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Depressão não é tudo igual: conheça os tipos menos comuns e que impactam na qualidadebetmotion linkedinvida:betmotion linkedin
"No caso dessas doenças, muitas vezes o diagnóstico deixabetmotion linkedinser feito pelo próprio psiquiatra ao longo dos anos, passando despercebido e sem uma avaliação criteriosa. Na depressão bipolar, por exemplo, a descoberta pode levar maisbetmotion linkedindez anos, dificultando o tratamento", diz a psiquiatra.
Por serem mais difíceisbetmotion linkedindiagnosticar, é importante conhecer melhor cada uma.
Depressão bipolar: a mais difícilbetmotion linkedinser identificada
O transtorno bipolar do tipo 1 é a forma mais clássica e é caracterizado pela euforia (mania e hipomania). Já o do tipo 2, que é a depressão bipolar, o paciente apresenta quadrosbetmotion linkedintristeza e hipomania — estado mais levebetmotion linkedineuforia, otimismo e, às vezes, agressividade.
"Geralmente, quando ocorre somente a bipolaridade é mais fácilbetmotion linkedinreconhecer a doença, já que o paciente apresenta sintomas evidentes. Porém, quando o quadro depressivo aparecebetmotion linkedinconjunto, pode levar anos até chegar a um diagnóstico preciso", afirma Luiz Dickeman, psiquiatra da Universidade Federalbetmotion linkedinSão Paulo (Unifesp).
O especialista explica que, para o paciente ser caracterizado com a condição, ele precisa ter episódiosbetmotion linkedinhipomania pelo menos uma vez ao longo da vida, durante quatro dias ou mais.
"Ele deve ser expor a atividadesbetmotion linkedinrisco como gastos excessivos, vontade exacerbadabetmotion linkedinfazer sexo, pouca horasbetmotion linkedinsono."
Um estudo publicado na revista Brasileirabetmotion linkedinPsiquiatria mostrou que,betmotion linkedinmédia, leva-se oito anos para diagnosticar um paciente com depressão bipolar.
Outras publicações americanas já mostraram que o diagnóstico pode demorar até 15 anos.
"O erro ocorre pelo próprio médico, que não investiga os sintomas a fundo e acredita que a pessoa sofra somente com a unipolar, que é a mais comum e conhecida. Além disso, o paciente omite se já teve episódiosbetmotion linkedinhipomaniabetmotion linkedinanos, aumentando, muitas vezes, o riscobetmotion linkedinsuicídio", diz Dickeman, que também é diretor do Instituto Brasileirobetmotion linkedinFarmacologia Prática (BIPP).
Fabiano Alves Gomes, psiquiatra e professor da Queen's University, no Canadá, explica que, enquanto a prevalência da depressão unipolar ébetmotion linkedinaproximadamente 15%, as formas mais clássicas do transtorno bipolar (tipo 1 e tipo 2) têm prevalênciabetmotion linkedincercabetmotion linkedin3% da população.
Neste tipo, o tratamento mais indicado não é com antidepressivos, e sim, com estabilizadoresbetmotion linkedinhumor. "É possível atingir recuperação completa principalmente se tratada adequadamente e no início", afirma Gomes.
Distimia: menos conhecida entre os próprios pacientes
O transtorno depressivo persistente ou distimia é uma depressão crônica, caracterizada por sintomas que duram por até dois anos ou mais. A causa ainda é pouco conhecida pelos médicos, mas os especialistas acreditam que seja multifatorial.
Ela é menos comum, e o próprio paciente pode não reconhecê-la por achar que os sinais estão relacionados à personalidade.
"É a típica pessoa que reclama toda hora, que tem uma visão pessimista das coisas e vivebetmotion linkedinuma rotinabetmotion linkedinlamentações. O que dificulta o diagnóstico é que na grande maioria dos casos, familiares e amigos acham que é o 'jeito' dela e que vai passar com a idade", afirma Carvalho.
No entanto, os sintomas podem evoluir para uma depressão mais grave. "O paciente demora a procurar ajuda porque acredita que não é nada e o quadro depressivo só piora.
"Às vezes, permanece com o problema por 20 anos, até ir ao médico. O distêmico está abaixo da linha da normalidade", reforça a especialista.
Diferentemente da unipolar, na qual os neurotransmissores são afetados, a distimia não altera as funções biológicas do paciente.
"É uma pessoa funcional, que come, dorme, consegue trabalhar. O grande problema é que a doença provoca um impacto bem grande na qualidadebetmotion linkedinvida, já que o indivíduo reclama o tempo todo, está semprebetmotion linkedinmau humor e sofre com baixa autoestima", diz Dickeman.
O tratamento mais indicado é a combinaçãobetmotion linkedinmedicamentosbetmotion linkedindoses geralmente mais altas do que os da depressão unipolar, alémbetmotion linkedinpsicoterapia.
Depressão psicótica: a forma mais grave do transtorno
Alémbetmotion linkedintristeza, o paciente sempre apresenta sintomas psicóticos como alucinações e delírios. "É uma alteração dos cinco sentidos. Você pode ouvir e ver coisas, sentir cheiros e até toques na pele", explica Dickeman.
Considerada rara pelos médicos, a depressão do tipo psicótica é provocada por luto, traumas ou cobrança excessivabetmotion linkedinrelação a si mesmo.
Segundo o psiquiatra da Unifesp, ela é mais fácilbetmotion linkedindiagnosticar, já que os sintomas são percebidos nos primeiros atendimentos. Porém, o que acontece muitas vezes, é que a doença causa um desgaste familiar muito grande, e o paciente fica forabetmotion linkedinsi com frequência.
"Quase não é conhecida pelas pessoas e acaba surpreendendo todos que convivem, porque os sintomas são exacerbados. Às vezes, os sintomas são confundidos com os da esquizofrenia", diz.
Neste quadro depressivo, as chancesbetmotion linkedinreações suicidas são maiores e, por isso, familiares devem ficar atentos. É necessário ter um acompanhamento médico frequente até a melhora dos sintomas.
"É fundamental distinguir os vários tiposbetmotion linkedindepressão, pois o tratamento é diferente. A depressão psicótica exige associaçãobetmotion linkedinantipsicóticos. Todas podem ser feitas com técnicasbetmotion linkedinestimulação magnética e eletroconvulsoterapia que proporcionam bons resultados. Caso não sejam tratados, os pacientes permanecem deprimidos e além dos sofrimentos psíquicos apresentam perdabetmotion linkedinfuncionalidade, dificuldades cognitivas, adoecimento fisico e riscobetmotion linkedinsuicídio", diz Fabiano Alves Gomes.
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