Os superidosos com superneurônios: por que algumas pessoas desafiam a passagem do tempo:jogo de azar o que é
Pesquisas recentes revelaram novos dados sobre os mecanismos moleculares e celulares que podem estar envolvidos no inevitável e irreversível processojogo de azar o que éenvelhecimento.
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Fim do Matérias recomendadas
Nos profundar nos mecanismos genéticos da longevidade e najogo de azar o que émanifestação no organismo (fenótipo), nos permite focar nos hábitosjogo de azar o que évida (alimentação, práticajogo de azar o que éexercício físico, atividade cognitiva, etc.) como fatores-chave que fazem pender a balança para um envelhecimento saudável ou patológico. O fenômeno que nos permite modificar nosso destino genético é a epigenética.
Os mecanismos epigenéticos são modificações químicas no DNA produzidas por mudanças no ambiente (físico ou cognitivo) e que modulam a expressão dos nossos genes.
Desta maneira, nosso suposto destino na formajogo de azar o que éinformação genética pode ser reescrito — assim como pontuamos um texto — pelas açõesjogo de azar o que énossa vida cotidiana. E, além disso, podem ser herdados por nossos descendentes.
Mas vamos ver o que acontece com nosso cérebro ao longo da vida.
Um órgãojogo de azar o que ématuração lenta
Diferentementejogo de azar o que éoutras espécies, o cérebro humano ainda deve se desenvolver após o nascimento. É um processo lento, que começa na concepção e não termina até a morte, embora atinja a maturidade aproximadamente entre os 20 e 24 anos.
Como sabemos, nosso órgão pensante é formado por neurônios conectados entre si e outras células nervosas que servemjogo de azar o que ésuporte e defesa (os astrócitos e a micróglia).
Temos cercajogo de azar o que é10 trilhõesjogo de azar o que éneurônios que funcionam como uma grande redejogo de azar o que éinformações, armazenamento e gerenciamento da nossa vida cotidiana. Garantirjogo de azar o que éintegridade requer mecanismosjogo de azar o que éproteção e regeneração.
Até alguns anos atrás, acreditava-se que, uma vez atingida a maturidade cerebral, não havia mecanismos para substituir neurônios e reparar conexões perdidas. Não poderia estar mais longe da realidade: hoje sabemos que o cérebro tem áreas específicas (nichos)jogo de azar o que éque células progenitoras (células-tronco) podem ajudar a reparar ou substituir neurônios que degeneram ou são danificados.
A existênciajogo de azar o que émecanismosjogo de azar o que éproteção não impede que esses nichos progenitores deixemjogo de azar o que érepor neurônios com a idade. Por isso, o cérebrojogo de azar o que éuma pessoa idosa tem menos capacidadejogo de azar o que éregeneração, o que se traduzjogo de azar o que éuma diminuição da capacidade cognitiva.
De qualquer forma, as pessoas só costumam sofrer um declínio cognitivo grave quando a perdajogo de azar o que éneurônios é muito elevada devido a uma doença degenerativa, como o Alzheimer.
O surpreendente é que essa perda inexorável não implicajogo de azar o que éalterações graves na qualidadejogo de azar o que évida dos superidosos, o que aumentajogo de azar o que éresiliência e reserva cognitiva.
Chamamosjogo de azar o que éreserva cognitiva a capacidade do nosso sistema nervoso centraljogo de azar o que éequilibrar e otimizar seu funcionamento para enfrentar doenças neurodegenerativas. Esta capacidade também está associada a fatores como a atividade intelectual: ler, escrever e socializar.
De onde vem o superpoder dos superidosos?
Parece que os superidosos compartilham hábitos semelhantes: eles se mantêm fisicamente ativos, tendem a ser positivos, desafiam seu cérebro e aprendem algo novo todos os dias. Muitos continuam trabalhando até os 80 anos.
Além disso, evidências científicas destacam a importânciajogo de azar o que épermanecermos socialmente engajados à medida que envelhecemos. Atividades como visitar familiares e amigos, ser voluntáriojogo de azar o que éuma organização e sair para diferentes eventos foram associadas a uma melhor função cognitiva.
Em contrapartida, uma baixa participação socialjogo de azar o que éidades avançadas implica um maior riscojogo de azar o que édemência.
Tudo isso respalda a ideiajogo de azar o que éque o ambiente é um fator importantejogo de azar o que énosso envelhecimento.
Neurôniosjogo de azar o que éalto desempenho
Por outro lado, um estudo recente mostra que os superidosos possuem um grupojogo de azar o que éneurônios maior do que o normaljogo de azar o que éuma estrutura cerebral envolvida na preservação da memória (camada 2 do córtex cerebral entorrinal). Essas células nervosas poderiam estar relacionadas ao conceitojogo de azar o que éreserva cognitiva.
A pesquisa indica que essa característica do superidoso não é observadajogo de azar o que épessoas da mesma idade com declínio cognitivo, tampoucojogo de azar o que éindivíduos entre 60 e 65 anos que começam a apresentar lapsosjogo de azar o que émemória. Além disso, é significativo que esta área do cérebro seja uma das mais afetadas pelo declínio neuronal que caracteriza o Alzheimer.
Os cientistas também observaram que esses superneurônios não apresentam as características próprias do envelhecimentojogo de azar o que édoenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Nesse caso, o acúmulo anormaljogo de azar o que éproteínas (tau e beta-amiloide) no tecido cerebral causa a morte dos neurônios.
Tudo isso explicaria por que a degeneração neuronal não acontece nos superidosos — ou pelo menos não no ritmo típicojogo de azar o que éuma pessoa idosa — e por que eles mantêm as habilidades cognitivasjogo de azar o que éuma pessoa 20 ou 30 anos mais jovem.
A descoberta dos superneurônios também levanta a seguinte questão: se podemos favorecer seu aparecimento durante o neurodesenvolvimento ou na infância. A combinaçãojogo de azar o que éambos os fatores — a práticajogo de azar o que éhábitos sociais saudáveis e a existênciajogo de azar o que écélulas nervosas excepcionais — abre as portas para que haja alguma influênciajogo de azar o que énossos genes herdados por meiojogo de azar o que émudanças epigenéticas.
Também seria interessante saber se os neurônios XL poderiam constituir — por presença ou ausência — um marcador do Alzheimer ejogo de azar o que éoutras demências, tanto dajogo de azar o que éprogressão quanto da resposta a terapias. E, por fim, se serviriamjogo de azar o que éalvo para encontrar novos tratamentos.
* Mercè Pallàs Lliberia é professora especializadajogo de azar o que éneurofarmacologia, envelhecimento e Alzheimer na Universidadejogo de azar o que éBarcelona, na Espanha.
Christian Griñán-Ferré é professor e pesquisador especializadojogo de azar o que éenvelhecimento e Alzheimer na Universidadejogo de azar o que éBarcelona.
Este artigo foi publicado originalmente no sitejogo de azar o que énotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons.Leia aqui a versão original (em espanhol).