Poluição ameaça local1 betternascimento1 betterBuda e obriga monges a meditar1 bettermáscara:1 better
1 better O local onde teria nascido Buda (Sidarta Gautama, fundador do budismo) no Nepal está ameaçado por causa da poluição, alertam autoridades e cientistas.
Dados recentes coletados por estações1 bettermonitoramento da qualidade do ar1 bettercinco lugares do país mostram que Lumbini é altamente poluído.
Os alertas ocorrem1 bettermeio à expansão industrial perto do local sagrado.
Em janeiro, o índice1 betterpoluição atmosférica1 betterLumbini, no sudoeste do Nepal, era1 better173.035 microgramas por metro cúbico.
O nível considerado seguro pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é1 better25 microgramas por metro cúbico. Já o padrão nacional estabelecido pelo governo do Nepal é1 better40.
Turistas e monges dizem que têm dificuldade para respirar no local.
O monge Vivekananda, responsável por um centro1 bettermeditação internacional1 betterLumbini, é um dos que reclamam: diz que sofre com a tosse e precisa usar máscaras enquanto medita perto do templo1 betterMayadevi, construído exatamente no local onde Buda teria nascido.
"Recebemos1 betternosso centro1 bettermeditação pessoas que sofrem1 betterasma, e o estado1 bettersaúde delas piorou consideravelmente durante a estadia1 betterLumbini", explica.
"Em pelo menos três casos, (visitantes) tiveram1 betterantecipar a volta para casa por causa dos altos níveis1 betterpoluição."
Outro estudo conduzido pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e a Unesco (braço da ONU para a cultura) revelou que a poluição também está ameaçando o Patrimônio da Humanidade1 betterLumbini.
"A expansão das indústrias emissoras1 bettergás carbônico dentro da zona protegida1 betterLumbini vem causando vários problemas, como ameaças à biodiversidade e riscos para a saúde aos moradores, sítios arqueológicos, e valores culturais e sociais", diz o estudo.
Uma pesquisa realizada1 bettertrês monumentos1 betterLumbini concluiu que o jardim sagrado – um dos principais cartões-postais do local – estava poluído por componentes sólidos e gasosos dispersos no ar.
"Nas amostras colhidas no pilar1 betterAshoka (construído1 better249 a.C. pelo imperador Ashoka para marcar o local1 betternascimento1 betterBuda), gipsita, calcita, dolomita e magnesita estão presentes na forma1 betteruma poeira fina na superfície", diz levantamento realizado pelo arqueólogo italiano Constantino Meucci, da Universidade1 betterRoma.
"Todos os componentes são resultado do ciclo1 betterprodução1 bettercimento", acrescentou.
Muitas dessas fábricas estão dentro dos limites da Zona1 betterProteção1 betterLumbini, algo que os ambientalistas dizem se tratar1 betteruma violação das regulações do governo.
"Quando o vento traz mais poluição, vemos muitos monges meditando aqui usando máscaras", diz Shankar Gautam, que acabou1 betterse aposentar depois1 bettertrabalhar por 30 anos como funcionário da saúde pública.
"Estudos mostram que nos últimos dez anos o número1 betterpessoas com doenças pulmonares aumentou. A poeira que vem para cá também gerou uma explosão1 bettercasos1 betterdoenças1 betterpele", agregou.
Importante ponto1 betterperegrinação para os budistas, Lumbini atrai muitos turistas.
No ano passado, a localidade recebeu 1 milhão1 bettervisitantes e autoridades planejam transformá-lo1 betterum grande destino turístico internacional.
O governo do Nepal diz estar ciente do problema.
"Sabemos que Lumbini é mais poluído do que Katmandu (capital do Nepal)", diz Shankar Poudel, chefe da divisão1 bettermedição1 betterpoluição atmosférica no Ministério do Meio Ambiente.
"Planejamos detectar as fontes da poluição usando um drone1 betterum futuro próximo e esperamos que isso ajude a minimizar o problema".
Reportagem: Navin Singh Khadka, da BBC