Hidrogênio verde: os 6 países que lideram a produção do 'combustível do futuro':site arbety

Moléculassite arbetyhidrogênio

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Legenda da foto, O hidrogênio (H2) é o elemento mais abundante do universo e pode ser a chave para 'descarbonizar' o planeta

Recentemente, o fundador da Microsoft, Bill Gates — que lançou um livro intitulado Como evitar um desastre climático —, classificou esse combustível como a melhor inovação dos últimos tempos para combater o efeito estufa.

"Não sei se vamos conseguir (produzir hidrogênio verde a um preço acessível), mas, se conseguirmos, isso resolveria muitos problemas", disse ele no podcast Armchair Expert.

"Me anima que se fale muito sobre como alcançar isso. Isso não acontecia há três ou quatro anos", acrescentou.

O que é hidrogênio verde?

O hidrogênio é o elemento químico mais abundante do universo. As estrelas, como o nosso Sol, são formadas principalmente por esse gás, que também pode assumir o estado líquido.

O hidrogênio é muito poderoso: tem três vezes mais energia do que a gasolina.

Mas, ao contrário dela, é uma fontesite arbetyenergia limpa, uma vez que só libera água (H2O), na formasite arbetyvapor, e não produz dióxidosite arbetycarbono (CO2).

Uma árvore e o símbolo H2

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Legenda da foto, O hidrogênio tem três vezes mais energia do que a gasolina e não libera gases poluentes

No entanto, embora existam há muitos anos tecnologias que permitem usar o hidrogênio como combustível, há várias razões pelas quais até agora ele só foi usadosite arbetyocasiões especiais (como para impulsionar as espaçonaves da Nasa, a agência espacial americana).

Uma delas é que é considerado perigoso por ser altamente inflamável — por isso, transportá-lo e armazená-lo com segurança é um grande desafio.

Mas um obstáculo ainda maior tem a ver com as dificuldades para produzi-lo.

Na Terra, o hidrogênio só existesite arbetycombinação com outros elementos. Ele está na água, junto ao oxigênio, e se combina com o carbono para formar hidrocarbonetos, como gás, carvão e petróleo. Portanto, o hidrogênio precisa ser separadosite arbetyoutras moléculas para ser usado como combustível.

E conseguir isso requer grandes quantidadessite arbetyenergia, alémsite arbetyser muito caro.

Até agora, os hidrocarbonetos eram usados ​​para gerar essa energia, então a produçãosite arbetyhidrogênio continuava a poluir o meio ambiente com CO2.

Há alguns anos, contudo, o hidrogênio começou a ser produzido a partirsite arbetyenergias renováveis, ​​como solar e eólica, por meiosite arbetyum processo chamado eletrólise.

A eletrólise usa uma corrente elétrica para dividir a águasite arbetyhidrogênio e oxigêniosite arbetyum dispositivo chamado eletrolisador.

O resultado é o chamado hidrogênio verde, que é 100% sustentável, mas muito mais carosite arbetyse produzir do que o hidrogênio tradicional.

No entanto, muitos acreditam que ele pode oferecer uma solução ecológica para algumas das indústrias mais poluentes, incluindo asite arbetytransportes, química, siderúrgica esite arbetygeraçãosite arbetyenergia.

Diferentes transportes que poderiam funcionar com hidrogênio verde

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Legenda da foto, O hidrogênio verde pode transformar o setorsite arbetytransportes e outras indústrias poluentes

Uma aposta para o futuro

Atualmente, 99% do hidrogênio usado como combustível é produzido a partirsite arbetyfontes não-renováveis.

E menossite arbety0,1% é produzido por meio da eletrólise da água,site arbetyacordo com a Agência Internacionalsite arbetyEnergia.

No entanto, muitos especialistassite arbetyenergia preveem que isso mudarásite arbetybreve.

As pressões para reduzir a poluição ambiental têm levado uma sériesite arbetypaíses e empresas a apostar nesta nova formasite arbetyenergia limpa, que muitos acreditam ser essencial para "descarbonizar" o planeta.

Companhiassite arbetypetróleo como Repsol, BP e Shell estão entre as que lançaram projetossite arbetyhidrogênio verde.

E vários países anunciaram planossite arbetyprodução nacional deste combustível renovável.

Isso inclui a União Europeia (UE) que,site arbetymeadossite arbety2020, se comprometeu a investir US$ 430 bilhõessite arbetyhidrogênio verde até 2030.

A intenção da UE é instalar eletrolisadoressite arbetyhidrogênio renovávelsite arbety40 gigawatts (GW) na próxima década, para alcançarsite arbetymetasite arbetyter impacto neutro no clima até 2050.

Porsite arbetyvez, o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeusite arbetyseu plano energético que vai garantir "que o mercado possa ter acesso ao hidrogênio verde ao mesmo custo do hidrogênio convencionalsite arbetyuma década, proporcionando uma nova fontesite arbetycombustível limpo para algumas centrais elétricas existentes. "

Joe Biden

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Joe Biden prometeu tentar reduzir o preço do hidrogênio verde

Quedasite arbetypreços

No fimsite arbety2020, sete empresas internacionais que desenvolvem projetossite arbetyhidrogênio verde lançaram a iniciativa Green Hydrogen Catapult (Catapultasite arbetyHidrogênio Verde), como parte da campanha Race to Zero (Corrida por Zero Emissões) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Esta coalizão global — formada pelo grupo sauditasite arbetyenergia limpa ACWA Power, a desenvolvedora australiana CWP Renewables, a fabricante chinesasite arbetyturbinas eólicas Envision, as gigantes europeiassite arbetyenergia Iberdrola e Ørsted, o gruposite arbetygás italiano Snam e a produtora norueguesasite arbetyfertilizantes Yara — quer que a indústria seja multiplicada por 50 nos próximos seis anos.

E também pretende reduzir o custo atual do hidrogênio renovável pela metade, para menossite arbetyUS$ 2 por quilo.

Um relatório publicadosite arbetyagostosite arbety2020 pela consultoriasite arbetyenergia Wood Mackenzie sugere que eles estão no caminho certo: o documento estima que os custos cairão até 64% na próxima década.

Enquanto isso, o bancosite arbetyinvestimento Goldman Sachs estimousite arbetysetembro do ano passado que o mercadosite arbetyhidrogênio verde ultrapassará US$ 11 trilhõessite arbety2050.

Os países líderes

Todo esse otimismosite arbetytorno do que a revista Forbes chamousite arbety"a energia do futuro" está relacionado a uma sériesite arbetymegaprojetos que estão sendo planejados ao redor do mundo.

Essas obras — que já foram anunciadas, mas na maioria dos casos estãosite arbetyfasesite arbetyplanejamento — representariam uma grande expansão do mercadosite arbetyhidrogênio verde, ampliando a capacidade atualsite arbetycercasite arbety80 GW para maissite arbety140 GW.

A seguir, confira quais são os seis países que estão desenvolvendo os maiores projetossite arbetyproduçãosite arbetyhidrogênio verde.

Mapa da Austrália com painéis solares e moinhossite arbetyvento

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Legenda da foto, A Austrália planeja aproveitar seus vastos recursossite arbetyenergia renovável para produzir hidrogênio verde

Austrália

O maior país da Oceania lidera os planossite arbetyprodução deste novo combustível limpo com propostas para a construçãosite arbety5 megaprojetossite arbetyseu território, graças aos seus vastos recursos energéticos renováveis, especialmente energia eólica e solar.

O maior projeto — do país e do mundo — é o Asian Renewable Energy Hub,site arbetyPilbara, na Austrália Ocidental, onde está prevista a construçãosite arbetyuma sériesite arbetyeletrolisadores com capacidade totalsite arbety14 GW.

A previsão ésite arbetyque o projetosite arbetyUS$ 36 bilhões esteja pronto até 2027-28.

Os outros quatro projetos — dois na Austrália Ocidental e doissite arbetyQueensland, no leste — ainda estão na fasesite arbetyplanejamento inicial, mas acrescentariam outros 13,1 GW se aprovados.

Por tudo isso, alguns estão chamando a Austráliasite arbety"a Arábia Saudita do hidrogênio verde".

Holanda

A petrolífera anglo-holandesa Shell lidera junto a outros desenvolvedores o projeto NortH2 no Porto do Ems, no norte da Holanda, que prevê a construçãosite arbetypelo menos 10 GWsite arbetyeletrolisadores.

A meta é ter 1GW até 2027 e 4GW até 2030, utilizando a energia eólica offshore.

O estudosite arbetyviabilidade do projeto, cujo custo não foi divulgado, será concluídosite arbetymeados deste ano.

A ideia é utilizar o hidrogênio gerado para abastecer a indústria pesada tanto na Holanda quanto na Alemanha.

Alemanha

Os alemães também têm seus próprios projetossite arbetyhidrogênio verdesite arbetyterritório nacional. O maior é o AquaVentus, na pequena ilhasite arbetyHeligoland, no Mar do Norte.

O plano é construir ali 10 GWsite arbetycapacidade até 2035.

Um consórciosite arbety27 empresas, instituiçõessite arbetypesquisa e organizações — incluindo a Shell — está promovendo o projeto, que usará os fortes ventos da região como fontesite arbetyenergia.

Um segundo projeto menor está sendo planejadosite arbetyRostock, na costa norte da Alemanha, onde um consórcio liderado pela empresasite arbetyenergia local RWE pretende construir mais 1 GWsite arbetyenergia verde.

Tanquessite arbetyH2

Crédito, iStock

Legenda da foto, A China é o principal produtor mundialsite arbetyhidrogênio, mas a partirsite arbetyfontes poluentes. Agora, planeja se aventurar no mercadosite arbetyH2 renovável

China

O gigante asiático é o maior produtor mundialsite arbetyhidrogênio, mas até agora usou hidrocarbonetos para gerar quase toda essa energia.

No entanto, o país está dando agora os primeiros passos no mercadosite arbetyhidrogênio verde com a construçãosite arbetyum megaprojeto na Mongólia Interior (região autônoma da China), no norte do país.

O projeto é liderado pela concessionária estatal Beijing Jingneng, que investirá US$ 3 bilhões para gerar 5 GW a partirsite arbetyenergia eólica e solar.

A previsão é que o projeto fique pronto ainda neste ano.

Arábia Saudita

O país árabe com as maiores reservassite arbetypetróleo também planeja entrar no mercadosite arbetyhidrogênio verde, com o projeto Helios Green Fuels.

Ele será baseado na "cidade inteligente" futurísticasite arbetyNeom, às margens do Mar Vermelho, na provínciasite arbetyTabuk, no noroeste do país.

A previsão ésite arbetyque o projetosite arbetyUS$ 5 bilhões instale 4 GWsite arbetyeletrolisadores até 2025.

Usina termossolar Cerro Dominador,site arbetyAntofagasta, no Chile

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Legenda da foto, O Chile planeja aproveitar seus recursos naturais para produzir hidrogênio verde

Chile

O país sul-americano, considerado uma das mecas da energia solar, foi o primeiro da região a apresentar uma "Estratégia Nacionalsite arbetyHidrogênio Verde"site arbetynovembrosite arbety2020.

É também a única nação latino-americana com dois projetossite arbetydesenvolvimento: o HyEx, da empresa francesasite arbetyenergia Engie e da empresa chilenasite arbetyserviçossite arbetymineração Enaex; e o Highly Innovative Fuels (HIF), da AME, Enap, Enel Green Power, Porsche e Siemens Energy.

O primeiro, com sedesite arbetyAntofagasta, no norte do Chile, usará energia solar para abastecer eletrolisadoressite arbety1,6 GW. E o hidrogênio verde gerado será usado na mineração.

Um teste piloto inicial planeja instalar 16 MW até 2024.

O projeto HIF, no extremo oposto do Chile, na Regiãosite arbetyMagalhães e da Antártida Chilena, usará energia eólica para gerar combustíveis à basesite arbetyhidrogênio.

Segundo informações da empresa AME, "o projeto piloto utilizará um eletrolisadorsite arbety1,25 MW e nas fases comerciais será superior a 1 GW".

O ministro da Energia do Chile, Juan Carlos Jobet, destacou que o país não busca apenas gerar hidrogênio verde para cumprirsite arbetymetasite arbetyatingir a neutralidadesite arbetycarbono até 2050, mas também deseja exportar esse combustível limpo no futuro.

"Se fizermos as coisas direito, a indústria do hidrogênio verde no Chile pode ser tão importante quanto a mineração, a silvicultura ou como o salmão já foi", disse ele à revista Electricidad.

Línea

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