Misteriosa morteblack jackistmodelo holandesa reacende debate sobre riscos das drogas no mundo da moda:black jackist
A família da modelo começou nesta semana a fazer uma vaquinha virtual para levantar dinheiro para uma investigação independente.
Na indústria da moda, a tragédia trouxe novamente à tona os problemas que rondam o trabalhoblack jackistmodelos na Malásia. "Essas coisas acontecem tantas vezes - parece que isso poderia ter acontecido com qualquer umblack jackistnós", diz à BBC a modelo Emitsa Shz.
'De volta onde eu deveria estar'
Ivana Smit passou a maior parteblack jackistsua vida na Malásia, tendo crescido com seus avósblack jackistPenang - no norte do país. Foi lá que ela começou a modelar, aos 13.
Após alguns anos com seus pais na Holanda, ela tinha acabadoblack jackistvoltar à Malásia e só no mês passado se mudou para a capital Kuala Lumpur. Lá ela trabalhava como freelancer, sem ter uma agência.
"Ela teve melhores opções estandoblack jackistvolta" diz à BBC Natalie Woodworth, uma amigablack jackistinfânciablack jackistIvana. "Continuo lembrando dela falando para mim: 'Estoublack jackistvolta onde eu deveria estar'. Ela estava extremamente felizblack jackistretornar à Malásia."
Ainda não estão claros os detalhes sobreblack jackistmorte. Após supostamente ter ido com um casal mais velho ao apartamento deles, Ivana teria caído do apartamento nas primeias horas da manhã.
Seu corpo foi descoberto durante a tarde na varandablack jackistum apartamento do 6º andar, com álcool e drogas encontradosblack jackistseu sangue, segundo a mídia local.
Familiares da modelo que viajaram até a Malásia disseram à imprensa holandesa que Ivana tinha marcas no pescoço. O casalblack jackistestrangeiros que estava no apartamento foi acusado, separadamente,black jackistposseblack jackistdrogas - e ambos liberados após pagamentoblack jackistfiança.
Eles disseram à polícia que estavam dormindo quando Ivana caiu. Depois, levaram o filho para a escola - ainda sem saber da morte dela.
A tragédia levou a muitos pedidosblack jackistmudança no mercadoblack jackistmodelos. E muitas pessoas postaram nas redes sociais a hashtag #truthforivana para chamar atenção para o caso.
Pressão, drogas e álcool
Emitsa Shz,black jackist28, é uma veterana do mundo das modelos, tendo trabalhado por muitos anosblack jackistKuala Lumpur.
Ela diz que não é o trabalho como modelo a preocupação, mas "os muitos outros que aparecemblack jackistvolta das modelos".
Não se sabe se esse foi o casoblack jackistIvana, mas há uma grande oferta, por exemplo, para fazer presençablack jackistfestas, podendo-se ganhar maisblack jackistR$ 4 mil por cinco horas.
Mas há um enorme problema nesses casos, diz o modelo Carl Graham: drogas e álcool.
"A maioria das modelos estão afastadas das famílias desde cedo, elas têm inseguranças e possíveis problemas. E elas estão se afogandoblack jackistfestas, álcool e drogas."
As jovens nesse mercado, algumas no início da adolescência,black jackistgeral têm pouca experiênciablack jackistvida. A pressão é imensa e elas têm que lutar para lidar com esse mundoblack jackistglamour no qual são jogadas.
"Elas precisam aprender que podem dizer não e que ser paga para ir a festas não é modelar, é uma versãoblack jackistserviçoblack jackistacompanhante", diz Graham. "São os caras mais velhos com dinheiro os que normalmente fornecem álcool e na maioria das cirscunstâncias, drogas também", afirma. "Em geral, as modelos não têm proteção adequada ou suporte das agências. Elas são jovens garotasblack jackisttodos os lugares do mundo sendo levadas para bares e clubes."
Além disso, segundo ele, o trabalhoblack jackistmodelo na Malásia é visto por muitas pessoas como algo negativo e estereotipado, sendo associado a um estiloblack jackistvida hedonista conectado a um mundoblack jackistsemicelebridadesblack jackistfestas, álcool e bons momentos. "Essa imagem tem um efeito nas garotas - elas pensam que é o que precisam fazer", diz Emitsa Shz. "Mas não é esse o caso. Você pode dizer não para as coisas e continuar a fazer seu trabalho."
Alerta
Agênciasblack jackistmodelosblack jackistKuala Lumpur disseram à BBC que cuidam bem das modelos que trabalham para elas. "Tem muito disso acontecendo. Álcool, festas e possivelmente também drogas", diz Nicholas Chan, da agência ML Model. "Nósblack jackistagências alertamos as modelos para tomarem cuidado. Mas há limites do que uma agência pode fazer."
Chan é também membro do comitê da Associaçãoblack jackistModelos eblack jackistAgênciasblack jackistModelos da Malásia. O grupo tenta estabelecer padrões no país - o que, segundo ele, melhoraria as condiçõesblack jackisttrabalho e a estabilidade para as modelos.
"Claro que nem todas as agências são ruins", diz a modelo Emitsa. "Mas algumas estão atrás apenas do lucro e se esforçam poucoblack jackistproteger as garotasblack jackistpossíveis perigos."
Mortes como ablack jackistIvana, ela diz, acontem com frequência. "Mas só os casos mais dramáticos são escolhidos pela mídia - e mesmo assim eles são rapidamente esquecidos."
Entre esses casos está o da morteblack jackistuma adolescente russablack jackist14 anos na China.
Vlada Dzyuba ficou doente após participar da Xangai Fashion Week e morreublack jackistfalência múltipla dos órgãos. A imprensa russa afirmou queblack jackistmorte teria sido causada por uma meningite agravada pelo excessoblack jackisttrabalho, o que foi negado pela agência chinesa que a contratou.
Problemas
Emitsa acredita que casos como este e oblack jackistIvana têm pouco efeito para as mudanças.
As agências normalmente não são responsabilizadas. "As histórias que ouço sobre trabalhar na China são horríveis. Se você engorda meio-quilo, eles falam que você está gorda e ameaçam te mandar para casa."
Mas as garotas normalmente vêmblack jackistfamílias pobres e suas casas depedem do dinheiro que elas mandam.
O modelo Graham usou o Facebook para protestar após a morteblack jackistIvana, dizendo que o assunto não era apenas sobre essa tragédia. "Isso é sobre a gente se posicionar e compreender os riscos que atingem a nossa sociedade e a indústriablack jackistmodelos para ser exato."
Ele diz ter certezablack jackistque há um pouco mais que as agências poderiam fazer, sugerindo que elas deveriam ser responsáveis por menoresblack jackist18 anos, providenciando também acompanhantes para aqueles que são mais velhos.
Muitos dos que protestam pela morteblack jackistIvana esperam que essa tragédia tenha um impacto efetivo e leve a uma mudança. Graham não é tão otimista: "Estrelas maiores morreram da mesma maneira e nada mudou."