Como retirada das tropas americanas ordenada por Trump modifica a guerra na Síria:bwin f1
Assistir a vídeos do sofrimento deles deveria ser obrigatório para os líderes que dão as ordens. Não é difícil encontrar essas imagens na internet e na televisão.
A decisão do presidente Trumpbwin f1retirar os EUA do que chamoubwin f1"guerra sem fim" deu à Turquia sinal verde para enviar tropas para a Síria.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou que seu alvo eram os curdos das Forças Democráticas da Síria (FDS), que são aliados dos rebeldes curdosbwin f1seu país. O plano dele é controlar os dois lados da fronteira no nordeste da Síria e estabelecer uma zonabwin f1ocupaçãobwin f1cercabwin f132 quilômetros — para onde ele quer mandar um milhão ou maisbwin f1refugiados sírios.
Quando os EUA decidiram equipar e treinar curdos sírios, assim como alguns árabes, para combater o Estado Islâmico, eles estavam cientesbwin f1um problemabwin f1potencial: seus futuros aliados curdos eram considerados terroristas pela Turquia, aliada da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Washington fez vista grossa para um problema que poderia ser jogado para o futuro. Agora o futuro chegou — e foi pelos ares.
Há uma semana, um pequeno númerobwin f1militares americanos era o símbolo tangível do que parecia ser uma garantiabwin f1segurança para os curdos sírios, que se tornaram aliados vitais na guerra contra os jihadistas extremistas do Estado Islâmico.
Os curdos lutaram e morrerambwin f1solo, enquanto os EUA, o Reino Unido e outros países forneceram poderio aéreo e tropas das forças especiais. Quando o califado autoproclamado pelo Estado Islâmico caiu, os curdos se mobilizaram e prenderam milharesbwin f1combatentes jihadistas.
Mudançabwin f1rumo
Mas no mesmo tempo que levou para o presidente Trump enviar alguns tuítes, os curdos sírios foram forçados a reconhecer que haviam sido abandonados, provocando consternação nas forças armadas americanas.
O secretáriobwin f1Defesa dos EUA, Mark Esper, negou que os curdos tivessem sido abandonados. Mas com o avanço dos turcos e a retirada dos americanos, não foi o que os curdos sírios sentiram. Mais uma vez embwin f1história conturbada, eles se tornaram aliados descartáveis de uma potência estrangeira. E se voltaram para seus antigos inimigosbwin f1Damasco.
No domingo, os curdos anunciaram um acordo com o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, concordando que suas tropas poderiam avançar para a zona que não era controlada por Damasco desde 2012, bem perto da fronteira com a Turquia.
Essa é uma grande vitória para o regime. As tropas deixaram rapidamente as bases que mantinham no nordeste do país. Os partidáriosbwin f1Assad desenterraram as bandeiras do regime.
Foi um dia desastroso para a política americana no Oriente Médio. A aliança com os curdos e a garantiabwin f1segurança que protegia seu território autônomo na Síria deram aos americanos uma participação no fim da guerra.
Foi também uma maneirabwin f1pressionar os apoiadores do regimebwin f1Assad: Rússia e Irã. A retirada dos americanos e o avanço do Exército sírio também são uma vitória para eles.
Novas oportunidades parecem estar se abrindo para os jihadistas extremistas do Estado Islâmico. No aplicativobwin f1mensagens Telegram, eles declararam uma nova campanhabwin f1violência na Síria. Embora tenham perdido seu território, o "califado", aqueles que não foram presos ou mortos se restabelecerambwin f1células adormecidas para realizar ataquesbwin f1guerrilha.
Uma vitória para Assad
Agora, com os curdos cambaleando, eles veem a chancebwin f1libertar os milharesbwin f1combatentes que estão detidos nas prisões curdas. Alguns são assassinos notórios que podem representar uma séria ameaça se saírem carregando armas e bombas novamente — não apenas na Síria, masbwin f1outros lugares.
Legitimamente, os governos do ocidente estão ficando nervosos com uma nova ameaça do Estado Islâmico.
Os governos europeus, preocupados que os problemas do Oriente Médio batam àbwin f1porta, estão pedindo à Turquia que pare a ofensiva.
Alguns membros da Otan veem um cenáriobwin f1pesadelo se desenrolando, com a Síria, apoiada pelo poderio russo, enfrentando potencialmente a Turquia, membro da Otan. Os russos dizem que estãobwin f1contato regular com a Turquia.
Masbwin f1uma zonabwin f1guerra fluida e violenta, as chancesbwin f1percepções equivocadas, erros e agravamento estão sempre presentes.
Talvez o que aconteceu na última semana simplifique o fim da guerra na Síria. Dois grandes atores, os americanos e os curdos, parecem estar forabwin f1cena — enquanto o presidente Assad, juntamente com seus aliados, Rússia e Irã, continua a solidificarbwin f1vitória.
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