Criadosnine casino onlinelaboratório por brasileiros, minicérebros ajudam a entender o cérebro humano:nine casino online

Crédito, IDOR

Legenda da foto, As estruturas representam um enorme avanço para o estudo do cérebro humano

Os minicérebros são feitos a partirnine casino onlinecélulas da pele ou da urinanine casino onlineum voluntário, induzidasnine casino onlinelaboratório a voltarem ao estágionine casino onlinecélulas-tronco, com potencialnine casino onlinese transformaremnine casino onlinequalquer tecido do corpo humano - são, por isso, chamadas células-tronconine casino onlinepluripotência induzida (iPS). Em seguida,nine casino onlineum líquido com nutrientes semelhantes aos do ambientenine casino onlinedesenvolvimento do embrião humano, são transformadasnine casino onlineneurônios e outras células do sistema nervoso.

Rehen, professor da Universidade Federal do Rionine casino onlineJaneiro (UFRJ) e pesquisador do IDOR, explica que já existem no mundo organoidesnine casino onlineintestino, rins, testículos, pâncreas, pulmão e coração, que são utilizados atualmentenine casino onlinepesquisas biomédicas.

"Dentre todos os desenvolvidos, entretanto, talvez aqueles que aguçam mais a curiosidade sejam os cerebrais", diz. Ele ressalva, no entanto, que eles estão longenine casino onlineser um cérebro, porque, entre outros motivos, não têm - pelo menos, por enquanto - consciência, nem pensamentos nem memória. Além disso, têm apenas cinco milhõesnine casino onlineneurônios ante os 86 bilhões do ser humano.

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Legenda da foto, Minicérebros são feitos a partirnine casino onlinecélulas da pele ou urina, induzidasnine casino onlinelaboratório a voltarem ao estágionine casino onlinecélulas-tronco

De acordo com Rehen, apesar das limitações, os minicérebros são um bom modelo para estudonine casino onlinetecido humano vivo. "Com eles é possível fazer uma sérienine casino onlinedescobertas sobre alterações celulares e moleculares do tecido cerebral exposto, por exemplo, a agentes causadoresnine casino onlinedoenças", explica.

"Mas não só isso. Os organoides cerebrais também servem para entendermos quais são as respostas dos neurônios a medicamentos ou a substâncias que podem vir a se tornar um novo remédio, como é o caso dos psicodélicos."

Estudos com minicérebros geraram resultados concretos

Isso não é apenas teoria. Rehen já tem resultados concretos nessas áreas. Num trabalho realizadonine casino online2016 no IDOR,nine casino onlineparceria com a UFRJ e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ele enine casino onlineequipe identificaram a relação entre o vírus Zika e microcefalia.

"Em laboratório, infectamos organoides cerebrais com o vírus e observamos que ele matava,nine casino onlineuma semana, as células neurais, comprometendo o correto desenvolvimento do cérebro", conta.

De acordo com ele, esse flavivírus, originário da África, causa lesões no DNA, o que faz com que as células paremnine casino onlinese multiplicar e morram, comprometendo a formação do cérebro.

Os organoides foram úteis ainda para a identificaçãonine casino onlinedois medicamentos que poderão ser eventualmente utilizados por mulheres grávidas,nine casino onlinecasonine casino onlinenova epidemia. O trabalho foi publicado na prestigiosa revista Science.

O gruponine casino onlineRehen também vem estudando o efeitonine casino onlinesubstâncias psicodélicas - com potencialnine casino onlinedar origem a novos medicamentos no futuro - sobre neurônios humanos. Apesarnine casino onlinealgumas delas serem consumidas há muito tempo, pouco se sabe sobre seus eventuais efeitos terapêuticos.

Um exemplo pesquisado por Rehen é a dimetiltriptamina, presente,nine casino onlineduas formas distintas, no sapo Bufo alvarius e a ayahuasca, chá que altera a consciência, também conhecida como daime ou santo-daime.

"Quase mil proteínas foram alteradas, a maior parte associada à neuroplasticidade, reduçãonine casino onlineinflamação enine casino onlineneurodegeneração", conta. "O estudo demonstra o potencial clínico pouco explorado dos psicodélicos na medicina."

Pouco conhecidos do público, organoides tem uma história antiga na ciência

Apesarnine casino onlineserem ainda pouco conhecidos do públiconine casino onlinegeral, os organoides têm uma história mais antiga do que se poderia imaginar. "As culturas tridimensionaisnine casino onlinetecido nervoso têm sido estudadas desde a décadanine casino online1950, passando por diversos aprimoramentos a partirnine casino onlinecélulas animais", diz Lívia.

"No Brasil, Fernando Mello e Rafael Linden foram pioneiros na criaçãonine casino onlinemodelos tridimensionais da retina (que é parte do cérebro)."

Rehen, pornine casino onlinevez, lembra que,nine casino online2008, o japonês Yoshiki Sasai criounine casino onlineseu país os primeiros organoides que lembravam olhos ou partes do cérebro. "O hiatonine casino onlinevirtudenine casino onlinesua morte prematura (suicidou-se ao ver seu nome associado a uma fraude científica) foi preenchidonine casino online2013", diz.

"Na Áustria, Madeline Lancaster e Juergen Knoblich foram pioneiros ao produzir minicérebros humanos mantidosnine casino onlinesuspensão."

Crédito, IDOR

Legenda da foto, Apesarnine casino onlineserem ainda pouco conhecidos do públiconine casino onlinegeral, organóides têm uma história antiga

Ele próprio começou a estudar a formação da retina a partirnine casino onlineestruturas tridimensionais na décadanine casino online1990. Nos anos 2000, nos Estados Unidos, Rehen desenvolveu modelos tridimensionais para o estudo do cérebronine casino onlinecamundongos, que ajudaram na descobertanine casino onlinefatores capazesnine casino onlineinfluenciar a geração dos giros e sulcos (dobramentos) do cérebro. A partirnine casino online2014, jánine casino onlinevolta ao Brasil, adaptou a receitanine casino onlineLancaster para criar os primeiros minicérebros no país.

De acordo com ele, "esse avatar biológico vivo" tem facilitado bastante as pesquisas sobre a neurogênese normal e associada a enfermidades. "Células-tronconine casino onlinepacientes com doenças neurodegenerativas ou transtornos mentais podem ser usadas para criar minicérebros, que crescem por mesesnine casino onlinelaboratório, para estudá-las e melhor entendê-las", explica.

Hoje já há vários resultados concretos mundo afora. Rehen conta que nos Estados Unidos, por exemplo, utilizando organoides cerebrais, Flora Vaccarino revelou um desbalanço neuroquímico associado ao autismo e "Kristen Brennand descobriu alterações num receptor celular que facilitará a identificaçãonine casino onlinemedicamentos para a esquizofrenia".

Além disso, Fred Gage transplantou minicérebros para o interior do sistema nervosonine casino onlineroedores. "O objetivo era fazer com que vasos sanguíneos do animal nutrissem o tecido humano", explica Rehen. "Ele observou que houve trocanine casino onlineinformação entre organoide e cérebro."

Ele explica que os minicérebros não se desenvolvem da mesma forma que o nosso órgão maior. E tampouco possuem consciência.

"Mas já é possível mantê-los vivos por maisnine casino onlinenove meses, período que coincide com o temponine casino onlineuma gestação humana", diz. "Paola Arlotta,nine casino onlineHarvard, por exemplo, gerou organoides cerebrais sensíveis a luz, algo que poderá - no futuro - permitir a comunicação entre eles e os cientistas."