'Temos que nos provar o tempo todo': as mulheres ucranianas que combatem contra a Rússia:bwin sport

Foto com closebwin sportrostobwin sportsoldada ucraniana

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Efetivo feminino nas Forças Armadas cresceu - mas esse ainda é um universo predominantemente masculino

Após a invasão russa ao país, ela foi para a linhabwin sportfrente como voluntária — diz que queria fazer mais para proteger seu país e se sentiria culpada caso deixasse Mariupol, onde trabalhava como jornalista antes da guerra.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
bwin sport de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Nossa coleção é uma mistura dos maiores jogos bwin sport fliperama. Temos as mais

antigas e famosas máquinas, a partir do 🛡 Pong original até hóquei aéreo 3D! Em {k0}

Pariravitch é uma plataforma bwin sport apostas esportiva, que está ganhando popularidade no Brasil. Ela permissue quem os usoS serviços da 3️⃣ bwin sport {k0} diferentes eventos esportivo ”, como futebol; basquete (tênis) and outro: A Plataforma ofereoddsackr in preferentes

Como fazer uma festa 3️⃣ bwin sport {k0} Parimatch?

roleta para sorteio online

Inglês : Exemplos português contexto.reverso. Tradução ; Português-português, Português

-

Fim do Matérias recomendadas

A cidade costeira no sudeste da Ucrânia foi palcobwin sportcombates intensos por meses antesbwin sportcair nas mãos dos russos.

Ela se sente confiante no novo papel, embora admita que ser soldada do Exército ucraniano ainda não seja fácil.

Maryna Moloshna

Crédito, Maryna Moloshna

Legenda da foto, Maryna Moloshna é jornalista e, como muitas mulheres, resolveu se alistar como voluntária

Em cinco anos, o efetivobwin sportmulheres quase dobrou, para 40 mil — maisbwin sport5 mil nas linhasbwin sportfrente —,bwin sportacordo com fontes da área militar.

Apesar do aumento da presença feminina, que tem ganhado visibilidade e aceitação entre a sociedade ucraniana, uma sériebwin sportproblemas persiste, desde equipamentos projetados apenas para homens até eventuais episódiosbwin sportmachismo.

Oksana Grygoryeva, assessora para questõesbwin sportgênero do Comando das Forças Terrestres ucranianas, diz que por muito tempo durante o período pós-soviético as Forças Armadas foram bastante masculinas, rígidas, até começarem a se tornar mais justas e igualitárias.

"Agora as mulheres podem realmente provar seu valor."

Soldada sentata sobre o tetobwin sportum tanque

Crédito, Kostyantyn e Vlada Liberov

Legenda da foto, Mulheres têm lutadobwin sportvárias frentes, inclusive como tripulaçãobwin sporttanques

Oficiais, tripulaçãobwin sporttanques e soldadasbwin sportartilharia

O papel das mulheres no Exército ucraniano mudou significativamente nos últimos 15 anos, não apenasbwin sporttermos quantitativos, mas também qualitativos, pontua Oleksiy Melnyk, do think tank ucraniano Razumkov Center.

Anteriormente, as mulheres eram colocadas principalmentebwin sportposições forabwin sportáreas combate, como telefonistas, datilógrafas, cozinheiras ou médicas, por exemplo.

Isso mudou com o início da guerra na regiãobwin sportDonbass,bwin sport2014, quando pela primeira vez mulheres lutarambwin sportbatalhõesbwin sportvoluntáriosbwin sportgrande número. Dada a natureza da situação — a invasãobwin sportDonbass pela Rússia abriu a escaladabwin sporttensão que culminou na guerra entre os paísesbwin sport2022 —, a burocracia militar foi muitas vezes deixadabwin sportlado.

"Houve alguns casosbwin sportque mulheres combateram na artilharia, quando originalmente haviam sido registradas como cozinheiras ou datilógrafas no quartel-general", lembra Melnyk.

Capitã Svetlana,bwin sport28 anos, na linhabwin sportfrentebwin sportDonbass, Donetsk, no dia 15bwin sportagostobwin sport2022

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Cercabwin sport8 mil mulheres servem como oficiais, incluindo Svetlana, que é capitã

Somentebwin sport2018 algumas das restrições à presençabwin sportmulheres no Exército foram legalmente retiradas. A partir daí, elas puderam assumir funçõesbwin sportcombate e receber treinamentobwin sportcondições iguais às dos homens.

Agora, as mulheres estão lutando como comandantesbwin sportpelotões,bwin sportbateriasbwin sportartilharia ebwin sportunidadesbwin sportaviação não tripuladas, disse o comandante das Forças Armadas da Ucrânia, tenente-general Serhiy Naev.

Segundo ele, maisbwin sport8 mil mulheres ocupam cargosbwin sportoficial, incluindo a brigadeiro-general Tetyana Ostashchenko, comandante das forças médicas, que se tornou a primeira mulher general do paísbwin sport2021.

"Existem muitas mulheresbwin sportposiçõesbwin sportpoder", ressalta Grygoryeva. "Comandantesbwin sportarmas, comandantesbwin sportpelotão, muitas atiradorasbwin sportelite. Existe até uma instrutorabwin sportmergulhobwin sportalto mar."

"Há muitas mulheres entre as tripulaçõesbwin sporttanques. Elas são mais ágeis e menores que os homens, chega a ser mais confortável para elas do que para os homens estar nesse tipobwin sportveículo", diz ela.

As mulheresbwin sportposiçõesbwin sportcombate costumam ser psicologicamente mais estáveis ​​do que os homens e mais empáticas e sensíveis no trabalhobwin sportequipe e na relação com os colegas, acrescenta Grygoryeva.

Soldada feminina

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Mulheres têm ganhado espaço nas Forças Armadas ucranianas

Percepção pública

A visão da sociedade sobre a presença das mulheres nas Forças Armadas também mudou na Ucrânia.

Tamara Martsenyuk, socióloga e pesquisadorabwin sportgênero na Kyiv-Mohyla Academy, menciona um estudo do Instituto Internacionalbwin sportSociologiabwin sportKiev (KMIS)bwin sport2018 que apontou que 53% dos ucranianos apoiavam a instituiçãobwin sportdireitos e oportunidades iguais para homens e mulheres militares.

Quatro anos depois, esse percentual havia subido para 80%, conforme a agênciabwin sportpesquisas InfoSapiens.

Martsenyuk acredita que oito anosbwin sportconflito na Ucrânia — da guerrabwin sportDonbass à invasão ao território pela Rússiabwin sport2022 — ajudaram a construir uma imagem positiva sobre a presença feminina no Exército, assim como a percepçãobwin sportque seria preciso mobilizar o máximobwin sportcidadãos possível para fazer frente à ofensiva.

Soldada ucraniana marcha

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Há intenso debate na Ucrânia sobre a necessidade ou nãobwin sportcompulsoriedade do alistamentobwin sportmulheres

Serviço militar 'não é para todos'

O avanço do recrutamento para o serviço militar começou ainda antes da invasão, no finalbwin sport2021, quando o Ministério da Defesa publicou uma listabwin sportprofissões que deveriam se alistar às Forças Armadas.

A iniciativa gerou críticas por incluir uma sériebwin sportatividades que corriqueiramente não estão diretamente ligadas ao universo militar, como especialistasbwin sportTI, jornalistas, músicos, hoteleiros e publicitários.

Há históriasbwin sportucranianos que viviam no exterior e teriam deixadobwin sportvoltar para casa por conta da medida.

Anna, uma psicólogabwin sportKiev que vive com a filha na Áustria desde o início da invasão russa, diz ter postergado o retorno a seu país por causa do riscobwin sportser repentinamente recrutada.

"Não é que eu tivesse medobwin sportentrar no Exército, mas queria certeza, procedimentos claros", explica. "Se tirarmos as mães dos filhos pequenos, não criaremos uma geração normal", acrescenta. "Temos que jogar o jogo a longo prazo — a nação depende das mulheres que passam a cultura para seus filhos."

Em resposta às críticas, o Ministério da Defesa havia adiado o alistamento compulsóriobwin sportmulheres até 1ºbwin sportoutubrobwin sport2022 e reduzido significativamente a listabwin sportprofissões. Chegada a data, o recrutamento foi adiado por mais um ano e tornou-se exclusivamente voluntário, exceto para as médicas.

Figuras como Maryana Bezugla, por exemplo, que é vice-chefe do Comitêbwin sportSegurança Nacional, Defesa e Inteligência, discordam.

"A questão da igualdadebwin sportgênero não é apenas a igualdadebwin sportdireitos e oportunidades, mas tambémbwin sportresponsabilidades. Não deve haver divisãobwin sportcidadãos. Se o alistamento voluntário for implementado, então ele deve valer tanto para homens como para mulheres", diz ela, que votou contra o registro voluntário.

Mulher com uniforme muito grande à esquerda e, à direita, mulher com uniforme ajustado

Crédito, Arm women now

Legenda da foto, Na maioria das vezes mulheres têm que usar uniformes masculinos (esq.) - uniformes femininos, entretanto, estãobwin sportdesenvolvimento

'Exceção à regra'

A maior presença das mulheres no meio militar não significa, entretanto, que elas sejam sempre tratadas com igualdade.

Maryna Moloshna diz ter ficado desagradavelmente surpresa com a atitude do comandobwin sportseu batalhãobwin sportrelação às mulheres.

"Não estamos falandobwin sportnenhum padrão da Otan", destaca, referindo-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar que reúne Estados Unidos e países da Europa, entre outros. "Muitas vezes nos deparamos com machismo, alguns dos comandantes chegam a humilhar mulheres."

As estruturas do Exército também seguem bastante masculinas: as mulheres têmbwin sportusar uniformes masculinos, não têm acesso a roupas íntimas femininas ou térmicas e enfrentam dificuldade para encontrar botasbwin sporttamanho pequeno.

Também precisam comprar seus próprios itensbwin sporthigiene feminina, como absorventes, diz Moloshna.

"Milharesbwin sportsoldadas nos abordam regularmente relatando esses problemas", diz Ksenia Draganyuk, cofundadora da organização não-governamental Zemlyachki, que ajuda mulheres no Exército.

A ONG fornece roupas íntimas — tradicionais e térmicas —, uniformes, placasbwin sportproteção para coletes balísticos, capacetes, produtosbwin sporthigiene e kitsbwin sportprimeiros socorros projetados especificamente para mulheres.

"Quando você vai para a academia, quer uma roupa confortável para correr, levantar peso. Quando se está na linhabwin sportfrente, isso é uma questãobwin sportsegurança", pontua.

A organização também oferece assistência psicológica — tanto para aqueles que estãobwin sportação militar ativa, quanto para mulheres que precisam lidar com episódiosbwin sportmachismo. As autoridades militares ucranianas dizem reconhecer esses problemas e prometem mudanças.

Maryna Moloshna empunha arma

Crédito, Maryna Moloshna

Legenda da foto, Quanto mais mulheres houver no exército ucraniano, mais rápidas serão as mudanças, diz Maryna Moloshna (foto)

Em julho, a BBC apurou que um uniforme militar especial para mulheres estavabwin sportdesenvolvimento, mas não se sabe quando estará disponível.

"Nem todos os países da Otan têm uniformes femininos; nos Estados Unidos, eles começaram a ser desenvolvidos apenasbwin sport2009", observa Oksana Grygoryeva, que acredita que a Ucrânia está avançando rapidamente nessa área.

Ela diz que as Forças Armadas estão trabalhando para combater os problemas e conscientizar os militares, e ressalta que as mulheres devem denunciar casosbwin sportassédio ou discriminação entrandobwin sportcontato com seu supervisor imediato, um consultorbwin sportgênero ou usando o disque-denúncia do Ministério da Defesa.

Grygoryeva diz que recebeu apenas duas reclamações desde que assumiu seu cargobwin sport1ºbwin sportfevereiro — uma sobre discriminação e outra sobre assédio. Ambas, segundo ela, foram investigadas.

"Encorajo as mulheres a se manifestarem, nós vamos ajudar. O comandante vai ter medobwin sportassediar ou discriminar se souber que será punido — pode ser uma repreensão ou rebaixamentobwin sportpatente."

Quanto mais mulheres houver no exército ucraniano, mais rápidas serão as mudanças, diz Moloshna.

"Haverá mais igualdade e menos discriminação", acrescenta.

"Porque até agora não há muitasbwin sportnós aqui, especialmentebwin sportposiçõesbwin sportcombate. Há mais do que há alguns anos, mas uma mulher no Exército ainda é frequentemente vista como uma exceção à regra."

Essa reportagem foi originalmente publicadabwin sport- http://vesser.net/internacional-64004767