6 coisas que poderiam derrubar o murobet365 starDonald Trump:bet365 star

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Durante a campanha eleitoral, Donald Trump prometeu construir um "muro enorme e bonito" entre os Estados Unidos e o México.

Agora, como presidente, Trump encomendou algumas ideias para o muro, e as melhores serão selecionadas,bet365 starjunho, e serão transformadas, durante o verão,bet365 starprotótipos experimentais na cidadebet365 starSan Diego, Califórnia.

Trump disse que quer construir um muro ao longobet365 starmetade da fronteirabet365 star3,2 mil quilômetros - deixando que a natureza - montanhas e rios - se encarregue da separação no percurso restante.

Entretanto, a rota traçada atravessa um terreno difícil, que servebet365 starhabitat para centenasbet365 starespécies naturais e corta territóriobet365 starpropriedade privada, sendo que algumas dessas propriedades pertencem a tribos indígenas americanas.

Será então que a construção do muro é realmente possível? Confira alguns obstáculos que Trump terá que superar.

1. A topografia é bastante hostil
Um trecho da fronteira EUA-México
1. A topografia é bastante hostil
bet365 star A fronteira é muito sinuosa e parte dela é composta por um rio

À medida que avança, a partirbet365 starSan Diego, no Estado da Califórnia, no oeste, até Brownsville, no Texas, no leste, a fronteira deixabet365 starser uma linha relativamente reta e passa a seguir os meandros do Rio Grande.

Imagembet365 starsatélite da regiãobet365 starque a fronteira segue o Rio Grande
Principalmente no leste, a fronteira segue um traçado muito sinuoso, o que dificulta a construção do muro
Principalmente no leste, a fronteira segue um traçado muito sinuoso, o que dificulta a construção do muro
ESTADOS UNIDOS
MÉXICO

Na verdade,bet365 starmuitas partes, a fronteira é definida como o canal mais profundo do rio.

Por razões óbvias, a construçãobet365 starum muro no meio do Rio Grande vai ser por si só um grande desafio, mas, além disso, existem problemas legais. Um tratado firmadobet365 star1889 entre México e Estados Unidos proíbe interrupção do fluxo do rio, o que faz com que qualquer cerca fronteiriça tenha que ser construídabet365 starum dos seus bancos. Logicamente, isto aumenta a dificuldade.

Muitas partes da cerca atual ficam distantes do rio, fora da área sujeita a inundações, deixando uma ampla área livre entre a cerca e a fronteira oficial.

Isto faz com que alguns cidadãos americanos vivambet365 starfato no lado mexicano da cerca, num tipobet365 starlimbo entre os dois países.

Se você olha para este lugar do alto, não notará que existe uma divisa política bem no meio do rio, porque o ecossistema está intacto e protegido. Mas isso exige o empenho dos dois países. Jennette Jurado, guarda florestal do Parque Nacional Big Bend
bet365 star Há dunas e montanhas

Apesarbet365 stardois terços da fronteira seguirem o traçadobet365 starrios, há um trecho que também divide outros sistemas ambientais - deserto na Califórnia e Arizona e montanhas no Novo México.

Os Algodones ou Dunas Imperiais, no leste da Califórnia, são o maior ecossistemabet365 stardunasbet365 starareia dos EUA. Já existe atualmente na área um trechobet365 star"cerca flutuante", especialmente projetada para o terreno instável e variável das dunas. Foi construída durante o governobet365 starGeorge W Bush.

As Dunas Imperiais cobrem uma áreabet365 starmil milhas quadradas
ESTADOS UNIDOS
MÉXICO
Mexicali
DUNAS IMPERIAIS
Imagembet365 starsatélite dos Algodones

O Arizona e o Novo México são montanhosos. A Floresta Nacionalbet365 starCoronado, no sul do Arizona e sudoeste do Novo México, possui diversos picosbet365 starquase 3 mil metrosbet365 staraltura.

Aqui um muro parece impossívelbet365 starser construído.

Montanhas no parque nacional Big Bend bet365 star E muita fauna selvagem

A fronteira EUA-México tem um ecossistemabet365 starequilíbrio delicado que pode ser quebrado por qualquer cerca a ser instalada.

Um muro no local impedirá que animais tenham acesso a áreasbet365 starcaça, fontesbet365 starágua e aos corredoresbet365 starmigração. Lobos-cinza e jaguares caçam suas presasbet365 starambos os lados da fronteira, assim como os bisões que pastam indistintamente nos dois lados. Outros animais como carneiros, jaguatiricas e ursos, têm seu habitat nos dois lados da fronteira.

Ambientalistas alertam que separar esses animais não apenas diminuirá a diversidade genética das espécies mas também as tornará mais suscetíveis a doenças e epidemias.

Cactus no parque nacional Big Bend

Ao longobet365 star12% da fronteira EUA-México, no oeste do Texas, a proteção da vida selvagem é tarefa do Parque Nacional Big Bend, que abriga milharesbet365 starespécies. Ali se encontra o maior númerobet365 startipos diferentesbet365 starpássaros, morcegos e cactusbet365 starqualquer parque nacional dos EUA.

Os funcionários do parque estão preocupados com o impacto que o muro terá na tarefabet365 starpreservação do ecossistema do desertobet365 starChihuahua para as futuras gerações e no estrago que a barreira causará na relação que mantêm com os colegas mexicanos que monitoram o parque na outra margem do Rio Grande.

Jennette Jurado, porta-voz do parque e guarda florestal, diz que a colaboração com os colegas mexicanos é crucial para o trabalhobet365 starconservação.

"Acredito que se você olhar para este lugar do alto, não notará que existe uma divisa política bem no meio do rio, porque o ecossistema está intacto e protegido", diz ela, "mas isso exige o empenho dos dois países".

Mike Davidson, um guia do Big Bend, também acredita que a cooperação é crucial para a preservação da vida selvagem e ele acrescenta que a construçãobet365 starum muro oubet365 starqualquer outra estrutura seria "verdadeiramente triste", e iria afastar os visitantes do Big Bend.

"Para que vir até aqui para ver um enorme muro branco ao invésbet365 starapreciar esses lindos cânions?"

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2. O custo será imenso
Um trecho da fronteira EUA-México
2. O custo será imenso

A estimativa inicialbet365 starTrumpbet365 starum custobet365 starconstrução entre U$ 8 bi e US$ 12 bi (R$ 25 bi e 40 bi) vem sendo amplamente questionada.

Os 1,04 kmbet365 starcerca construídos no governo George W Bush custaram US$ 7 bi (R$ 23 bi), e não pode se dizer que a barreira é intransponível, alta, poderosa ou bonita.

Outros órgãos do governo apresentaram propostas com diferentes custos totais.

Para Mitch McConnell, líder republicano no Senado, o custobet365 starconstrução ficaria entre US$ 12 bi e US$ 15 bi. Já um relatório do Departamentobet365 starSegurança Interna, estima que o muro custaria entre US$ 21,6 bi e US$ 25 bi.

Por outro lado, um relatório preparado por senadores democratas estima que os custosbet365 starconstrução ficariam pertobet365 starUS$ 70 bi e a manutenção anual do muro custaria cercabet365 starUS$ 150 milhões.

Logo no primeiro dia, trabalharemos na construçãobet365 starum muro alto, forte, sólido, impenetrável e bonito na nossa fronteira do sul. Donald J Trump

Outras estimativas não oficias apresentam totais diversos.

A empresabet365 starpesquisa e corretora financeira Bernstein Research acredita que o custo ficará entre US$ 15 bi e US$ 25 bi. Já a empresabet365 starconsultoriabet365 starconstrução civil Gleeds estima que o custo total será algo em tornobet365 starUS$ 31 bi.

Em artigo publicado na Technology Review, do MIT, o especialistabet365 starsegurança internacional Konstantin Kakaes, disse que o custobet365 starconstrução pode atingir US$ 40 bi (https://www.technologyreview.com/s/602494/bad-math-props-up-trumps-border-wall/).

Uma coisa é certa, vai custar caro, e até agora, o dinheiro ainda não foi encontrado.

No orçamento que propôsbet365 starmarço, Trump destinou US$ 1,4 bi para a construção do muro, a serem gastos no corrente ano fiscal e outros US$ 2,6 bi no orçamentobet365 star2018 que começa a vigorar no dia 1ºbet365 staroutubro.

Entretanto, o Congresso não aprovou nenhuma verba neste ano para a construção do muro (somente verba para reparaçõesbet365 star65 km da antiga cerca) e Donald Trump reduziu seu pedido para US$ 1,6 bi para 2018 - reduçãobet365 starUS$ 1 bi. Foi alocada uma verba adicionalbet365 starUS$ 1 bi para cobrir gastosbet365 star"tecnologia e infraestrutura".

Segundo o Departamentobet365 starSegurança Interna, a verbabet365 starUS$ 1,6 bi seria gastabet365 star100 kmbet365 starbarreira, principalmente na região do Vale do Rio Grande

3. Na verdade a construção é muito difícil
Um trecho da fronteira EUA-México
3. Na verdade a construção é muito difícil

Originalmente, Trump prometeu construir um muro ao longobet365 startodos os 3,2 mil quilômetros da fronteira, mais tarde ele esclareceu que o muro cobriria apenas 1,6 km por conta das "barreiras naturais". E ele disse que a altura do muro seria entre 30 ft (cercabet365 star10 metros) e 50ft (15 metros).

Em março, o Departamentobet365 starSegurança Interna e obet365 starProteçãobet365 starFronteiras e Fiscalização Aduaneira esclareceram os requisitos a serem observados pelo governo.

Além das complexas obras estruturais, há entre outras coisas os trabalhosbet365 starprospecção, aquisição e desapropriaçãobet365 starterras, como também a construçãobet365 starestradasbet365 staracesso.

No convite às empresas para apresentarem propostasbet365 starprojeto, o site FedBizOpps.gov determina que a estrutura sejabet365 star"custo eficiente", e seja feitabet365 starconcreto reforçado e que:

  • Sejabet365 star"uma altura que se imponha fisicamente", se elevando a pelo menos 18ft (cercabet365 star5,5 metros) da fronteira
  • Seja impossívelbet365 starser ultrapassada com o usobet365 staruma escada, ou por meiobet365 stargarras e que exija um trabalhobet365 starpelo menos uma hora para ser rompida com ajudabet365 starferramentas
  • Tenha uma base que avance a uma profundidadebet365 starpelo menos 6ft (cercabet365 stardois metros) no subsolo para evitar a escavaçãobet365 startúneis
  • Seja integrada ao "meio ambiente local" e tenha uma aparência "esteticamente agradável" ao ser vista pelo lado norte
  • Inclua portõesbet365 star25ft (7,5 metros) e 50ft (15 metros) para a passagembet365 starpedestres e veículos

Alex Weinberg, egenheiro estrutural baseadobet365 starNova York, disse à BBC que a construçãobet365 starum muro, "mesmo um deste tamanho", não é tarefa difícilbet365 startermos estruturais, já que há "quase nadabet365 starengenharia". Ao contrário, a "grande tarefa" seria a escala da operação logística.

"O verdadeiro desafio aqui é a logística", disse ele.

É necessário que se faça uma avaliação e prospecção do terreno, aquisiçãobet365 starterras, assim como a escavação das fundações e também que seja fabricado o material para a construção. Além disso, pelo fato da maior parte da áreabet365 starconstrução estarbet365 starlocal isolado, terão que ser construídas estradasbet365 staracesso, e a distância exigirá o fornecimentobet365 staracomodação, transporte, suprimentos e assistência médica para o enorme contingentebet365 startrabalhadores.

"Será um trabalho árduo e entediante", disse Weinberg.

bet365 star A cerca foi instalada no governobet365 starGeorge W Bush
Cerca para veículos no estilo normando Cerca duplabet365 startelabet365 staraço para pedestres Barras verticais para pedestres Barreirabet365 starfradinhos para veículos
Infográfico mostrando diferentes tiposbet365 starcerca instaladas no governo Bush
Fonte: GAO

Apesar do governo ter solicitado projetosbet365 starconstruçãobet365 starum murobet365 starconcreto, foi pedido que sejam apresentadas opções que contenham elementos que permitam a visão através da barreirabet365 starmodo a "facilitar a tomadabet365 starposição".

Isto indica que o governo pode estar considerando o usobet365 staroutros materiais na construçãobet365 starsubstituição ao concreto - algo que também foi dito este mês pelo secretáriobet365 starSegurança Interna e general da reserva, John Kelly, aos senadores da comissãobet365 starSegurança Interna.

"É pouco provável construirmos um murobet365 starum extremo ao outro", disse ele.

Mas ele acrescentou que serão instaladas barreiras físicas "nos locais apropriados" e serão utilizados sensores, drones e outras tecnologias para cobrir espaçosbet365 starque não haja muro.

4. Garantir a disponibilidade do terreno poderá ser um pesadelo
Um trecho da fronteira EUA-México
4. Garantir a disponibilidade do terreno poderá ser um pesadelo

Para construir, o governo precisarábet365 starautorização para usar o terrenobet365 starque o muro será erguido.

Entretanto, cercabet365 star66% da terra ao longo da fronteira EUA-México ébet365 starpropriedade particular ou pertence a indígenas americanos ou a diferentes Estados.

Nestes casos, o governo precisará incentivar vendas voluntárias, negociar a desapropriação ou obter o direitobet365 starusar o terreno para instalação do muro.

Milharesbet365 starproprietários podem ser afetados, incluindo fazendeiros no Texas - entre eles, vários eleitoresbet365 starDonald Trump - que dependem do acessobet365 starseus rebanhos aos pastos e à água do Rio Grande

Eu sou a favor do muro porque ele não será permanente. Não durará para sempre. Existirá até que as pessoas se conscientizem. Rene Villareal, proprietáriobet365 starterras no Texas

A aquisição dessas terras poderá ser um grande desafio e se os proprietários se recusarem a vender, o governo terá que tomar forçosamente.

Conhece a expressão "domínio eminente"?

Domínio eminente é um sistemabet365 stardesapropriação usado para adquirir a possebet365 staruma propriedade privada para uso público, como a construçãobet365 staruma estrada ou ferrovia, que normalmente é feito através do pagamentobet365 staruma indenização. O sistema já foi usado anteriormente para a construçãobet365 starcercasbet365 staráreabet365 starfronteira.

O professor assistentebet365 stardireito na Universidadebet365 starPittsburgh, Gerald S Dickinson alertou que as disputas judiciaisbet365 starcasosbet365 stardesapropriações podem levar anos.

Um trecho da fronteira EUA-México

Falando ao jornal Washington Post, ele disse que qualquer desapropriação numa escala dessas, mesmo que envolva apenas um punhadobet365 starproprietários, pode gerar disputas legais que levarão décadas para serem resolvidas, antes que a construção seja autorizada.

Na décadabet365 star90, o governo Bush teve que negociar a comprabet365 starterras com centenasbet365 starproprietários. Muitos deles, incluindo governos locais, não concordaram com os termos propostos, causando grandes atrasos.

Uma das famílias perdeubet365 starcasa e metadebet365 starsuas terras e acabou sendo forçada a viver no México. Agora, para entrarembet365 starterritório americano, eles têm que passar por um portão que exige a digitaçãobet365 staruma senha para ser aberto.

A senadora democrata Claire McCaskill disse à comissãobet365 starSegurança Interna do Senado que das 400 desapropriações necessárias para a instalação da cerca atual, 330 processos deram entrada no Departamentobet365 starJustiça e acrescentou que até hoje, maisbet365 star90 continuam pendentes.

Entretanto, alguns proprietáriosbet365 starterra são mais receptivos às medidas tomadas pelo governo atual.

Membros da família Villareal, cujas terras se localizam nas cercanias da cidadebet365 starRio Grande, no Estado do Texas, às margens do rio, dizem que se sentem mais protegidos com a políticabet365 starimigração mais rigorosa do presidente Trump.

Daniel Villareal diz que se sente "mais seguro". "Desde que começamos a ter problemas com imigrantes ilegais trespassando nossas terras, passamos a vir armados à margem do rio."

"Mas, agora que a situação mudou e não tem mais tanta gente tentando atravessar, talvez possamos voltar a vir aqui, limpar a área e terbet365 starvolta nossa margem."

Os Villareal chegaram a ser consultados pelo governo Bush quando foi feito o levantamento da área para a construção da cerca, mas nada se concretizou. Rene Villareal, irmãobet365 starDaniel, diz que a família não se opõe à construção do murobet365 starsuas terras se isso for ajudar a evitar que mais pessoas cruzem a fronteira ilegalmente.

"Sou a favor do muro porque ele não será permanente", disse Rene. "Não durará para sempre. Será apenas até que as pessoas se conscientizem", acrescentou.

Mas, se por um lado, vários proprietáriosbet365 starterra não se opõem aos planos, muitos líderes indígenas já manifestaram que não concordam com a construção. A Nação Tohono O´odham, por exemplo, é proprietáriabet365 staruma reserva que se estende por maisbet365 star100 quilômetros ao longo da divisa com o Arizona.

Membros da tribo ainda vivem nos dois lados da fronteira e consideram o território como parte das terrasbet365 starseus ancestrais. Eles já indicaram que pretendem impedir a construção caso os planos prossigam.

Para a construção, o presidente Trump vai precisar que o Congresso aprove uma lei autorizando a aquisição das terras que atualmente gozambet365 starproteção legal.

5. É preciso patrulhamento constante para que o muro funcione
Um trecho da fronteira EUA-México
5. É preciso patrulhamento constante para que o muro funcione

Como muitos já disseram, uma faixabet365 starconcreto cruzando todo o continente não irá impedir a travessiabet365 starpessoas indefinidamente, ao menos que seja monitorada por guardasbet365 starfronteira.

John F Kelly, secretáriobet365 starSegurança Interna, disse que somente "uma barreira física não será capaz" e acrescentou que o muro terá que contar com pessoal encarregado do patrulhamento, alémbet365 starsensores e dispositivosbet365 starobservação.

Atarvésbet365 starmedidas provisórias (ordens executivas) assinadas logo após a posse, o presidente Trump abriu a possibilidadebet365 starcontrataçãobet365 starmais 5 mil guardasbet365 starfronteira e 10 mil novos fiscaisbet365 starimigração, mas até o momento, o orçamento prevê a destinaçãobet365 starverba para a contrataçãobet365 starapenas 500 guardas e mil fiscais.

Marlene Castro, supervisora da divisãobet365 starfronteira do Vale do Rio Grande, acredita que o pacotebet365 starmedidas necessárias à manutenção da segurança tem que incluir o fornecimentobet365 starpessoalbet365 starnúmero adequado. Ela reconhece a importância da infraestrutura e também da tecnologia na eficácia do controle, mas acrescenta que a alocaçãobet365 staragentes e fiscais, adequadamente treinados para as tarefas, é crucial para a operação.

"Você pode disporbet365 startoda tecnologia e infraestrutura, mas se não contar com pessoal capazbet365 starresponder com eficiência, tudo se torna inútil", diz ela.

A supervisora diz ainda que o númerobet365 startravessias ilegais embet365 starárea diminuiu desde a eleiçãobet365 starDonald Trump, mas ela acrescenta que no mesmo período, aumentou o númerobet365 starabusos sofridos pelos agentes. Ela acredita que isso seja uma reação do maior númerobet365 starpessoas que não têm conseguido entrar ilegalmente nos EUA.

"Os traficantesbet365 starpessoas estão ficando desesperados... claro que isso é apenas minha opinião, não posso falar por eles, mas acredito que estejam perdendo muito dinheiro porque não há mais tanta gente interessadabet365 staratravessar."

Nenhum muro, por mais bonito, caro ou gigantesco que seja será capazbet365 starbarrar os que estão desesperados, os pobres e necessitados. Tony Estrada, chefebet365 starpolícia do Condadobet365 starSanta Cruz

Um dos traficantes, que responde pelo apelidobet365 star"Cavalo", revelou que seu negócio foi afetado pela cerca erguida no governo Bush e seria ainda mais prejudicado com a construçãobet365 starum muro ainda maior. Entretanto, ele adverte que a máfia mexicana "sempre vai encontrar um jeito" e o que vai acontecerbet365 starfato é que irão aumentar o preço cobrado pela travessia.

Tony Estrada, chefebet365 starpolícia do Condadobet365 starSanta Cruz, no Estado do Arizona, concorda que as pessoas sempre encontrarão um jeitobet365 starcruzar a fronteira.

Nenhum muro, por mais bonito, caro ou gigantesco que seja será capazbet365 starbarrar aqueles que estão desesperados, os pobres e necessitados."

"Algumas pessoas vêmbet365 starlonge,bet365 starmilharesbet365 starquilômetrosbet365 stardistância, e para isso gastam muito e correm grande perigobet365 startoda a jornada. Você acha que um muro vai impedi-los? Não vai, será apenas mais um obstáculo a ser superado."

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6. 6. As cidades ao longobet365 starambos os lados da fronteira têm uma relaçãobet365 starinterdependência
Um trecho da fronteira EUA-México
6. 6. As cidades ao longobet365 starambos os lados da fronteira têm uma relaçãobet365 starinterdependência

O fechamento completo da fronteira teria um impacto negativo na economia das cidades localizadasbet365 starambos os lados, tendo reflexo na relação econômica dos dois países - algo que muitos políticos americanos gostariambet365 starevitar.

Muitas comunidades do lado americano dependem economicamentebet365 starcidades irmãs mexicanas. Diversas cidades mexicanas abrigam fábricas que empregam milharesbet365 startrabalhadores, e porbet365 starvez, consumidores mexicanos gastam todo ano bilhõesbet365 stardólares nos Estados americanos localizados ao longo da fronteira.

A abundânciabet365 starmão-de-obra barata no México responde pela instalação das chamadas maquiladoras - indústriasbet365 starmontagem - ao longo da fronteira.

Estas maquiladoras - ou apenas maquilas - recebem incentivos fiscais para produzir e exportar seus produtos dentro do Nafta - o acordobet365 starlivre comércio dos países norte-americanos - assinadobet365 star1994, que eliminou diversos impostos e tarifas para produtos comercializados entre EUA, México e Canadá.

O aumento das maquiladorasbet365 starCiudad Juárez e Chihuahua
Fábricasbet365 starCiudad Juárez Fábricasbet365 starChihuahua
Gráfico mostrando o aumento do númerobet365 starmaquiladorasbet365 starCiudad Juárez e Chihuahua
Fonte: Projeto Modelo da Regiãobet365 starFronteirabet365 starEl Paso, Universidade do Texas

O muro pode ter ainda um impacto mais amplo na relação econômica entre os dois países. O México é o segundo maior mercado para as exportações americanas e os EUA são o maior mercado dos mexicanos.

Os dois países mantêm uma "profunda" relação econômica, como explica Christopher Wilson, vice-diretor do Mexico Institute do Wilson Centre. Wilson estima que só nos EUA, cinco milhõesbet365 starempregos dependam diretamente desta relação. Um estudo do Wilson Centre sugere que se o comércio bilateral deixassebet365 starexistir, seriam fechados 4,9 milhõesbet365 starpostosbet365 startrabalho nos Estados Unidos.

Para Wilson, as duas economias estão tão interligadas que atualmente não apenas vendem e compram produtos uma da outra, "elas na verdade fabricam os produtosbet365 starconjunto."

"Peças e componentes cruzam a fronteira por diversas vezes durante a fasebet365 starprodução", diz ele. "Tanto México como Estados Unidos contribuem para agregar valor aos produtos que acabam sendo vendidos na região ou exportados para outros países."

Estudos do Wilson Centre indicam que metadebet365 startodo comércio entre México e Estados Unidos resulta deste movimentobet365 starpeças e componentes.

Wilson acrescenta que "os dois países estão unidos nos níveis mais profundos."

É muito difícil quebrar a ligação comercial entre México e EUA. Os EUA economizam dinheiro aqui no México. E é isto que está ameaçadobet365 staracabar. José Antonio Garcia Fuentes, motoristabet365 starcaminhãobet365 starNovo Laredo, México

José Antonio Garcia Fuentes, caminhoneiro, moradorbet365 starNovo Laredo, México, conhece bem o nívelbet365 starinterdependência dos dois lados.

Presidentebet365 staruma emrpesa transportadora com uma frotabet365 star50 caminhões, Jose cruza a fronteira toda semana e está preocupado com o impacto que o muro terá.

"Se você pensar que 14 mil caminhões cruzam diariamente a fronteira neste ponto e esse número cairá para apenas 4 mil", alerta ele. "Muitos caminhoneiros vão ficar sem trabalho."

Ele também assinala que o realocamento prometido por Trumpbet365 starfábricas e, consequentemente,bet365 starpostosbet365 startrabalho,bet365 starvolta para os Estados Unidos, vai ter um impacto negativobet365 starambos os países.

"O custo da mão-de-obra é maior nos EUA. Eles pagam US$ 14 por hora. Pelo mesmo salário você pode contratar três mexicanos."

"Por isso fica muito difícil romper a ligação comercial entre México e EUA. Os Estados Unidos economizam dinheiro aqui no México. E é essa economia que está ameaçada."

n/a
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bet365 star Créditos

Paul Harris e Kelvin Brown: reportagens in loco, vídeo jornalismo e fotos; Lucy Rodgers: produção e texto; Nassos Stylianou: produção e jornalismobet365 stardados; Lilly Huynh: design e ilustrações; Desenvolvedores: Rosie Gollancz, Becky Rush e Joe Reed; Fotografiabet365 starBig Bend: Ben Greenhoe. Outras imagens: Getty Images


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