Covid-19: piora da pandemia no Brasil leva países vizinhos a reforçarem medidas nas fronteiras:apostas final da libertadores

Mulherapostas final da libertadoresmáscara chora encostadaapostas final da libertadorescarro com caixão dentro

Crédito, REUTERS/Carla Carniel

Legenda da foto, Mulher chora no enterroapostas final da libertadoresSão Pauloapostas final da libertadoresTereza Santos, uma das 270 mil vítimas da covid-19 no Brasil

O ministro da Saúde do Uruguai, Daniel Salinas, informouapostas final da libertadoressuas redes sociais que enviaria mais dosesapostas final da libertadoresvacinas contra a covid-19 para "blindar" e "resguardar" a região na fronteira com o Brasil.

Novas cepas preocupam autoridades

A preocupação cresceu na semana passada, disseram fontes uruguaias, quando surgiram informações sobre o drama sanitárioapostas final da libertadoresPorto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, com a faltaapostas final da libertadoresleitos e a escalada no númeroapostas final da libertadoresvítimas fataisapostas final da libertadorescovid-19.

"Estamos muito preocupados e especialmente com a variante P.1, a cepaapostas final da libertadoresManaus, desde que a situação se agravouapostas final da libertadoresPorto Alegre. Nosso país tem muita ligação com o Sul do Brasil", disse à BBC News Brasil o virologista uruguaio Rodney Colina.

Ele integra o consórcioapostas final da libertadoressequenciamento do genomaapostas final da libertadorescoronavírus, formado pelo governo uruguaio, a Universidade da República e o Instituto Pasteur,apostas final da libertadoresMontevidéu. Os pesquisadores do consórcio rastreiam as cepas do vírus no país, que podem ser tanto as do Brasil como as da Europa, disse Colina.

Ele afirmou que, no caso das variações detectadas incialmente no Brasil, até poucos dias, a "P.1 não tinha entrado e a P.2, a do Rioapostas final da libertadoresJaneiro, sim ingressou" no Uruguai.

Especialista do laboratório Cenur Litoral, da cidadeapostas final da libertadoresSalto, ligado à Universidade da República, o virologista explicou que a preocupação é justificada pela "rapidez com que o vírus se propaga", e que esta forte transmissibilidade poderia "pressionar a redeapostas final da libertadoressaúde" uruguaia.

Com cercaapostas final da libertadores3,5 milhõesapostas final da libertadoreshabitantes, o Uruguai iniciou há cercaapostas final da libertadoresdez dias a campanha nacionalapostas final da libertadoresvacinação contra a covid-19. Na quarta-feira (10/3), o governo enviou dosesapostas final da libertadoresreforço para Rivera, departamento limítrofe com Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Rivera registra os maiores índicesapostas final da libertadorescovid-19 no território uruguaio, seguidaapostas final da libertadoresCerro Largo, também na fronteira com o Brasil.

Ministro da Saúde do Uruguai, Daniel Salinas

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, O ministro da Saúde do Uruguai, Daniel Salinas, informouapostas final da libertadoressuas redes sociais que enviará mais dosesapostas final da libertadoresvacinas contra a covid-19 para 'blindar' a região na fronteira

As doses da CoronaVac, contaram assessores uruguaios, deverão imunizar pessoasapostas final da libertadoresidade entre 18 e 59 anos que tenham tido alguma comorbidade.

A campanhaapostas final da libertadoresimunização no país tem características diferentes das que estão sendo realizadasapostas final da libertadoresnações vizinhas, como o Brasil e a Argentina, onde a imunização começou com pessoas com maisapostas final da libertadores80 anos.

A partir das orientaçõesapostas final da libertadoresum comitê especialapostas final da libertadoresassessores — com médicos, virologistas, matemáticos, entre outros —, o cronograma uruguaio incluiu, na primeira etapa, profissionais da educação (não professores), policiais, bombeiros e militares da ativa com até 59 anos.

"Nós demos prioridade aos que tinham entre 55 e 59 anos porque era o que tínhamos autorizado (através do comitêapostas final da libertadoresassessores). Agora, daremos prioridade aos gruposapostas final da libertadores60 a 70 anos ouapostas final da libertadores65 a 70 anos e,apostas final da libertadores14 dias, aos com maisapostas final da libertadores85 anos", disse o ministro Salinas na quinta-feira (11/3).

Pedidosapostas final da libertadoresfechamentoapostas final da libertadoresfronteiras para impedir a entradaapostas final da libertadoresbrasileiros

A vacinação no país vizinho se baseia nos dadosapostas final da libertadoreseficácia dos imunizantesapostas final da libertadoresacordo com as faixas etárias, entre outras caractéristicas. Além da CoronaVac, que começará a ser usadaapostas final da libertadoresquem tem entre 60 e 70 anos, o país recebeu, na noiteapostas final da libertadoresquarta-feira carregamentos com as primeiras 50 mil doses da vacina da Pfizer. Com as novas doses, foi iniciada na sexta-feira (12) a vacinação dos profissionaisapostas final da libertadoressaúde.

O cronograma inicial foi ajustado para reforçar a regiãoapostas final da libertadoresfronteira com o Brasil, país cuja situação passou a ser chamadaapostas final da libertadores"tragédia" eapostas final da libertadores"colapso" na imprensa argentina e boliviana.

O boliviano El Diario, por exemplo, publicou na sexta-feira que "Tragédia no Brasil coloca a regiãoapostas final da libertadoresperigo". No mesmo dia, o argentino La Nación escreveu naapostas final da libertadorescapa: "A pandemia colapsa o Brasil". Na semana passada, a imprensa argentina já destacava que "Porto Alegre repete as cenasapostas final da libertadoresManaus e sofre com caos sanitário".

O temor que as variantes brasileiras ganhem terreno na Argentina levou um popular comunicador argentino, Mauro Viale, da TV América, a sugerir que o governo do presidente Alberto Fernández fechasse as fronteiras por terra com o Brasil, o quanto antes.

"São vários caminhoneiros do Brasil que entram todos os dias na Argentina. Me expliquem por que as fronteiras não são fechadas?", disse Viale. Ele também afirmou que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro tinha dito que quem usava máscara era 'maricón' (homossexual) e que esperava que na Argentina as pessoas continuassem usando a proteção e outras medidas preventivas contra o coronavírus.

Pesquisador segurando dois modelos do vírus

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Novas cepas são principal fonteapostas final da libertadorespreocupação

A preocupação com a chegadaapostas final da libertadoresoutras cepas do coronavírus no país levou governadores a pedirem que o governo suspenda viagensapostas final da libertadoresargentinos eapostas final da libertadoresresidentes do país ao exterior, incluindo o Brasil, como relatou à BBC News Brasil o presidente da Sociedade Argentinaapostas final da libertadoresInfectologia, Omar Sued.

Na sexta-feira, venceu o decreto assinado pelo presidente que determinou, há quase um ano, restriçõesapostas final da libertadoresentradaapostas final da libertadoresestrangeiros no território argentino. As medidas preventivas foram ampliadas até abril, após reuniãoapostas final da libertadoresFernández comapostas final da libertadoresequipe na Casa Rosada nesta sexta-feira.

"Os governadores querem ganhar tempo enquanto mais pessoas são vacinadas no país. É uma precaução para que novas cepas não sejam disseminadas pela Argentina", explicou Sued.

Naapostas final da libertadoresvisão, a cepa da África do Sul é a mais preocupante por demonstrar ser a mais resistente às vacinas. Mas fez uma ressalva: "Há aqui também muita preocupação com a cepaapostas final da libertadoresManaus, pela rapidez daapostas final da libertadorestransmissão".

No ano passado, a Argentina criou uma comissão que rastreia o genoma do coronavírus. Até agora, foram encontradas quatro amostras com variantes do Reino Unido, cuja transmissão já é considerada "comunitária" porque duas delas não tinham vínculos com pessoas que viajaram ao exterior, como contou o virologista Humberto Debat, do Instituto Nacionalapostas final da libertadoresTecnologia Agropecuária.

Debat, que integra o Projeto Argentino Interinstitucionalapostas final da libertadoresGenômicaapostas final da libertadoresSARS-CoV2 (País), disse que nos rastreamentos foram detectadas 43 amostras com cepas do Rioapostas final da libertadoresJaneiro e,apostas final da libertadoresmenor medida,apostas final da libertadoresManaus, com apenas quatro casos. O grupoapostas final da libertadorespesquisadores entende que, por enquanto, a varianteapostas final da libertadoresManaus não circula na Argentina.

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