Coronavírus: 10 boas notícias sobre a pandemia, um ano depois:365 apostas net
Hoje esse número se multiplicou por mais365 apostas net600 e já ultrapassa os 100 mil artigos, mais do que os que aparecem sob o título365 apostas net"malária", por exemplo. Mais365 apostas net4,8 mil estudos365 apostas netandamento sobre tratamentos e vacinas estão registrados.
Sabemos mais sobre SARS-CoV-2 e covid-19 do que sobre outras doenças que temos estudado por décadas.
2. Mais365 apostas net200 novas vacinas
Há um ano, foi destacado que havia oito novos projetos365 apostas netvacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2.
De acordo com o portal bioRENDER, existem agora mais365 apostas net195 candidatas, com pelo menos 71 já365 apostas netensaios clínicos.
Elas empregam todos os tipos365 apostas nettecnologias: vírus vivos atenuados, vírus inativados, subunidades365 apostas netproteínas, vetores virais recombinantes, partículas semelhantes a vírus (VLPs), DNA e mRNA.
Nunca se investiu tanto dinheiro e houve tanta colaboração para o desenvolvimento365 apostas netvacinas entre entidades públicas e privadas, centros365 apostas netpesquisa, universidades, empresas farmacêuticas, empresas e ONGs.
Alguns projetos foram abandonados, mas outros já foram autorizados pela OMS: Pfizer/BioNTech e Moderna com tecnologia365 apostas netmRNA, AstraZeneca/Oxford e Sputnik V com tecnologia365 apostas netadenovírus recombinante e o Sinopharm chinês, com coronavírus inativos.
Pelo menos 20 outras vacinas já estão365 apostas netensaios clínicos365 apostas netfase 3 e podem ser aprovadas nas próximas semanas e meses, se os resultados forem satisfatórios.
365 apostas net 3. 365 apostas net As vacinas mRNA são muito seguras
Um dos possíveis efeitos graves das vacinas é a anafilaxia, uma reação alérgica com risco365 apostas netvida que geralmente ocorre logo após a aplicação da vacina.
Os dados do primeiro mês365 apostas netvacinação foram analisados nos EUA, onde foram administradas mais365 apostas net17,5 milhões365 apostas netdoses (exatamente 9.943.247 da vacina Pfizer/BioNTech e 7.581.429 da vacina Moderna).
O Sistema365 apostas netNotificação365 apostas netReações Adversas à Vacina (VAERS) registrou apenas 66 casos365 apostas netanafilaxia (47 com a vacina Pfizer/BioNTech e 19 com a vacina Moderna).
Isso representa menos365 apostas net4 casos por milhão365 apostas netdoses ou 0,0003%365 apostas nettodas as doses analisadas. Vinte e um (32%) desses 66 casos tiveram registros anteriores365 apostas netanafilaxia por outros motivos. Nenhuma morte foi detectada.
Se comparado com o número365 apostas netcasos365 apostas netCovid-19, as sequelas deixadas pela doença e o número365 apostas netóbitos, o benefício das vacinas supera365 apostas netmuito os possíveis efeitos adversos.
Tudo isso nos permite afirmar que, por enquanto, as vacinas365 apostas netmRNA são muito seguras.
4. As vacinas são eficazes
Israel é o país com a maior população já vacinada.
No início365 apostas netfevereiro e desde o início da campanha365 apostas netdezembro, mais365 apostas net3,67 milhões365 apostas netisraelenses receberam a primeira dose da vacina365 apostas netmRNA da Pfizer/BioNTech.
Isso representava cerca365 apostas net40% da população do país. Mais365 apostas net28% também receberam a segunda dose. Entre aqueles com mais365 apostas net60 anos, mais365 apostas net80% foram vacinados.
Dados preliminares mostram que a vacinação está sendo eficaz.
O número365 apostas netinfecções está diminuindo significativamente, especialmente entre pessoas com mais365 apostas net60 anos. Nessa faixa etária, houve 56% menos infecções, 42% menos hospitalizações e 35% menos mortes por covid-19 após a segunda dose.
Os resultados com as duas doses são excelentes: dos 523 mil israelenses vacinados com duas doses, há apenas 544 casos365 apostas netcovid-19, apenas quatro casos365 apostas netcovid-19 grave e nenhuma morte. Esses dados confirmam os obtidos365 apostas netensaios clínicos anteriores.
Mas você não tem que ir para Israel para verificar isso.
Nas Astúrias, Espanha,365 apostas net15365 apostas netfevereiro, se ultrapassou a marca365 apostas net2 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia.
Entre eles, havia uma grande proporção365 apostas netpessoas vivendo365 apostas netlares365 apostas netidosos, onde o impacto foi considerável.
No entanto, neste momento a situação começa a ser relativamente controlada graças aos esforços365 apostas netvacinação dirigidos especificamente aos residentes e trabalhadores que os cuidam.
O efeito da vacina fica evidente quando se compara a mortalidade entre idosos residentes365 apostas netdomicílios (quase todos vacinados),365 apostas netque cai drasticamente, e o número365 apostas netóbitos365 apostas netpessoas que moram fora (não vacinadas), entre os quais aumenta consideravelmente.
Além disso, acabam365 apostas netser publicados os resultados365 apostas netum estudo preliminar na Inglaterra, mostrando que a vacina365 apostas netmRNA da Pfizer/BioNTech é eficaz na prevenção da infecção365 apostas netadultos sintomáticos e assintomáticos, inclusive contra a variante "britânica" B1.1.7.
5. A confiança nas vacinas aumenta
Depois365 apostas netmais365 apostas net160 milhões365 apostas netdoses365 apostas netvacinas contra covid-19 administradas, a confiança da população nas vacinas está aumentando.
Por exemplo, uma pesquisa com 13,5 mil pessoas365 apostas netquinze países da Europa, Ásia e Austrália foi realizada entre novembro365 apostas net2020 e janeiro365 apostas net2021.
Em novembro, antes365 apostas netos países começarem a aprovar vacinas, apenas cerca365 apostas net40% dos pesquisados receberiam a vacina covid-19 e mais365 apostas net50% estavam preocupados com os possíveis efeitos colaterais.
Em janeiro, mais da metade receberia a vacina, e o número365 apostas netpessoas preocupadas com os efeitos colaterais havia caído ligeiramente.
O Reino Unido foi o país365 apostas netque mais pessoas manifestaram vontade365 apostas netser vacinadas (até 78% dos entrevistados) e na Espanha a proporção365 apostas netpessoas dispostas a ser vacinadas passou365 apostas net28%365 apostas netnovembro para 52%365 apostas netmeados365 apostas netjaneiro.
6. A resposta imune ao vírus dura pelo menos oito meses
Os testes sorológicos que medem os anticorpos para SARS-CoV-2 não refletem todo o potencial, duração e memória da resposta imune ao vírus.
Saber quanto tempo dura a resposta imune ao vírus é essencial para determinar a proteção contra reinfecções, a gravidade da doença e a eficácia da vacina.
Verificou-se que, embora haja alguma heterogeneidade na resposta365 apostas netacordo com cada indivíduo, na maioria das pessoas365 apostas netque foi analisado mantêm uma robusta resposta imune humoral (anticorpos) e celular (linfócito T),365 apostas netpelo menos entre 6 e 8 meses após a infecção, independentemente365 apostas netserem leves ou graves.
7. Novos tratamentos para os casos mais graves
Já sabemos que covid-19 é muito mais do que uma pneumonia.
Se sabe muito mais sobre a doença hoje e, embora atualmente não tenhamos um antiviral específico que iniba o vírus, existem combinações365 apostas nettratamentos que melhoram muito o prognóstico e reduzem a mortalidade nos casos mais graves.
Antivirais, anti-inflamatórios, anticoagulantes, corticosteroides, inibidores365 apostas nettempestade365 apostas netcitocinas e anticorpos monoclonais são alguns exemplos.
Existem mais365 apostas net400 ensaios clínicos365 apostas netandamento nos quais diferentes tratamentos e combinações estão sendo testados.
Por exemplo,365 apostas netacordo com o ensaio clínico internacional Recovery, a combinação365 apostas nettocilizumab (um anticorpo monoclonal dirigido contra o receptor da interleucina-6, aprovado para o tratamento da artrite reumatoide) e dexametasona (um potente glucocorticóide sintético que atua como um anti-inflamatório e imunossupressor), pode reduzir quase pela metade as mortes nos pacientes mais graves com covid-19.
Já o tratamento preventivo com anticoagulantes365 apostas netpacientes covid-19 hospitalizados está associado à redução365 apostas net30% na mortalidade365 apostas net30 dias e nenhum efeito adverso365 apostas netsangramento.
8. Sem gripe
Havia sérias preocupações sobre como a sobreposição do SARS-CoV-2 com outros patógenos respiratórios frequentes se comportaria nos meses365 apostas netinverno.
Uma situação365 apostas net"tempestade perfeita" não poderia ser descartada365 apostas netque a SARS-CoV-2 coincidisse com outros vírus, como influenza ou vírus sincicial respiratório, que causam bronquiolite e pneumonia e são responsáveis por hospitalizações frequentes e mortes365 apostas netcertos setores da população mais vulnerável.
Foi sugerido que o risco365 apostas netmorte365 apostas netpessoas infectadas por influenza e SARS-CoV-2 simultaneamente era maior do que naquelas que foram infectadas apenas pelo coronavírus, especialmente naqueles com mais365 apostas net70 anos365 apostas netidade.
A coincidência365 apostas netvários vírus respiratórios com o SARS-CoV-2 poderia ter causado uma carnificina365 apostas netidosos.
A boa notícia é que nesta temporada a gripe e outros vírus respiratórios desapareceram, tanto nos meses365 apostas netjunho a agosto no hemisfério sul como agora no hemisfério norte.
Não podemos descartar que isso possa ser um problema no próximo ano (as estações365 apostas netque a gripe causa a maior mortalidade são geralmente precedidas por temporadas mais benignas), mas este ano foi um verdadeiro alívio para os sistemas365 apostas netsaúde.
Várias são as causas que podem explicar esse declínio da gripe. Deve-se primeiro lembrar que o SARS-CoV-2 e o vírus influenza são vírus muito diferentes.
É muito provável que o menor período365 apostas netincubação da gripe, a existência365 apostas netimunidade anterior, a intensa campanha365 apostas netvacinação este ano, as medidas365 apostas netconfinamento, redução365 apostas netviagens, uso365 apostas netmáscara, higiene e distanciamento social tenham tido maior efeito na redução da transmissão deste vírus.
Ao contrário, a transmissão do coronavírus também é muito mais influenciada pelo efeito dos aerossóis, o papel dos superdistribuidores e dos pacientes assintomáticos.
9. Podemos acompanhar a evolução do vírus365 apostas nettempo real
O efeito que novas variantes genéticas do SARS-CoV-2 podem ter na vacinação e durante a pandemia é incerto.
Como as mudanças genéticas podem ter um efeito potencial no comportamento do vírus,365 apostas netanálise e monitoramento são essenciais.
A boa notícia é que hoje temos a capacidade365 apostas netacompanhar a evolução do vírus365 apostas nettempo real e o surgimento365 apostas netnovas variantes genéticas.
Já existem mais365 apostas net260 mil sequências do genoma SARS-CoV-2 disponíveis365 apostas netbancos365 apostas netdados.
Essas sequências vêm365 apostas nettantos isolados obtidos365 apostas netamostras humanas365 apostas netfevereiro do ano passado até o presente.
Embora as alterações365 apostas netnucleotídeos sejam a principal fonte365 apostas netvariação genética para o SARS-CoV-2, inserções, deleções (um tipo365 apostas netmutação genética365 apostas netque o material genético é perdido) e até mesmo recombinações também foram detectadas.
Tudo isso permite filogenias (relações365 apostas net"parentesco" entre variantes virais) que podem ser usadas para fazer estimativas temporais (quando novas variantes surgem), caracterizar como o vírus se espalha geograficamente, reconstruir a dinâmica epidemiológica dentro365 apostas netuma região e analisar como o vírus se adapta ao longo do tempo.
A análise das sequências do SARS-CoV-2 não tem precedentes. No banco365 apostas netdados GISAID (Iniciativa Global sobre o Compartilhamento365 apostas netDados da Gripe Aviária), existem mais365 apostas net580.000 dados365 apostas netsequência compartilhada.
É a primeira vez que a evolução365 apostas netum vírus pandêmico é acompanhada365 apostas nettempo real.
10. A pandemia global diminui
Não sabemos como a pandemia se desenvolverá nos próximos meses.
Dada a intensidade que teve até agora, é provável que surjam novas ondas, mas talvez menos intensas.
Não sabemos como será uma possível quarta onda, ou o efeito que as novas variantes genéticas que aparecem podem ter, mas a boa notícia é que365 apostas netnível global a pandemia está diminuindo neste momento.
Talvez seja uma combinação365 apostas netvários fatores: o vírus se comporta sazonalmente, a população adquire certa imunidade365 apostas netgrupo por infecção natural ou por vacinas, talvez o vírus neste processo natural365 apostas netvariação e mutação esteja levando a formas menos virulentas e se adapte ao seu novo hospedeiro.
Não sabemos ao certo, mas por enquanto ainda há motivos para esperança.
* Ignacio López-Goñi é Professor365 apostas netMicrobiologia da Universidade365 apostas netNavarra, Espanha.
Este artigo foi publicado originalmente no site The Conversation sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler o artigo original.
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