Execução abala 'fantasia'basquete apostasbrasileiros no tráfico da Indonésia:basquete apostas
"Bolha"
Para a australiana, a morte estourou o que ela chamabasquete apostas"bolha da fantasia" para os brasileiros envolvidos com o tráfico no país.
"A mortebasquete apostasMarco foi decididamente o que se pode chamar do fimbasquete apostasuma fase. Sempre se soube que o tráfico na Indonésia é punido com a penabasquete apostasmorte, mas as autoridades indonésias jamais tinham ido até o fim na punição a ocidentais", afirma Bonella,basquete apostasentrevista à BBC Brasil.
"Ao mesmo tempo que isso não vai acabar com o tráficobasquete apostasBali, eu imagino que muitos brasileiros vão pensar duas vezes diante da próxima oportunidadebasquete apostascontrabandear drogas para a Indonésia. Mas duvido que isso vá durar para sempre. Há uma grande demanda por drogasbasquete apostasBali, é um lugar para onde turistas do mundo inteiro vão para se divertir sem os mesmos limites vistos na maioria dos lugares do mundo."
Para Bonella, a frequência com que encontrou brasileiros envolvidos com o tráfico na Indonésia -basquete apostastransportadoresbasquete apostasdroga a ricos intermediários entre os grandes barões - é explicada pelo perfil da maioria dos viajantes do país para o arquipélago.
<link type="page"><caption> Leia mais: #SalaSocial: Brasileiros defendem penabasquete apostasmorte a traficantes na Indonesia </caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/01/150116_salasocial_apoiopenademorte_rs" platform="highweb"/></link>
"Os brasileiros que encontrei tinham basicamente o mesmo perfil. Eram surfistas que viram no tráfico,basquete apostasespecialbasquete apostascocaína, uma chancebasquete apostasse manterbasquete apostasBali e viver uma vidabasquete apostasfantasia, pegando ondas, indo a festas e encontrando belas mulheres. A proximidade do Brasil com os mercados produtoresbasquete apostascocaína na América do Sul ajuda no acesso à droga. E, ao contrário dos habitantesbasquete apostasmuitos países, os brasileiros viajam normalmente pelo mundo", argumenta Bonella.
Perfil diferenciado
Outro fator que diferencia os traficantes brasileiros que a australiana encontrou na Indonésia é o perfil social.
"Eles eram todosbasquete apostasclasse média, com escolaridade e conhecimento razoávelbasquete apostasinglês. Entraram no tráfico pela curtição, não por uma necessidade econômica. Queriam viver tendo do bom e do melhor. Bem diferentes das 'mulas' (transportadoresbasquete apostasdroga), que recebem pouco dinheiro para muito risco. Um dos brasileiros que conhecibasquete apostasBali podia ganhar uma fortuna com uma viagem bem-sucedida", conta a australiana.
Um dos grandes exemplos foi um carioca conhecido como "Rafael", um surfista que durante anos foi uma das principais engrenagens no tráficobasquete apostascocaínabasquete apostasBali e que não fazia muita questãobasquete apostasesconder seus lucros: dava festas homéricas embasquete apostasmansão à beira-mar, onde uma das atrações era um trampolim do qual ele saltavabasquete apostasseu quarto diretamente para a piscina.
Bonella esteve na Indonésia no fimbasquete apostassemana e acompanhou através da mídia ebasquete apostasrelatosbasquete apostascontatos a execuçãobasquete apostasMarco Archer. Embora faça questãobasquete apostascriticar a opção do brasileiro pelo tráfico, a australiana disse ter ficado chocada com o desfechobasquete apostasum dos personagens mais citadosbasquete apostasNevandobasquete apostasBali - numa das passagens, Bonella conta que Archer dominava o fornecimentobasquete apostasmaconhabasquete apostasBali e tinha até registrado a marcabasquete apostasum tipobasquete apostaserva que vendia, a Lemon Juice.
<link type="page"><caption> Leia mais: Execuções mostram que a Indonésa leva a sério guerra contra drogas, diz ministro</caption><url href="http://www.bbc.co.ukhttp://vesser.net/noticias/2015/01/150116_procuradorindonesia_ss" platform="highweb"/></link>
"Visitei Marco na prisão durante a pesquisa para o livro. Sabia o que ele estava fazendo ebasquete apostasmaneira nenhuma endosso o tráfico. Mas ele era carismático e até cozinhou na prisão para mim, e parecia ter muitos amigos na Indonésia, pois recebi uma sériebasquete apostasmensagens lamentandobasquete apostasmorte. Sou pessoalmente contra a pena capital,basquete apostasespecial a tortura psicológica que foi Marco ter vivido maisbasquete apostasdez anos com a possibilidadebasquete apostasexecução pairando sobrebasquete apostascabeça."
Numa das visitas, Bonella foi apresentada a Rodrigo Gularte, o outro brasileiro condenado à morte e cuja execução poderá ocorrer ainda este ano. Foi no livro da australiana que veio à tona uma suposta tentativabasquete apostassuicídio do brasileiro após o anúncio da sentença,basquete apostas2005.
"Não pude comprovar, mas me pareceu claro que Rodrigo tinha sido afetadobasquete apostasmaneira bem diferentebasquete apostasMarco", disse.
'Mais perigoso'
A australiana disse não acreditar que a pressão internacional sofrida pela Indonésia nos últimos dias, inclusive com a retirada dos embaixadoresbasquete apostasBrasil e Holanda (que também teve um cidadão executado no fimbasquete apostassemana), poderá mudar o destino do brasileiro e dois australianos também no corredor da morte.
"Não me parece que os protestos vão alterar a políticabasquete apostasJoko Widodo (o presidente da Indonésia). Há um forte sentimento antidrogas entre a população local", avalia.
"Os traficantes devem estar assustados, mas o tráfico não vai parar. Há muita demanda, até porque a Indonésia é usada como centrobasquete apostasdistribuição das drogas para outros países asiáticos e mesmo a Austrália. Só que agora os envolvidos sabem que a situação ficou ainda mais perigosa", opina Bonella.