Brasil obtém permissão da ONU para explorar minériopaypal 1xbetfundo do oceano:paypal 1xbet

Alto do Rio Grande (CPRM)

Crédito, CPRM

Legenda da foto, Área a ser explorada ficapaypal 1xbetáguas internacionais, a 1.500km da costa do Riopaypal 1xbetJaneiro

paypal 1xbet O Brasil foi autorizado por um braço da ONU a explorar recursos mineraispaypal 1xbetáguas internacionais do oceano Atlântico, levantando tanto potenciais ganhos econômicos quanto preocupações ambientais.

Essa mineração submarina é considerada uma nova fronteira na busca por metais preciosos, como manganês, cobre e ouro, que se tornaram essenciais na economia mundial moderna.

A permissão foi concedida pela Autoridade Internacionalpaypal 1xbetFundos Marinhos (Isba), órgão vinculado à ONU, e confere ao país o direitopaypal 1xbetatuar por 15 anospaypal 1xbetuma áreapaypal 1xbet3 mil quilômetros quadrados na região do Atlântico conhecida como Elevação do Rio Grande, localizada a cercapaypal 1xbet1,5 mil km da costa do Riopaypal 1xbetJaneiro.

O pedido foi feitopaypal 1xbetdezembro pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM)paypal 1xbetnome do Ministériopaypal 1xbetMinas e Energia, depois do investimentopaypal 1xbetR$ 90 milhões ao longopaypal 1xbetquatro anospaypal 1xbetestudos sobre o potencial geológico desta área.

Potencial econômico

O Brasil poderá estudar as chamadas crostas ferromanganesíferas ricaspaypal 1xbetcobaltopaypal 1xbetprojetospaypal 1xbetmineração submarina. Segundo o CPRM, esses depósitos foram identificados como ospaypal 1xbetmaior potencial econômico e estratégicopaypal 1xbetlevantamentos realizadospaypal 1xbetexpedições a essa região.

"Nestes 15 anos, mapearemos o que existe lá e avaliaremos seu potencial econômico. Depois, podemos entrar com um novo pedido para explorar economicamente", afirma à BBC Brasil Roberto Ventura Santos, diretorpaypal 1xbetgeologia e recursos minerais do CPRM.

"As possibilidades são interessantes, porque é uma região ricapaypal 1xbetelementos químicos usados na indústria, especialmente naspaypal 1xbetaltapaypal 1xbettecnologia, na produçãopaypal 1xbetchips, peçaspaypal 1xbetusinas eólicas e carros elétricos."

Santos afirma ainda que o Brasil ampliará seu conhecimento técnico sobre este tipopaypal 1xbetmineração submarina, formará profissionais capacitados a trabalhar nesta área e criará tecnologia para tal.

"Somos o primeiro país da América Latina a conseguir essa permissão e, assim, entramos no seleto grupopaypal 1xbetpaíses que fazem este tipopaypal 1xbetexploração, como Japão, Estados Unidos e China", diz Santos.

Novas permissões

Manganês no fundo do oceano (Reuters)

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Reservaspaypal 1xbetmetais no fundo do oceano são consderadas nova fronteira da mineração

Além do Brasil, a ONU concedeu outras seis novas permissões a empresas públicas e estatais do Reino Unido, Cingapura, Ilhas Cook, Índia, Alemanha e Rússia.

Com isso, a área total do leito oceânico liberada para exploração foi ampliada para 1,2 milhãopaypal 1xbetquilômetros quadrados, sob um totalpaypal 1xbet26 permissõespaypal 1xbetexploração científica.

A ONU ainda não conferiu nenhuma permissãopaypal 1xbetexploração econômica, conhecida como explotação, mas as primeiras devem ser concedidas nos próximos anos, segundo a Isba.

"Existe um interesse crescente", disse Michael Lodge, da Isba, à BBC. "A maioria dessas últimas permissões foi concedida a empresas que esperam minerar estas áreaspaypal 1xbetpouco tempo".

No entanto, ainda precisam ser negociadas as condições e regras dessa atividade econômica, como por exemplo a divisãopaypal 1xbetroyalties, já que um dos princípios básicos da Isba é que as riquezas do fundo do oceano devem ser compartilhadas globalmente.

A exploração mineral do fundo oceano começou a ser investigada na décadapaypal 1xbet1960, mas só recentemente tornou-se possível graças a avanços tecnológicos – criados nas indústriaspaypal 1xbetpetróleo e gás. Ao mesmo tempo, o preço destas matérias-primas aumentou, também as chancespaypal 1xbetse obter um bom retorno econômico, o que viabilizou os investimentos necessários para obtê-las.

Impacto ambiental

No entanto, esse tipopaypal 1xbetexploração não é vista com bons olhos por grupospaypal 1xbetdefesa do meio ambiente, que alegam que a exploração pode trazer prejuízos para ecossistemas marinhos.

Um protocolo para minimizar o impacto ambiental ainda está sendo estudado.

O biólogo marinho Jon Copley, da Universidadepaypal 1xbetSouthampton, vem monitorando a mineração nas chamadas dorsais oceânicas, nome dado às cadeiaspaypal 1xbetmontanhas submersas que se originam do afastamentopaypal 1xbetplacas tectônicas.

"Cercapaypal 1xbet6.000kmpaypal 1xbetdorsais oceânicas, ou 7,5% do total, são exploradas hoje por seu potencial mineral", afirma Copley.

"Essas dorsais são um dos três locais do fundo do oceanopaypal 1xbetque há depósitos mineirais que atraem o interessepaypal 1xbetpaíses e empresas. Mas também vivem nestes locais colôniaspaypal 1xbetespécies que não são encontradaspaypal 1xbetoutras partes do oceano e podem ser suscetíveis a impactos ambientais gerados pela mineração."

Santos, da CPRM, diz que isso será levadopaypal 1xbetconta no caso brasileiro: "Faremos um estudopaypal 1xbetimpacto ambiental junto com opaypal 1xbetpotencial econômico. Nosso pedido foi muito elogiado por causa disso".

Com reportagempaypal 1xbetDavid Shukman, editorpaypal 1xbetciência da BBC News, e Rafael Barifouse, repórter da BBC Brasil.