No Mundial do FutebolslotsplaynowRua, jogadores fazem as regras:slotsplaynow

Se um dos assuntos polêmicos da Copa tem sido o padrãoslotsplaynowarbitragem, esse problema não deve ocorrerslotsplaynowoutro Mundialslotsplaynowfutebol sendo disputadoslotsplaynowSão Paulo - o MundialslotsplaynowFutebolslotsplaynowRua, onde, quem faz as regras são os jogadores, logo antesslotsplaynowentrarslotsplaynowcampo.

O torneio, que está sendo realizadoslotsplaynowSão Paulo até o dia 11slotsplaynowjulho, reúne jovensslotsplaynow20 países, que jogam segundo um métodoslotsplaynow"três tempos", criado pelo ex-jogador argentino Fabian Ferraro.

O "1º tempo" consiste numa rápida discussão sobre as regras, o "2º tempo" é o da bola rolando, o da partidaslotsplaynowsi, e o "3º" ocorre após o jogo, uma espécieslotsplaynowdebate sobre os acertos e errosslotsplaynowcada equipe - debate que também define o vencedor, levandoslotsplaynowconta vários fatores, entre eles, claro, quem fez mais gols.

"Isso desenvolve nos jovens a capacidadeslotsplaynowargumentação,slotsplaynowdefender seus pontosslotsplaynowvista", disse à BBC Brasil Eleilson Leite, coordenador da ONG Ação Educativa - que implanta a metodologia no Brasil - e coordenador-executivo do MundialslotsplaynowRua.

"Há um estranhamento deles com o 'sentar para definir regras', porque todo mundo acha que já sabe tudo sobre futebol. Mas com o passar do tempo, eles passam a se sentir empoderados porque definem as regras."

Os debates muitas vezes duram mais que o temposlotsplaynowbola rolando, queslotsplaynowgeral éslotsplaynow20 minutos. Mas o empenho dos jogadores é o mesmo.

Jogadores chilenos e uruguaios debatem após jogo | Foto: BBC Brasil

Crédito, BBC Brasil

Legenda da foto, Discussões depois dos jogos decidem quem foi o time mais respeitososlotsplaynowcampo

"Estávamos acostumados com o futebol normal,slotsplaynowque as regras já estão prontas e a gente sabe. Mas discutir as regras depois é bom, porque a gente descobre o que fizemosslotsplaynowcerto eslotsplaynowerrado", disse Ishaq Munaya, jogadoraslotsplaynowGana, à BBC Brasil.

Meninos e meninas

A maioria dos jogadores, que têm entre 16 e 21 anos, vemslotsplaynowbairros e comunidadesslotsplaynowbaixa rendaslotsplaynowsuas cidades. Suas passagens para o Brasil foram pagas por uma combinaçãoslotsplaynowpatrocínios, doaçõesslotsplaynowgovernos locais eslotsplaynowONGs.

HospedadosslotsplaynowCentros Educacionais Unificados (CEUs)slotsplaynowbairros da periferiaslotsplaynowSão Paulo, eles dizem ter feito amizades entre si e com as crianças e adolescentes brasileiros que frequentam os centros. "Nos demos bem com os brasileiros, apesar da barreira do idioma. Nós nos comunicamos fazendo sinais, então está tudo bem", diz Ishaq.

Na capital paulista, Eleilson Leite diz que os jovens resistiram ao método argentinoslotsplaynowfutebolslotsplaynowrua no início - uma das regras é que meninos e meninas jogam juntos, sem distinção.

"Primeiro eles não aceitavam, depois foram condescendentes com as meninas. Depois, com o desenvolvimento, eles passaram a ficar no mesmo patamar. Quando chegamos nesse equilíbrioslotsplaynowgênero, as coisas avançam muito mais", afirma Leite.

Para os jogadoresslotsplaynowoutros países, o preconceito inicial com meninas que jogam futebol também foi uma barreira a ser vencida. "É diferenteslotsplaynowtudo. Era muito difícil, porque estava acostumado a jogar só com homens e nos entendíamosslotsplaynowtudo. E estar com as meninas e apoiá-las era mais complicado, porque não falamos com elas no campo como falamos com homens", diz o argentino Franco Rodríguez.

"Agora eu acho melhor (jogar com mulheres). Me sinto mais confortável, sei que as meninas sabem jogar tanto quanto os homens."

*Colaborou Paula Idoeta.