O casocbet gg 4bullying que levou uma jovem médica a tirar a própria vida:cbet gg 4
cbet gg 4 Três médicas foram presascbet gg 4Mumbai, na Índia, acusadascbet gg 4práticar bullying contra uma colegacbet gg 4faculdade que acabou se suicidando, conforme mostra reportagemcbet gg 4Janhavee Moole e Pravin Thakre, da BBC Marathi.
"Eu costumava dizer que era mãe da Dra. Payal. Mas o que eu vou dizer agora?", questiona Abeda Tadvi, mãe da vítima, aos prantos.
Payal Tadvi,cbet gg 426 anos, tirou a própria vida no dia 22cbet gg 4maio, após ter sido perseguida durante meses por causa dacbet gg 4casta - ela pertencia a uma Tribo Catalogada, status atribuído a tribos historicamente desfavorecidas na Índia.
A famíliacbet gg 4Payal acusou três veteranas da filha na faculdadecbet gg 4medicina - todas mulheres -cbet gg 4assediá-la nos meses que antecederamcbet gg 4morte.
A polícia, que está investigando o caso, prendeu as suspeitas na terça-feira, segundo informou o vice-comissário, Abhinash Kumar, à BBC.
Elas negaram, no entanto, as acusações, alegaram que estavam sendo acusadas "injustamente" e pediram "justiça",cbet gg 4comunicado publicado pela agênciacbet gg 4notícias ANI.
O Topiwala Medical College também abriu um inquérito para investigar as denúncias. E o Nair Hospital, filiado à universidade, onde elas trabalhavam, suspendeu as acusadas.
A mortecbet gg 4Payal chocou seus colegas e amigos, que protestaramcbet gg 4frente ao hospital e exigiram justiçacbet gg 4seu nome. E revela a persistência da discriminaçãocbet gg 4castascbet gg 4um lugar improvável - uma universidadecbet gg 4Mumbai, centro financeiro da Índia e, possivelmente, a cidade mais urbanizada do país.
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Finalcbet gg 4Twitter post
Payal eracbet gg 4Jalgaon, no norte do Estadocbet gg 4Maharashtra. Ela se casou com Salman Tadvi, que é médicocbet gg 4Mumbai, e se mudou para a cidade com o intuitocbet gg 4obter um diplomacbet gg 4pós-graduaçãocbet gg 4medicina.
Ela estava estudando para ser ginecologista no Topiwala Medical College. E sempre quis ser médica, segundocbet gg 4mãe. Seu sonho era poder oferecer os melhores cuidadoscbet gg 4saúde para os pobres da tribo.
A jovem pertencia à tribo Tadvi Bhil, uma das maiscbet gg 4700 Tribos Catalogadas na Índia. Os membros dessas tribos - que somam cercacbet gg 4oito milhões pessoas, segundo o último censocbet gg 42011 - têm direito a uma políticacbet gg 4cotas, como uma formacbet gg 4reparação dos erros da duradoura hierarquiacbet gg 4castas da Índia.
Payal foi admitida na faculdade sob o sistemacbet gg 4cotas das Tribos Catalogadas. E Abeda diz que estava muito orgulhosa da filha, que alcançou tantas conquistas, apesar dacbet gg 4casta ecbet gg 4quão pobrecbet gg 4família era.
'Eles zombavam dela por pequenas coisas'
Abeda diz que Payal contou a ela sobre a perseguição que vinha sofrendo por partecbet gg 4três veteranas.
"Ela disse que elas a ridicularizavam na frente dos pacientes por pequenas coisas. Elas a insultavam com calúnias, jogavam prontuários na cara dela. E disse que elas nem sequer permitiam que ela fizesse suas refeiçõescbet gg 4paz."
Elas também teriam ameaçado impedi-lacbet gg 4praticar medicina.
Abeda, que está fazendo tratamento contra câncer, costumava frequentar o Nair Hospital, onde Payal trabalhava, porque era filiado àcbet gg 4universidade.
Ela conta que raramente conseguia passar um tempo com a filha, que estava sempre ocupada - então, observavacbet gg 4longe.
"Eu vi o jeito que ela estava sendo tratada e decidi reclamar, mas Payal me impediu", diz.
Payal temia que uma reclamação pudesse prejudicar a carreira das três colegas - e que elas acabariam a assediando ainda mais por isso.
Mascbet gg 4dezembrocbet gg 42018, Abeda e Salman finalmente conversaram com outros veteranos e professores sobre o assédio que Payal dizia estar enfrentando.
Eles exigiram que Payal fosse autorizada a trabalhar com uma equipe diferente. Ela foi transferida, diz a mãe, e pareceu um pouco aliviada depois disso.
Mas,cbet gg 4acordo com ela, o assédio logo recomeçou e por volta do dia 12cbet gg 4maio, Abeda registrou uma queixa por escrito.
"Mas eles não levaram a sério", alega.
Dez dias depois, Payal se suicidou.
'É triste e trágico'
A morte da jovem acendeu o alerta sobre a ocorrência generalizadacbet gg 4bullyingcbet gg 4escolas e universidadescbet gg 4toda a Índia. A prática é proibida, mas continua acontecendo. E estudantescbet gg 4castas mais baixas muitas vezes são o alvo.
O Nair Hospital criou uma comissão para investigar as denúncias e deve apresentar um relatóriocbet gg 4breve, informou Ramesh Bharmal, reitor da Universidadecbet gg 4Topiwala, à BBC.
"É triste e trágico. Estamos extremamente chocados. Como isso pode acontecer? O que poderíamos ter feito e o que devemos fazer agora? Tudo isso poderia ter sido evitado", acrescenta.
Salman diz que conheceu Bharmal, que perguntou a ele por que ninguém havia se dirigido ao escritório do reitor. Salman afirmou que eles haviam conversado com o pessoal do departamentocbet gg 4Payal e que eles haviam seguido o protocolo.
"Por que não fizeram nada?", questiona.
Abeda tem as mesmas perguntas: "O que mais nós deveríamos fazer? Eles não sabem o que está acontecendo na faculdade? Isso estava acontecendo bem na frente deles. Eles deveriam ter investigado isso".
Bharmal diz que a faculdade e o hospital têm um sistema para tratar reclamaçõescbet gg 4assédio - isso inclui terapia para estudantes, um comitê para investigar reclamações e fiscalizações aleatórias realizadas pelos supervisores.
"Eu não estava ciente. Caso contrário, isso não teria acontecido. Medidas adequadas poderiam ter sido tomadas e isso poderia ser evitado", acrescenta.
'Ela era minha espinha dorsal'
Na casa da famíliacbet gg 4Jalgaon, onde Payal cresceu, parentes e vizinhos estão todoscbet gg 4luto. Mas se entusiasmam ao falar sobre Payal. Eles se lembram dela como uma jovem inteligente, ambiciosa e trabalhadora.
Segundo eles, Payal decidiu ser médica porque seu irmão mais novo nasceu com uma deficiência física que o impediacbet gg 4andar; e ela sempre quis ajudar as pessoas.
Abeda diz que o que aconteceu com Payal a fez pensar sobre outros estudantescbet gg 4castas mais baixas que também estão buscando um futuro melhor.
Ela teme por suas sobrinhas e sobrinhos, alémcbet gg 4outras criançascbet gg 4sua tribo.
"Os pais deles agora vêm até mim e perguntam se devem pedir aos filhos que fiquemcbet gg 4casa porque não confiam nas instituições para cuidar deles", revela Abeda.
"Ela era minha espinha dorsal. Era a espinha dorsal para toda a comunidade. Ela teria sido a primeira médica mulher da nossa tribo. Mas esse sonho agora não será realizado."
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