Como dadosaviador da betanocelulares e Twitter ajudam no combate ao ebola:aviador da betano

Outodoor sobre ebolaaviador da betanoMonróvia, na Libéria

Crédito, AP

Legenda da foto, Métodos tradicionais como o usoaviador da betanooutdoors começam a dar lugar para mensagens SMS e aplicativos para difundir informações sobre o ebola na África

aviador da betano A epidemia do ebola, que já matou maisaviador da betanoquatro mil pessoas, pode ser controlada com ajuda da análiseaviador da betanodados provenientesaviador da betanofontes tão diversas como a telefonia celular e o usoaviador da betanomídia sociais.

Pelo menos na visãoaviador da betanosegmentos da comunidade científica, para quem a análiseaviador da betanodados grandes acumulados - o chamado "big data" - desponta como uma arma valiosa para agências internacionais, ONGs e governos na missãoaviador da betanotentar estar um passo à frente do vírus, no momentoaviador da betanoque a Organização Mundialaviador da betanoSaúde (OMS) alerta para o ritmo crescente da velocidadeaviador da betanocontágio.

Os números mais recentes sãoaviador da betanoque quase 10 mil pessoas já foram infectadas pelo ebola desde que a atual epidemia foi detectada,aviador da betanomarçoaviador da betano2014.

Mapaaviador da betanousoaviador da betanocelulares nas regiões afetadas pelo ebola
Legenda da foto, O mapeamentoaviador da betanousoaviador da betanocelulares fornece informações importantes sobre o comportamento das populações nas regiões afetadas pelo ebola

Mas como o "big data" pode ajudar?

Telefones celulares

Apesar das deficiênciasaviador da betanoinfraestrutura, a África registra uma alta difusãoaviador da betanotelefones celulares, mesmoaviador da betanopaíses mais pobres. E os aparelhos se transformaram numa impressionante "mina"aviador da betanodados.

A ONG sueca Flowminder está analisando informações fornecidas por operadorasaviador da betanotelefonia celular africanas para mapear movimentos populacionaisaviador da betanopaíses da região.

Telefone celular tem smsaviador da betanoalerta sobre ebola

Crédito, PA

Legenda da foto, Difusãoaviador da betanocelulares na África torna bastante útil a transmissãoaviador da betanoinformações sobre o ebola via SMS

Os mapas oferecem às autoridades indicações sobre locais para a instalaçãoaviador da betanocentros para tratamentoaviador da betanodoentes e, ainda queaviador da betanoforma controversa, fornecem subsídios para controlesaviador da betanoviagem.

O problema é que os dados mostram movimentações passadas, e o desafio das autoridades é tentar mapear o avanço do vírusaviador da betanotempo próximo ao real. Até porque epidemias alteram o cursoaviador da betanomovimentação das pessoas.

É por isso que organizações como o Centroaviador da betanoControleaviador da betanoDoenças (CDC), nos Estados Unidos, estão coletando informaçõesaviador da betanotempo realaviador da betanotorresaviador da betanotransmissãoaviador da betanosinaisaviador da betanocelular para rastrear a origemaviador da betanoligações a linhasaviador da betanoemergência.

Em 2010, após o terremoto do Haiti, pesquisadores suecos do Instituto Karolinska e americanos da Columbia University analisaram dadosaviador da betanoligaçõesaviador da betanomaisaviador da betano2 milhõesaviador da betanocelularesaviador da betanouma rede local.

Esses dados permitiram que a ONU e agências humanitárias pudessem entender a movimentação da população durante as operaçõesaviador da betanoresgate e mais tarde, durante o surtoaviador da betanocólera - o que ajudou na alocação mais eficienteaviador da betanorecursos e na identificaçãoaviador da betanoáreas com riscoaviador da betanonovos surtos da doença.

'Mapaaviador da betanocalor'

Um aumento no fluxoaviador da betanoligaçõesaviador da betanodeterminadas áreas pode ser sinal do surgimentoaviador da betanoum novo focoaviador da betanoebola.

O mapeamentoaviador da betanotempo real também fornece um "mapaaviador da betanocalor" sobre a atividade da população.

"Nunca tivemos tamanho acessoaviador da betanolarga escala a dadosaviador da betanotelefonia celular. Podemos agora ajudar as organizações médicas e os governos a antecipar para que locais as doenças podem se espalhar. Antes, tínhamos apenas censos e relatóriosaviador da betanopolícia e hospitais", explica Nuria Oliver, diretoraaviador da betanopesquisas científicas da Telefonica, operadora espanholaaviador da betanotelefonia celular.

Lojaaviador da betanotelefonia celular no Haiti

Crédito, Getty

Legenda da foto, No Haiti, celulares foram importantes no resgate após o terremotoaviador da betano2010 e nos esforçosaviador da betanocontençãoaviador da betanouma subsequente epidemiaaviador da betanocólera

Mensagensaviador da betanoSMS também são um canal útil para difundir dicasaviador da betanoprevenção.

Outro recurso são aplicativos com informações e mapeamento. A BBC, por exemplo, lançou nesta quarta-feira um serviçoaviador da betanoinformações sobre o vírus usando o Whatsapp.

Analistas também defendem uma atenção especial ao monitoramento da internet. Seja sobre a atividade das ferramentasaviador da betanobusca ou dos "trending topics"aviador da betanomídias sociais.

No ano passado, por exemplo, um projeto reunindo a consultoria Accenture, a empresaaviador da betanoanáliseaviador da betanodados SAS e a Universidade da Carolina do Norte, alega ter detectado uma epidemiaaviador da betanogripe nos EUA entre 2012 e 2013 três meses antes do CDC fazer um anúncio oficial.

"A análiseaviador da betanoblogs, fóruns oline e o Twitter pode revelar sinaisaviador da betanoalertaaviador da betanocrisesaviador da betanosaúde", diz Frances Dare, da Accenture.

Cura colaborativa

Para Tim Gamble, consultor da empresa Datamonitor Healthcare, a análise do "big data" pode ajudar a desvendar mistérios da composição genética do vírus, como a razãoaviador da betanoalgumas variações serem mais mortais ouaviador da betanoalgumas pessoas serem mais resistentes ao vírus.

Gamble, que trabalhou na companhia farmacêutica americana Pfizer, cita o caso das pesquisas sobre o HIV.

"O tratamento retroviral para o HIV só decolou depoisaviador da betanopercebermos que populações escandinavas tinham mais resistência. A partir daí pudemos desenvolver uma droga que imitava a maneira como aqueles pessoas resistiam", explica.