As medidas adotadas nos EUA para combater massacresbetboo 912escolas:betboo 912
Segundo a consultoria IHS Markit, o mercadobetboo 912equipamentos e serviçosbetboo 912segurança para o setorbetboo 912educação nos Estados Unidos movimentou US$ 2,7 bilhões (cercabetboo 912R$ 10,3 bilhões)betboo 9122017. A proporçãobetboo 912escolas usando sistemasbetboo 912câmerasbetboo 912segurança passoubetboo 91220%betboo 9121999 para maisbetboo 91270%betboo 9122013.
Mas apesar dos esforços, o país ainda não conseguiu reduzir o númerobetboo 912ataques. Não há dados oficiais e nem uma definição precisa sobre o que pode ser considerado um ataque (com divergências sobre númerobetboo 912mortos ou feridos, se ocorreubetboo 912horáriobetboo 912aula ou não, etc.), mas um levantamento da publicação especializadabetboo 912educação Education Weekly registrou 23 casos com 113 mortos e feridosbetboo 912escolas americanasbetboo 9122018.
"Apesar dos avanços no nívelbetboo 912segurança utilizado nas dependências escolares, o númerobetboo 912tiroteios nas escolas permaneceu relativamente constante nos últimos 30 anos", diz o relatório da IHS Markit.
Professores armados
Também são comuns nas escolas americanas exercíciosbetboo 912simulaçãobetboo 912tiroteios,betboo 912que alunos e professores praticam rotasbetboo 912fuga e medidas como trancar portasbetboo 912salasbetboo 912aula com cadeiras ou mesas.
Depois do ataque a tiros que deixou 17 mortosbetboo 912uma escolabetboo 912Parkland, na Flórida,betboo 912fevereiro do ano passado, o presidente Donald Trump sugeriu armar e treinar professores para que pudessem reagir a esses incidentes.
A ideia foi recebida com resistência por associaçõesbetboo 912professores, que argumentam que esses profissionais já têm uma carga enormebetboo 912responsabilidades e, além disso, mesmo com treinamento, poderiam acabar ferindo estudantes por acidente. Os opositores da ideia observam que mesmo policiais altamente treinados cometem errosbetboo 912situações que exigem ação rápida.
Mas apesar da resistência,betboo 912pelo menos 14 Estados americanos a práticabetboo 912armar professores e funcionários já é adotada por algumas escolas e distritos escolares, principalmentebetboo 912zonas rurais, onde a polícia levaria mais tempo até chegar ao localbetboo 912um suposto ataque.
As regras variambetboo 912cada Estado ebetboo 912cada distrito escolar. A participação não é obrigatória, mas professores e funcionários que manifestam interesse recebem treinamento, que costuma serbetboo 912tornobetboo 91280 horas, e podem então portar armas ou ter acesso fácil a armas guardadas nas dependências escolares.
Não há avaliação oficial dos resultados dessas iniciativas. No Texas, por exemplo, defensores da ideia ressaltam o fatobetboo 912que não há registrobetboo 912acidentes e afirmam quebetboo 912experiência pode servirbetboo 912modelo para outros Estados.
Por outro lado, opositores dessas medidas salientam que muitas escolas alvobetboo 912massacres já tinham sistemas robustosbetboo 912segurança e guardas armadosbetboo 912suas dependências, o que não impediu o ataque.
Prevenir, e não apenas reagir
Poucos os dias após a tragédiabetboo 912Parkland, um grupobetboo 912especialistas renomados no estudobetboo 912massacres do tipo apresentou uma proposta para combater a violência nas escolas americanas. Segundo eles, aumentar a parafernáliabetboo 912segurança e armar professores e funcionários não impede novos ataques, e a solução passa por medidas amplas para prevenir, e não simplesmente reagir a esses episódios.
"Tornar as escolas parecidas com prisões tende a ter um impacto negativo no longo prazo", disse à BBC News Brasil um dos autores, o especialistabetboo 912violênciabetboo 912escolas e bullying Ron Avi Astor, professor da University of Southern California (Universidade do Sul da Califórnia),betboo 912Los Angeles.
O documento, intitulado "Call for Action to Prevent Gun Violence in the USA" ("Chamado para Ação para Prevenir Violência com Armasbetboo 912Escolas dos EUA",betboo 912tradução livre), reúne assinaturasbetboo 912maisbetboo 9124,4 mil especialistas e 200 universidades, gruposbetboo 912educação e saúde mental.
Segundo Astor e os outros autores da proposta, décadasbetboo 912pesquisas sobre esse tipobetboo 912violência indicam que colocar mais armas nas escolas pode ter impacto negativo na assiduidade, desempenho acadêmico e nos relacionamentos e deixar alunos e professores com sensaçãobetboo 912insegurança.
Em vez disso, dizem que o ideal é garantir que as dependências escolares estejam livresbetboo 912armas e educar os estudantes e professores para reconhecer ameaças. Também pedem que sejam proibidas armasbetboo 912uso militar, às quais muitos civis nos Estados Unidos têm acesso, e reforçadas medidasbetboo 912checagembetboo 912antecedentes para compradoresbetboo 912armas.
"Apesarbetboo 912medidasbetboo 912segurança serem importantes, o focobetboo 912simplesmente se preparar para um ataque não é suficiente", diz o documento.
"A prevenção engloba mais do que medidasbetboo 912segurança e começa bem antesbetboo 912um atirador chegar à escola. É preciso uma abordagem amplabetboo 912saúde pública para lidar com a violência por armas, que seja baseadabetboo 912evidência científica e livrebetboo 912posições partidárias."
Sinaisbetboo 912alerta
Astor enumera sinaisbetboo 912alerta comuns nos autores desses ataques e que, quando detectados, podem ajudar as autoridades a intervir mais rapidamente. Um deles é manifestar obsessão por armas e massacres anteriores e reunir um arsenal. O outro é mencionar planos a familiares, amigos ou nas redes sociais.
"Os autores desses ataques não costumam manter segredo. Mas muitas vezes as pessoas ouvem e pensam que eles estão brincando, que não estão falando sério", ressalta.
Ele também salienta que esses episódios costumam ser tratados simplesmente como homicídio, mas que quase sempre são casosbetboo 912suicídio, nos quais os autores também matam outras pessoas, muitas vezesbetboo 912buscabetboo 912fama. "Temos métodosbetboo 912detectar (potenciais) suicidas, mas geralmente não são usados nesses assassinatosbetboo 912massa", lamenta.
"É uma combinaçãobetboo 912todos esses fatores, é muito mais complexo do que simplesmente uma questãobetboo 912saúde mental oubetboo 912acesso a armas", diz.
Para Astor e outros especialistas, é preciso criar um ambientebetboo 912que os alunos tenham confiança nos adultos da escola e sintam-se seguros para relatar casosbetboo 912armas nas dependências escolares ou comportamentos ameaçadores.
Serviço Secreto
No ano passado, o Serviço Secreto dos Estados Unidos também divulgou um relatório com recomendações que incluem a criaçãobetboo 912equipesbetboo 912avaliaçãobetboo 912riscos nas escolas, compostas por profissionaisbetboo 912educação, saúde mental e policiais.
Segundo o Serviço Secreto, na maioria dos ataquesbetboo 912escolas do país, alguns estudantes sabiam dos planos dos atiradores e haviam manifestado preocupação com seu comportamento. A orientação é criar um clima positivobetboo 912que os estudantes sintam que podem falarbetboo 912suas preocupações e oferecer canais que facilitem o relato dessas ameaças, seja pessoalmente, por telefone, aplicativobetboo 912celular ou online.
Mas também é necessário que professores e funcionários tenham orientações claras sobre como reagir a esses relatos. Uma recomendação é que as escolas criem equipes compostas por diretor, conselheiros, assistentes sociais, psicólogos e guardas escolares para conversar com testemunhas e avaliar a gravidade da ameaça.
Dependendo do grau da ameaça, o indivíduo pode ser encaminhado a aconselhamento informal ou terapia. Em casos mais graves,betboo 912que há risco iminente, a polícia pode ser envolvida.
Embetboo 912proposta, os especialistasbetboo 912violência dizem que essas equipes nas escolas devem atuarbetboo 912conjunto com os serviçosbetboo 912saúde mental da comunidade para dar apoio a pessoas que estejam enfrentando dificuldades e tenham riscobetboo 912cometer violência. Em casobetboo 912expulsão da escola, esses indivíduos devem continuar sendo monitorados e recebendo apoio.
Astor lembra que, apesarbetboo 912trágicos, massacresbetboo 912escolas são raros, mesmo nos Estados Unidos. "Há muito mais ataquesbetboo 912restaurantes, cinemas, shoppings, atébetboo 912correios. E não estamos transformando esses locaisbetboo 912prisões (com excessobetboo 912equipamentosbetboo 912segurança e funcionários armados)", diz.
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