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Quem foi São João, o profeta que teria batizado Jesus:o que é cbet
Para muitos, João é exaltado como o maior dos profetas.
Como costumava acontecero que é cbetgrupos religiosos daquela época — a exemplo do próprio Jesus —, as pregaçõeso que é cbetJoão passaram a incomodar o poder estabelecido. Preso por dez meses, provavelmenteo que é cbetalgum momento entre o ano 26 e o ano 28 da era cristã, João acabou condenado à morte pelo governante Herodes Antipas (20 a.C - cercao que é cbet39 d.C). Não se sabe exatamente a idade que João tinha quando foi morto, mas é certo que era mais velho do que seu primo Jesus.
Por muito tempo, pairavam controvérsias sobre a historicidadeo que é cbetJoão Batista. O principal documento, contudo, que atesta ao que é cbetexistência é o livro Antiguidades Judaicas, escrito pelo historiador romano Flávio Josefo (37-100) provavelmente no anoo que é cbet94.
"João Batista é um personagem bíblico, mas para além dessa referência também há um historiador muito importante, Flávio Josefo, que se refere a eleo que é cbetsuas obras. É um historiador que tem uma visão muito isenta, porque não é ligado à tradição cristã", pondera o estudiosoo que é cbethagiografias Thiago Maerki, pesquisador da Universidade Federalo que é cbetSão Paulo (Unifesp) e associado da Hagiography Society, dos Estados Unidos.
"Por muito tempo houve a controvérsia se João Batista existiuo que é cbetfato ou se seria uma construção lendária, literária. Tudo indica que existiuo que é cbetfato, por contao que é cbettestemunhos externos à Igreja. E talvez este [o livroo que é cbetJosefo] seja o mais importante", acrescenta Maerki.
O pesquisador ressalta que Josefo "se refere a João Batista" como alguém "que costumava reunir uma multidãoo que é cbettorno dele para ouviro que é cbetpregação". "Havia, portanto, muitos seguidores. E isso teria incomodado Herodes", narra Maerki. "Temia-se que João pudesse iniciar uma rebelião. Suas pregações incomodavam o poder. Por isso acaba sendo preso e mortoo que é cbetseguida."
De acordo com as narrativas antigas, foi morto por decapitação. E teveo que é cbetcabeça apresentadao que é cbetuma bandeja.
"Ele viveu na Galileia no reinadoo que é cbetHerodes e possuiu muitos seguidores, pregava aos judeus e fazia do batismo símboloo que é cbetpurificação da alma. Ele era filhoo que é cbetZacarias, sacerdote, eo que é cbetIsabel, primao que é cbetMaria Santíssima. Alémo que é cbetprimoo que é cbetJesus. Sua mãe, Isabel, era primao que é cbetMaria, João ainda no ventre da mãe celebrou Jesus também no ventreo que é cbetMaria como vemoso que é cbetLucas. Foi também ele o precursoro que é cbetJesus eo que é cbetmensagem salvífica", acrescenta o hagiólogo José Luís Lira, fundador da Academia Brasileirao que é cbetHagiologia e professor da Universidade Estadual Vale do Aracaú, do Ceará.
"Não bastasse tudo isso, ele batizou Jesus. Então, não só o cristianismo, mas, diversas religiões o celebram. De um modo geral, João Batista é mártir. Morreuo que é cbetdefesa da fé. E já os discípuloso que é cbetJesus o tratavam com reverência. No martirológio romano encontramos duas celebrações a ele, no nascimento e no martírio", diz ainda o hagiólogo.
Simbolismoso que é cbetJoão
Embora existisse essa reverência ao personagem desde os primeiros cristãos, Maerki lembra que oficialmente o cristianismo só oficializou uma solenidade à natividadeo que é cbetSão João no século 4, "conforme indícios". "Depois essa celebração foi se difundindo nos séculos seguintes e, já no século 6, houve um aprimoramento da festividade, precedidao que é cbetum jejum solene, com missao que é cbetvigília e tal. Na Idade Média, há o históricoo que é cbetcelebrações com três missas para a data", contextualiza. "Era uma festa das mais importantes, das mais cultivadas e das mais populares da época. E isso é importante porque ainda hoje a gente sabe que João Batista é dos santos mais populares, mais venerados,o que é cbettradição muito forte que remonta ao período medieval."
Claro que há simbolismos, e a escolhao que é cbetdatas assim, provavelmente definidas a posteriori, não foi à toa. "João Batista teria sido concebido no equinócioo que é cbetoutono e teria nascido no solstício do verão europeu. Isso é importante. Santo Agostinho, depois, vê nisso uma espécieo que é cbetconfirmação cósmica do versículo bíblico que diz que é necessário 'que ele cresça e eu diminua'. Agostinho interpretou esse versículo como uma referência indireta ao nascimentoo que é cbetJoão Batista", afirma Maerki.
"Alguns teólogos ainda apontam para um certo paralelismo com o Natalo que é cbetJesus, que acontece no inverno europeu, quando analisam o natalo que é cbetJoão, verão europeu", complementa o pesquisador. "Isso teria dado origem a manifestações folclóricas, inclusive os fogoso que é cbetSão João que representam e simbolizam o nascimento do santo. É o nascimento mas também éo que é cbetreferência ao início do verão. São relações curiosas que, certamente surgiram por meios populares e foram se enraizando. Depois acabaram aceitas e cultivadas inclusive pela Igreja", diz o pesquisador.
De qualquer forma, os próprios textos bíblicos concedem a João uma posição especial. "João é apresentado como o precursor do messias e essa imagem é muito forte, é daquele que prepara o caminho da salvação", pontua Maerki. "Há todo um caráter messiânico. Ele vai ser apontado como o profeta que indicouo que é cbetCristo o 'cordeiro enviado para expiar os pecados do mundo', aquele que primeiramente teria vistoo que é cbetJesus o caráter daquele que teria sido enviado por Deus. E a partir daí teria iniciado um novo momento na pregaçãoo que é cbetJoão, não sóo que é cbetanunciar que o messias estava próximo mas que esse messias seria o próprio Jesus, uma tradição bíblica que depois a igreja aprofunda, desenvolve e festeja."
O Evangelhoo que é cbetMateus, por exemplo, apresenta João Batista como alguém muito maior do que um profeta, como o profeta dos profetas. "Porque, diferentemente dos profetas que falavam do futuro, ele indicou o messias no presente. Isso é muito forte na tradição religiosa. Ele é alguém que não anuncia um futuro distante, ele anuncia um messias que está presente, que se faz presente no momentoo que é cbetque ele fala", comenta o hagiólogo. Essa primazia é uma interpretação comum a muitos teólogos e estudiososo que é cbettextos sagrados.
Rivalidade fraterna
Por outro lado, enquanto a Igreja consolidou essa visãoo que é cbetJoão Batista como precursoro que é cbetJesus, pesquisas contemporâneas identificam, sobretudoo que é cbetevangelhos apócrifos — aqueles que não são considerados no cânon oficial do cristianismo — mas tambémo que é cbetanálise dos textos que constam da Bíblia, uma certa rivalidade entre os dois líderes da mesma época e da mesma região.
"Havia uma grande polêmica entre os discípuloso que é cbetJoão Batista eo que é cbetJesus, e essa polêmica emerge dos próprios evangelhos. Parece que o próprio Batista não estava muito convencido do carisma proféticoo que é cbetJesus, da messianidadeo que é cbetJesus", aponta Maerki. "Tanto que quando ele estava preso, ele enviou algunso que é cbetseus seguidores, os que mais confiava, para perguntaremo que é cbetseu nome se Jesus era aquele que haviao que é cbetviro que é cbetfato ou se ele devia esperar outro."
"Isso revela, indiretamente, uma dúvidao que é cbetJoão Batista, ou seja, a Igreja sempre aceitou João Batista como esse grande profeta mas talvez nem o próprio João Batista acreditasse nisso", analisa o pesquisador.
Para Maerki, outro fato que corrobora essa tese é que mesmo que o relato bíblico aponte que, no episódio do batismoo que é cbetJesus, João e os demais presentes souberam, por uma voz, que estavam diante do filhoo que é cbetDeus, "o eleito", ele não decidiu dissolver seu grupo,o que é cbetescolao que é cbetpregação, tampouco se unir aos seguidoreso que é cbetJesus. "Ele continuavao que é cbetcaminhada, paralelamente à caminhadao que é cbetJesus. Isso é muito significativo", comenta.
Nesse sentido, há o entendimentoo que é cbetque os seguidoreso que é cbetJoão Batista poderiam respeitar e considerar Jesus um grande mestre, mas não um messias. E que,o que é cbetúltima análise, essa posição poderia ser a mesmao que é cbetJoão, uma vez que ele manteve suas pregações.
"Depois que Batista foi executado, formou-se um grupoo que é cbetseguidores que inclusive passaram a defendê-lo como o verdadeiro messias", conta Maerki. "Ele se transformouo que é cbetuma espécieo que é cbetrivalo que é cbetJesus. Isso não é comentado na bíblia canônica, mas apareceo que é cbettexto apócrifos."
No texto apócrifo conhecido como Evangelhoo que é cbetTomé, Jesus teria dito que "ninguém é tão maior do que João Batista". "Isso é parecido com o Evangelhoo que é cbetLucas,o que é cbetque aparece algo assim,o que é cbetque 'entre os nascidoso que é cbetmulher, não há profeta maior do que João Batista, mas o menor no Reinoo que é cbetDeus é maior do que ele'", diz o pesquisador.
"Isso talvez seja o panoo que é cbetfundo, e essa falao que é cbetJesus seja justamenteo que é cbettorno dessa polêmica, dessa rivalidade existente entre os dois", explica.
Festas juninas
Polêmicas à parte, fato é que João Batista se tornou das figuras mais importantes para o cristianismo, e um santo muito popular. Como personagem, transcende o catolicismo — tornou-se figura folclórica, celebrada, ao ladoo que é cbetSanto Antônio e São Pedro, nas famosas festas juninas tão tradicionais nesta época do ano no Brasil.
Algumas lendas ajudam a explicar os elementos típicos da comemoração. "Uma antiga tradição diz que João nasceu no altoo que é cbetuma montanha e que uma fogueira foi acesa quandoo que é cbetmãe, Isabel, entrouo que é cbettrabalhoo que é cbetparto para avisar aos parentes que moravam na planície. Pode ser daí o início das festaso que é cbetjunho, juninas", diz Lira.
"Primeiro se celebra Santo Antonio, jovem na história do cristianismo, depois João e Pedro contemporâneoso que é cbetJesus. As festas brasileiras vieram com o colonizador português e aqui no Nordeste brasileiro têm características bem próprias e animam as noites do sertão e da cidade, incluindo a tradiçãoo que é cbetse tomar afilhados, padrinhos, compadreso que é cbetfogueira, com a intercessão do santo."
"Nos locais nos quais João é padroeiro o novenário éo que é cbetnove dias, sendo o dia 24 o principal da festa. Catolicamente é esse o rito, mas, o folclore o celebra com fogueira na véspera e outras tradições. A Igreja celebra do seu modo a festa, mas, não há qualquer tipoo que é cbetproibição formal aos outros festejos aos santos. E viva São João", enaltece o hagiólogo.
Arcebispo do Rioo que é cbetJaneiro, o cardeal Orani João Tempesta — que tem João como segundo nome justamente porque nasceu na véspera da festao que é cbetJoão Batista,o que é cbet1950 — também vê com bons olhos as festividades populares.
"O mêso que é cbetjunho traz para nós, brasileiros, a oportunidadeo que é cbetconfraternização, participação e, ao mesmo tempo, alegria", comenta ele. "É tempoo que é cbetcomemorar os santos Antônio, João e Pedro e, também, confraternizar com as pessoas juntos, sentir essa proximidade, celebrar a presença na região, na cidade."
"Vemos São João sendo celebradoo que é cbettodo lugar, com tradições, alimentos, bebidas, fogueira, fogos, bandeirinhas… Enfim, cada lugar tem um pouco suas características. Como nasci na vésperao que é cbetSão João, nunca faltou,o que é cbetminha infância a comemoração folclórica da festao que é cbetSão João, com os doces próprios e as comidas típicas", ressalta o cardeal. "Isso faz bem para o povo. Nosso povo necessita desses momentoso que é cbetfolguedo,o que é cbetpodermos estar um pouco mais tranquilos e celebrando uns com os outroso que é cbetmeio a tantas dificuldades."
Tempesta acredita que tais eventos servem para que todos possam "festejar a nossa esperança e a confiançao que é cbetpoder ver dias melhoreso que é cbetpaz e fraternidade".
'Este texto foi originalmente publicadoo que é cbethttp://vesser.net/geral-61908026'
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