Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas:zona beta 2 globulina aumentada

Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrassezona beta 2 globulina aumentadauma máquinazona beta 2 globulina aumentadaressonância magnética e te oferecessem um milk-shakezona beta 2 globulina aumentadachocolate, poderíamos ver o sistemazona beta 2 globulina aumentadarecompensas do seu cérebro se iluminar como um parquezona beta 2 globulina aumentadadiversões.

Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é especialmente desenvolvidazona beta 2 globulina aumentadahumanos e primatas.

Nela, gruposzona beta 2 globulina aumentadaneurônios respondem a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comidazona beta 2 globulina aumentadaquestão parece.

Duas coisas que alegram particularmente estes neurônioszona beta 2 globulina aumentadarecompensa são a gordura e o açúcar.

E combinaçõeszona beta 2 globulina aumentadagordura e açúcar podem ser ainda mais atraentes, como no caso do milkshake,zona beta 2 globulina aumentadaum donut ouzona beta 2 globulina aumentadauma fatiazona beta 2 globulina aumentadatorta.

Mas nossos neurônios não respondem apenas a essas sensações, eles também são ativados quando você está planejando o que comer —zona beta 2 globulina aumentadauma espéciezona beta 2 globulina aumentadacompetição entre si para serem "escolhidos".

E uma vez que você decide, os mesmos neurônios acompanham seu progresso — à medida que você come, eles vão ficando cada vez menos ativos, conforme você se aproxima da saciedade.

Mas não estamos totalmente à mercê das demandaszona beta 2 globulina aumentadanosso córtex orbitofrontal. Ter informações sobre os alimentos pode fazer uma grande diferença.

Vamos voltar àquela máquinazona beta 2 globulina aumentadaressonância magnética, e tomar agora um poucozona beta 2 globulina aumentadasopa. Tem dois tipos — uma sopa é identificada comozona beta 2 globulina aumentada'sabor rico e delicioso', e a outra como 'águazona beta 2 globulina aumentadalegume cozido'.

Seus neurônios se iluminam mais ao tomar a sopazona beta 2 globulina aumentada'sabor rico e delicioso', e menos com a 'águazona beta 2 globulina aumentadalegume cozido'.

Mas tem uma pegadinha: é a mesma sopa. A única diferença é o nome, e isso é suficiente para mudar completamentezona beta 2 globulina aumentadaexperiência, conforme mostram estudos.

Este experimento também foi feito com vinho — dizer às pessoas que determinado vinho era mais caro aumentava a atividade dos neurônios e deixava o vinho com um sabor melhor.

Outra parte do cérebro envolvida na escolha dos alimentos é a amígdala — estrutura localizada no lobo temporal (lateral), que processa nossas emoções.

Ela também tem um papel quando você decide onde ir comer com outra pessoa.

Se você já viu no passado o que esta pessoa prefere,zona beta 2 globulina aumentadaamígdala terá desenvolvido os chamados neurônioszona beta 2 globulina aumentadasimulação — que permitem a você prever as intenções do outro e incluir assimzona beta 2 globulina aumentadasuas próprias sugestões do que comer juntos.

As diferençaszona beta 2 globulina aumentadanossos genes também são um fator que explica quão suscetíveis somos ao canto da sereia dos nossos neurônioszona beta 2 globulina aumentadarecompensa — algumas pessoas são naturalmente mais responsivas à recompensa que sentimos ao comer açúcar e gordura do que outras.

Aspecto social

Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhaszona beta 2 globulina aumentadanossas vidas e na sociedade também é complexa.

De acordo com Emily Contois, professora assistentezona beta 2 globulina aumentadaEstudoszona beta 2 globulina aumentadaMídia da Universidadezona beta 2 globulina aumentadaTulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer.

"O que está disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o nosso estadozona beta 2 globulina aumentadasaúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela para a BBC Ideas.

E as redes sociais, segundo ela, ganharam um papel importante neste processo.

"O Instagram, e o desejozona beta 2 globulina aumentadaque as pessoas sejam capazeszona beta 2 globulina aumentadatirar belas fotoszona beta 2 globulina aumentadacomida, transformaram a ideiazona beta 2 globulina aumentadaque 'você é o que você come',zona beta 2 globulina aumentada'você é o que você posta'", avalia.

Contois afirma que buscamos uma sériezona beta 2 globulina aumentadacoisas diferentes a partir dos alimentos que consumimos — como conforto, conexão com nossa família ou nossa herança ancestral e até mesmo um sensozona beta 2 globulina aumentadacontrole.

"Quando vivemoszona beta 2 globulina aumentadamomentos repletoszona beta 2 globulina aumentadaconflitos econômicos, políticos e sociais, às vezes buscamos na comida aquela sensaçãozona beta 2 globulina aumentadasegurança e proteção. Então, nesses momentos, às vezes vemos as pessoas se interessarem muito por ideias relacionadas à simplicidade, saúde e pureza, como uma maneirazona beta 2 globulina aumentadanos protegermoszona beta 2 globulina aumentadacontextos fora do nosso controle", explica.

Desta forma, a comida fala um pouco também sobre quem somos.

"(Sobre) Toda a complexidade da nossa identidade. O que comemos conta histórias sobre nosso gênero e nossa sexualidade, nossa raça e nossa etnia, nossa classe social ou nossas aspiraçõeszona beta 2 globulina aumentadarelação à nossa classe social, a região onde vivemos, seja uma área urbana ou rural. O que comemos conta essas histórias contraditórias e complexas sobre quem somos", diz ela.

No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontecezona beta 2 globulina aumentadanossos cérebros para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis.

E podemos nos ajudar entendendo como nossos neurônioszona beta 2 globulina aumentadarecompensa tramam para conseguir o que querem.

Podemos ficar atentos a momentoszona beta 2 globulina aumentadaque tendemos a fazer escolhas erradas, como quando optamos por determinado alimento por causazona beta 2 globulina aumentadaum rótulo que consideramos atraente, e não pelo teorzona beta 2 globulina aumentadasi.

No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercêzona beta 2 globulina aumentadanossos neurônioszona beta 2 globulina aumentadarecompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensarzona beta 2 globulina aumentadaalimentos saudáveis ​​e fazer escolhas saudáveis.

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