Brasileiros ‘descobrem’ mobilizaçãocasa de aposta da coparedes sociais durante protestos:casa de aposta da copa
Samantha Macedo,casa de aposta da copa27 anos, Fortaleza (CE)
"Eu acompanhava as manifestações pelo Facebook, só que as informações chegavam muito atrasadas, porque as pessoas só postavam quando chegavamcasa de aposta da copacasa. Mas meu irmão tem Twitter e me falava do que ficava sabendo por lá. Como o Twitter funciona como um jornal, as pessoas tiravam fotos e postavam lá mesmo, porque não precisacasa de aposta da copatanta internet para usá-lo.
Na quarta-feira, 19casa de aposta da copajunho, dia do primeiro jogo do Brasilcasa de aposta da copaFortaleza (pela Copa das Confederações), meu irmão ficou sabendo da manifestação no Castelão pelo Twitter. Assim que eu soube eu baixei o aplicativo no celular e fui pra lá. Tinha uma menina que estava mais na frente da manifestação e avisava que onde estava a polícia e onde havia bombascasa de aposta da copagás. Por causa disso, eu e meus amigos ficávamos mais atrás e avisávamos a outras pessoas onde estava mais seguro.
Na última manifestação do Castelão eu me informei bastante também e consegui até evitar um pouco a repressão policial. Entravacasa de aposta da copacontato com meus amigos pelo Facebook e combinávamoscasa de aposta da copair juntos. Fugicasa de aposta da copavárias bombascasa de aposta da copagás na manifestação por conta do Twitter, usando as hashtags #protestoce, #sosfortaleza e #fortalezadepressão.
Eu faço mestradocasa de aposta da copaeducação, mas já fui do Centro Acadêmico da Universidade Estadualcasa de aposta da copaPedagogia. Antigamente, organizar um movimento dentro da universidade era uma luta muito grande. Era preciso fazer os "mosquitinhos", panfletos pequenos para convencer as pessoascasa de aposta da copaque era preciso ir. Era algo muito individual. A gente alcançava um público muito pequeno, no máximo 200 pessoas.
Agora, acho que com a velocidade da internet e a rapidez das informações, conseguimos convencê-las mais facilmente pelas imagens, pelos vídeos, pelos depoimentos. Você posta um comentário e a coisa se espalha e todos vão, é incrível o que se vêcasa de aposta da copasenhoras, adultos, crianças e adolescentes."
Renato Fontes,casa de aposta da copa23 anos, São Paulo (SP)
"Eu estava acompanhando as notícias sobre os protestos pela TV até o protesto do dia 13casa de aposta da copajunho, que teve uma ação forte da polícia. Meu irmão estava no protesto e o que ele me relatou que ocorreu, que não era muito bem o que a mídia estava dizendo. Comecei a procurar vídeos no YouTube e bastante gente no Facebook começou a recomendar perfiscasa de aposta da copaTwittercasa de aposta da copapessoas que estavam acompanhando aquilocasa de aposta da copaperto.
Na segunda-feira, dia 17casa de aposta da copajunho, eu decidi ir à manifestação com meu irmão, com receiocasa de aposta da copatomar balacasa de aposta da copaborracha. Aí eu criei uma conta no Twitter porque o pessoal tava comentandocasa de aposta da copatempo real o que estava acontecendo.
Antescasa de aposta da copair na Paulista eu criei a conta para saber onde a polícia estava revistando. Andava um pouco, esperava uns cinco minutos e olhava novamente para ver o que estava acontecendo, onde havia vândalos.
Desde então eu comecei a prestar mais atenção nas notícias que o pessoal colocava no Facebook e a ser mais crítico com tudo, mais criterioso com as coisas que eu estava lendo. Uma das coisas boas do Twitter é que mesmo nos diascasa de aposta da copaque eu não estava na manifestação, podia ver o que estava realmente acontecendo na visãocasa de aposta da copaquem estava lá, sem a pressão que os jornalistas têmcasa de aposta da copater que fazer uma manchete, oucasa de aposta da copaagradar aos anunciantes.
Eu nunca tinha ido para a rua, mas já participavacasa de aposta da copapetições online. No dia 13 eu fiquei indignado com a ação da polícia porque as pessoas estavam na rua para mostrar a opinião delas e apanharam por isso. Não é justo. Achei que tinha que ter mais pessoas nas ruas para mostrar que a voz não vai enfraquecer por causa disso. Fui mais para fazer volume mesmo."
Filipe Canto,casa de aposta da copa21 anos, Riocasa de aposta da copaJaneiro (RJ)
"Eu já tinha Facebook, mas só colocava coisas pessoais mesmo, falavacasa de aposta da copapolítica poucas vezes. O primeiro protesto que eu vi aconteceu no Rio Grande do Sul, foi pequeno, na frentecasa de aposta da copaum shopping. Soube por um amigo pelo Facebook e achei muito bom.
Assim que aconteceu o protesto eu curti a página do (grupo) Anonymous Brasil, que era um dos organizadores. Depois que vi o que aconteceucasa de aposta da copaSão Paulo comecei a avaliar. Quando (os protestos) chegaram ao Rio eu me interessei, mas não fui na primeira porque ainda estava com um pé atrás. Depois me juntei (aos manifestantes).
O Facebook foi a minha principal informação sobre os protestos. Eu não acreditava muito no que a mídia falava, alguns colocavam os vândaloscasa de aposta da copaprimeiro lugar e os manifestantescasa de aposta da copasegundo.
Eu não assinava petições online, porque elas não tinham público suficiente. Via as coisas acontecendo no país e apenas uma minoria que falava dessas coisas. Faltava sentido ainda pra mim, para que eu participassecasa de aposta da copaprotestos.
Continuo participandocasa de aposta da copamanifestações, mais pelas redes sociais porque trabalho e faço faculdade, mas quando posso também vou para as ruas. Quando vejo que é uma coisa que já é programada pelo Anonymous ou que já está grande e estabelecida, vou.
Os protestos mudaram minha formacasa de aposta da copapensar no meu próprio país. Eu fui para os Estados Unidos e prezava muito a cultura americana, mas vi que o Brasil pode sim se tornar melhor, já que a gente acordou, como diz uma das nossas principais hashtags. Agora sim eu posso dizer que eu sou mais patriota, porque vi o brasileiro acordar e trabalharcasa de aposta da copaprol do país.
Agora, no Facebook, eu posto coisas pessoais algumas vezes, mas falo maiscasa de aposta da copapolítica e dos protestos. Faço textos bem grandes, coloco minhas palavras a respeito do que está acontecendo."
Malu Blanco,casa de aposta da copa62 anos, Niterói (RJ)
"Fui professoracasa de aposta da copauniversidade, dava aulacasa de aposta da copaLinguística na UFF (Universidade Federal Fluminense), e achava que meus alunos não tinham interessecasa de aposta da copapolítica. Mas quando comecei a acompanhar os protestos pela televisão, vi uma garotada e pensei 'o que está acontecendo?'.
A imprensa começou a interpretar os cartazes, mas eu não achava que elescasa de aposta da coparepente estavam politizados. Eu queria saber o que estava acontecendo e como todas as convocações eram pelas redes sociais, reativei minha conta no Twitter.
A conta estava parada há muito tempo porque eu ainda tinha uma certa aversão a redes sociais, achava uma coisa meio boba. Quando a reativei, comecei a acompanhar aquelas hashtagscasa de aposta da copa#vemprarua e #ogiganteacordou e fui lendo o que eles escreviam.
Fiquei emocionada e surpresa com a articulação via redes sociais e com os cartazes demandando as mais variadas reivindicações. Fiz o mesmo no Facebook, que eu sempre achei uma bobagem, mas esse não me fisgou. Sou twiteira agora.
Realmente se confirmou que (o que aconteceu) não chega a ser uma politização (dos jovens), mas eu acho que como eles próprios dizem "saímos do Facebook", eles reproduziram o que fazem no Twitter nas ruas. Podemos comparar muitos desses cartazes a hashtags, por exemplo.
A imprensa toda falou que eles não tinham lider, mas o Twitter também não tem. Achei esses primeiros movimentos uma certa reprodução do que eles fazem nas redes sociais.
Fiz um blog depois dos protestos, motivada também pelo que acompanhei. O Twitter pra mim é uma coisa extremamente nova, porque o meu raciocínio não é fragmentado. Tem horas que não entendo muito bem algumas coisas, mas também faço comentários, me posiciono politicamente."
Lucas Diascasa de aposta da copaSouza,casa de aposta da copa32 anos, Brasília (DF)
"Sou uma das pessoas no Brasil que até então (o início dos protestos) não tinha se quer pretensãocasa de aposta da copaabrir conta no Twitter, mas decidi mudarcasa de aposta da copaideia por questões democráticas.
Eu sempre vi o Twitter como uma ferramentacasa de aposta da copafofoca, nuncacomo uma ferramentacasa de aposta da copaauxílio, uma coisa útil para a população. Mas vi que uma grande parte das chamadas do movimento eram feitas pelo Twitter. Comecei a ver no Facebook o movimentocasa de aposta da copamuita gente falando a respeitocasa de aposta da copapossíveis protestos ecasa de aposta da copachamadas que estariam no Twitter. Aí abri uma conta para ver do que se tratava.
Até então o Facebook não tinha integrado a possibilidadecasa de aposta da copahashtags, então isso só era feito pelo Twitter. Via coisas do tipo #vemprarua e #forarenan. Isso já aconteciacasa de aposta da copamaio.
Eu fui para o Twitter e lá realmente vi muita movimentação, as chamadas que ainda não via no Facebook. Comecei a seguir pessoas já vinculadas ao movimento, o (perfil) @protestosbr e o movimento passe livre. Desde o início as pessoas já falavam sobre ir pra a rua pelo valor da passagem, quando o governo começou a falar sobre o aumento.
Eu acompanhava pelo Twitter, mas postava mais no Facebook, porque conheço melhor a ferramenta. Já tinha Facebook há muito tempo, mas até então ele era usado simplesmente como ferramentacasa de aposta da copabate-papo com parentes e amigoscasa de aposta da copaoutros países. Agora ele é usado exclusivamente como ferramentacasa de aposta da copaprotesto.
Uma coisa é pensar sozinho, outra écasa de aposta da copaconjunto. E hoje eu vejo que não sou só eu que estou insatisfeito com a política brasileira. Até então eu era visto mais como uma pessoacasa de aposta da copaesquerda. A partir do momentocasa de aposta da copaque as pessoas decidiram sair do trabalho, fazer algo pelo Brasil, meu comportamento mudou. Não reclamo simplesmente, agora estou mais participativo. Já assinava petições pela internet, mas protesto mesmo foi o primeiro."