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Por que é improvável que 'varíola dos macacos' vire pandemia? Essa e outras 3 perguntas sobre a doença:vaidebet a casa do embaixador
Confira abaixo algumas das principais incógnitas sobre a varíola dos macacos.
1. A varíola dos macacos pode se tornar uma pandemia?
"É bastante improvável", responde o professor Brian Ferguson, do Departamentovaidebet a casa do embaixadorPatologia da Universidadevaidebet a casa do embaixadorCambridge, no Reino Unido, à BBC News Mundo (serviçovaidebet a casa do embaixadorespanhol da BBC).
Parece haver um consenso na comunidade científicavaidebet a casa do embaixadorque estamos longevaidebet a casa do embaixadora varíola dos macacos se tornar uma pandemia.
E por que é considerado improvável que a varíola dos macacos se torne uma pandemia?
A primeira razão é que é muito difícil transmitirvaidebet a casa do embaixadorpessoa para pessoa, ao contráriovaidebet a casa do embaixadorum vírus respiratório como o SARS-Cov-2.
A transmissão da varíola dos macacos ocorre quando uma pessoa entravaidebet a casa do embaixadorcontato com o vírus atravésvaidebet a casa do embaixadorum animal, humano ou materiais contaminados.
Não se sabe qual animal é o hospedeiro reservatório (principal portador da doença) da varíola dos macacos, embora se suspeite que roedores africanos estejam envolvidos na transmissão,vaidebet a casa do embaixadoracordo com as diretrizes dos Centrosvaidebet a casa do embaixadorControle e Prevençãovaidebet a casa do embaixadorDoenças dos EUA.
Para se infectar a partirvaidebet a casa do embaixadoroutro ser humano, é necessário haver um contato próximo, com troca temporáriavaidebet a casa do embaixadorfluidos e atrito direto ou indireto com material infectado.
A segunda razão é que os sintomas óbvios da varíola dos macacos, especialmente o aparecimentovaidebet a casa do embaixadorpústulas na pele, ajudam a identificar os casos mais rapidamente e a controlar os surtos com relativa facilidade.
E, finalmente, se tratavaidebet a casa do embaixadoruma doença que, embora muitos não tenham ouvido falar até agora, é conhecida desde 1958 e é bastante estudada.
Mas os cientistas dizem que não se deve relaxar no combate à varíola dos macacos. Este é o maior surto do vírus já visto fora da África.
- O que é e quais os sintomas da varíola dos macacos: resumo
- Como se transmite a varíola dos macacos, que tem 90 casos confirmadosvaidebet a casa do embaixador12 países
- Varíola dos macacos: o que se sabe sobre rara infecção viral que está deixando autoridadesvaidebet a casa do embaixadorsaúdevaidebet a casa do embaixadoralerta
2. Por que estamos vendo surtos simultâneosvaidebet a casa do embaixadorvários países?
Responder a essa pergunta é a principal urgência para os cientistas — a chave para evitar que novos casos apareçam.
No momento, a varíola parece se espalhar principalmente com atividade sexual, o que não implica que ela seja uma doença sexualmente transmissível.
"Mas a ocorrência incomumvaidebet a casa do embaixadorvários surtosvaidebet a casa do embaixadorvários países significa que precisamos ter a mente aberta sobre o que aconteceu e não descartar nada imediatamente", diz Ferguson.
Por isso, atualmente estão sendo investigadas outras possibilidadesvaidebet a casa do embaixadortransmissão, como por meiovaidebet a casa do embaixadoraerossóis, "caso tenha havido alguma alteração na forma como o vírus se transmite", diz o especialista da Universidadevaidebet a casa do embaixadorCambridge.
É muito cedo para se tirar conclusões, mas no momento não há evidênciasvaidebet a casa do embaixadorque estamos lidando com uma variante desconhecida do patógeno.
As primeiras análises genéticas sugerem que os casos atuais estão fortemente relacionados com as formas do vírus observadasvaidebet a casa do embaixador2018 e 2019.
Uma possibilidade é que o vírus simplesmente estivesse no lugar certo e na hora certa para se espalhar, como vimos na última década com os vírus Ebola e Zika, que sem mudanças emvaidebet a casa do embaixadorgenética levaram a surtos inesperados.
O pesquisador médico Jeremy James Farrar, diretor do Wellcome Trust (uma instituiçãovaidebet a casa do embaixadorcaridadevaidebet a casa do embaixadorpesquisa biomédica com sedevaidebet a casa do embaixadorLondres) falou à BBC sobre a possibilidadevaidebet a casa do embaixadorum "eventovaidebet a casa do embaixadorsuperdisseminação" onde as pessoas foram infectadas e levaram o vírus para diferentes países.
3. Por que estamos vendo mais casosvaidebet a casa do embaixadorhomens homossexuais?
Os comportamentos sexuais facilitam a propagação? É apenas uma coincidência? A comunidade está mais atenta à saúde sexual e à realizaçãovaidebet a casa do embaixadorexames médicos que facilitem o diagnóstico?
O que se tem observado é que muitos dos afetados são jovens homossexuais e bissexuais, mas os cientistas alertam que "não há nada biológico no vírus que diga que essa comunidade é mais suscetível do que outras", diz Ferguson. Ele diz que é importante não se estigmatizar esse grupo.
"Todos somos igualmente suscetíveis à varíola dos macacos, pelo que sabemos. Não depende da preferência sexual e também não é uma doença sexualmente transmissível."
O motivo pelo qual esses surtos parecem atingir esse grupo demográfico com mais força pode ser mais uma questãovaidebet a casa do embaixadorsorte do que uma característica específica na biologia do vírus.
Os especialistas consultados pela BBC News Mundo, serviçovaidebet a casa do embaixadorespanhol da BBC, dizem que as crianças seriam mais suscetíveis ao vírus porque têm um sistema imunológico menos desenvolvido.
E porque a vacina contra a varíola humana, erradicadavaidebet a casa do embaixador1980, parece funcionar contra a varíola dos macacos, quem tem maisvaidebet a casa do embaixador55 anosvaidebet a casa do embaixadoridade e recebeu o imunizante pode estar mais protegido do que adultos mais jovens que não foram vacinados.
4. Haverá muito mais casos nas próximas semanas?
É um pouco difícilvaidebet a casa do embaixadorprever porque a magnitude das infecções e as razões pelas quais estamos vendo o maior surto desta doença fora da África ainda não são totalmente compreendidas.
No entanto, os especialistas insistem que, uma vez que os casos sejam identificados e os alertasvaidebet a casa do embaixadorsaúde emitidos, deve ser "relativamente fácil controlar os surtos".
"Agora que se sabe que o vírus está circulando e que essa informação foi dada à sociedade, o lógico é esperar que apareçam casos mais específicos, mas que no decorrervaidebet a casa do embaixadorquatro ou cinco semanas os casos desapareçam", disse à BBC Raúl Rivas González, professorvaidebet a casa do embaixadormicrobiologia da Universidadevaidebet a casa do embaixadorSalamanca, na Espanha.
Os cientistas lembram que o que estamos percebendo é mais um exemplo do perigo que a humanidade enfrenta com os vírus emergentes, especialmente osvaidebet a casa do embaixadororigem animal.
"O contato com animais silvestres está aumentando devido ao desmatamento, urbanização descontrolada, turismo e mudanças climáticas. Há uma sérievaidebet a casa do embaixadorfatores que, juntamente com a baixa imunidadevaidebet a casa do embaixadorrebanho, fazem com que os surtos apareçam com mais frequência, que é o que está acontecendo", diz Rivas González.
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