HIV: o que se sabe sobre suposto casoexcel apostas desportivascuraexcel apostas desportivasmulher nos EUA:excel apostas desportivas

Ilustração do vírus HIV

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A mulher, que não teve o nome ou a idade revelados, não apresenta nenhum sinal do HIV há 14 meses, mesmo depoisexcel apostas desportivasparar a terapia antirretroviral

Embora a notícia tenha sido celebrada na comunidade científica e entre associaçõesexcel apostas desportivaspacientes, é importante dizer que tratamentos do tipo só são indicados para uma parcela mínima dos maisexcel apostas desportivas37 milhõesexcel apostas desportivaspessoas infectadas com o HIV no mundo.

Confira a seguir o que se sabe sobre o terceiro casoexcel apostas desportivasprovável cura, o métodoexcel apostas desportivastratamento e o impacto que ele pode ter no futuro.

A paciente

Por questõesexcel apostas desportivasprivacidade, o grupo da Weill Cornell Medicine não divulgou o nome ou a idade da mulher que supostamente está livre do HIV.

Sabe-se que o vírus foi detectado no organismo delaexcel apostas desportivasjunhoexcel apostas desportivas2013. Em marçoexcel apostas desportivas2017, a paciente foi diagnosticada com leucemia, um tipoexcel apostas desportivascâncer que afeta as células sanguíneas.

Em agosto daquele mesmo ano, ela recebeu o sangueexcel apostas desportivascordão umbilicalexcel apostas desportivasum doador que possui uma mutação genética capazexcel apostas desportivasimpedir a infecção pelo HIV.

Em paralelo, os médicos também utilizaram sangue colhidoexcel apostas desportivasum familiar próximo da mulher.

A paciente foi acompanhada durante todo esse período e, três anos e um mês após passar pela terapia, ela decidiu abandonar o coquetel antirretroviral, o conjuntoexcel apostas desportivasremédios capazexcel apostas desportivasmanter o vírus sob controle (embora não consiga eliminá-loexcel apostas desportivasfato do organismo).

Depoisexcel apostas desportivas14 meses da interrupção na terapia medicamentosa, ela não apresenta nenhum sinal do HIVexcel apostas desportivasexamesexcel apostas desportivassangue.

Ainda não se sabe ao certo os mecanismosexcel apostas desportivasfuncionamento da nova abordagem. Especialistas especulam que o sangue do cordão umbilical carrega células-tronco com maior capacidadeexcel apostas desportivasadaptação, enquanto o sangueexcel apostas desportivasum familiar próximo fornece célulasexcel apostas desportivasdefesa que conseguem aumentar a imunidade durante e após o procedimento.

Fotoexcel apostas desportivascomprimidos jogados numa superfície

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os remédios que compõem o coquetel antirretroviral conseguem manter a infecção pelo HIV sob controle, mas não são capazesexcel apostas desportivaseliminarexcel apostas desportivasvez o vírus do organismo

Os casos anteriores

Antes do anúncio recente, os únicos dois indivíduos que foram curados do HIV foram Timothy Ray Brown (também conhecido como pacienteexcel apostas desportivasBerlim),excel apostas desportivas2008, e Adam Castillejo (o pacienteexcel apostas desportivasLondres),excel apostas desportivas2019.

Brown viveu 12 anos sem o vírus até morrerexcel apostas desportivas2020, por causaexcel apostas desportivasum câncer.

Ambos receberam um transplanteexcel apostas desportivasmedula óssea, a estrutura popularmente conhecida como "tutano" que fica no interior dos ossos e é responsável por fabricar as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas).

Nesses dois casos, os doadoresexcel apostas desportivasmedula também carregavam aquela mutação genética que impede a infecção pelo HIV.

Após passarem pelo tratamento, tanto Brown quanto Castillejo experimentaram efeitos colaterais severos, como múltiplas infecções, perdaexcel apostas desportivaspeso, quedaexcel apostas desportivascabelo e uma espécieexcel apostas desportivas"rejeição",excel apostas desportivasque as células imunológicas passam a atacar o próprio organismo e promovem uma inflamação intensa.

A terceira paciente, na contramão, teve alta hospitalar 17 dias após receber o sangue do cordão umbilical e não apresentou os mesmos eventos adversos graves observados anteriormente.

É pra todo mundo?

Embora essas três experiências recentes indiquem um caminho promissor para curar a infecção pelo HIV, é preciso reforçar que os cientistas não veem o transplanteexcel apostas desportivasmedula óssea, seja a partirexcel apostas desportivasum doador adulto ou do cordão umbilical, como algo que vai beneficiar a grande maioria dos pacientes.

Considerados métodos arriscados e invasivos, ele só são testadosexcel apostas desportivasportadoresexcel apostas desportivasHIV que também foram diagnosticados com câncer,excel apostas desportivasque outras opçõesexcel apostas desportivastratamento não estão mais disponíveis.

Para ter ideia, antesexcel apostas desportivasrealizar o transplante com as células-troncoexcel apostas desportivassi, os especialistas usam quimioterapia e radioterapia para destruir a medula óssea "original" do paciente.

Profissional da saúde faz filtragemexcel apostas desportivasmaterial da medula óssea

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Nos três casosexcel apostas desportivasremissão registrados até agora, os cientistas realizaram transplanteexcel apostas desportivasmedula óssea com duas técnicas diferentes

Ainda nessa seara, o caso específico da mulher supostamente curada amplia um pouquinho mais as esperançasexcel apostas desportivasbeneficiar um número maiorexcel apostas desportivasportadoresexcel apostas desportivasHIV.

Isso porque o métodoexcel apostas desportivastransplanteexcel apostas desportivasmedula óssea utilizado nos pacientesexcel apostas desportivasLondres e Berlim exige uma compatibilidade maior entre doador e receptor, como explicado mais acima. E a tal da mutação genética que impede a infecção pelo HIV foi encontradaexcel apostas desportivascercaexcel apostas desportivas20 mil doadores, sendo que a maioria deles tem descendência do Norte da Europa.

Já no caso do cordão umbilical, a exigênciaexcel apostas desportivascompatibilidade é menor — com isso, seria possível utilizar esse material num número um pouco maiorexcel apostas desportivaspacientesexcel apostas desportivasdiferentes origens e ancestralidades.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cercaexcel apostas desportivas37,7 milhõesexcel apostas desportivaspessoas vivem com o HIV, sendo que dois terços delas (25,4 milhões) estão na África.

Sóexcel apostas desportivas2020, 680 mil indivíduos morreram por causas relacionadas a essa infecção e 1,5 milhãoexcel apostas desportivaspessoas se infectaram com o vírus.

No Brasil, o Ministério da Saúde calcula que 694 mil pessoas estãoexcel apostas desportivastratamento contra o HIV atualmente. Dessas, 45 mil iniciaram a terapia antirretroviralexcel apostas desportivas2021.

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