Os problemas enfrentados pelo Japão por ter restringidocomo funciona a pixbetmaneira dura a imigração:como funciona a pixbet
Embora essa situação esteja mudando, muitos dos problemas que afligem o país, como o envelhecimento da população, a queda na taxacomo funciona a pixbetfecundidade, a escassezcomo funciona a pixbettrabalhadores e a baixa participação das mulheres no mercado profissional, têm se agravado com a faltacomo funciona a pixbetimigrantes, argumenta o historiador e cientista americano Jared Diamondcomo funciona a pixbetseu último livro Upheaval: How Nations Cope with Crisis and Change (Turbulência: como as nações lidam com crise e mudança,como funciona a pixbettradução livre)
Menos e mais velhos
Com uma expectativacomo funciona a pixbetvida médiacomo funciona a pixbet84,2 anos (81,1 para homens e 87,1 para mulheres), o Japão é um dos países com maior númerocomo funciona a pixbetidosos no mundo. De acordo com dados oficiais compiladoscomo funciona a pixbet2018, trêscomo funciona a pixbetcada dez cidadãos têm maiscomo funciona a pixbet65 anos.
Não só é um país com uma populaçãocomo funciona a pixbetidade avançada, mas também com uma que, há cercacomo funciona a pixbetdez anos, está encolhendo. De acordo com números do Ministério da Administração Interna, diminuiucomo funciona a pixbetmaiscomo funciona a pixbet430 mil pessoas no ano passado.
Enquanto a taxacomo funciona a pixbetfecundidade para manter uma população estável é,como funciona a pixbetmédia,como funciona a pixbet2,1 filhos por mulher, no Japão estacomo funciona a pixbet1,4. O mesmo acontece com o númerocomo funciona a pixbetcasamentos, que estácomo funciona a pixbetdeclínio.
Tudo isso se traduzcomo funciona a pixbetum fardo para o sistemacomo funciona a pixbetsaúde e seguridade social que deve lidar com uma população que está envelhecendo - e adoecendo - e escassez na forçacomo funciona a pixbettrabalho. De acordo com uma pesquisa da Reuters, há 1,63 empregos disponíveis para cada pessoa à procuracomo funciona a pixbettrabalho, o maior índice desde 1974.
Isso também é evidente no fechamentocomo funciona a pixbetinstituições educacionais. "A cada ano, maiscomo funciona a pixbet500 escolas são fechadas devido ao menor númerocomo funciona a pixbetcrianças", diz Toshiro Menju, diretor da organização não governamental Centro Japonêscomo funciona a pixbetIntercâmbio Internacional.
Sim aos Robôs, não aos imigrantes
Estes não são problemas exclusivos do Japão. Mas Diamond explica que, enquanto outros países resolveram essas dificuldades ao incorporar imigrantes, a crise se agravou no Japão por causacomo funciona a pixbetsua recusacomo funciona a pixbetreceber trabalhadores estrangeiros.
"Embora os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e a Europa Ocidental também têm uma queda na taxacomo funciona a pixbetnatalidade e um envelhecimentocomo funciona a pixbetsua população nativa, esses países minimizaram as conseqüências ao admitirem um grande númerocomo funciona a pixbetimigrantes", diz o historiador.
Gabriele Vogt, professoracomo funciona a pixbetpolítica e sociedade japonesa na Universidadecomo funciona a pixbetHamburgo, na Alemanha, e autoracomo funciona a pixbetPopulation Aging and International Health-Caregiver Migration to Japan (Envelhecimento da População e Migração Internacionalcomo funciona a pixbetCuidadorescomo funciona a pixbetSaúde para o Japão,como funciona a pixbettradução livre) concorda com Diamond.
"Se compararmos o Japão com a Alemanha, nas décadascomo funciona a pixbet1950, 1960 e 1970, a Alemanha recrutou ativamente os chamados 'trabalhadores convidados', principalmentecomo funciona a pixbetpaíses europeus, enquanto o Japão nunca o fez, apesar do fatocomo funciona a pixbetestar ocorrendo lá, como na Alemanha, um intenso crescimento econômico."
No momentoscomo funciona a pixbetque havia mais empregos do que a forçacomo funciona a pixbettrabalho poderia cobrir, "a Alemanha escolheu o caminho do recrutamentocomo funciona a pixbetimigrantes, enquanto, no Japão, houve migração interna para áreascomo funciona a pixbetcrescimento econômico ou polos industriais", diz Vogt.
Uma medida do país para resolver esse déficit foi incorporar mulheres ao mercado profissional. "É um pouco irônico, mas nos anos 1950, 1960 e 1970, o Japão desenvolveu um modelocomo funciona a pixbetvida que,como funciona a pixbettermoscomo funciona a pixbetparticipação das mulheres no mercadocomo funciona a pixbettrabalho, hoje consideramos progressista", afirma Vogt.
Quem cuidará das crianças?
No entanto, a paridadecomo funciona a pixbetgênero no acesso ao mercadocomo funciona a pixbettrabalho desapareceu rapidamente quando a tecnologia e a robótica se tornaram opções viáveis para compensar a crescente demanda por trabalhadores. "O modelo virou o padrão 'americano' no qual o homem é o principal provedor e a mulher ficacomo funciona a pixbetcasa cuidando dos filhos", diz Vogt.
"Esse modelo - que não era mais compatível com a alta participação das mulheres na forçacomo funciona a pixbettrabalho - continua profundamente enraizado na sociedade japonesa."
Qualquer iniciativa que vise reverter a escassa participação das mulheres no ambientecomo funciona a pixbettrabalho ou na política deve primeiro superar os obstáculos que, segundo Diamond, são mais difíceis devido à faltacomo funciona a pixbetimigração.
As longas jornadas e a socialização depois do expediente - que não é uma obrigação, mas é esperada - tornam difícil para mulheres com filhos se manterem no mercado, porque no Japão, há pouca disponibilidadecomo funciona a pixbetserviços para cuidar das crianças enquanto elas trabalham, explica o historiador.
"Há uma faltacomo funciona a pixbetmulheres imigrantes que possam cuidar destas criançascomo funciona a pixbetparticular e há pouquíssimas creches particulares ou estaduais", diz Diamond.
Os imigrantes são necessários
Se você viajar para Tóquio ou para qualquer outra cidade importante do país, verá que a homogeneidade étnicacomo funciona a pixbetque tanto se fala é mais um conceito - ou um ideal - do que uma descrição da sociedade atual.
"Há, por exemplo, minorias étnicas, mas persiste a idéiacomo funciona a pixbetque 'somos todos japoneses e pertencemos a uma sociedadecomo funciona a pixbetclasse média onde não há nem muito ricos nem muito pobres', o que não é verdade", diz Vogt.
A pesquisadora afirma que estas ideias ajudam a manter uma sociedadecomo funciona a pixbetque todos sabem o seu lugar e estão dispostos a se sacrificar para que ela progrida.
Graças ao recente aumento do turismo (cercacomo funciona a pixbet31 milhõescomo funciona a pixbetpessoas viajaram para o Japãocomo funciona a pixbet2018), há muitos visitantes estrangeiros, mas também estudantes e trabalhadorescomo funciona a pixbetoutros paísescomo funciona a pixbetlojas e bares, especialmentecomo funciona a pixbetoutros países asiáticos.
Reformas na décadacomo funciona a pixbet1990 das políticascomo funciona a pixbetimigração tornaram possível a chegadacomo funciona a pixbet"pessoas com ascendência japonesa - muitas com passaportes brasileiros ou peruanos - para trabalhar principalmente como mãocomo funciona a pixbetobra barata", diz Vogt.
Mais tarde, um polêmico "programa internocomo funciona a pixbettreinamento técnico temporário", destinado a atrair jovenscomo funciona a pixbetpaíses vizinhos para aprender novas habilidades tecnológicas que poderiam levarcomo funciona a pixbetvolta para seus países (mas que, na verdade, acabaram trabalhando como catadorescomo funciona a pixbetfrutas e realizando outras tarefas completamente alheias aos objetivos do programa), facilitou a chegada não oficial dos trabalhadores imigrantes.
Se levarmoscomo funciona a pixbetconta as lacunas legaiscomo funciona a pixbettodos esses programas que possibilitaram a participação ativacomo funciona a pixbetestrangeiros no mercadocomo funciona a pixbettrabalho, diz Vogt, podemos dizer que o Japão implementou uma política trabalhista para receber trabalhadores imigrantes.
E, mais recentemente,como funciona a pixbetabril deste ano, o governo fez mudanças nas políticascomo funciona a pixbetimigração para atrair 345 mil trabalhadores nos próximos cinco anos, com o objetivocomo funciona a pixbetcobrir empregoscomo funciona a pixbet14 setores da economia, incluindo construção, enfermagem, limpeza, hotelaria e agricultura. Isso quer dizer que a posição do governo sobre migração está mudando?
Mudança secreta
Para Toshihiro, é uma mudança óbvia, embora "o governo não esteja claramente falando sobre alterações na políticacomo funciona a pixbetimigração, dado que ainda existe um medo generalizado entre a populaçãocomo funciona a pixbetque os imigrantes podem ser perigosos para a sociedade".
Essa visão negativa dos estrangeiros, no entanto, também está ficando para trás, diz Toshihiro.
"Devido à experiência com o turismo, houve mais contato com estrangeiros, e a população está começando a entender que eles não são perigosos."
Embora preconceitos persistam. "Se você quer alugar uma casa ou um quarto, o proprietário pode dizer não se você é estrangeiro", diz Toshihiro.
Na opiniãocomo funciona a pixbetVogt, mudanças recentes na legislação são um marco na postura do Japãocomo funciona a pixbetrelação à imigração.
"Não porque permitirão a entradacomo funciona a pixbetmuitas pessoas (a cota ainda é muito baixa), mas porque as autoridades estão dizendo pela primeira vez que precisamcomo funciona a pixbettrabalhadores imigrantes para o setor não qualificado e estão abrindo uma nova categoriacomo funciona a pixbetvisto para recrutar mãocomo funciona a pixbetobra barata."
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