mas agora consigo entender.

Talvez o sexo sirva sempre para algo – mas para alguém, e não para alguma coisa. E seu propósito seja servir às pessoas que fazem sexo por prazer.

O significado do sexo não vai existir para além da empatia e o prazer que ele proporciona às pessoas – o prazer da sensação física, do vínculo social, da experimentação.

No futuro, o significado do sexo será apenas sexo.

saque rapido pix bet Leia a versão original saque rapido pix bet desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

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