Entenda por que a internet está se desintegrando:freebet heute

Sombrafreebet heutepessoa sobre códigosfreebet heuteprogramação

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Legenda da foto, Rússia e China começaram a falar publicamente sobre uma 'internet soberana' por voltafreebet heute2011

Quase uma década depois, esse espírito parece uma lembrança antiga. As nações que saíram da ONUfreebet heutemãos vazias não desistiram da ideiafreebet heutecolocar uma parede ao redor do seu canto no ciberespaço. Elas simplesmente passaram a última década buscando formas melhoresfreebet heutetornar isso uma realidade.

A Rússia já explora uma nova abordagem para criar um murofreebet heutefronteira digital e aprovou dois projetosfreebet heutelei que exigem medidas tecnológicas e legais para isolar a internet russa. O país faz partefreebet heuteum número crescentefreebet heutenações insatisfeitas com uma internet construída e controlada pelo Ocidente.

Embora os esforços russos dificilmente sejam a primeira tentativafreebet heutecontrolar quais informações podem e não podem entrarfreebet heuteum país,freebet heuteabordagem representa uma mudançafreebet heuterelação ao que foi feito no passado.

"As ambições da Rússia vão mais longe do que asfreebet heuteque qualquer outro país, com as possíveis exceções da Coreia do Norte e do Irã, no sentidofreebet heutefraturar a internet global", diz Robert Morgus, analistafreebet heutesegurança cibernética do centrofreebet heuteestudos americano New America Foundation.

Protesto na Rússia

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Legenda da foto, As políticasfreebet heuteinternet cada vez mais restritivas da Rússia provocaram protestosfreebet heutetodo o país

A abordagem da Rússia é um vislumbre do futuro da soberania na internet. Hoje, os países que buscam o mesmo não são mais apenas os suspeitos autoritáriosfreebet heutesempre - e estão fazendo issofreebet heuteníveis mais profundos do que nunca.

Seu projeto é auxiliado tanto pelos avanços da tecnologia quanto pelas crescentes dúvidas sobre se a internet aberta e livre foi uma boa ideia. Os novos métodos abrem a possibilidade não apenasfreebet heutepaíses construírem suas próprias pontes levadiças, mas tambémfreebet heutealianças entre países que pensam da mesma forma para criar uma internet paralela.

O que háfreebet heuteerrado com a internet aberta?

É sabido que alguns países estão insatisfeitos com a coalizão ocidental que tradicionalmente dominou a governança da internet.

Não são apenas as filosofias defendidas pelo Ocidente que os incomodam, mas o modo como essas filosofias foram incorporadas na própria arquitetura da rede, que é famosa por garantir que ninguém possa impedir que alguém envie algo a outra pessoa.

Isso se deve ao protocolo-base que a delegação que foi à ONUfreebet heute2010 tentava contornar: o TCP/IP (protocolofreebet heutecontrolefreebet heutetransmissão/protocolofreebet heuteinternet) permite que as informações fluam sem nenhuma ressalva quanto a geografia ou conteúdo.

Não importa qual informação esteja sendo enviada,freebet heuteque país ela esteja vindo ou as leis do país que vai recebê-la. Tudo o que importa é o endereçofreebet heuteinternet ao final da comunicação. É por isso que,freebet heutevezfreebet heuteenviar dados por caminhos predeterminados, que podem ser desviados ou cortados, o TCP/IP envia pacotesfreebet heuteinformações do ponto A ao ponto B por qualquer via necessária.

É fácil rejeitar objeções a essa configuração como os gritos agonizantesfreebet heuteregimes autoritáriosfreebet heutefacefreebet heuteuma força globalfreebet heutedemocratização - mas os problemas que surgem não afetam apenas eles. Qualquer governo pode se preocupar com códigos maliciosos como vírus chegando a instalações militares e redesfreebet heuteágua e energia, ou com a influênciafreebet heutenotícias falsas sobre o eleitorado.

Protesto na Rússia

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Legenda da foto, Embora governos possam alegar que a soberania na internet protege seus cidadãos contra vírus e outras ameaças, muitos temem perder a liberdade da 'internet aberta'

"Rússia e China só entenderam um pouco mais cedo do que os demais o possível impacto que um ecossistemafreebet heuteinformação massivo e aberto teria sobre os humanos e a tomadafreebet heutedecisões, especialmente no nível político", diz Morgus.

A visão destes países é que cidadãosfreebet heuteum país são uma parte tão críticafreebet heutesua infraestrutura quanto usinasfreebet heuteenergia e precisam ser "protegidos"freebet heuteinformações supostamente maliciosas - neste caso, notícias falsas,freebet heutevezfreebet heutevírus.

Mas não se tratafreebet heuteproteger os cidadãos tanto quantofreebet heutecontrolá-los, diz Lincoln Pigman, pesquisador da Universidadefreebet heuteOxford e do Centrofreebet heutePolítica Externa,freebet heuteLondres.

Uma internet soberana

Rússia e China começaram a falar publicamente sobre uma "internet soberana" por voltafreebet heute2011 ou 2012, quando uma ondafreebet heuteprotestos começava a se consolidarfreebet heuteterritório russo e as revoluções nascidas abalavam regimes autoritários.

Convencidosfreebet heuteque essas revoltas haviam sido instigadas por Estados ocidentais, a Rússia buscou impedir que influências revolucionárias atingissem seus cidadãos - essencialmente criando postosfreebet heutecontrolefreebet heutesuas fronteiras digitais.

Mas instaurar uma soberania na internet não é tão simples quanto se desligar da rede global. Isso pode parecer contraintuitivo, mas, para ilustrar como esse movimento seria contraproducente, não é preciso olhar além da Coreia do Norte.

Um único cabo conecta o país ao resto da internet global. Você pode desconectá-lo com o apertarfreebet heutebotão. Mas poucos países considerariam implementar uma infraestrutura semelhante. De uma perspectivafreebet heutehardware, é quase impossível.

"Em países com conexões ricas e diversificadas com o resto da internet, seria virtualmente impossível identificar todos os pontosfreebet heuteentrada e saída", diz Paul Barford, cientista da computação da Universidadefreebet heuteWisconsin, nos Estados Unidos, que mapeia a redefreebet heutetubos e cabos por trás da internet global.

Mesmo que a Rússia pudessefreebet heutealguma forma encontrar todos os pontos pelos quais as informações entram e saem do país, não seria muito interessante bloqueá-los, a menos que também quisessem se separar da economia mundial. A internet é agora uma parte vital do comércio no mundo, e a Rússia não pode se desconectar desse sistema sem prejudicarfreebet heuteeconomia.

Cabofreebet heuteinternet é instalado

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Legenda da foto, A internet na maioria dos países dependefreebet heutemuitos pontosfreebet heuteentrada físicos

A solução parece ser manter alguns tiposfreebet heuteinformação fluindo livremente enquanto se impede o fluxofreebet heuteoutras.

Mas como esse tipofreebet heutesoberania na internet pode funcionar, dado a natureza do TCP/IP?

A China tem tradicionalmente liderado esse controlefreebet heuteconteúdo online e emprega filtros com o chamado "Grande Firewall" para bloquear certos endereçosfreebet heuteinternet, palavras, endereçosfreebet heuteIP e assim por diante. Esta solução não é perfeita: é baseadafreebet heuteprogramasfreebet heutecomputador, o que significa ser possível projetar formasfreebet heutecontorná-la, como as redes privadas virtuais e sistemasfreebet heuteprevençãofreebet heutecensura, como o navegador Tor.

Além disso, o sistema chinês não funcionaria para a Rússia. Por um lado, "depende muito das grandes empresas chinesas retirarem esse conteúdofreebet heutecirculação", diz Adam Segal, especialistafreebet heutesegurança cibernética do Conselhofreebet heuteRelações Exteriores dos Estados Unidos, enquanto a Rússia é "mais dependentefreebet heuteempresasfreebet heutemídia social americanas".

Grande parte da vantagem da China também se resume à estrutura física com a qual internet é construída. A China, desconfiada da nova tecnologia ocidental desde o início, só permitiu que pouquíssimos pontosfreebet heuteentrada e saída para a internet global fossem feitosfreebet heutesuas fronteiras, enquanto a Rússia foi inicialmente bastante receptiva e, hoje, está repleta destas conexões. A China simplesmente tem menos fronteiras digitais para ficarfreebet heuteolho.

Chineses olham para seus celulares no metrô

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Legenda da foto, O 'Grande Firewall' da China permite que o governo tenha algum controle sobre as informações que entram no país, mas isso pode ser contornado

Tentativa russafreebet heuteisolamento

A Rússia está, portanto, trabalhandofreebet heuteum método híbrido que não depende inteiramentefreebet heuteequipamentos nemfreebet heuteprogramas -freebet heutevez disso, manipula o conjuntofreebet heuteprocessos e protocolos que determinam se o tráfego da internet pode se moverfreebet heutesua origem para o destino pretendido.

Os protocolos da internet especificam como todas as informações devem ser tratadas por um computador para serem transmitidas e roteadas pelos cabos globais. "Um protocolo é uma combinaçãofreebet heutediferentes coisas - como dados, algoritmos, endereçosfreebet heuteIP", diz Dominique Lazanski, que trabalha na governança da internet e presta consultoria sobre desenvolvimentofreebet heuteseus padrões.

Um dos mais fundamentais é o padrão DNS - o catálogofreebet heuteendereços que informa à internet como traduzir um endereçofreebet heuteIP, por exemplo, 38.160.150.31, para um endereçofreebet heuteinternet legível como o bbcbrasil.com, e aponta o caminho para o servidor que hospeda esse IP.

É no DNS que a Rússia está mirando. O país previa testarfreebet heuteabril uma formafreebet heuteisolar o tráfego digitalfreebet heutetodo o país, para que as comunicações via internet por seus cidadãos permanecessem dentro dos limites geográficos do país,freebet heutevezfreebet heutepercorrer o mundo.

O plano - que foi recebido com ceticismo por grande parte da comunidadefreebet heuteengenheiros - é criar uma cópia dos servidoresfreebet heuteDNS da Rússia (a listafreebet heuteendereços atualmente sediada na Califórnia) para que o tráfego dos cidadãos fosse dirigido exclusivamente para sites russos ou versões russasfreebet heutesites externos. Isso enviaria os russos para o buscador Yandex se quisesse acessar o Google, ou a rede social VKfreebet heutevez do Facebook.

Para estabelecer as bases para isso, a Rússia passou anos promulgando leis que forçam empresas internacionais a armazenar todos os dados dos cidadãos russos dentro do país - levando algumas empresas como a rede LinkedIn a serem bloqueadas ao se recusarem a cumprir isso.

"Se a Rússia tiver sucessofreebet heuteseus planosfreebet heuteum DNS nacional, não haverá necessidadefreebet heutefiltrar informações internacionais. O tráfegofreebet heuteinternet russo nunca precisá sair do país", diz Morgus, analista da New America Foundation.

"Isso significa que a única coisa que os russos - ou qualquer um - poderiam acessarfreebet heutedentro da Rússia seria a informação que está hospedada dentro da Rússia,freebet heuteservidores fisicamente presentes no país. Isso também significaria que ninguém poderia acessar informações externas, seja isso dinheiro ou o site da Amazon para comprar um lenço."

A maioria dos especialistas reconhece que o principal objetivo da Rússia é aumentar o controle sobre seus próprios cidadãos. Mas a ação também pode ter consequências globais.

Site exibe produtosfreebet heutetelafreebet heutetablet

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Legenda da foto, Governos que buscam ter 'soberania digital' precisam achar uma formafreebet heutecontrolar quais informações entram no país sem bloquear transações econômicas

As abordagens adotadas pela Rússia e pela China são muito caras para países menores, mas isso não significa que isso não os influencie. "A disseminação, particularmentefreebet heutepolíticas repressivas ou da arquitetura iliberal da internet, é como um jogofreebet heuteimitação", diz Morgus.

Sua observação é confirmada por uma pesquisa feita por Jaclyn Kerr no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, um centrofreebet heutepesquisa federal dos Estados Unidos baseado na Universidade da Califórnia.

A extensão e alcance do controle da internet por regimes autoritários são determinados por três fatores. Primeiro, pelas soluções que estão disponíveis. Segundo, se o regime pode se dar ao luxofreebet heuteimplementar qualquer uma das opções disponíveis. A terceira variável - "as políticas selecionadas pelos Estados que são uma referência para este regime" - é o que explica por que isso é descrito como um jogofreebet heuteimitação: quais recursos os parceiros endossaram ou escolheram? Isso muitas vezes depende da atitude destes paísesfreebet heutereferência ao controle da internet.

Em relação à primeira variável, os vizinhos da Rússia, como as repúblicas da Ásia Central, poderiam se conectar apenas à versão russa da internet. Isso expandiria as fronteiras desta rede parafreebet heuteperiferia, diz Morgus.

Os tomadoresfreebet heutedecisão digitais

Em relação à terceira variável, a listafreebet heutepaíses que se sentem atraídos por uma governança da internet mais autoritária parece estar crescendo.

Nem todos se enquadram perfeitamente entre os que defendem uma "internet aberta" e os "autoritários repressivos" quando se tratafreebet heutecomo eles lidam com a internet.

Israel, por exemplo, encontra-se nitidamente entre os dois extremos, como Morgus destacoufreebet heuteum artigo publicado no ano passado. Esse estudo mostra que, nos últimos quatro anos, os países que são os "maiores tomadoresfreebet heutedecisão digitais" - Israel, Cingapura, Brasil, Ucrânia, Índia, entre outros - têm se aproximado cada vez maisfreebet heuteuma abordagem mais soberana e fechada quanto à circulaçãofreebet heuteinformação.

As razões para isso são variadas, mas vários desses países estãofreebet heutesituações semelhantes: Ucrânia, Israel e Coreia do Sul, que vivemfreebet heuteum estado perpétuofreebet heuteconflito, dizem que seus adversários estão usando a internet contra eles.

Alguns especialistas acham que o uso estratégico da rede -freebet heuteespecial, das mídias sociais - se tornou como a guerra. Mesmo a Coreia do Sul, apesarfreebet heutesua reputaçãofreebet heutenação aberta e global, desenvolveu uma técnica inovadora para reprimir informações ilegais online.

Mas os tomadoresfreebet heutedecisão podem realmente copiar o modelo da China ou da Rússia? Os meios tecnológicos da China parafreebet heutesoberania são muito idiossincráticos para países menores seguirem. O método russo ainda não está totalmente testado. Ambos custam no mínimo centenasfreebet heutemilhões para serem criados.

Indiano lê jornal

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Legenda da foto, A Índia é considerada um dos ' tomadoresfreebet heutedecisão digitais' que podem influenciar o destino da internet

Dois dos maiores países dentre estes, Brasil e Índia há muito tempo buscam uma maneirafreebet heutelidar com a internet globalfreebet heuteforma independente dos "valoresfreebet heuteabertura" do Ocidente ou das redes nacionais fechadas.

"Sua internet e valores políticos estão no meio do caminho deste espectro", diz Morgus. Durante a maior parte da última década, ambos tentaram encontrar uma alternativa viável para as duas versões opostas da internet que vemos hoje.

Essa inovação foi sugeridafreebet heute2017, quando o sitefreebet heutepropaganda russo RT informou que Brasil e Índia se uniriam a Rússia, China e África do Sul para desenvolver uma alternativa que eles chamavamfreebet heuteinternet dos Brics. A Rússia alegou que estava criando a infraestrutura para "protegê-los da influência externa".

O plano fracassou. "Tanto a Rússia quanto a China estavam interessadasfreebet heutepromover os Brics, mas os demais estavam menos entusiasmados", diz Lazanski. "Em especial, a mudançafreebet heuteliderança no Brasil fez isso sair dos trilhos."

A internet que está sendo construída pela China

Alguns veem bases sendo lançadas para uma segunda tentativa sob o disfarce do projetofreebet heute"Rota da Seda do Século 21" da China para conectar a Ásia à Europa e à África com a construçãofreebet heuteuma vasta redefreebet heutecorredores terrestres, rotas marítimas e infraestruturafreebet heutetelecomunicaçõesfreebet heutepaíses como Tajiquistão, Djibuti e Zimbábue.

Segundo estimativas do Instituto Internacionalfreebet heuteEstudos Estratégicosfreebet heuteLondres, a China está envolvidafreebet heutecercafreebet heute80 projetosfreebet heutetelecomunicaçõesfreebet heutetodo o mundo - desde a instalaçãofreebet heutecabos até a construçãofreebet heuteredes centraisfreebet heuteoutros países, contribuindo para uma rede global significativa e crescentefreebet heutepropriedade chinesa.

Pessoa olha para mapafreebet heutetela

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Legenda da foto, Alguns países podem se separar e construirfreebet heuteprópria infraestrutura independente da internet ocidental

Uma possibilidade é que um número suficiente destes países se una à Rússia e à China para desenvolver uma infraestrutura semelhante a pontofreebet heutepoderem se sustentar economicamente sem fazer negócios com o resto do mundo, o que significa que poderiam se isolar da internet ocidental.

Os países menores podem preferir uma internet construídafreebet heutetornofreebet heuteum padrão não ocidental e uma infraestrutura econômica construídafreebet heutetorno da China pode ser a "terceira via" que permitiria aos países participarfreebet heuteuma economia semiglobal e controlar certos aspectos da experiênciafreebet heuteinternetfreebet heutesuas populações.

Sim Tack, analista do grupofreebet heuteinteligência Stratfor, nos Estados Unidos, argumenta que uma economia da internet autossustentável, embora possível, é "extremamente improvável".

Maria Farrell, da Open Rights Group, uma organização dedicada a promover a liberdade na internet, não acha que isso é exagero, embora uma internet isolada possa ter uma forma ligeiramente diferente.

A iniciativa da China, diz ela, oferece aos países "tomadoresfreebet heutedecisão" pela primeira vez uma opçãofreebet heuteacesso online que não depende da infraestruturafreebet heuteinternet ocidental.

"O que a China tem feito é criar não apenas um conjunto inteirofreebet heutetecnologias, mas sistemasfreebet heuteinformação, treinamentofreebet heutecensura e leis para vigilância. É um kit completo para executar uma versão chinesa da internet", diz ela.

É algo que está sendo vendido como uma alternativa crível a uma internet ocidental que cada vez mais é "aberta" apenas no nome.

"Nações como Zimbábue, Djibuti e Uganda não querem entrarfreebet heuteuma internet que é apenas uma portafreebet heuteentrada para o Google e o Facebook" para colonizar seus espaços digitais, diz Farrell.

Esses países também não querem que a "abertura" oferecida pela internet ocidental seja uma formafreebet heuteprejudicar seus governos por meio da espionagem.

Juntamente com todos os outros especialistas entrevistados para este artigo, Farrell reiterou como seria insensato subestimar as reverberaçõesfreebet heutecurso das revelações feitas Edward Snowden sobre a coletafreebet heuteinformações feita pelo governo americano - especialmente porque elas minaram a confiança dos países "tomadoresfreebet heutedecisão"freebet heuteuma rede aberta.

"Os países mais pobres, especialmente, ficaram muito assustados", diz ela. "Isso confirmou que tudo que nós suspeitávamos é verdade."

Assim como a Rússia está trabalhando para reinventar o DNS, a internet autoritária da iniciativa chinesa oferece aos países acesso aos protocolosfreebet heuteinternet da China. "O TCP/IP não é um padrão estático", aponta David Conrad, diretorfreebet heutetecnologia da Corporação da Internet para Atribuiçãofreebet heuteNomes e Números, que emite e supervisiona os principais domíniosfreebet heuteinternet e administra o DNS. "Está sempre evoluindo. Nada na internet é imutável. "

Mas a evolução da internet global é cuidadosa e lenta e baseadafreebet heuteconsenso. Se isso mudar, o TCP/IP pode seguir por outros caminhos.

Por maisfreebet heuteuma década, China e Rússia têm pressionado a comunidade da internet a mudar o protocolo para permitir uma melhor identificaçãofreebet heuteemissores e destinatários, acrescenta Farrell, algo que não surpreenderá ninguém que esteja familiarizado com a adoçãofreebet heutemassa do reconhecimento facial para rastrear cidadãos no mundo físico.

Contágio ocidental

Mas talvez os países autoritários tenham menos trabalho a fazer do que imaginam. "Cada vez mais países ocidentais são forçados a pensar sobre o que significa a soberania na internet", diz Tack.

Na esteira da recente interferência eleitoral nos Estados Unidos e da prática bem documentada dos governos russosfreebet heutesemear discórdia nas mídias sociais ocidentais, os políticos ocidentais acordaram para a ideiafreebet heuteque uma internet livre e aberta pode realmente prejudicar a própria democracia, diz Morgus.

"A ascensão paralela do populismo nos Estados Unidos efreebet heuteoutros lugares, somada a preocupações com o colapso da ordem internacional liberal, fez muitos dos tradicionais defensores da internet aberta recuarem."

Cartazfreebet heuteprotesto contra mudanças na internet

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Legenda da foto, Ameaças à 'internet aberta' continuam a gerar respostas acaloradas - mas alguns especialistas acreditam que a mudança é inevitável

"Não se tratafreebet heuteclassificar países como ruins ou bons - isso diz respeito a qualquer país que queira controlar suas comunicações", diz Milton Mueller, que dirige o Projetofreebet heuteGovernança da Internet na Universidade Georgia Tech, nos Estados Unidos.

"A pior coisa que vi ultimamente é a lei britânicafreebet heutedanos digitais." Esta proposta inclui a criaçãofreebet heuteum órgão regulador independente, encarregadofreebet heuteestabelecer boas práticas para as plataformasfreebet heuteinternet e punições caso elas não sejam cumpridas.

Essas "boas práticas" limitam tiposfreebet heuteinformação - pornografiafreebet heutevingança, crimesfreebet heuteódio, assédio e perseguição, conteúdo carregado pelos prisioneiros e desinformação -freebet heuteforma semelhantes às recentes leis russas sobre internet.

De fato, as próprias multinacionais temidas pelos países "tomadoresfreebet heutedecisão" atualmente podem estar ansiosas por serem recrutadas para ajudá-los a alcançar suas metasfreebet heutesoberania da informação.

O Facebook recentemente capitulou diantefreebet heuteuma pressão crescente, exigindo regulamentação governamental para determinar, entre outras coisas, o que constitui conteúdo prejudicial, "discursofreebet heuteódio, propaganda terrorista e muito mais".

O Google está trabalhando fornecer uma internet aberta no Ocidente e um mecanismofreebet heutebusca com censura no Oriente. "Suspeito que sempre haverá uma tensão entre os desejosfreebet heutelimitar a comunicação, mas não limitar os benefícios que a comunicação pode trazer", diz Conrad.

Sejam as fronteiras da informação elaboradas por países, coalizões ou plataformas globaisfreebet heuteinternet, uma coisa é clara: a internet aberta com a qual seus criadores sonharam já acabou. "A internet não tem sido uma rede global há muito tempo", diz Lazanski.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

Línea.

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