Brasileiro consome mais que o dobro do sal recomendado pela OMS:site para apostar em futebol

Sal (ThinkStock)

Crédito, ThinkStock

Legenda da foto, Apesarsite para apostarsite para apostar em futebolfutebolaltos consumo, muitos brasileiros acreditam comer salsite para apostar em futebolmoderação, indica IBGE
  • Author, Jefferson Puff
  • Role, Da BBC Brasil no Riosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolJaneiro

site para apostar em futebol Apesar do alardeado resultadosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolum acordo entre o governo e a indústria, que reduziu o teorsite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsal nos alimentos, o consumidor brasileiro ainda consome mais que o dobro da substância recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os altos índicessite para apostarsite para apostar em futebolfutebolpresençasite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsódio - elemento contido no sal - preocupam o governo brasileiro e motivam iniciativassite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsaúde pública para monitorar o consumo, reduzir os índices já na fabricação e promover mudançassite para apostarsite para apostar em futebolfutebolhábitos.

Cercasite para apostarsite para apostar em futebolfutebolmetade dos brasileiros (48,6%) avalia seu consumo diáriosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsal como "médio", segundo dados compilados pelo Instituto Brasileirosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolGeografia e Estatística (IBGE) através a pesquisa Vigitel 2013 (Vigilânciasite para apostarsite para apostar em futebolfutebolFatoressite para apostarsite para apostar em futebolfutebolRisco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).

A percepção equivocada preocupa médicos e autoridades, já que o país estima que o consumo médio do brasileiro sejasite para apostarsite para apostar em futebolfutebol12 gramassite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsal por dia, mais do que o dobro dos 5 gramas diários recomendados pela OMS.

Não por acaso, o governo estima que um quarto da população sofrasite para apostarsite para apostar em futebolfutebolhipertensão arterial, uma das consequências do excessosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsódio na dieta.

O excessosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsal na alimentação está ligado ao aumento no riscosite para apostarsite para apostar em futebolfuteboldoenças como hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais.

Doenças crônicas não transmissíveis, como essas, são responsáveis por até 63% das mortes no mundo e 72% no Brasil, e um terço dos óbitos ocorresite para apostar em futebolpessoas com menossite para apostarsite para apostar em futebolfutebol60 anos, indica o Ministério da Saúde.

Acordos

O consumo moderadosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolcloretosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsódio, ao ladosite para apostarsite para apostar em futebolfuteboluma alimentação saudável e práticasite para apostarsite para apostar em futebolfutebolexercícios físicos, já é uma recomendação tradicional do Ministério da Saúde e dos médicos.

A partirsite para apostarsite para apostar em futebolfutebol2011 o governo federal passou também a celebrar acordos com a Associação Brasileira das Indústriassite para apostarsite para apostar em futebolfutebolAlimentação (Abia) para reduzir gradativamente as quantidadessite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsal presentessite para apostar em futebolalimentos industrializados.

O governo divulgou o primeiro resultado desta iniciativa na terça-feira. Entre 2011 e 2012, cercasite para apostarsite para apostar em futebolfutebol1,3 mil toneladassite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsódio foram retiradas apenassite para apostarsite para apostar em futebolfuteboltrês classessite para apostarsite para apostar em futebolfutebolalimentos (pãessite para apostarsite para apostar em futebolfutebolforma, bisnaguinhas e massas instantâneas).

O acordo possui outras 13 categoriassite para apostarsite para apostar em futebolfutebolalimentos, ainda não testados. Em 2012, outro pacto incluiu na lista temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, e mais dois documentos foram assinados posteriormente, agregando ao grupo empanados, hambúrgueres, três tipossite para apostarsite para apostar em futebolfutebollinguiças, mortadela, apresuntados, queijo mussarela, requeijão e sopas instantâneas.

A meta é reduzirsite para apostar em futebol28,5 mil toneladas a presençasite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsódio na mesa dos brasileiros até 2020, para se adequar à recomendação da OMS.

Em entrevista à BBC Brasil, o presidente da Abia, Edmundo Klotz, comentou o processo. "Não foi fácil, mas por ser uma redução gradual, ao longo dos anos, foi possível acompanhar e amadurecer a ideia na indústria", disse o empresário.

"Em 2007 já havíamos reduzido as gorduras trans, agora o sódio. No futuro serão as gorduras e o açúcar. A tendência é produzirmos alimentos mais saudáveis", afirmou.

"E há países copiando nosso modelo, que não ésite para apostarsite para apostar em futebolfutebolproibição, mas simsite para apostarsite para apostar em futebolfutebolredução voluntária gradual. Argentina, Chile, e até nações europeias estão seguindo a ideia."

Educação nutricional

Para Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileirasite para apostarsite para apostar em futebolfutebolNutrologia (Abran), a ideia é muito bem-vinda, e a participação das indústrias alimentícias dá um peso muito maior à iniciativa.

O especialista, no entanto, diz que há mais medidas que podem ser tomadas, sobretudo no campo da educação nutricional.

"O caráter voluntário desse programa é bom, porque a história mostra que as proibições não dão certo. Mas podemos fazer mais. Ações nas escolas, com as crianças, seriam bem-vindas, explicando sobre os malefícios do sal. As pessoas também deveriam refletir sobre esse hábitosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolter o saleirosite para apostar em futebolcima da mesa, o que ainda é muito comum no Brasil", avalia.

Ribas relembra que o sal é um mineral importante e que a presença do iodo, essencial para a saúde da glândula tireoide, é uma razão para o seu consumo. A questão é o excesso. O especialista chama a atenção para o sal light, com 50% menos sódio, que já está disponível no mercado brasileiro.

"Cada país tem seus hábitos, seus costumes. Há lugares que acrescentam molhos, pimentas. No Brasil é o sal. O brasileiro gostasite para apostarsite para apostar em futebolfuteboltudo bem doce ou bem salgado, acha que assim tem mais sabor. Mas com o tempo a própria população vai exigir alimentos mais saudáveis."

O Ministério da Saúde e a Abia devem divulgar nos próximos meses os dados relativos à reduçãosite para apostarsite para apostar em futebolfutebolsódio nos outros alimentos que integram os acordos.