Sarampo: O menino francês não vacinado que reintroduziu a doença na Costa Rica:
As autoridades determinaram o fim do períodoquarentena na segunda-feira, dada a evolução favorável do quadro da criança e o fim dos sete dias determinados pelos regulamentos nacionais e internacionais para evitar o contágio da população.
Segundo o Ministério da Saúde da Costa Rica, a criança chegou ao país no dia 18fevereiro e não possuía vacinas específicas contra o sarampo.
As autoridades também tentaram localizar todas as pessoas que tenham entradocontato com a família, incluindo os 300 passageiros que viajaram com eles a bordoum voo da Air France e as pessoas do hotel no qual a família ficou no primeiro diaestadia.
No total,acordo com as últimas informações disponíveis, 104 pessoas já foram vacinadas.
O intervalo entre a exposição ao vírus e a aparição das erupções na pele varia7 a 18 dias, segundo a OMS.
As autoridades costa-riquenhas também disseram ter acionado o governo francês para localizar e informar todos aqueles que entraramcontato com a criança.
Os pais do garoto relataram à equipe do hospital na Costa Rica que alguns amigos da criança também estava com sarampo.
Contagioso eexpansão
Segundo a OMS, o sarampo é uma doença muito contagiosa e grave causada por um vírus da família dos paramixovírus.
Em todo o mundo, ela continua a ser uma das principais causasmortecrianças pequenas, apesar da existênciauma vacina segura e eficaz. Em 2017, a doença matou 111.000 pessoastodo o mundo, 30% mais casos que o registrado no ano anterior, segundo dados da OMS.
A maioria das mortes ocorrerazãocomplicações da doença, que pode causar cegueira, encefalite (infecção acompanhadaedema cerebral), diarreia grave (que pode levar à desidratação), infecçõesouvido e outras doenças respiratórias, como a pneumonia.
É importante que a população esteja amplamente imunizada porque isso leva ao chamado "efeitoimunizaçãorebanho", quando o vírus não consegue encontrar um hospedeiro e é possível erradicá-lo.
Dessa forma o vírus também não consegue atingir a parte da população que não pode ser vacinada. Bebês muito pequenos e mulheres grávidas não podem tomar alguns tiposvacina, incluindo a do sarampo.
No Brasil, o calendáriovacinação da criança do Ministério da Saúde estabelece que a vacina contra sarampo (a tríplice viral, que protege também contra caxumba e rubéola) seja tomada aos doze mesesidade, com reforço entre 4 e 6 anosidade.
Nos países onde o sarampo foi virtualmente erradicado, a OMS observa que casos importadosoutros países, como ocorreu na Costa Rica, continuam a ser uma fonte relevante e preocupanteinfecção.
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