Por que há confrontosmelhores casas de apostas ao vivomanifestações que começam pacíficas?:melhores casas de apostas ao vivo
- Author, Caio Quero
- Role, Da BBC Brasil no Riomelhores casas de apostas ao vivoJaneiro
melhores casas de apostas ao vivo Além dos números superlativosmelhores casas de apostas ao vivopessoas que atraíram para as ruas, as passeatas e protestos que desde a semana passada tomam cidadesmelhores casas de apostas ao vivotodo o Brasil ficaram marcadas por cenasmelhores casas de apostas ao vivoviolência, seja pela forte repressão policial ou por atosmelhores casas de apostas ao vivovandalismo cometidos por grupos isolados entre manifestantes que eram, emmelhores casas de apostas ao vivomaioria, pacíficos.
Episódios como o dos feridos deixados pela forte repressão da polícia que marcou a manifestaçãomelhores casas de apostas ao vivoSão Paulo no dia 13melhores casas de apostas ao vivojunho ou as cenasmelhores casas de apostas ao vivoguerra registradas nos confrontosmelhores casas de apostas ao vivofrente à Assembleia Legislativa do Riomelhores casas de apostas ao vivoJaneiro na última segunda-feira chocaram parte da população e foram destaque na imprensa brasileira e estrangeira.
Especialistasmelhores casas de apostas ao vivopsicologia, filosofia e ciência política ouvidos pela BBC Brasil afirmam que episódiosmelhores casas de apostas ao vivovandalismomelhores casas de apostas ao vivoeventosmelhores casas de apostas ao vivograndes proporções são previsíveis, mas que, no lugarmelhores casas de apostas ao vivotomar medidas para prevenir a violência, polícia e outras autoridades acabaram por adotar condutas que abriram o caminho para a existênciamelhores casas de apostas ao vivomais confrontos.
Oportunismo
"Eventosmelhores casas de apostas ao vivomassa, seja a entrada e saídamelhores casas de apostas ao vivoestádios, grandes shows, o Réveillon no Rio, uma grande passeata ou um bloco (de carnaval) são oportunidades para ações oportunistasmelhores casas de apostas ao vivopredação, vandalismo,melhores casas de apostas ao vivoroubo", afirma a antropóloga e cientista política Jacquelinemelhores casas de apostas ao vivoOliveira Muniz, professora do IUPERJ, da Universidade Cândido Mendes.
"Passeatas e manifestações coletivas produzem um alto graumelhores casas de apostas ao vivovisibilidade política e social, razão pela qual ações vândalas e predatórias oportunistas podem se dar", diz
Na avaliação da professora, a previsibilidademelhores casas de apostas ao vivoações desse tipomelhores casas de apostas ao vivoeventos que reúnem uma grande quantidademelhores casas de apostas ao vivopessoas deveria ter feito com que não apenas a Polícia Militar, mas outras estruturasmelhores casas de apostas ao vivosegurança, como policiais civis, bombeiros e ambulâncias, fossem mobilizados para acompanhar as manifestações, assim como acontece no Carnaval e no Réveillon do Rio, por exemplo.
"Essa é a razão pela qual é necessário o aparatomelhores casas de apostas ao vivosegurança pública, para garantir e preservar o direitomelhores casas de apostas ao vivoir e vir e o direitomelhores casas de apostas ao vivose manifestarmelhores casas de apostas ao vivoforma pacífica e, ao mesmo tempo, reduzir a oportunidadesmelhores casas de apostas ao vivoriscos,melhores casas de apostas ao vivoacidentes,melhores casas de apostas ao vivoincidentes, e mesmomelhores casas de apostas ao vivoações predatórias localizadas", diz.
A professora ainda critica o modo como parte das autoridades e da mídia trataram as manifestações no início.
"Na verdade quem inaugura a ação violenta são os próprios governos, através das orientações que deram a suas polícias (...)melhores casas de apostas ao vivoum primeiro momento (a atitude) foimelhores casas de apostas ao vivocriminalização das manifestações populares e espontâneas. As falas eram no sentindomelhores casas de apostas ao vivoque se tratavamelhores casas de apostas ao vivouma grande baderna, e a sociedade respondeu indo às ruas cada vez mais, repudiando essa leitura", diz.
Violência
Claudio Oliveira, professor do Departamentomelhores casas de apostas ao vivoFilosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF), cita as ideias do pioneiro da psicanálise, Sigmund Freud, para explicar o comportamento das pessoas durante eventosmelhores casas de apostas ao vivoque comparecem grandes massas, como as manifestações.
Segundo ele,melhores casas de apostas ao vivosituaçõesmelhores casas de apostas ao vivomassas, os indivíduos acabam por tomar atitudes que não teriam se estivessem sozinhos oumelhores casas de apostas ao vivopequenos grupos.
"Há uma espéciemelhores casas de apostas ao vivodiminuição da pressão das inibições que constituem a vida social. O indivíduomelhores casas de apostas ao vivouma massa pode assumir um comportamento violento, ele pode assumir um comportamento que ele não teriamelhores casas de apostas ao vivocondições normais. Esta teoria vale tanto para o comportamento da polícia quanto para o comportamentomelhores casas de apostas ao vivoalguns grupos que integram a grande massa dos manifestantes", diz.
O filósofo, no entanto, afirma que questões sociais podem fazer com que determinadas pessoas acabem por encontrar nas atitudes violentas um recurso para expressarmelhores casas de apostas ao vivoinsatisfação.
"No caso atual, esses fenômenosmelhores casas de apostas ao vivoviolência ocorremmelhores casas de apostas ao vivogeral isolados. A maioria dos manifestantes tem uma atitude muito pacífica, inclusive gritam palavrasmelhores casas de apostas ao vivoordem pacifistas. Apesar disso, parece que há alguns que buscam se manifestar a partir dessa violência. A gente precisa saber o que esses jovens pensam da própria violência que eles assumem nessas manifestações".
Para Oliveira, no caso das recentes manifestações que tomam as cidades brasileiras, no entanto, estãomelhores casas de apostas ao vivojogo também outros aspectos. Emmelhores casas de apostas ao vivoavaliação, a violência com que a polícia reprimiu as primeiras manifestações contra o aumento das tarifasmelhores casas de apostas ao vivoônibus serviu como uma espéciemelhores casas de apostas ao vivocatalisador para que outras pessoas se juntassem ao movimento, expressando outras insatisfações.
"As manifestações começaram com um objetivo muito específico, mas se tornaram manifestações onde as pessoas iam para protestar contra uma quantidade enormemelhores casas de apostas ao vivocoisas, com as quais a população brasileira não está satisfeita", diz.
Direitos
Marco Aurélio Máximo Prado, professor do Departamentomelhores casas de apostas ao vivoPsicologia da Universidade Federalmelhores casas de apostas ao vivoMinas Gerais (UFMG), avalia que parte dos episódiosmelhores casas de apostas ao vivoviolência nas manifestações recentes podem também ter relação com o despreparomelhores casas de apostas ao vivopolícia e outras autoridades para lidar com o modo como foram organizadas.
"Obviamente que há um despreparo da polícia para lidar com essa formamelhores casas de apostas ao vivoprotesto. São protestos que não tem características organizativas clássicas, então não têm liderança específica", diz Prado, para quem a forma espontânea como foram organizados também faz com que alguns manifestantes isolados acabem por tomar atitudes violentas.
Para ele, a grande adesão e a pluralidademelhores casas de apostas ao vivobandeiras presentes nos protestos refletem uma insatisfação maior da população, com questões que passam, entre outras coisas, pelo modo como os grandes eventos como a Copa do Mundo estão sendo organizados no Brasil.
"As cidades que são sedes da Copa (das Confederações) estão vivendo uma certa suspensão dos direitos, do direitomelhores casas de apostas ao vivoprotesto, que é um direito básico da democracia, e do direitomelhores casas de apostas ao vivoir e vir".
"Há uma certa suspensãomelhores casas de apostas ao vivodireitos conquistados que está gerando uma faísca importante. Agora eu considero que esses atos políticos não são atosmelhores casas de apostas ao vivonegociações, são atosmelhores casas de apostas ao vivorebeldia civil. São um sintomamelhores casas de apostas ao vivoque a constitucionalidade não está funcionando, são um corretivomelhores casas de apostas ao vivoum norma que não está funcionando, que está falha", diz.