O que é a 'síndrome do jaleco branco' e como ela atrapalha os diagnósticos médicos:sinais mines f12bet

Crédito, Divulgação
"Seria muito importante identificarmos os pacientes que sofrem disso", ressalta a médica Jordana B. Cohen, uma das pesquisadoras. "Fobias médicas, incluindo medosinais mines f12bethospitais, médicos, injeções ou doenças, representam mais da metade das fobias dos pacientes que me procuram", diz à BBC News Brasil o psicólogo britânico Adam Michael Cox, clínico especializadosinais mines f12bettratamentosinais mines f12betfobias, medos e ansiedades.
"Trata-sesinais mines f12betuma fobia situacional, que envolve uma avaliação constantesinais mines f12betnão apenas quem são [os médicos], mas o que eles representam", explica Cox. "Muitas pessoas se sentem insignificantes ou desamparadas quando lidam com figurassinais mines f12betautoridade. Há um sentimentosinais mines f12betque os médicos têm o poder da vida e da morte."
Para o psicólogo brasileiro Renato Belin Castellucci, especializadosinais mines f12betexperiênciassinais mines f12bettranscendência, há várias situações que podem fazer com que uma pessoa sinta essa fobia - e é comum que o quadro, mesmo manifestado na vida adulta, tenha ligação com algum experiência da infância.
"A psicologia nos ajuda a entender que a jornadasinais mines f12betcada ser humano é muito única e muito individualiza", pondera ele, à BBC News Brasil. "Isso, na prática, significa que quando analisamos sintomassinais mines f12betpessoas diferentes, eles podem ter uma base emocional original muito diversasinais mines f12betcada uma delas."

Crédito, Bentham Science Publishers
Segundo ele, um fator que pode desencadear a síndrome do jaleco branco é a pessoa ter sofrido algum traumasinais mines f12betum atendimento médico. "Pode ser algo simples, como tomar injeção quando criança. E associar a experiência com dor e medo.
Essa reposta inconsciente, segundo o especialista, acaba sendo carregada pela pessoa emsinais mines f12betmemória. E associada a elementos que compõem esse ambiente: as figuras do médico e do enfermeiro, o mobiliáriosinais mines f12betum postosinais mines f12betsaúde, os corredoressinais mines f12betum hospital, a maca do consultório. "Trata-sesinais mines f12betuma associaçãosinais mines f12betestímulos. A pessoa acaba se condicionando e tendo uma resposta emocional automática,sinais mines f12betformasinais mines f12bettaquicardia por exemplo", complementa.
Castellucci ressalta que há outras possibilidades, contudo. "A mente humana tem mecanismos muito complexos. Muitas vezes a questão não é exatamente com relação a um trauma médico, mas pode ser o quesinais mines f12betfigura representa no imaginário daquele contexto. Em nossa cultura, por exemplo, é comum associar o médico a um status social hierarquicamente superior na sociedade", exemplifica. "Algumas pessoas criam uma espéciesinais mines f12betresistência a esse tiposinais mines f12bethierarquia. Nesse caso, paciente transfere ao médico essa sensação, asinais mines f12betque algo que ela quer evitar."
Há ainda o fatosinais mines f12betque muitas pessoas têm aversão a mudanças. E, cientessinais mines f12betque um processosinais mines f12betcura esinais mines f12bettratamento configura orientações médicas para mudançassinais mines f12bethábitos, inconscientemente pode ser criada uma resistência. "Por isso essa síndrome aparece com frequênciasinais mines f12betdependentes químicos. É consequência, nesses casos,sinais mines f12betum temorsinais mines f12betque haja uma orientação a largar o tiposinais mines f12betconduta", afirma.
Por fim, o psicólogo lembra que o meio culturalsinais mines f12betcada um pode ser um fator desencadeador da síndrome. Seria, por exemplo, o casosinais mines f12betuma criança que, ainda sem compreender muito bem, vem a avó sendo tratadasinais mines f12betuma doença grave e, depois, morrendosinais mines f12betum ambiente hospitalar. "Essa experiência, profundamente negativa, acaba inconscientemente associando o 'ir ao médico' como algo negativo. Como se ir ao médico significasse riscosinais mines f12betmorrer", diz.
Estudos
Em um estudo conduzido pelo médico Stanley S. Franklin, especialistasinais mines f12betdoenças cardiovasculares e professor da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, constatou-se que a síndrome, quando não tratada, aumentasinais mines f12betforma mais contundentesinais mines f12betpacientes mais velhos. A pesquisa constatou que a diferença entre as leiturassinais mines f12betpressãosinais mines f12betum ambiente hospitalar e fora dele vai se tornando maior quanto mais alta for a idade do paciente.
No trabalho, cujos resultados foram publicadossinais mines f12bet2016, foram analisados 653 pacientes, todos eles com quadrosinais mines f12betpressão alta. Eles foram acompanhados por 10 anos. Na conclusão do estudo, uma recomendação: que pacientes com quadrosinais mines f12bethipertensão, sobretudo os idosos e com maior riscosinais mines f12betacidentes cardiovasculares, sejam examinados com maior frequência esinais mines f12betdiferentes ambientes - para que o diagnóstico seja resultadosinais mines f12betmúltiplas aferições.

Crédito, University of Michigan
O alerta é corroborado por um estudo mais recente, desenvolvido pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e publicado no último dia 10 no periódicosinais mines f12betpesquisas médicas Annals of Internal Medicine.
Na pesquisa, os cientistas concluíram que aqueles que não tratam a síndrome tem duas vezes mais chancessinais mines f12betmorrersinais mines f12betdoença cardíaca do que as pessoas com pressão arterial normal. Em números, a pesquisa indicou 36% mais chancessinais mines f12betdoença cardíaca, 33% a maissinais mines f12betriscosinais mines f12betmorte e 109% no riscosinais mines f12betmorte por doença cardíacasinais mines f12betpessoas com esse quadro - quando comparados a pacientes sem a síndrome.
Ao mesmo tempo, os pesquisadores concluíram o que já era esperado: que os pacientes com hipertensão por causa da síndrome do jaleco branco costumam ser medicados com anti-hipertensivos desnecessariamente, justamente pelo diagnóstico equivocado. "Advertimos para que não sejam tratados excessivamente indivíduos assim. Pois [a medicação] poderia levar a pressões sanguíneas perigosamente baixas fora do consultório e causar efeitos colaterais desnecessários", pontua a médica Jordana B. Cohen, principal autora da pesquisa.
"Acreditamos que os indivíduos com hipertensão apenas no consultório precisam ser monitoradossinais mines f12betperto, para acompanhar se há uma transição entre o quadrosinais mines f12bethipertensãosinais mines f12betcasa e do consultório", afirma ela.
Há alternativas que podem ajudar no diagnóstico. Os médicos da Universidade da Pensilvânia, por exemplo, sugerem equipamentossinais mines f12betmonitoração domiciliar e mesmo dispositivos portáteis que registram leituras automáticas ao longosinais mines f12bet24 horas - podendo, assim, comparar as variaçõessinais mines f12betfunção do ambiente.
No estudo, Cohen aponta que uma das causas para a dificuldadesinais mines f12bettais protocolos é que há ainda um ceticismo sobre a importância da síndrome do jaleco branco. A médica analisou 27 estudos anteriores, compilando dadossinais mines f12bet60 mil pacientes, para chegar a suas conclusões. "Está clara a necessidade prementesinais mines f12betaumentar o monitoramento da pressão arterial fora dos consultórios. Isso é fundamental para o diagnóstico da hipertensão", conclui a médica.
Em casa
Uma outra pesquisa, realizada pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e publicadasinais mines f12betnovembro, enfatizou que as mediçõessinais mines f12betpressão feitassinais mines f12betcasas costumam ser mais confiáveis do que as realizadassinais mines f12betconsultórios ou outros ambientes hospitalares. "Diante das evidências que se acumulamsinais mines f12betfavor do monitoramento da pressão arterialsinais mines f12betcasa, é horasinais mines f12betatualizar como o tratamento da hipertensão costuma ser acompanhado", defende.
"Como as evidênciassinais mines f12betfavor da HBPM (monitoramento da pressão arterialsinais mines f12betcasa) continuam a se acumular, é horasinais mines f12betatualizar como a qualidade do tratamento da hipertensão é avaliada e relatada", defendem os pesquisadores Kevin Hwang e Eric Thomas, autores do estudo.
Eles constataram quesinais mines f12bet10% a 50% dos pacientes diagnosticados como hipertensos pelo hospital da universidade tinham leiturassinais mines f12betpressão dentro do normal, quandosinais mines f12betambiente mais confortável. Hwang e Thomas acreditam que dispositivos domésticos poderiam medir as pressões - e os dados seriam transmitidos pela internet para o médicosinais mines f12betcada um.

sinais mines f12bet Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube sinais mines f12bet ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimossinais mines f12betautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticasinais mines f12betusosinais mines f12betcookies e os termossinais mines f12betprivacidade do Google YouTube antessinais mines f12betconcordar. Para acessar o conteúdo cliquesinais mines f12bet"aceitar e continuar".
Finalsinais mines f12betYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimossinais mines f12betautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticasinais mines f12betusosinais mines f12betcookies e os termossinais mines f12betprivacidade do Google YouTube antessinais mines f12betconcordar. Para acessar o conteúdo cliquesinais mines f12bet"aceitar e continuar".
Finalsinais mines f12betYouTube post, 2