Por que o telescópio James Webb mostra as estrelas com oito pontas:baixar betsul

Imagem da estrela 2MASS J17554042+6551277 tirada pelo JWSTbaixar betsulseu processobaixar betsulcalibraçãobaixar betsulque oito pontas podem ser vistas claramente

Crédito, NASA

Legenda da foto, Imagem da estrela 2MASS J17554042+6551277 tirada pelo James Webbbaixar betsulseu processobaixar betsulcalibração

Vamos responder a essas perguntas abordandobaixar betsuldetalhes a ótica deste incrível telescópio espacial.

Os instrumentos ópticos do James Webb

A formaçãobaixar betsuluma imagem pode ser entendida como um processo simples no qual a luz que vembaixar betsulum objeto é projetadabaixar betsulum plano.

Para fazer a correspondência entre o objeto e o plano, é necessário um sistema óptico, que, no caso dos telescópios mais simples, é composto por dois elementos: ocular e objetiva. Sua finalidade é permitir uma focalização correta do objeto.

No caso da imagem digital (como as que fazemos com nossos celulares), essa luz é captada por um sensor cujo objetivo é transformar a energia luminosabaixar betsuluma imagem digital. Geralmente, distinguimos entre sensores tradicionais baseadosbaixar betsuldispositivosbaixar betsulcarga acoplada (CCD, na siglabaixar betsulinglês) e os formados por semicondutoresbaixar betsulóxido metálico (CMOS).

Sensores fotográficos para imagem digital CCD (esquerda) e CMOS (direita)

Crédito, Gentileza O. del Barco Novillo e FJ Ávila Gómez

Legenda da foto, Sensores fotográficos para imagem digital CCD (esquerda) e CMOS (direita)

Nesse sentido, o Telescópio Espacial James Webb incorpora quatro instrumentos-chave baseadosbaixar betsulsensores ópticos para observar o cosmos no infravermelho:

1. MIRI (instrumento para observaçãobaixar betsulinfravermelho médio): abrange uma faixabaixar betsulcomprimentobaixar betsulondabaixar betsulcinco a 28 mícrons. Permitirá a observaçãobaixar betsulgaláxias distantes e estrelasbaixar betsulformação.

2. NIRCam (câmerabaixar betsulobservaçãobaixar betsulinfravermelho próximo): esta câmera permitirá a observação dos objetos mais distantes no espaço, na faixabaixar betsulespectrobaixar betsul0,6 a 5 mícrons.

3. NIRSpec (espectrômetrobaixar betsulinfravermelho próximo): é o único instrumento que não contém uma câmera e será capazbaixar betsulanalisar os diferentes comprimentosbaixar betsulondabaixar betsulfontesbaixar betsulemissão muito distantes. Você pode observar 100 objetos ao mesmo tempo.

4. FGS/NIRISS (sensoresbaixar betsulalinhamento e imagensbaixar betsulinfravermelho próximo): permitirá que o telescópio seja alinhado corretamente para obter imagensbaixar betsulalta qualidade, especialmente a detecção e caracterizaçãobaixar betsulexoplanetas na faixabaixar betsul0,8 a 5 mícrons.

Gráfico mostrando onde os instrumentos ópticos do telescópio estão alojados

Crédito, NASA/STScl

Legenda da foto, Instrumentos do JWST estão alojadosbaixar betsulmódulo atrásbaixar betsulespelho primário, no lado frio do telescópio (protegido pelo enorme protetor solar do tamanhobaixar betsuluma quadrabaixar betsultênis)

A resposta está na difração

Quando o James Webb registra a imagembaixar betsuluma estrela, a difração da luz (devido à geometria hexagonal do espelho primário do telescópio) é a causabaixar betsulum padrão típicobaixar betsulformabaixar betsul"estrelabaixar betsuloito pontas".

Masbaixar betsulque consiste exatamente esse fenômeno ópticobaixar betsuldifração?

A definição é simples, embora seu tratamento matemático possa ser bastante complexo. A difração é o desvio na propagação retilínea das ondas (no nosso caso, ondasbaixar betsulluz) quando passam por uma abertura ou pelas bordasbaixar betsulum obstáculo.

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Como exemplo geral, nesta animação você pode ver como as oscilações da água (vindas da direita) são difratadas por uma pequena abertura, mudandobaixar betsuldireçãobaixar betsulpropagação.

Este fenômeno é mais evidente quando as dimensões do objeto difratado são menores ou iguais ao comprimentobaixar betsulonda das oscilações.

Gráfico mostrando o fenômenobaixar betsuldifração

Crédito, Gentileza O. del Barco Novillo e FJ Ávila Gómez

Legenda da foto, O fenômeno da difração é mais evidente, pois o tamanho da abertura é menor que o comprimentobaixar betsulonda

Inicialmente observada e descrita no século 17 pelo astrônomo italiano Francesco María Grimaldi, a difração da luz é uma clara manifestação da teoria ondulatória das ondas luminosas defendida, entre outros, por Christian Huygens, Thomas Young e Agustin Fresnel (em oposição à teoria corpuscular da luzbaixar betsulIsaac Newton).

Na vida cotidiana, muitos fenômenosbaixar betsuldifração podem ser observados: se olharmos para um poste à noite atravésbaixar betsulum mosquiteiro (formado por uma malha quadrada), podemos ver uma espéciebaixar betsulcruz. Quando iluminamos um disco compacto com luz branca, apreciamos uma ampla gamabaixar betsulcores.

A típica difração ao visualizar um postebaixar betsulluz atravésbaixar betsuluma malha quadrada e a difração produzida por um disco compacto devido àbaixar betsulestrutura microscópica

Crédito, Gentileza O. del Barco Novillo e FJ Ávila Gómez

Legenda da foto, A típica difração ao visualizar um postebaixar betsulluz atravésbaixar betsuluma malha quadrada e a difração produzida por um disco compacto devido àbaixar betsulestrutura microscópica

A difração não depende apenas do tamanho da abertura ou obstáculobaixar betsuldifração, mas também tem uma influência significativa da geometria. No casobaixar betsulum telescópio espacial do tipo refletor, a maior carga difrativa é devida ao espelho primário.

Nesses espelhosbaixar betsulgeometria circular, o padrão difrativo consistebaixar betsuluma sériebaixar betsulcírculos concêntricos, sendo o central obaixar betsulmáxima intensidade (também chamadobaixar betsul"discobaixar betsulAiry").

Para geometrias quadradas, a imagembaixar betsuldifração é formada por uma cruz. No casobaixar betsulquestão, a geometria hexagonal do espelho primário do telescópio gera uma imagembaixar betsuldifraçãobaixar betsulestrelabaixar betsulseis pontas.

Gráfico mostrando a difração gerada pelo espelho primário

Crédito, NASA/STScl

Legenda da foto, Dependendo da geometria do espelho primário, o padrãobaixar betsuldifração será composto por círculos concêntricos (circulares), uma cruz (quadrado) e estrelasbaixar betsul6 pontas (hexagonais).

O que acontece então com a imagem estreladabaixar betsuloito pontas gravada pelo James Webb?

A chave está nos suportes do espelho primário (struts,baixar betsulinglês) que também contribuem para a difração do telescópio. Como consequência, dois pontos horizontais aparecem cruzando os 6 mencionados anteriormente.

O efeito dos suportes espelho primário na imagembaixar betsuldifração do JWST.

Crédito, NASA/STScl

Legenda da foto, O efeito dos suportes do espelho primário na imagembaixar betsuldifração do JWST

Por isso, as imagens estelares registradas por seu antecessor, o Telescópio Espacial Hubble (com um espelho primário quase circular), apresentam imagens estreladas com quatro pontos (levandobaixar betsulcontabaixar betsulgeometria e seus suportes) e não oito, como o James Webb.

Comparação da mesma área do espaço profundo feitas por JWST (imagensbaixar betsulestrelasbaixar betsul8 pontas) e Hubble (4 pontas)

Crédito, NASA

Legenda da foto, Comparação da mesma área do espaço profundo feitas por JWST (imagensbaixar betsulestrelasbaixar betsul8 pontas) e Hubble (4 pontas)

Relevância dessas novas imagens

Observar o universo mais profundo equivale a estudar o universo mais antigo e primitivo, exatamente quando as primeiras galáxias estavam se formando.

Não é apenas o fatobaixar betsulque olhando para a imagem do aglomeradobaixar betsulgaláxias SMACS 0723 encontramos galáxias novas e desconhecidas - estamos entrando nos primeiros momentos do universo.

A luz infravermelha detectada pelo James Webb levou 13 bilhõesbaixar betsulanos para alcançá-lo (a idade do universo ébaixar betsulcercabaixar betsul13,7 bilhõesbaixar betsulanos).

Sabe-se que os cientistas da NASA que tiveram acesso a essas primeiras imagens se emocionaram com a qualidade e beleza delas. Será apenas um primeiro passo no progresso da observação do cosmos.

Sem dúvida, as próximas capturasbaixar betsulJames Webb continuarão a nos emocionar, pelo menos tanto quanto a primeira.

*Este artigo foi publicado originalmente no The Conversation. Você pode ler a versão original (em espanhol) aqui.

Oscar del Barco Novillo é professor associado na áreabaixar betsulÓptica da Universidadebaixar betsulMúrcia (Espanha).

Francisco Javier Ávila Gómez é professor assistente, doutorbaixar betsulfísica aplicada (áreabaixar betsulóptica) na Universidadebaixar betsulZaragoza (Espanha).

Línea

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