Protestos no Brasil, Turquia e outros países compartilham símbolos:flamengo e real madrid
Imagensflamengo e real madridSão Paulo contam uma história parecida.
Nas duas cidades, pessoas nascidasflamengo e real madriduma era pós-ideológica estão usando os símbolos que conseguem agarrar para contarflamengo e real madridhistória sobre ser moderno, urbano e insatisfeito: a bandeira nacional e a camisaflamengo e real madridum timeflamengo e real madridfutebol local são memes comunsflamengo e real madridIstambul e na capital paulista.
A dúvida é: para onde será direcionada tanta insatisfação?
Da Europa ao mundo árabe
Na época dos tumultos na Grã-Bretanha e no sul da Europaflamengo e real madrid2011, havia respostas mais claras. Uma geração inteiraflamengo e real madridjovens presenciou o fimflamengo e real madridbonanças econômicas: eles provavelmente vão trabalhar além dos 60 anos e sairão da universidade já com dívidas que podem durar a vida inteira.
E, como afirmaram os estudantes americanos durante protestosflamengo e real madrid2009, os empregos que vão conseguir quando saírem da universidade provavelmente serão os mesmos trabalhos precários que tinham enquanto estudavam.
Na Grécia, engenheiros altamente qualificados participavam do protesto enquanto trabalhavam como garçons.
Com a Primavera Árabe, parecia diferente para quem olhavaflamengo e real madridfora: estas economias cresciam rapidamente - no caso da Líbia, espetacularmente rápido.
Mas ali observa-se algo peculiar: esta foi a primeira geração cujas vidas e psicologia foram formadas pelo acesso imediato à tecnologiaflamengo e real madridinformação e às redes sociais. Isso torna muito fácil evitar a propaganda do governo, censura e a imprensa governista.
A televisão estatal egípcia, por exemplo, perdeu toda a credibilidade nos primeiros dias do levante contra o então presidente Hosni Mubarak. Neste mês, quando emissoras turcas turco tentaram ignorar os protestos no país, foram bombardeadas com reclamações.
"Mas a maioria das reclamações veioflamengo e real madridpessoas com maisflamengo e real madrid35 anos. A juventude não assiste TV e,flamengo e real madridqualquer forma, nunca acreditou nos noticiários", disse à BBC um professorflamengo e real madridpolítica.
Redes sociais tornam possível organizar protestos rapidamente, reagir à repressão e iniciar uma bem-sucedida guerraflamengo e real madridpropaganda que faz com que a imprensa tradicional e as máquinas oficiais pareçam tolas.
Ao mesmo tempo, estimulam uma estrutura relativamente "horizontal" dos protestos. A praça Taksim,flamengo e real madridIstambul, foi um caso raro por ter um grupoflamengo e real madrid60 organizadores; os protestosflamengo e real madridSão Paulo seguiram o padrão geralflamengo e real madridvários grupos organizadores e uma rede amorfaflamengo e real madridpessoas que simplesmente escolheram onde iriam participar, o que escreverflamengo e real madridseus cartazes e o que fazer.
Por quê?
Em Istambul, alguns dos contatos da reportagem da BBC nos mercados financeiros estavam perplexos e questionavam: por que eles estão protestando quando este é um dos lugares que mais crescem (financeiramente) do mundo?
Nas ruas, a resposta era clara. Em primeiro lugar, muitos dos jovens educados reclamavam que "a riqueza ia para uma elite corrupta"; muitos afirmavam que, apesarflamengo e real madridserem médicos, engenheiros civis etc, não conseguiam pagar por moradia.
Mas havia outro motivo: eles sentiam que o governo conservador e religioso do Partido AK estava sacrificando a liberdade.
Um articulistaflamengo e real madridmoda turco, ou seja, não se tratavaflamengo e real madridum revolucionário, reclamavaflamengo e real madriduma "hostilidade crescente e insidiosa ao moderno".
E eles viram a ação pesada da polícia no acampamento do parque Gezi como um símbolo dessa faltaflamengo e real madridliberdade.
Em São Paulo as reclamações eram mais claramente sociais. "Menos estádios, mais hospitais" era a frase vistaflamengo e real madridum cartaz.
O aumento do preço do transporte público, combinado com a determinação do governoflamengo e real madridpriorizar os estádios e a infraestruturaflamengo e real madridseu entorno, está entre as queixas mais comuns.
E, na semana passada, a reação desproporcional da polícia e relatosflamengo e real madridbalasflamengo e real madridborracha disparadas contra jornalistas fomentaram os protestos.
Em cada caso, os efeitos da ação da polícia são aumentados pela habilidade dos manifestantesflamengo e real madridcompartilhar suas imagens com o mundo todo.
'Não letais'
E, após 30 anos testemunhando o uso instrumentos "não letais" pela polícia, minha impressão éflamengo e real madridque canhõesflamengo e real madridágua e balasflamengo e real madridborracha estão levando a polícia do mundo todo mais pertoflamengo e real madridníveis "quase letais" cada vez menos aceitos pelos manifestantes que vão para as ruas pacificamente.
Apesarflamengo e real madridser uma comparação menor, os protestos na Bulgária, que na quarta-feira forçaram a retiradaflamengo e real madridum polêmico chefeflamengo e real madridsegurança do governo, estão associados a questões parecidas com as levantadasflamengo e real madridprotestos ao redor do mundo.
Não se trataflamengo e real madridum grito contra a pobreza, segundo os manifestantes. É contra a corrupção, contra a natureza fraudulenta da democracia e contra uma elite pronta para agarrar parte da riqueza gerada pelo desenvolvimento econômico.
Resumindo, assim comoflamengo e real madrid1989, quando descobrimos que as pessoas na Europa Oriental preferiam a liberdade individual ao comunismo, atualmente muitos relacionam o capitalismo com elites que nunca são responsabilizadas por nada, com a ausênciaflamengo e real madridrepresentação democrática efetiva e com o policiamento repressivo.
E os eventos recentes mostram que pessoas comuns, sem ideologias, descobriram uma formaflamengo e real madridresistir a tudo isso.