O livro que afundou com o Titanic e foi queimadonetent blackjackbombardeio na 2ª Guerra:netent blackjack

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, Existem apenas imagensnetent blackjackpreto e branco do primeiro 'Grande Omar', mas uma colorização digital foi criadanetent blackjack2001

'Quanto maior o preço, mais ficarei satisfeito'

Em 1911, Francis Sangorski terminou a encadernaçãonetent blackjackum livro na qual ele trabalhava há dois anos emnetent blackjackoficinanetent blackjackHolborn.

O resultado final era magnífico.

Medindo 40 cm por 35 cm, o livro foi incrustado com 1.050 joias, incluindo rubis, topázios e esmeraldas especialmente lapidados. Cercanetent blackjack9 metros quadradosnetent blackjackfolhanetent blackjackouro e cercanetent blackjack5 mil peçasnetent blackjackcouro foram usados emnetent blackjackcriação.

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, Imagem colorizada do 'Grande Omar'

Sangorski sofreu para criar cada detalhe, a certa altura pegando emprestado um crânio humano para poder retratá-lo com precisão emnetent blackjackvisão artística. Ele até subornou um tratador do zoológiconetent blackjackLondres para alimentar uma cobra com um rato vivo para que ele pudesse visualisar essa imagem horrível.

O jornal Daily Mirror chamou o trabalho finalnetent blackjack"o espécime mais notávelnetent blackjackencadernação já produzido". Outros batizaram a obranetent blackjack"Livro Maravilhoso".

O livro foi avaliado a um preço exorbitante.

O encadernador Sangorski e seu parceironetent blackjacknegócios George Sutcliffe já eram altamente conceituados por suas elaboradas capas com joias.

"As verdadeiras encadernaçõesnetent blackjackjoias eram como ovos Fabergé", explica Rob Shepherd, diretor administrativo da Shepherds, Sangorski & Sutcliffe — a empresa atual que herdou o legado do que foi criado por aqueles dois homens na era eduardiana.

"Eles eramnetent blackjackum nível que seria muito difícilnetent blackjackreplicar hoje, pois houve uma perda dessas habilidades ao longo dos anos. O comércio naquela época era muito qualificado. Eles eram artesãos extraordinariamente talentosos."

A dupla se conheceunetent blackjack1897netent blackjackaulas noturnas durante as quais foram instruídos pelos melhores artesãos da tradição que remonta ao movimento Arts and Craftsnetent blackjackWilliam Morris e que incluía o excêntrico TJ Cobden-Sanderson — um homem que encerrounetent blackjackcarreira jogando blocosnetent blackjackseu próprio tiponetent blackjackletra da ponte Hammersmith no rio Tâmisa para que ninguém pudesse copiá-lo.

O trabalhonetent blackjackSangorski e Sutcliffe se destacou e eles ganharam prestigiosas encomendasnetent blackjackencadernação, inclusive para o rei Eduardo 7º.

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, Francis Sangorski (na frente) e George Sutcliffe (no meio) montaramnetent blackjackempresanetent blackjackencadernaçãonetent blackjackoutubronetent blackjack1901

Em 1907, Sangorski conheceu John Stonehouse, gerente da livraria Sotheran's, fundadanetent blackjack1761 e aindanetent blackjackatividade. Sangorski contou a ele sobre seus sonhos para criar um livro cujas origens remontavam ao século 12.

Enquanto Sangorski já havia encadernado algumas versões do renomado Rubáiyát de Omar Caiam, o mestre artesão disse que desta vez queria criar uma obra com três pavões que ele adornaria com decoraçãonetent blackjackjoias "como nunca antes vista".

Depoisnetent blackjackmuito trabalhonetent blackjackpersuasão, Stonehouse concordounetent blackjackencomendar a obra. Ele decidiu não contar a seu chefe Henry Cecil, temendo que Cecil se opusesse ao projeto.

Stonehouse estipulou um conjuntonetent blackjackdiretrizes.

"Faça-o e faça-o bem-feito; não há limite. Coloque o que quiser na encadernação, cobre o que quiser por isso — quanto maior o preço, mais ficarei satisfeito — desde que fique entendido que o que você faz, e o que você cobrar por ele será justificado pelo resultado, e o livro quando finalizado será a maior encadernação moderna do mundo. Estas são as únicas instruções."

'A encadernação mais notável já feita'

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, Sangorski passou vários meses criando o design do livro, incluindo a cobra e o crânio dentro das capas

O livro era composto por seis painéis diferentes: a capa e a contracapa, dois forros ornamentais no interior — conhecidos como "doublures" — e duas folhas adornadas com pavões, plantas, caveiras e padrões persas simbolizando a vida e a morte.

Para as doublures, centenasnetent blackjackpeçasnetent blackjackpelenetent blackjackcabra colorida precisavam ser preparadas e cortadas, várias joias precisavam ser colocadas no lugar, cada uma dentronetent blackjackseu próprio lugar individual, e semanas foram gastas aplicando intrincados instrumentosnetent blackjackouronetent blackjacktodas as superfícies.

"Foi o trabalho mais extraordinário", diz Shepherd. "Era algo muito daquela época; a exuberância da Inglaterra eduardiana pouco antes da guerra estourar."

Stonehouse ficou igualmente impressionado, descrevendo o livro como "o melhor e mais notável espécimenetent blackjackencadernação já projetado ou produzido,netent blackjackqualquer período ounetent blackjackqualquer país".

O Rubáiyátnetent blackjackOmar Caiam

Crédito, Getty Images

  • O filósofo, matemático, astrônomo e poeta viveu no que hoje é o Irã, entre 1048 e 1131. Suas realizações incluíram a criação do calendário solar mais preciso da época, mas muito depoisnetent blackjacksua morte ele se tornaria mais famoso pornetent blackjackpoesia, escritanetent blackjackversos de quatro linhas conhecidos como quartetos
  • "Esses quartetos refletem o lado cético da identidade iraniana, que, muitos sequer sabem, é tão ativo e profundo quanto o espiritual", explica Saeed Talajooy, especialistanetent blackjackLiteratura Persa da Universidadenetent blackjackSt Andrews.
  • A poesia cobre temas como o niilismo, a brevidade e a aleatoriedade da existência, bem como "a amarga compreensãonetent blackjacknão se ter nenhum controle" e "beber e esquecer toda a loucura da vida", diz Talajooy
  • Um texto atribuído a Omar Caiam foi traduzido para o inglêsnetent blackjackmeados do século 19 por Edward FitzGerald. Essa versão do Rubáiyát foi inicialmente um fracasso, mas foi redescoberto por dois estudiosos irlandeses, que ajudaram a divulgar o trabalho.
  • Os especialistas em tradução Sandra Mason e Bill Martin consideram-no "um dos poemas individuais mais conhecidosnetent blackjacktodo o mundo"

'A fatalidade parece persegui-lo'

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, Encadernação luxuosa continha imagensnetent blackjackpavões na capa enetent blackjackinstrumento musical na contracapa

Com Henry Cecil agora ciente dessa incrível criação e do esforço extraordinário por trás dela, a Sotheran's colocou o livro à venda por mil libras - o equivalente a 120 mil libras (R$ 730 mil) hoje.

"Era três vezes mais caro do que qualquer outra coisa do estoque da Sotheran. Acho que era caro demais para o mercado do Reino Unido", diz o diretor administrativo da livraria, Chris Saunders.

E o preço não era o único problema. Nem todos ficaram deslumbrados com o brilho eduardiano.

"Acho que o Omar provavelmente era visto, sem dúvida por algumas pessoas, como brega. Era muito nouveau riche e a aristocracia antiga provavelmente não gostou daquilo", diz Benjamin Maggs, livreironetent blackjackuma histórica livrarianetent blackjackLondres, a Maggs Bros Ltda.

O bibliotecário do rei Eduardo 7º no Castelonetent blackjackWindsor, Sir John Fortescue, compartilhava essa opinião. Ele foi um dos primeiros a ter a chancenetent blackjackcomprar o Omar, mas recusou, descrevendo-o mais tarde como "o fracasso mais proeminente, talvez, que eu já vi", um trabalho que ele considerou "absolutamente inadequado, ineficaz e insignificante, e para mim pessoalmente perturbador".

Um comerciantenetent blackjackNova York chamado Gabriel Wells — anteriormente conhecido como Weis — estavanetent blackjackLondres no verãonetent blackjack1911 e ficou impressionado. Ele ofereceu 800 libras pelo livro.

A oferta foi recusada por Sotheran's, que lhe pediu 900 libras. Wells recusou e retornou aos EUA.

Com a faltanetent blackjackinteresse no Reino Unido, foi decidido que o Omar deveria ir para os EUA, onde havia um mercadonetent blackjacklivros mais lucrativo.

Mas quando o livro chegou lá, houve uma briga sobre o imposto com os funcionários da alfândega dos EUA. Sotheran's se recusou a pagar e ordenou que o Grande Omar voltasse para Londres. Com o passar dos meses, nenhum comprador apareceu.

"Uma maldição parecia perseguir o livro", escreveu Stonehouse mais tarde.

"Stonehouse simplesmente teve que vender o Grande Omar para apaziguar o proprietário, Cecil, quem não havia sido consultado sobre a encomenda do livro, e então,netent blackjackdesespero, ofereceu-o a Gabriel Wells por 900 libras e depois 650 libras", diz Saunders.

Wells não quis comprá-lo.

"Cecil, num acessonetent blackjackindignação, exigiu que o livro fosse vendido o mais rápido possívelnetent blackjackum leilão."

E assim,netent blackjack29netent blackjackmarçonetent blackjack1912, o livro foi a leilão sem preçonetent blackjackreserva na casanetent blackjackleilões Sotheby's. O agente londrinonetent blackjackGabriel Wells pagou 405 libras por ele.

'O melhor lugar para ele é no fundo do oceano'

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O Titanic partiu emnetent blackjackviagem inauguralnetent blackjackSouthampton ao meio-dianetent blackjack10netent blackjackabrilnetent blackjack1912

O Grande Omar estava pronto para retornar aos EUA. O livro perdeu por pouco uma travessianetent blackjack6netent blackjackabril e foi colocado a bordo do próximo navio — o Titanic.

"Esse episódio do Sotheran é tão fascinante", diz Maggs. "As instruções dadas por quem o encomendou eram: 'Não há limite' - e o mesmo tinha sido feito com o próprio Titanic, que não tinha limite. 'Façam dele o maior possível', independentementenetent blackjackser prático ou sensato fazer isso."

O desastre do Titanic, no qual maisnetent blackjack1,5 mil pessoas morreram, é um dos eventos mais famosos do século 20, mas pouco se sabe sobre o que aconteceu com o Grande Omarnetent blackjackseus dias a bordo do navio.

Shepherd considera provável que o livro estivesse sob a guarda do bibliófilo Harry Elkins Widener. O jovemnetent blackjack27 anos e seus pais, que vieram das duas famílias mais ricas da Pensilvânia, estavam entre os passageiros mais importantes do Titanic.

"O imposto sobre o livro teria sido enorme, então é provável que tenham pedido para ele carregá-lo embaixonetent blackjackseu braço", diz Maggs, que afirma que Widener conhecia Wells. O livreiro já havia falado na imprensa sobre seu desgosto por ter que pagar imposto sobre a importação.

Crédito, Harvard University

Legenda da foto, Apósnetent blackjackmorte, a coleçãonetent blackjacklivrosnetent blackjackHarry Elkins Widener foi doada à Universidadenetent blackjackHarvard, onde uma biblioteca foi construída emnetent blackjackhomenagem

Um ávido colecionador, Widener estava retornando aos EUA após uma viagemnetent blackjackcompranetent blackjacklivros a Londres.

De acordo com Don Lynch, historiador oficial da Sociedade Histórica do Titanic, na noite do desastre os Wideners realizaram um jantar no restaurante à la carte do navionetent blackjackhomenagem ao capitão do Titanic, Edward Smith. Enquanto comiam, alertavam-se sobre a presençanetent blackjackicebergs que poderiam pôrnetent blackjackperigo a travessia.

Sentados ao ladonetent blackjackSmith e dos Wideners estavam John B. Thayer enetent blackjackesposa, da Pennsylvania Railroad; outro casal rico da Filadélfia, William E. Carter e esposa; e o major Archibald W. Butt, assessor militar do então presidente dos EUA, William H. Taft.

Quando o navio atingiu o iceberg, o jantar já tinha terminado e as pessoas já haviam se separado. Harry Widener estaria na salanetent blackjackfumantes no momento do impacto.

Como seu pai, o bibliófilo não sobreviveria ao desastre.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A mãenetent blackjackWidener enetent blackjackempregada estavam entre as 713 pessoas resgatadas da água - há precisamente 110 anos,netent blackjack15netent blackjackabrilnetent blackjack1912

O Grande Omar estava longenetent blackjackser o único item caro perdido no naufrágio. Outras peças incluíam a pinturanetent blackjackMerry-Joseph Blondel La Circassienne au Bain, avaliadanetent blackjackmaisnetent blackjackUS$ 100 mil (quase US$ 3 milhões hoje), e um motor da primeira máquinanetent blackjackvoo, que estava sendo enviada para o Aero Club of America.

Lynch diz que o Omar era "talvez o mais conhecido" dos tesouros perdidos, como é evidenciado pornetent blackjackmenção no prefácio do livronetent blackjackWalter Lord, A Night To Remember, o trabalho que inspirou o filmenetent blackjacksucessonetent blackjackJames Cameronnetent blackjack1997.

Quanto ao provável estado do livro 110 anos após o naufrágio, Lynch, que fez diversos mergulhos até o naufrágio, acredita que "depende inteiramentenetent blackjackquão bem ele foi embalado e onde foi armazenado no navio".

"Uma vez exposto dentro do navio, senetent blackjackfato foi exposto, o couro pode ter sido comido, mas é claro que as pedras preciosas permaneceriam."

E o Grande Omar ainda deve estar lá, cercanetent blackjacktrês quilômetros e meio abaixo das ondas — não que todos estivessem descontentes com seu destino.

Sir John, bibliotecário do rei, declararia que o fundo do Atlântico era decididamente "o melhor lugar para ele".

'A vida para ele estava apenas começando'

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, Francis Sangorski deixou esposa e quatro filhos

O destino do livro foi uma das muitas milharesnetent blackjackhistórias do Titanic relatadasnetent blackjackjornaisnetent blackjacktodo o mundo.

"Todo mundo perdeu seus investimentos no Grande Omar", diz Saunders.

Embora a destruição das contas do Sotheran na Segunda Guerra Mundial signifique que não está claro o quanto o negócio foi afetado, ele diz que houve tensões como resultado da perda do Grande Omar.

"O relacionamentonetent blackjackSotheran com a Sangorski & Sutcliffe foi azedado devido a disputas sobre custos e pagamentos", diz Saunders.

Mais uma tragédia aconteceu apenas 10 semanas após o naufrágio do Titanic.

Francis Sangorski estavanetent blackjackférias comnetent blackjackesposa e seus quatro filhos na costa sul inglesanetent blackjack1ºnetent blackjackjulhonetent blackjack1912, quando decidiu dar um mergulho no marnetent blackjackSelsey Bill,netent blackjackSussex.

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, O túmulonetent blackjackSangorski, projetado por seu parceironetent blackjacknegócios, tem vários desenhos intrincados

Um inquérito revelou que ele havia sido derrubado por uma forte corrente. Um homem ainda tentou salvar o famoso encadernador, que não sabia nadar, mas o deixou para ajudarnetent blackjackcompanheira quando ouviu seus gritos.

O corponetent blackjackSangorski,netent blackjack37 anos, foi descoberto uma hora e meia depois.

Ele foi enterrado no Cemitério St Marylebone, agora Cemitério East Finchley, comnetent blackjacklápide projetada por seu parceiro Sutcliffe.

John Stonehouse lamentou a perda do homem enetent blackjacksua arte.

Ele escreveu: "A vida para ele como um grande mestre artesão estava apenas começando."

'Quanto mais você protege, pior fica'

Crédito, Shepherds, Sangorski & Sutcliffe

Legenda da foto, Stanley Bray segurando os restos do segundo Grande Omar, que foi gravemente danificado na Blitz alemã

A Sangorski & Sutcliffe continuou operando apesar da perdanetent blackjackseu cofundador.

Em 1924, o sobrinhonetent blackjackGeorge Sutcliffe, Stanley Bray, ingressou como aprendiz.

Oito anos depois, ele se deparou com os desenhos e padrõesnetent blackjackferramentas originaisnetent blackjackSangorski para o Grande Omar no cofre da empresa e decidiu recriar o grande trabalho.

"Acho que ele estava basicamente tentando impressionar o tio", diz Shepherd, que escreveu sobre a empresanetent blackjackseu livro The Cinderella of the Arts.

Trabalhando no escritório enetent blackjackcasa, Bray passou a décadanetent blackjack1930 trabalhando no segundo Grande Omar incrustadonetent blackjackjoias. A encadernação foi concluída assim que a guerra começou na Europa.

Foi decidido que o livro precisavanetent blackjackproteção contra bombardeios e, portanto, foi embrulhadonetent blackjackmaterialnetent blackjackproteção e colocadonetent blackjackum cofre seguro na Fore Street,netent blackjackLondres.

A Fore Street foi a primeira rua da cidade que os bombardeiros alemães atingiram. Ataques aéreos subsequentesnetent blackjack1940 e 1941 derrubaram quase todos os edifícios da área.

Os escombros foram finalmente removidos e o cofre contendo o Grande Omarnetent blackjackBray foi localizado, ainda intacto e aparentemente ileso.

Mas quando o livro foi aberto uma massa negra foi descoberta: o calor do fogo derreteu o couro e carbonizou as páginas.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A alanetent blackjackCripplegate, que continha Fore Street (foto), foi intensamente bombardeada

"Foi essencialmentenetent blackjackparte a proteção que o danificou, então, foi quase como resultadonetent blackjackseus esforços para mantê-lo seguro, o que eu também acho interessante. Porque quanto mais você tenta proteger este livro, pior ele fica", diz Maggs.

"Assim como no Titanic, você pensa: 'Qual é a maneira mais seguranetent blackjackenviar este livro para os EUA — certamente o 'navio inafundável' é a maneira mais seguranetent blackjackenviá-lo?' E então este livro meio que conscientemente conspira contra você e quanto mais você tenta, pior o resultado."

As instalações da empresa na Poland Street, no Soho,netent blackjackLondres, passaram pela guerra sem danos, apesarnetent blackjackuma bomba ter caído a metrosnetent blackjackdistância.

Com o Reino Unido sob o cerconetent blackjackataques inimigos, Bray aceitou calmamente a destruição do Grande Omar, comentando: "Se isso é tudo o que vou perder, terei sorte".

'Ele virou uma espécienetent blackjacksímbolo'

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Stanley Bray levou cercanetent blackjack4 mil horas para terminar o terceiro Grande Omar

Dois livros e anosnetent blackjacktrabalho perdidos não diminuíram o entusiasmonetent blackjackBray pelo Grande Omar e, quando o país comemorava o fim da guerranetent blackjack1945, ele começou a trabalhar no terceiro livro.

Muitas das joias que sobreviveramnetent blackjacksua versão anterior foram recicladas.

A gestão da Sangorski & Sutcliffe limitou a quantidadenetent blackjacktempo que ele tinha para trabalhar nele, então a encadernação tornou-se mais um projeto paranetent blackjackaposentadoria na décadanetent blackjack1980. E depoisnetent blackjackcercanetent blackjack4 mil horasnetent blackjacktrabalho, o terceiro Grande Omar foi finalmente concluído.

Para Maggs, há algo quase "romântico" no trabalhonetent blackjackBray.

"O fatonetent blackjackStanley Bray ter feito isso duas vezes — nesse ponto ele não está fazendo isso para ganhar dinheiro, é outra coisa: virou um tiponetent blackjacksímbolo."

"É como se o livro mais decadente, luxuoso e capitalista se superasse e se tornasse genuinamente inestimável e se tornasse uma coisa que é feita apenas por fazer."

Bray deu o terceiro Grande Omar à Biblioteca Britânica. Seu obituárionetent blackjackdezembronetent blackjack1995 descreveu o livro como "um monumento ao trabalhonetent blackjackuma longa vida".

Crédito, British Library

Legenda da foto, O terceiro Grande Omar está na Biblioteca Britânica. O acesso a ele raramente é permitido

O Grande Omar e o material relacionado foram deixadosnetent blackjackdefinitivo para a instituição após a morte da viúvanetent blackjackBray, Irene,netent blackjack2004. O livro permanece no acervo da biblioteca, embora o acesso a ele raramente seja permitido.

Por enquanto, pelo menos, parece que nenhuma "maldição" se consolidou.

O próprio Bray nunca pensou muito na ideia,netent blackjackqualquer forma, comentando sobre o design: "Não sou nem um pouco supersticioso, embora digam que o pavão é um símbolonetent blackjackdesastre".

"Algumas pessoas dizem que as penas dos pavões são presságiosnetent blackjackmorte, mas Stanley Bray viveu até uma idade avançada", diz Shepherd.

"Na verdade, o livro provavelmente foi aquilo que o mantevenetent blackjackatividade."

Meta-história

Legenda da foto, O nomenetent blackjackSangorski agora é quase legível emnetent blackjacklápide

No Cemitério East Finchley, é difícil encontrar a lápide do mestre encadernador Francis Sangorski.

Escondido debaixonetent blackjackuma árvore entre outras pedras, suas esculturas requintadas estão desgastadas — comonetent blackjackobra-prima no fundo do Oceano Atlântico.

Para Maggs, a história do Grande Omar combina perfeitamente com as teoriasnetent blackjackOmar Caiam, cuja sabedoria inspirou o mestre artesão a homenagear o poeta-filósofonetent blackjackouro, joias e couro.

"De certa forma, é perfeito; todo o conto é uma meta-história porque parte do texto é sobre: 'Claro, enquanto você tivernetent blackjackvida, use-a, aproveitenetent blackjackvida, mas saiba que ela vai acabar, esteja ciente disso. ' - é quase como uma espécienetent blackjackmaldição. É isso que o Grande Omar está lhe dizendo", diz Maggs.

"Se você pode pagar, por que não? Faça. Mas esteja cientenetent blackjackque você vai morrer e isso não irá com você."

Todas as imagens estão sujeitas a direitos autorais. Reportagem editada por Ben Jeffrey.

netent blackjack Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal netent blackjack .

netent blackjack Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube netent blackjack ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnetent blackjackautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanetent blackjackusonetent blackjackcookies e os termosnetent blackjackprivacidade do Google YouTube antesnetent blackjackconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenetent blackjack"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonetent blackjackterceiros pode conter publicidade

Finalnetent blackjackYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnetent blackjackautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanetent blackjackusonetent blackjackcookies e os termosnetent blackjackprivacidade do Google YouTube antesnetent blackjackconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenetent blackjack"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonetent blackjackterceiros pode conter publicidade

Finalnetent blackjackYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnetent blackjackautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanetent blackjackusonetent blackjackcookies e os termosnetent blackjackprivacidade do Google YouTube antesnetent blackjackconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenetent blackjack"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonetent blackjackterceiros pode conter publicidade

Finalnetent blackjackYouTube post, 3