Os 3 países da América Latina com a maior previsãoblaze ggcrescimentoblaze gg2021:blaze gg

Isso significa que mesmo com um aparente aumento espetacular da atividade econômica, o país ainda estará longeblaze ggretornar ao nível pré-crise, uma história que se repetirá na maioria dos países da região.

"A recuperação estará sujeita a muitas incertezas, como a dinâmica da pandemia, a disponibilidadeblaze ggvacinas, a capacidade dos paísesblaze ggmanter políticasblaze ggapoio e o que acontecerá com a economia mundial", diz Daniel Titelman, diretor da Divisãoblaze ggDesenvolvimento Econômico da Cepal, à BBC News Mundo, o serviçoblaze ggespanhol da BBC.

Para este ano, a Cepal projeta uma queda histórica da economia regionalblaze gg7,7%, enquanto para 2021 espera um crescimentoblaze gg3,7%.

Se não houver grandes mudanças no horizonte, pode-se dizer que a América Latina atingiu o fundo do poço e agora inicia um lento processoblaze ggrecuperação.

Durante essa recuperação, os três países que terão o maior crescimento econômico no próximo ano, segundo as projeções da Cepal, serão: Peru (9%), Panamá (5,5%) e Bolívia (5,1%).

Um ano eleitoral no Peru

Apesar do impacto econômico devastador da pandemia no Peru, o ministroblaze ggEconomia e Finanças, Waldo Mendoza, disse que o país está apresentando uma recuperação "muito mais rápida" que o resto dos países da região.

Entre os motivos, ele citou a redução no avanço da pandemia e os efeitos dos pacotesblaze ggestímulo para conter a crise econômica.

"Temos uma situação um pouco mais administrável, que nos permite abrir atividades econômicas com um pouco maisblaze ggconfiança e menos risco", disse Mendoza, membro do gabinete do governoblaze ggFrancisco Sagasti, que assumiu a presidência do Perublaze ggmeio a uma profunda crise política,blaze ggmeadosblaze ggnovembro.

Se a economia do Peru crescer 9%blaze gg2021, conforme projeta a Cepal, será o país com maior crescimento econômico na região, depoisblaze ggter ficado no topo do rankingblaze ggpior desempenho regional (atrás apenas da Venezuela)blaze gg2020.

Um efeito rebote da economia não está condicionado exclusivamente à evolução da pandemia, mas também às condições políticas.

"Há incerteza por motivosblaze ggsaúde e por motivos políticos", explica Diego Macera, gerente do Instituto Peruanoblaze ggEconomia (IPE), à BBC.

"Se houver investimento privado, empregos são criados e isso impulsiona a recuperação econômica, mas se o Congresso que será eleito no próximo ano for como o que temos agora, o golpe para a confiança será grande", diz ele.

As eleições presidenciais e parlamentares estão convocadas para 11blaze ggabril e o segundo turno, se necessário, está previsto para junho.

No plano econômico, um dos sinais animadores para o próximo ano é que os especialistas esperam melhores resultados no setorblaze ggmineração, especialmenteblaze ggprodutos como o cobre.

No entanto, uma das principais preocupações é o que acontecerá com o emprego e o subemprego e como o país conseguirá obter as doses das vacinas necessárias para manter o vírus sob controle.

A recuperação do Panamá

"A recuperação dependeblaze ggdissipar a névoa da pandemia", disse Samuel Moreno, presidente do Colégioblaze ggEconomistas do Panamá, à BBC.

Se for gerada mais confiança na população, diz ele, o consumo interno vai aumentar e a expectativablaze ggfazer negócios no país vai melhorar.

O Panamá é o segundo país, depois do Peru, com a maior taxablaze ggcrescimento do PIB projetada para 2021, segundo a Cepal.

A atividade econômica deve crescer 5,5%blaze gg2021, após experimentar uma das maiores desacelerações econômicas regionais neste ano, com queda próxima a 11%, segundo a Cepal.

"Tenho uma visão positiva", diz Moreno, argumentando que no último trimestre deste ano houve indíciosblaze gguma reativação, como, por exemplo, a retomada das operações da companhia aérea Copay eblaze ggatividades comerciais e financeiras.

Apesar dos problemas causados ​​pela pandemia, o Panamá mantém uma boa classificaçãoblaze ggrisco nas agências internacionais, acrescenta o economista, o que contribui para a velocidade da recuperação.

Peça essencial da economia, o Canal do Panamá também começa a dar bons sinais.

"Esperamos que o comércio mundial se recupereblaze gg2021 e que isso continue influenciando positivamente a reativação dos fluxos comerciais nas atividades do canal", explica Titelman, da Cepal.

"Esperamos também aumento do comércio interno, principalmenteblaze ggconstrução e serviços financeiros", acrescenta.

Um dos maiores desafios para o próximo ano, concordam os especialistas, é a geraçãoblaze ggempregosblaze ggum país com altos níveisblaze ggdesigualdade, onde o acesso aos serviços básicos não é garantido nas áreas rurais habitadas principalmente por populações indígenas e comunidadesblaze ggdescendência africana.

O Banco Mundial afirmou que umablaze ggsuas preocupações é que os níveis profundosblaze ggdesigualdade que existem no país aumentem como consequência da pandemia, causando alta da insegurança alimentar e da desnutrição infantil.

A preocupação é compartilhada por Gersán Joseph Garzón, professor da Faculdadeblaze ggEconomia da Universidade do Panamá.

"Essa pandemia revelou a grande desigualdade que existe no país", afirma.

Um dos motores essenciais para a reativação, defende o economista, é que o gasto público aumente para gerar novas fontesblaze ggtrabalho.

"Grande parte do emprego dependeblaze ggprojetosblaze gginfraestrutura promovidos pelo governo. Isso ajudaria muito."

Os desafios da Bolívia

A Bolívia ocupa o terceiro lugar entre os países latino-americanos que podem apresentar maior crescimento, com uma projeçãoblaze ggaltablaze gg5,1%blaze gg2021, após uma queda profundablaze gg8%blaze gg2020, segundo a Cepal.

O governoblaze ggLuís Arce, que iniciou seu mandatoblaze gg8blaze ggnovembro após um longo períodoblaze gginstabilidade política no país, está promovendo uma sérieblaze ggmedidas que incluem aumento do investimento público, crédito a juros baixos aos produtores. e a criaçãoblaze ggum imposto permanente sobre grandes fortunas.

E o orçamento do país para o próximo ano reflete um forte aumento do endividamento e dos gastos públicos para sustentar o crescimento econômico.

"Esperamos que as políticasblaze ggtransferênciablaze ggrenda que estão sendo realizadas na Bolívia possibilitem o acionamento da demanda interna", disse Titelman, acrescentando que o programablaze ggrecuperação produtiva que o governo está implementando também pode gerar mais dinamismo econômico.

No que diz respeito às exportações, uma fonte essencialblaze ggrecursos para a Bolívia é a vendablaze gggás natural para os países do Cone Sul. É por isso que "a evolução do Brasil e da Argentina influenciará significativamente a recuperação da Bolívia no próximo ano", diz Titelman.

Os planosblaze ggrecuperação da economia boliviana, como ocorre com o restante dos países, estão sujeitos à grande incógnita sobre o controle do vírus.

"Não sabemos o que acontecerá com a pandemia. A recuperação dependerá se serão necessárias medidas que restrinjam a atividade econômica e a mobilidade das pessoas", afirmou Juan Antonio Morales, ex-presidente do Banco Central e professor da Universidade Católica Boliviana.

Outros fatores como a evolução do contexto econômico internacional e os preços dos recursos naturais também vão influenciar, segundo ele. Nessa frente, existem alguns sinaisblaze ggesperança.

"Os preços das commodities tiveram uma recuperação considerável", o que favorece a mineração local, afirma o economista.

Ele também destaca que houve aumento no preçoblaze ggalguns alimentos, fenômeno que pode ser "uma boa notícia para os exportadores desses alimentos, mas uma má notícia para os preços internos".

São tantos os elementos que entramblaze ggjogo na análise das perspectivas econômicas para a América Latinablaze gg2021 que qualquer mudança no cenário pode transformar as projeções.

Se há algoblaze ggque há um pouco maisblaze ggcerteza, é que faltam vários anos para a região recuperar o crescimento econômico que tinha antes da pandemia, e mais ainda para melhorar os indicadores sociais.

E o Brasil?

Apesarblaze ggnão estar entre as economias na América Latina que mais vão cairblaze gg2020, o Brasil deve apresentar contraçãoblaze gg5,3%blaze ggseu PIB neste ano,blaze ggacordo com a Cepal. Para 2021, a previsão éblaze ggcrescimentoblaze gg3,2%.

"Em 2020, a pandemia da doença coronavírus (COVID-19) marcou negativamente a evolução da economia brasileira e um elevado númeroblaze ggvidas", disse a entidade.

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