'Aprendendo a aprender': 3 técnicas indicadas por cientistas para qualquer pessoa melhorar nos estudos:estrela bet h2
A experiência vem dela própria: como má alunaestrela bet h2matemática e ciências na escola, Oakley se dedicou a aprender essas disciplinas mais tarde na vida porque percebeu que com elas poderia melhorar suas perspectivas profissionais. O caminho para isso, diz, foi se tornar uma "boa aprendiz" e "mudar seu cérebro".
A seguir, a BBC News Brasil seleciona técnicas sugeridas por ela e os demais pesquisadores do livro, que podem ser úteis para alunosestrela bet h2qualquer idade — eestrela bet h2qualquer tipoestrela bet h2estudo.
1. Empacouestrela bet h2um exercício?
Nosso cérebro, diz Oakley, trabalhaestrela bet h2dois jeitos diferentes, que se complementam no aprendizado: o modo focado (quando estamos prestando atenção a um exercício, a um filme ou ao professor, por exemplo) e o modo difuso (quando o cérebro está relaxado).
"Acontece que o cérebro precisa alternar entre o modo difuso e o focado para aprenderestrela bet h2forma efetiva", explica a cientista. Ou seja, relaxar a mente muitas vezes permite encontrar soluções para problemas — é o motivo pelo qual às vezes temos boas ideias durante caminhadas ou depoisestrela bet h2uma boa noiteestrela bet h2sono, quando o cérebro entra no modo difuso.
Então, se você empacarestrela bet h2um exercício ou atividade, mesmo tendo entendido a explicação inicial (o que é fundamental para seguir adiante), Oakley diz que é preciso dar ao cérebro a chanceestrela bet h2sair do modo focado e entrar no difuso, seja com uma pausaestrela bet h2cinco a dez minutos para fazer outra coisa, seja alternando entre exercícios.
"Quando você estiver empacadoestrela bet h2um exercícioestrela bet h2matemática, o melhor a fazer é mudar o foco e estudar um poucoestrela bet h2geografia. Assim, você conseguirá avançar quando voltar à matemática", sugere Oakley.
"Se você sempre fica empacadoestrela bet h2uma disciplina, comece por ela quando for estudar. Assim, consegue alternar com outras tarefas ao longo do dia (e dá ao cérebro a chanceestrela bet h2alternar). Não deixe o mais difícil para o fim, pois você já estará cansado e sem tempo para a aprendizagem difusa."
A propósito, enquanto Oakley defende a alternânciaestrela bet h2atividades para manter o cérebro eficiente, ela é contra o multitasking — fazer muitas coisas ao mesmo tempo, por exemplo, ficar no WhatsApp enquanto estuda. "É um erro. Só conseguimos focarestrela bet h2uma coisa por vez", diz ela. "Quando mudamos o focoestrela bet h2atenção, perdemos energia mental e nosso desempenho piora."
2. Costuma deixar estudos e tarefas para a última hora?
A estratégia que os especialistas sugerem para evitar a procrastinação requer um despertador (ou qualquer outro tipoestrela bet h2temporizador) e uma "recompensa":
- Desligue todas as distrações (celular, TV etc.) e marque o temporizador para 25 minutos. Concentre-se na tarefa o máximo que puder, sem alternar com outra. Não pare para comer e rejeite interrupções;
- Depois dos 25 minutos, dê a si mesmo uma recompensa (como assistir a um vídeo engraçado, ouvir uma música, brincar com o cachorro etc.) por cinco ou dez minutos. O anseio pela recompensa vai ajudar o cérebro a manter o foco nos 25 minutosestrela bet h2estudo. Isso vai colocá-loestrela bet h2modo difuso e o ajudará a descansar, para então retomar o aprendizado com mais eficiência.
A sugestão é fazer esse procedimento quantas vezes forem úteis ao longo do dia para manter a motivação.
Explicar a um amigo ou escrever pontos-chave do aprendizado também ajudam o cérebro a guardar informações.
Mas talvez você se pergunte: para que estudar na segunda-feira se a prova é só na sexta? Oakley explica que deixar tudo para a última hora atrapalha o cérebro na horaestrela bet h2aprender.
Aprender, na prática, consisteestrela bet h2criar novas (ou mais fortes) correntes cerebrais. Quanto mais nos dedicamos a coisas novas, mais criamos correntes no cérebro. Quanto mais praticamos essas coisas e acrescentamos complexidade ao aprendizado, mais fortes e compridas ficam essas correntes.
Se você deixa o estudo para a última hora, não dá tempo para o seu cérebro fortalecer as correntes cerebrais — ou seja, para aprenderestrela bet h2fato. O cérebro precisa, inclusive,estrela bet h2noitesestrela bet h2sono para "ensaiar o que aprendeu durante o dia".
"Tempo e treino trabalham juntos para ajudá-lo a consolidar as ideias no seu cérebro. Se o tempo é curto, você não consegue criar novas estruturas no cérebro e ainda perde energia preocupando-se com isso", agrega Oakley.
"Quando aprendemos algo novo, precisamos revisar logo, antes que as espinhas dendríticas e as conexões sinápticas (termos técnicos que se referem à atividadeestrela bet h2nossos neurônios durante a aprendizagem) comecem a desaparecer. Se elas desaparecerem, temosestrela bet h2começar o processoestrela bet h2aprendizagem todo novamente."
3. Esquece facilmente o que leu e aprendeu?
É comum a gente entender o conteúdoestrela bet h2aula, mas esquecê-lo quando vai estudá-loestrela bet h2casa. Ou sublinhar o textoestrela bet h2um livro, mas mesmo assim não guardar na cabeça o que está escrito nele.
É que quando não praticamos o conteúdo, não focamos profundamente ou não damos tempo para ele ser assimilado, as conexões entre os neurônios do cérebro relacionadas àquele conhecimento podem facilmente desaparecer.
"Não se engane: quando você apenas lê suas anotações, a informação não entra na cabeça", diz a autora.
Para isso, Oakley ensina uma técnica chamadaestrela bet h2"recordar ativamente", que significa trazer ideias-chaveestrela bet h2volta à mente.
Funciona assim: leia com calma o texto e anote, na margem ouestrela bet h2outro papel, uma ou outra ideia que você achar crucial no texto. Agora, o mais importante: depoisestrela bet h2ler alguns trechos, tire os olhos do livro e veja se consegue lembrar, sem olhar, as ideias-chave que anotou. Repita-as naestrela bet h2mente ouestrela bet h2voz alta.
Depois, tente lembrar a mesma informaçãoestrela bet h2horários e lugares diferente — outra forma interessanteestrela bet h2fixar a informação na nossa cabeça.
"Pesquisas mostram que recordar ativamente durante estudos garante resultados melhores na prova", diz o livro. Isso porque "a técnica não apenas coloca a informação na memória, como constrói o entendimento".
Dicas finais:
- Antesestrela bet h2dormir, faça anotações ou repense sobre o que aprendeu no dia. "Isso abastece seus sonhos eestrela bet h2aprendizagem", diz o livro;
- Olhou a soluçãoestrela bet h2um exercícioestrela bet h2matemática e acha que entendeu o conceito? Então pratique-o. Apenas ler a solução não vai consolidar o entendimento no seu cérebro;
- Não estude com a TV ligada. O som captura parte daestrela bet h2atenção, mesmo que você não esteja efetivamente prestando atenção na tela. A mesma ideia vale para o celular, que "rouba" as correntes cerebrais que deveriam estar focando nos estudos;
- Dormir bem (constantemente, e não só no fimestrela bet h2semana) ajuda a consolidar o que você já aprendeu e a abrir espaço para aprendizados novos;
- Exercício físico faz novos neurônios crescerem, alémestrela bet h2proporcionar momentos ótimos para estimular o modo difuso do cérebro, essencial ao aprendizado;
- Comida saudável e nutritiva, como frutas e vegetais, melhora a capacidade do cérebroestrela bet h2aprender e recordar.
Barbara Oakley diz que sempre tivemos interesseestrela bet h2melhorar nosso aprendizado — a diferença é que agora conseguimos usar a neurociência a nosso favor.
"Durante séculos, tivemos pouco conhecimento sobre como o cérebro realmente aprende", diz a pesquisadora por e-mail à BBC News Brasil. "Com a neurociência moderna, isso mudou. Por exemplo, podemos ver o que está acontecendo no cérebro, (mostrando que) reler e sublinhar são tão ineficientes se comparados com técnicas ativas, como relembrar, que promovem crescimento neural. Quando você entende como seu cérebro trabalha durante o aprendizado, é muito mais fácil usá-loestrela bet h2modo mais eficiente e evitar técnicas que não funcionem."
Mas ela lembra que isso não dispensa um esforço individual.
"Como o bom aprendizado é geralmente mais difícil, nossa tendência às vezes é cair nas 'ilusõesestrela bet h2aprendizado',estrela bet h2fazer as coisas do jeito fácil. Por exemplo, reler a páginaestrela bet h2um livro e achar que pegamos as ideias principais, mas não pegamos. Ou olhar a soluçãoestrela bet h2um exercício e achar que entendemos como resolvê-lo, mas não entendemos. (...) Se você souber como usar seu cérebro com mais eficiência, vai economizar muito tempo, evitar muita frustração e expandir seus horizontesestrela bet h2aprendizado — até mesmo para matérias para as quais você acha que não tem aptidão."
estrela bet h2 Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube estrela bet h2 ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosestrela bet h2autorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaestrela bet h2usoestrela bet h2cookies e os termosestrela bet h2privacidade do Google YouTube antesestrela bet h2concordar. Para acessar o conteúdo cliqueestrela bet h2"aceitar e continuar".
Finalestrela bet h2YouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosestrela bet h2autorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaestrela bet h2usoestrela bet h2cookies e os termosestrela bet h2privacidade do Google YouTube antesestrela bet h2concordar. Para acessar o conteúdo cliqueestrela bet h2"aceitar e continuar".
Finalestrela bet h2YouTube post, 2