Pessoas sem sintomas podem transmitir coronavírus — entenda a confusão envolvendo fala da OMS:luva bet afiliados
Parte da confusão se deu porque a fala inicialluva bet afiliadosVan Kerkhove não deixou claro a divisão que a comunidade científica e a própria OMS fazem entre as pessoas contaminadas.
Existem três tiposluva bet afiliadossituaçõesluva bet afiliadosrelação aos sintomas:
- Pessoas com sintomas - pessoas que têm diagnóstico positivo para o vírus e apresentam sintomas como tosse, febre, faltaluva bet afiliadosar;
- Pessoas pré-sintomáticas - pessoas que estão com o vírus e ainda não apresentaram os sintomas, mas nas quais esses sintomas vão aparecer mais para frente;
- Pessoas assintomáticas - pessoas que estão com o vírus e não apresentam sintomasluva bet afiliadosnenhum momento da infecção.
Pessoas sem sintomas podem tanto ser pré-sintomáticas (que ainda não desenvolveram sintomas) quanto assintomáticas (que nunca terão sintoma nenhum). Mas essa diferenciação é muito difícilluva bet afiliadosfazer, porque não há como saber se a pessoa vai desenvolver os sintomas no futuro ou não explica Natália Pasternak, pesquisadora da USP e presidente do Instituto Questãoluva bet afiliadosCiência.
"Enquanto as pessoas estão doentes, não é possível diferenciar assintomáticos verdadeirosluva bet afiliadospré-sintomáticos, é algo que só pode ser feito retroativamente, ou seja, depois que a pessoa já foi curada", diz Pasternak.
Além disso, segundo a OMS, quando se analisa mais detalhadamente muitos dos relatosluva bet afiliadospessoas contaminadas e sem sintomas, percebe-se que na verdade elas tinham alguns sintomas leves que passaram despercebidos.
O quanto cada grupo transmite a doença
As evidências existentes até o momento apontam que pessoas com sintomas são mais transmissíveis. "É claro, porque elas estão tossindo e espirrando", diz Pasternak.
Mas apontam também que pessoas pré-sintomáticas (ou seja, pessoas sem sintomas mas que vão desenvolvê-los no futuro) têm cargas virais tão altas quantoluva bet afiliadosquem tem sintomas, e estão sim transmitindo o vírus, explica a bióloga.
Segundo o infectologista Babak Javid, da Universidade Cambridge, há muitas evidências que mostram grandes quantidadesluva bet afiliadosvírus no sistemaluva bet afiliadospessoas contaminadas poucos diasluva bet afiliadoselas começarem a ter sintomas, o que as torna capazesluva bet afiliadosespalhar a infecção nesse período - especialmente no dia anterior ao dialuva bet afiliadosque os sintomas aparecem.
Quanto às pessoas verdadeiramente assintomáticas (que nunca desenvolverão os sintomas), ainda não existem pesquisas suficientes para afirmar com certeza o quão transmissíveis elas são, segundo esclarecimento da própria OMS na terça.
O posicionamento oficial da OMS explica que uma revisão sistemática recente da literatura científica mostra que os casos assintomáticos poderiam variar entre 6% e 41% dos casosluva bet afiliadoscontaminação, ou seja, ainda há grande incerteza sobre qual a proporçãoluva bet afiliadoscasos assintomáticos entre os contaminados.
Além disso, diz a OMS, "a maioria dos estudos incluídos nessas revisão tinham importantes limitações quanto ao relatos dos sintomas, ou não definiram propriamente quais sintomas estavam sendo investigados".
"Vírus viáveis (que podem contaminar outras pessoas) foram isolados tantoluva bet afiliadospessoas pré-sintomáticas quantoluva bet afiliadospessoas assintomáticas, o que sugere que pessoas sem sintomas podem, sim, transmitir o vírus para outras", diz a nota técnica da OMS.
Depois da fala inicialluva bet afiliadosVan Kerkhove, a OMS esclareceu que ela se referia a pessoas realmente assintomáticas, e não a pessoas pré-sintomáticas. E que o comentário se baseavaluva bet afiliadosalgumas observações feitasluva bet afiliadospaíses que tiveram um monitoramento intensoluva bet afiliadospessoas contaminadas eluva bet afiliadosseus contatos — Van Kerkhove disse que é ainda uma questãoluva bet afiliadosaberto se isso poderialuva bet afiliadosfato ser comprovadoluva bet afiliadosestudos científicos mais aprofundados.
É importante manter as medidasluva bet afiliadosisolamento
Estudos para avaliar o quanto pessoas realmente assintomáticas podem transmitir o vírus são complexos, explica Pasternak.
Eles precisariam acompanhar um grande númeroluva bet afiliadospessoas durante um longo tempo, para conseguir diferenciar quemluva bet afiliadosfato foi assintomático durante toda a infecção, depois medirluva bet afiliadoscarga viral e verificar se os vírus são viáveis (ou seja, se não foram desativados pelos anticorpos das pessoas, tornando-os incapazesluva bet afiliadoscontaminar outras).
Somente com estudos como esses, diz a bióloga, vai haver certeza quanto à possibilidadeluva bet afiliadospessoas assintomáticas transmitirem ou não o vírus.
Mas mesmo quando os estudos forem feitos, diz Pasternak, nada vai mudar quanto à necessidadeluva bet afiliadosmedidasluva bet afiliadosisolamento. Isso porque, na prática, é impossível diferenciar entre pessoas pré-sintomáticas e pessoas verdadeiramente assintomáticas enquanto elas ainda estão doentes.
Ou seja, mesmo que se descobrisse que pessoas assintomáticas não transmitem e o país conseguisse fazer o rastreamentoluva bet afiliadostodos os contaminados, ainda assim seria preciso manter as medidasluva bet afiliadosisolamento, porque é impossível saber se os indivíduos contaminados e sem sintomas sãoluva bet afiliadosfato assintomáticos ou se vão desenvolver sintomas no futuro.
A OMS deixou claro que suas orientações quanto à importância das medidasluva bet afiliadosquarentena e isolamento social continuam as mesmas.
"As incertezas envolvidas enfatizam a importância das medidasluva bet afiliadoslockdown (fechamento totalluva bet afiliadostodas as atividades não essenciais) para reduzir massivamente o númeroluva bet afiliadospessoas infectadas", diz o epidemiologista Liam Smeeth, da Universidadeluva bet afiliadosHigiene e Medicina Tropicalluva bet afiliadosLondres.
"Toda essa confusão foi devido à uma falha na comunicação da OMS,luva bet afiliadosque a epidemiologista se expressou mal. Muitas vezes os cientistas não têm esse treinamento para falarluva bet afiliadospúblico", diz Pasternak, cujo instituto é focadoluva bet afiliadosdivulgação científica.
"Além disso, nada disso é novo. Não foi uma declaração oficial da OMS anunciando algo, foi uma resposta a uma perguntaluva bet afiliadosque ela se expressou mal quando estava se referindo ao documento da entidade sobre usoluva bet afiliadosmáscaras."
"O fatoluva bet afiliadosque pessoas com sintomas têm maior chanceluva bet afiliadostransmitir, mas que pessoas sem sintomas transmitem também é puro consenso. Van Kerkhove estava enfatizando a importâncialuva bet afiliadosfocar o rastreamento nas pessoas com sintomas eluva bet afiliadosseus contatos", afirma a bióloga.
"Porque muitos países não têm condiçõesluva bet afiliadosficar testando todo mundo e acompanhando. Como os recursos são escassos, é mais importante focar o acompanhamento nos sintomáticos. Não muda nada nas diretrizes sobre isso ou sobre isolamento social."
*com informaçõesluva bet afiliadosRachel Schraer, da BBC News.
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