EUA X China: O que significa que Washington deixeconsiderar Hong Kong 'politicamente autônoma':

ProtestoHong Kong

Crédito, ISAAC LAWRENCE

Legenda da foto, Os protestos são intensosHong Kong há semanas

Os EUA voltaram a desafiar Pequim.

O secretárioEstado americano, Mike Pompeo, anunciou na quarta-feira (27/05) ao Congresso que Hong Kong "já não é politicamente autônoma" da China e, portanto, deixaráreceber um tratamento especial do governo dos EUA.

A decisão pode ter graves consequências para o comércio entre Hong Kong e os EUA e para investimentos futuros na ex-colônia britânica, que tem mais liberdades que o resto da China.

"Nenhuma pessoa pode assegurar hoje que Hong Kong mantém um alto grauautonomia da China, dados os acontecimentos no local", afirmou Pompeoum comunicado.

Suas declarações são uma resposta à controversa nova leisegurança para Hong Kong, aprovada pelo Parlamento chinês nesta quinta-feira após anosintensos protestos no território contra o papelPequim e por maiores liberdades.

ClassificadaHong Kong como "o assunto mais controverso desde a transferência do poder" britânico,1997, a lei causou forte indignação e manifestações com centenasdetidos.

Os enfrentamentos se acirraram novamente na quarta-feira, enquanto se debatia a medida.

O que significa o anúncioPompeo

O status especialHong Kong perante o governo americano proporciona ao território condições comerciais favoráveis. As condições passaram a vigorar após a ex-colônia britânica voltar a mãos chinesas,1997.

Mas esse status especial tem como condição que o secretárioEstado dos EUA confirme a cada ano que Hong Kong mantém autonomiarelação à China.

Manifestantes pró-democracia foram às ruas para a nova leisegurança

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Manifestantes pró-democracia foram às ruas pela nova leisegurança

Se não houver essa confirmação, o Congresso dos EUA pode revogar o tratamento especial à região.

Isso significaria que Hong Kong passaria a ser tratada da mesma maneira que a China para questões comerciais, o que colocariarisco um comércio no valorbilhõesdólares entre Hong Kong e os EUA e afastar investidores do território.

Também prejudicaria a China continental, que usa Hong Kong como uma intermediária nas suas relações com o resto do mundo.

Impacto entre empresas

Empresas chinesas ou multinacionais usam a região comobase regional ou global.

Pouco após as declaraçõesPompeo, o proeminente ativista pró-democracia Joshua Wong pediu aos líderes dos EUA, Europa e Ásia que seguissem o gesto do secretárioEstado e reconsiderassem o status especial comercialHong Kong se Pequim impusesseleisegurança.

China e Hong Kong, apesar das diferenças emestrutura política, compartilham o mesmo chefeestado, o presidente Xi Jinping

Crédito, AFP

Legenda da foto, Xi Jinping é o líder mais poderoso da Chinadécadas

"Uma vez que a lei seja implementada, Hong Kong será integrada ao regime autoritário chinês, tantoquestõesproteção do EstadoDireito como dos direitos humanos", afirmou.

No entanto, ainda há margemmanobra, diz Bonnie Glaser, conselheira sênior para Ásia e diretora do Projeto o Poder Chinês do CentroEstudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na siglainglês)Washington.

Parlamento chinês

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O parlamento chinês, o Congresso Nacional do Povo, debate a leisegurança nacional a ser aplicadaHong Kong

"A China pôsmarcha um processo, e agora os EUA fizeram o mesmo. Não há nada automático sobre os próximos passos que cada um tomará", ela diz à BBC News Mundo, o serviçoespanhol da BBC.

Pequim, por um lado, ainda deve redigir a versão final da lei, promulgá-la e implementá-la, enquanto o DepartamentoEstado dos EUA ainda temmandar um informe ao Congresso revogando o status especialHong Kong.

No caso da China, "ainda temosver o que fará eque ritmo", diz Glaser. "O mesmo ocorre com os EUA", acrescenta.

Tanya Chan e outros ativistasHong Kong

Crédito, AFP

Legenda da foto, Ativistas do movimento pró-democraciaHong Kong temem que este seja o fim do modelo "um país, dois sistemas"

Se o DepartamentoEstado der o próximo passo, os "EUA então terãodecidir como revisarão a maneira como tratam Hong Kongvárias áreas (...) e políticas que os Estados Unidos aplicaram na China continental poderiam ser usadas com Hong Kong, como barreiras alfandegárias, controles à exportação, restrições a investimentos...".

Há outro passo que Washington também poderia dar separadamente: optar por impor sanções sobre entidades chinesas ou indivíduos que estejam descumprindo a Lei Básica — a mini-ConstituiçãoHong Kong — ou o acordo sino-britânico1997, acrescenta Glaser.

"O futuro ainda está por ser escrito."

Línea

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