Os refugiados que escaparam da guerra no Afeganistão e enfrentam outra na Ucrânia:apostas bet

Fazila Haidari eapostas betirmã na Ucrânia

Crédito, Fazila Haidari

Legenda da foto, Fazila Haidari fugiu da ofensiva do Talebã e hoje vive na Ucrânia comapostas betirmã

apostas bet "A situação no Afeganistão, quando o Talebã tomou o poder, era melhor do que a que estou vendo aqui na Ucrânia. Nós estamos fugindoapostas betnovo, mas desta vez para um destino desconhecido", diz Haidar Seddiqi, um oficial militar afegãoapostas bet36 anos que acabou na Ucrânia depois que o grupo fundamentalista tomou a capital afegã, seis meses atrás. "Eu escapeiapostas betCabul para a Ucrânia para salvar minha vida e encontrar paz. Eu nunca nem imaginei que isso [guerra] poderia me seguir até aqui. Somos uma nação desesperada."

Depoisapostas bet15 anos servindo as Forças Armadas do Afeganistão, Seddiqi foi para a Ucrânia com apenas um parapostas betuniformes. Ele não teve nem tempo para fazer uma mala. Ele afirma que parece que "você está fugindo para buscar refúgio do vento, eapostas betrepente uma tempestade te atinge".

Haidar Seddiqi no Afeganistão

Crédito, Haidar Seddiqi

Legenda da foto, Seddiqi, ex-oficial militar, fugiu do Afeganistão após a quedaapostas betCabul

Seddiqi tinha apenas três anosapostas betidade quando a invasão soviética do Afeganistão chegou ao fim. Sua geração cresceuapostas betum paísapostas betguerra: a primeira vez que o Talebã tomou o poder, a invasão americana e recentemente a volta do Talebã ao controle,apostas betagostoapostas bet2021. Ele diz que tem convivido com guerras e buscado refúgio por todaapostas betvida.

Agora na Ucrânia, ele está chocado sobre como "a história se repete" para ele e agora tem dúvidas se a guerra um dia vai pararapostas bet"persegui-lo".

Estima-se que cercaapostas bet5.000 afegãos vivam na Ucrânia, incluindo 370 retiradosapostas betagostoapostas bet2021, quando o Talebã retomou o controle do país. Enquanto o território ucraniano se transformaapostas betum campoapostas betbatalha, diversos países tentam evacuar seus cidadãos e levá-los a um lugar seguro, mas os afegãos acreditam terem sido "abandonados e esquecidos".

'Porapostas betconta'

Na manhã da quinta-feira, 24apostas betfevereiro, a população ucraniana acordou com o forte somapostas betsirenes e explosões, quando a Rússia iniciavaapostas betinvasãoapostas betlarga escala do país.

Muitos afegãos que haviam fugido para a Ucrânia recentementeapostas betbuscaapostas betpaz — incluindo Seddiqi — ficaram surpresos com um ataque militar no lugar que eles "menos esperavam".

Refugiados afegãos caminham na Ucrânia

Crédito, Haidar Seddiqi

Legenda da foto, Autoridades do campo disseram aos refugiados para caminhar e buscar segurança

Ele descreve como viu seu campoapostas betrefugiadosapostas betmeio a um caos quando acordou paraapostas betoração matinal. "Estava no noticiário. As pessoas começaram a gritar, até que as autoridades no campo abriram as portas e disseram para fugirmos."

Seddiqi afirma que cercaapostas bet250 refugiadosapostas betdiferentes países viram-se "no meio do nada" — eles foram simplesmente informadosapostas betque deveriam salvar suas vidas. Ele estima estar a 47 quilômetrosapostas betdistância da estrada principal mais próxima e que o grupo teráapostas betcaminhar o trecho todo, porque seu pedido por transporte foi negado.

"Oficiais do campo nos disseram que, a partirapostas betagora, 'vocês estão porapostas betconta'", afirma Seddiqi.

Vídeos produzidos no local mostram famílias carregando seus pertencesapostas betsacolas plásticas, caminhando numa área rural, cercadosapostas betárvores sem folhas, próximo à cidadeapostas betChernihiv.

A maior parte dos refugiados está tentando alcançar a parte oeste da Ucrânia. Aqueles jáapostas betcidades desse lado estão fugindoapostas betdireção às fronteiras, enquanto o país inteiro é alvoapostas betataques.

Fazila Haidari na entradaapostas betum avião

Crédito, Fazila Haidari

Legenda da foto, A afegã Fazila Haidari quando trabalhava como comissáriaapostas betbordo

'Achávamos que estaríamos seguros aqui'

Fazila Haidari,apostas bet26 anos, também acordou na manhã da quinta-feira, dia 24, com o son das sirenes. "É como quando o Talebã atacou Cabul. Eu me lembro que as pessoas estavam desesperadas, e havia caos. Agora estou vendo pessoas fugindo e tentando deixar a Ucrânia. Eu não consigo acreditar que isto esteja acontecendo", Haidari disse à BBC por meioapostas betmensagens no WhatsApp.

Ela estava escrevendo a partirapostas betum pequeno apartamento que ela compartilha comapostas betirmã Shogufa,apostas bet24 anos,apostas betLviv, na parte ocidental da Ucrânia. As irmãs trabalhavam como comissáriasapostas betbordo e deixaram o Afeganistão para a Ucrânia durante a tomada do poder pelo Talebã.

"Minha irmã não falou nada desde a manhã. Nós duas estamosapostas betchoque. Nós simplesmente não sabemos o que fazer e para onde fugir."

Haidari eapostas betirmã estavam aguardando na Ucrânia até serem reacomodadasapostas betum outro país. Agora, tem buscado ajuda, desesperadamente, contatando qualquer pessoa que elas conheçam.

"Nós achamos que seria seguro aqui, mas veja a situação. Nós temos ligado para a Acnur [agência da ONU para refugiados] e outras organizações, mas ninguém atende nossas ligações."

Metadeapostas betsua família ainda está no Afeganistão, vivendo com medo sob o Talebã, e agora se preocupa com a segurançaapostas betsuas filhas.

"Nós ainda estávamosapostas betchoque por causa do que aconteceuapostas betCabul, preocupadas com nossa família. Agora a Ucrânia está sob ataque, e a minha família está preocupada com a gente. Eu estava feliz por ter sobrevivido ao Talebã, mas agora eu estou imaginando se sairapostas betCabul foi a decisão certa, porque estou no meioapostas betuma outra guerra."

Filaapostas betcarros próximo à fronteira com a Polônia

Crédito, Ahmad Sajad

Legenda da foto, Ahmad Sajad enviou esta foto perto da fronteira com a Polônia

'Não sei para onde mais fugir'

"Eu realmente me sinto arrasado, me sinto sem casa e me sinto realmente pobre", disse Ahmad Sajad (nome fictício) à BBC.

Ele era um alto oficial do governo afegão, no augeapostas betsua carreiraapostas betCabul seis meses atrás, quando o Talebã tomou o poder. Ele disse que na quinta-feira, dia 24, não podia acreditarapostas betseus olhos quando viu um míssil cair pertoapostas betseu apartamento.

"Nós viemos aqui para viverapostas betpaz. Nós nunca esperávamos que o horror fosse se repetir. Estouapostas betKiev agora, e as pessoas estão correndoapostas betqualquer direção", disse Sajad. "Há longas filas pertoapostas betsupermercados, postosapostas betcombustíveis e caixas eletrônicos. Isso é exatamente o que vimosapostas betCabul apenas alguns meses atrás."

Pessoas tentam retirar dinheiroapostas betbancoapostas betCabulapostas bet2021

Crédito, AFP

Legenda da foto, O caos visto quando o Talebã tomou Cabulapostas bet2021 incluiu filas nas portasapostas betbancos

Sajad e outros que chegaram à Ucrânia vindos do Afeganistão há seis meses sentem-se agora perdidos. "Não falamos a língua, nossos passaportes estão com o governo, e não podemos ir para nenhum lugar. Mesmo se quisermos ir embora, eu não sei para onde fugir."

Afegãosapostas betredes sociais reagiram rapidamente aos acontecimentos na Ucrânia por causa da recente tomada do país pelo Talebã e também porque invasão russa traz memórias da ocupação soviética do Afeganistãoapostas bet1979, que deixou centenasapostas betmilharesapostas betvítimas e um êxodoapostas betmilhõesapostas betpessoas.

"O problema agora é que ninguém está aqui para nos ouvir ou cuidarapostas betnós. Eu me sinto arrasado, não temos embaixada ou um governo ou mesmo uma identidade. Não temos ninguém do nosso lado."

Refugiados afegãos caminham na Ucrânia

Crédito, Haidar Seddiqi

Legenda da foto, Seddiqi diz que ele e outros refugiados ficaram abandonados na estrada

'Verei meus filhosapostas betnovo?'

Haidar Seddiqi e seus colegasapostas betcampo, incluindo uma famíliaapostas betseis pessoas, com três crianças, estão exaustos devido aapostas betcaminhadaapostas betbuscaapostas betsegurança. Eles andaram maisapostas bet75 quilômetros durante a noite e haviam acabadoapostas betchegar ao centroapostas betChernihiv, que agora é uma zonaapostas betconflito.

Na manhãapostas betsexta-feira, dia 25, ele enviou uma mensagemapostas betvoz dizendo que eles estavam caminhandoapostas betgrupos pequenos para garantir que não se tornem alvosapostas betbombardeios. Ele pedia que a comunidade internacional e as Nações Unidas não se esqueçamapostas betpessoas como ele.

"E se houver um ataque aqui ou algo acontecer com a gente? O que aconteceria com a minha família no Afeganistão? E se eu morrer, quem diria a eles se eu estou vivo ou morto? Será que eu verei meus filhosapostas betnovo?"

Línea

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