Delta, Gama, Beta: quais são as principais variantes da covid e quanta proteção as vacinas oferecem?:cbet vs
cbet vs Todos os vírus sofrem mutações naturais com o tempo e o Sars-CoV-2 não é exceção. Desde que o vírus foi identificado pela primeira vez, surgiram milharescbet vsmutações.
Os vírus mutantes são chamadoscbet vsvariantes. A maioria das mudanças tem pouco ou nenhum impacto nas propriedades do vírus,cbet vsacordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e muitas desaparecem com o tempo.
De vezcbet vsquando, no entanto, um vírus dá sorte ao sofrer uma mutação que o ajuda a sobreviver e se reproduzir.
Especialistascbet vstodo o mundo têm monitorado a evolução do Sars-CoV-2 para que os governos possam responder a mudanças significativas no vírus.
Entenda até que ponto essas variantes devem nos preocupar.
Quais são as principais variantes?
Os especialistas estão mais preocupados com quatro variantes do vírus Sars-Cov-2: Alfa (encontrada primeiro no Reino Unido), Beta (África do Sul), Gama (Brasil) e Delta (Índia).
Todas elas foram classificadas como variantescbet vspreocupação pela OMS porque representam um risco maior para a saúde pública - por exemplo, tornando o vírus mais infeccioso, causando doenças mais graves ou permitindo que ele resista às vacinascbet vsuma proporção maior dos casos.
Embora possam ter resistência maior às vacinas, especialistas apontam que as informações disponíveis hoje indicamas informações disponíveis hoje indicam que as vacinas (inclusive aquelascbet vsuso no Brasil) têm mostrado resultados mesmo diantecbet vsnovas variantes.
A preocupação é exatamente que, com o frequente surgimentocbet vsnovas variantes do coronavírus no Brasil e no mundo, possa surgir alguma mutação do vírus capazcbet vspermitir que ele "escape" da proteção que as vacinas existentes hoje conferem ao corpo humano.
Outro grupo importante foi classificado como "variantescbet vsinteresse" pela OMS - cepas com transmissão comunitária ou que tenham sido detectadascbet vsvários países.
A OMS decidiu se referir a elas como nomescbet vsletras do alfabeto grego para evitar associações erradas com os países onde foram identificadas pela primeira vez.
Qual é a variante Delta?
Muita atenção tem sido dado recentemente à variante Delta, que tem se mostrado,cbet vsalguns países, ser uma ameaça maior à saúde pública do que variantes anteriores.
Primeiro,cbet vstaxacbet vstransmissão é cercacbet vs60% maior do que a variante Alfa, que já tinha uma taxacbet vstransmissão 50% maiorcbet vscomparação com a cepa original do coronavírus.
A variante Delta gerou uma segunda onda mortalcbet vsinfecções na Índia neste ano e também se tornou a variante dominante no Reino Unido. Foi identificadacbet vsmaiscbet vs90 países ao redor do mundo (inclusive o Brasil), com surtos confirmados nos Estados Unidos, China, África, Escandinávia e na região do Pacífico.
Dados do Reino Unido mostram que pessoas não vacinadas infectadas com a variante Delta têm duas vezes mais probabilidadecbet vsserem hospitalizadas do que aquelas com a variante Alfa.
Estudos também demonstraram que a variante Delta está associada a sintomas diferente, na comparação com cepas anteriores do coronavírus.
Os sintomas clássicos da covid são tosse persistente, febre e perda do olfato ou paladar, segundo a listagem do sistema públicocbet vssaúde do Reino Unido.
O professor Tim Spector, que dirige o estudocbet vssintomas baseado no aplicativo Zoe Covid, diz que embora a febre permaneça bastante comum na variante Delta, a perda do olfato não aparece mais entre os 10 principais sintomas.
O professor Spector diz que isso faz com que o efeito do vírus pareça "mais com um forte resfriado" para os mais jovens, aumentando o riscocbet vsque transportem o vírus sem perceber, e depois infectem outras pessoas.
E as variantes Delta Plus e Lambda?
Em 23cbet vsjunho, a Índia incluiu entre suas variantescbet vspreocupação a Delta Plus, uma variação da variante Delta.
Foi descrita pela primeira vez pela Public Health England (agênciacbet vssaúde britânica) como semelhante à variante Delta, mas com uma mutação extra (K417N) na proteína spike que permite ao vírus se ligar às células infectadas.
A Delta Plus foi encontradacbet vsoutros nove países: EUA, Reino Unido, Portugal, Suíça, Japão, Polônia, Nepal, Rússia e China.
O ministério da saúde da Índia diz que a Delta Plus se espalha mais facilmente, se liga mais facilmente às células pulmonares e é potencialmente resistente a um tipocbet vstratamento com medicamentos chamada terapia com anticorpos monoclonais.
Mas a maioria dos virologistas diz que hoje não há dados suficientes para sustentar essas conclusões e a OMS não designou como variantecbet vspreocupação ou interesse.
No entanto, a OMS adicionou recentemente a variante Lambda à listacbet vsvariantescbet vsinteresse. Ela tem sido associada a casoscbet vscovidcbet vsvários países, especialmente na América do Sul e nos Andes (Peru, Chile, Argentina e Equador).
A variante foi encontradacbet vs29 países,cbet vsacordo com a Iniciativa Global sobre o Compartilhamentocbet vsDados da Gripe Aviária, que também compartilha dados sobre o coronavírus.
Pablo Tsukayama, microbiologista da universidade Peruana Cayetano Heredia e um dos pesquisadores por trás da identificação da nova variante, disse à BBC que a variante Lambda "provavelmente é mais transmissível, porque é a única maneiracbet vsexplicar seu rápido crescimento".
"E o simples fatocbet vsser mais transmissível significa mais internações e mortes".
O professor Tsukayama diz que a evidência anedótica sugere que a variante pode causar mais problemas intestinais, mas há informações limitadas para dizer se seria mais resistente às vacinas.
A OMS diz que mais estudos são necessários para entender seu impacto.
As vacinas protegem contra variantes?
Felizmente,estudos mostram que as vacinas disponíveis funcionam contra as novas variantes do Sars-CoV-2 até agora. Mascbet vseficácia é reduzida contra as variantes mais recentescbet vscomparação com a cepa original do coronavírus, principalmente após apenas uma dose.
Esse é um dos motivos pelos quais os especialistas alertam que é essencial tomar a segunda dose da vacina.
Em um estudo da Public Health England, uma dose da vacina Pfizer ou AstraZeneca forneceu apenas 33%cbet vsproteção contra a variante Delta,cbet vscomparação com 50% contra a variante Alfa. No entanto, esses níveis aumentaram após a segunda dose para 88% para a Pfizer e 60% para a AstraZeneca.
Um estudo separado da Universidadecbet vsOxford confirmou que as vacinas Pfizer e AstraZeneca foram eficazes contra as variantes Delta e Kappa identificadas na Índia.
Na revista científica Cell, os pesquisadores se referiram a ambas as variantes por seu códigocbet vslinhagem comum, dizendo: "Não há evidênciacbet vsfuga generalizada, sugerindo que a geração atualcbet vsvacinas fornecerá proteção contra a linhagem B.1.617."
Mas como as vacinas não são 100% eficazes, as variantes também levarão a casoscbet vshospitalizações e até mortes entre as pessoas vacinadas, afirma o Centrocbet vsControle e Prevençãocbet vsDoenças (CDC) dos Estados Unidos - principalmente entre as pessoas que receberam apenas uma dose.
Como podemos lutar contra novas variantes?
Em resposta à rápida disseminação da variante Delta no Reino Unido, os governos da Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte estão reduzindo a distância entre a primeira e a segunda doses da vacina para grupos mais velhos.
No entanto, aumentar o ritmo da vacinação é um desafio, especialmente para paísescbet vsbaixa e média renda.
Na Índia, por exemplo, 19% da população tomou pelo menos a primeira dose e apenas 4% da população está totalmente vacinada, segundo dadoscbet vs1cbet vsjulho do Our World in Data.
Por isso, especialistascbet vslá enfatizam a importância do monitoramento do vírus por meio do sequenciamentocbet vsDNA, o que significa examinar amostras do vírus para identificar mutações genéticas.
Alguns também estão reforçando a necessidadecbet vsmedidas para reduzir as infecções e lidar com a pandemia a longo prazo.
"Precisamos aumentar ainda mais nossos esforçoscbet vssequenciamento para identificar precocemente variantes perigosas e aplicar medidascbet vscontenção", disse o epidemiologista Dr. Lalit Kant.
No Brasil, segundo o mesmo ranking, 35% da população tomou pelo menos a primeira dose e apenas 12,7% dos brasileiros tomaram as duas doses.
A Índia está começando a abrir novamente e Kant acredita que uma terceira onda é inevitável.
"Mas podemos atrasar e contê-la com medidas apropriadas, como sequenciamento - para ficarcbet vsolho nas mutações - ecbet vsfato aplicar protocoloscbet vssegurança", diz ele.
O professor SV Subramanian, do Harvard University Geographic Insights Lab, argumenta que os países não serão capazescbet vsvacinar "a pontocbet vssaírem da pandemia".
Ele pede mais foco nos tratamentos e preparação do sistemacbet vssaúde no que diz respeito a camas, ventiladores, oxigênio e pessoal.
"Na minha opinião, diantecbet vsum vírus que parece estarcbet vsmutação, simplesmente não há como eliminar o vírus. Mas podemos construir sistemas que tranquilizem as pessoas, caso precisemcbet vscuidados, estando disponível e acessível", diz.
"É horacbet vstrazercbet vsvolta os esforços para tratamentos e fortalecimentocbet vsnossos sistemascbet vssaúde."
A vacinação lentacbet vsambientescbet vsalta transmissão do vírus, como no Brasil, também é um cenário para o surgimentocbet vsvariantes potencialmente capazescbet vsescapar por completo da eficácia das vacinas, segundo especialistas.
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