Os macabros brinquedos da Alemanha nazista :aposta populares bet365

Brinquedos com esse perfil, diz o historiador, eram anunciados como educativos. Isso ocorria porque as crianças deveriam ser introduzidas ao Estado, suas instituições e ao partido nazista desde cedo. Logo, era comum que brincassem com bonecos/as vestidosaposta populares bet365uniformes do regime ou da Juventude Hitlerista. Até mesmo a famosa empresa Käthe Kruse fabricou esses itens.

"Após 1933, surgiu um grande númeroaposta populares bet365brinquedos nazistas: cartas com rostos dos principais políticos do regime (Hitler, Goebbels, Göring, etc), soldados, tanques e representaçõesaposta populares bet365Hitler eaposta populares bet365comitiva. Um dos mais vendidos era uma Mercedes preta com Hitler e seu motorista. Podia-se comprar miniaturasaposta populares bet365casas do Partido Nazista ou a famosa vilaaposta populares bet365Hitler, o Berghof", conta Postert.

À medida que a indústria alemã se ocupava cada vez mais com a Segunda Guerra, a demanda por brinquedos - pelos filhosaposta populares bet365soldados e para os tradicionais mercadosaposta populares bet365Natal - chegou a ser suprida por artigos fabricados por adolescentes ou até mesmo prisioneirosaposta populares bet365camposaposta populares bet365concentração.

"Quão bizarro era o simples fatoaposta populares bet365que os nazistas usaram judeus para produzir brinquedos para a Alemanha", pontua Postert.

Industriais agiram por vontade própria

Um aspecto relevante é que as empresas não eram forçadas pelo regimeaposta populares bet365Hitler a fabricar esses brinquedos. As companhias alemãs, algumas das principais produtoras globais do setor entre os anos 1920 e 1930, apostaram no apetite do mercado para produtos politizados, embora grande parte dos industriais também apoiasse os nazistas.

O regime nazista, contudo, enxergava esse movimento com ceticismo. Existia a preocupaçãoaposta populares bet365que o setor criasse propaganda ruim ou causasse constrangimento à ditadura, pois muitos produtos eram vistos como "não dignos" o bastante por oficiais. Esse problema foi "resolvido" com a introdução,aposta populares bet3651933, da Gesetz zum Schutz der nationalen Symbole, uma lei que definia um padrãoaposta populares bet365usoaposta populares bet365símbolos do regime.

Os brinquedos passaram a ser vistoriados antesaposta populares bet365chegarem ao consumidor. E diversos produtos foram banidos e retirados do mercado por não atenderem a padrões do regime. "Até mesmo o jogo da suástica que mencionei teria quase certamente sido banido: os jogadores que caíssem no campo que representava o golpe fracassadoaposta populares bet365Hitleraposta populares bet3651923 precisariam recuar no jogo. Mas aos olhos dos nazistas aquele golpe foi um ato heroico. Então, por que recuar?", afirma Postert.

O regime também desaprovava o Juden raus! por acreditar que a "questão dos judeus" não cabiaaposta populares bet365um jogo e não deveria ser trivializada daquela maneira. O tabuleiro não continha insígnias nazistas, mas trazia um texto explicativoaposta populares bet365tom casual e alegre, condizente com a intolerância aos judeus na época.

Máquinasaposta populares bet365propaganda

Apesaraposta populares bet365não estar por trás do esforços do setoraposta populares bet365brinquedos, o Terceiro Reich usava esses produtos como mais uma parte da engrenagemaposta populares bet365sua poderosa máquinaaposta populares bet365propaganda. "Importantes nazistas como Goebbels sabiam que a indústriaaposta populares bet365brinquedos era importante para propaganda. Ele ia publicamente a mercados durante o Natal e dava presentes a crianças", conta o historiador.

Brinquedos e livros racistas, como o Der Giftpilz (muito usado como panfleto antissemita), existiam antesaposta populares bet365Hitler se tornar o "Führer" da Alemanha, mas o regime os abraçou sem pudores. Entre as ferramentasaposta populares bet365manipulação estava também o famoso boneco Kasper, usadoaposta populares bet365apresentaçõesaposta populares bet365palcoaposta populares bet365organizações partidárias nazistas e até para entreter soldados alemães.

No fim dos anos 1930, o Reichsinstitut für Puppenspiel (algo como Instituto Para Teatroaposta populares bet365Fantoches) foi criado para fabricar esses bonecos e produzir roteirosaposta populares bet365apresentaçõesaposta populares bet365propaganda. Entre as suas criações estava um fantoche judeu, que simbolizava todos os clichês antissemitas do regime: ou seja, conspiradores, violões e uma ameaça aos arianos.

Naquele período, muitos acreditavam que brincar tinha alguma relação com uma suposta culturaaposta populares bet365raça. "O pesquisador Karl Haiding, por exemplo, viajou pela Escandinávia e por paísesaposta populares bet365língua alemã, especialmenteaposta populares bet365regiões rurais, antes e durante a Segunda Guerra. Em pequenas aldeias, ele eaposta populares bet365equipe fotografaram centenasaposta populares bet365crianças brincando com jogos tradicionais. Eles esperavam encontrar um 'estiloaposta populares bet365jogo ariano'", afirma Postert.

Embora não prestemos muito atenção sobre isso, explica o historiador, brinquedos fazem parte do nosso cotidiano e refletem a sociedade e a maneira como pensamos. "Estranhamente, até brinquedos e jogos fazem parte da história do fascismo e do Holocausto."

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