'O trabalho está matando as pessoas e ninguém se importa', diz professorguia de apostasStanford:guia de apostas
Pouco antesguia de apostassua morte, Hamada havia trabalhado 40 dias seguidos sem folga -guia de apostasesposa contou que ele estava extremamente estressado.
O casoguia de apostasHamada é apenas umguia de apostasvários exemplos coletados por Pfefferguia de apostasseu livro. Na publicação, o pesquisador fala dos efeitosguia de apostasum sistemaguia de apostastrabalho que muitas vezes se torna "desumano" por excessoguia de apostascarga laboral.
Segundo evidências compiladas por Pfeffer, 61% dos trabalhadores americanos consideram que o estresse lhes causou problemasguia de apostassaúde; 7% dizem que já foram hospitalizados por causas relacionadas ao trabalho.
O pesquisador estima que o estresse esteja relacionado à morteguia de apostas120 mil trabalhadores americanos.
De um pontoguia de apostasvista econômico, o estudioso acredita que as empresas dos Estados Unidos gastam cercaguia de apostasU$ 300 bilhões ao ano para cobrir problemas relacionados a doençasguia de apostasseus funcionários.
A BBC News Mundo, serviçoguia de apostasespanhol da BBC, conversou com o pesquisador. Confira os principais trechos abaixo.
guia de apostas BBC - No livro, você menciona que existe um sistemaguia de apostastrabalho tóxico que está matando as pessoas. Quais evidências você tem sobre esse assunto e como guia de apostas o guia de apostas trabalho moderno afeta os trabalhadores?
guia de apostas Jeffrey Pfeffer - Existem provas dos efeitos da carga excessivaguia de apostastrabalho na saúde das pessoas. As longas jornadas, demissões e faltaguia de apostasplanosguia de apostassaúde provocam uma enorme insegurança econômica, conflitos familiares e doenças.
O trabalho tem se tornado desumano. Por um lado, as empresas desconsideram a responsabilidade que eles têm com seus empregados. Mas também há insegurança entre os trabalhadores informais, contingente que vem crescendo nos últimos anos.
guia de apostas BBC - Quem é responsável por esse fenômeno?
guia de apostas Pfeffer - Se a gente pensar nos anos 50 e 60, os diretoresguia de apostasempresas diziam que era importante equacionar os interesses dos funcionários, clientes e acionistas. Hoje, tudo está centrado nos acionistas.
Nos bancosguia de apostasinvestimentos, por exemplo, há uma prática generalizadaguia de apostasque os funcionários só voltam para casa para tomar banho, praticamente. Depois, retornam ao escritório.
Sob esse sistema, muitos trabalhadores ficam viciadosguia de apostasdrogas, porque começam a usar cocaína e outras drogas para se manterem acordados.
guia de apostas BBC - No caso dos Estados Unidos, você escreveu que o localguia de apostastrabalho é a quinta causaguia de apostasmorte nos Estados Unidos.
guia de apostas Pfeffer - Escrevi que era 'pelo menos' a quinta causaguia de apostasmortes, talvez seja até mais que isso.
guia de apostas BBC - E quem são os responsáveis por essas mortes?
guia de apostas Pfeffer - Os empregadores são os responsáveis. Os governos também são responsáveis por não fazer nada a respeito.
guia de apostas BBC - Então, qual o papel da políticaguia de apostastudo isso?
guia de apostas Pfeffer - Tem um papel enorme. Temos que fazer algo para diminuir esses feitos. Mas não somos capazesguia de apostasfazer nadaguia de apostasum nível individual.
Se quisermos resolver o problemaguia de apostasmaneira sistêmica, será preciso uma intervenção sistêmica a partirguia de apostasalgum tipoguia de apostasregulação.
guia de apostas BBC - Qual é a reaçãoguia de apostasdiretoresguia de apostasempresa quando você conversa com eles sobre a precarização do trabalho?
guia de apostas Pfeffer - Ninguém diz que os dados estão errados, porque eles são bastante assustadores. Mas esse assunto é como um jogoguia de apostas'batata quente': as pessoas sabem que existe um problema, mas ninguém quer assumir o encargo.
Os custosguia de apostassaúde são enormes. As condiçõesguia de apostastrabalho causam doenças crônicas como diabetes ou problemas cardiovasculares.
guia de apostas BBC - Falando desses custos, as empresas podem responder que fazer mudanças no sistemaguia de apostastrabalho vai afetar os lucros corporativos.
guia de apostas Pfeffer - Isso não é verdade. Sabemos que as pessoas estressadas têm uma maior probabilidadeguia de apostaspedir demissão. Sabemos que trabalhadores doentes são menos produtivos.
Sabemos por estudos realizados nos Estados Unidos e no Reino Unido que 50% dos casosguia de apostasque funcionários faltam ou pedem licença médica estão relacionados ao estresse causado pelo trabalho.
O Instituto Americano do Estresse calcula que o custo anual causado pelo estresse chega a U$ 300 bilhões (maisguia de apostasR$ 1,1 trilhão).
Então, torna-se muito caro manter trabalhadores doentes ou empregados que vão trabalhar mas têm rendimento baixo. E isso custa uma fortuna a uma empresa.
guia de apostas BBC - Do lado dos trabalhadores, você escreveu que as pessoas deveriam cuidar melhorguia de apostassi mesmas. Mas se um funcionário pede melhores condiçõesguia de apostastrabalho, ele pode acabar demitido. Como essas mudanças que senhor prega podem ser feitas na prática?
guia de apostas Pfeffer - Primeiro, os trabalhadores precisam assumir a responsabilidadeguia de apostascuidarguia de apostassua própria saúde. Se você não consegue equilibrar seu trabalho eguia de apostasvida pessoal, é melhor sair e procurar outro emprego.
Tem gente que contesta: 'Não do posso sair do emprego'. Eu respondo: 'se você estáguia de apostasuma sala cheiaguia de apostasfumaça, você vai sair, porque as consequências paraguia de apostassaúde serão severas'.
Outro ponto é que a população pressione os governos para criar leis que protejam os trabalhadoresguia de apostasforma coletiva, pois o sistema atual também tem um custo para a sociedade.
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