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Alimentos feitosbetesporte bonusinsetos fazem sucesso na Suíça com apelo à sustentabilidade:betesporte bonus
Comer insetos pode ser gostoso? Se depender do paladar suíço, a resposta é sim.
Produtos à base desses animais vêm se tornando um sucessobetesporte bonusvendas desde que foram lançados,betesporte bonusagosto passado.
Hambúrgueres e almôndegas produzidos com farinhabetesporte bonusverme moído têm atraído tanta atenção dos consumidores que a procura desencadeou o desenvolvimentobetesporte bonusnovos petiscos com esse tipobetesporte bonusfonte proteica. Uma barrinha energética feita com grilos crocantes, passas e tâmaras é a nova moda, por exemplo.
A receita não chega a ser complicada. Insetos cultivadosbetesporte bonuscriadouros higienizados na Suíça, Áustria e Bélgica são moídos e transformadosbetesporte bonusuma farinha. O pó, que é ricobetesporte bonusproteína, é acrescentadobetesporte bonusuma massa com outros ingredientes - como purêbetesporte bonusgrãos e temperos - e moldada no formatobetesporte bonusuma carnebetesporte bonushambúrguer e almôndega.
A fabricante dos produtos à basebetesporte bonusinsetos argumenta que os alimentos são gostosos, saudáveis e sustentáveis. O supermercado que comercializa os itens está bem satisfeito com as vendas - a publicidade que os ingredientes inusitados geram que tem se mostrado muito boa para os negócios.
Defendendo o conceitobetesporte bonussustentabilidade no consumo, a marca mira nos jovens e capricha na aparência moderninha com uma divulgação gourmet, direcionada ao público hipster.
"O que queremos é abrir um novo mundobetesporte bonuspossibilidades culinárias para nossos consumidores e convencê-losbetesporte bonusque insetos são realmente deliciosos. Estamos cientesbetesporte bonusque pode levar um tempo até as pessoas começarem a consumir insetos diariamente, mas estamos trabalhando por isso, todos os dias", afirmou Melchior Füglistaller, representante da empresa Essento, fabricante dos produtos.
"Estamos convencidosbetesporte bonusque temos na Suíça consumidores que são amantes da boa comida, que têm uma mente aberta e provarão e gostarão dos produtos feitos com insetos. Não apenas por ser uma alternativa à carne, mas por razões culinárias mesmo", disse Andrea Bergman, representante da redebetesporte bonussupermercados Coop, à BBC Brasil.
Tabu e sustentabilidade
Populares na Ásia, os insetos são ainda geralmente um tabu na cozinha ocidental, apesarbetesporte bonusserem ricosbetesporte bonusproteínas e outros nutrientes.
A vantagembetesporte bonusincluí-los na dieta é o fatobetesporte bonusserem relativamente baratosbetesporte bonuscomparação às carnesbetesporte bonusgado, suína ebetesporte bonusfrango. Boa parte do marketingbetesporte bonuspromoção desses alimentos está focado justamente no argumentobetesporte bonusque é "verde", e portanto bacana, consumir insetos.
"O consumobetesporte bonuscarne demanda muitos recursos", afirma Melchior Füglistaller, representante da empresa Essento, fabricante dos produtos.
"Por exemplo, para se produzir um quilobetesporte bonuscarne são necessários 15 mil litrosbetesporte bonuságua e dez vezes mais ração do que seria necessário para alimentar insetos que produzissem a mesma quantidadebetesporte bonusproteínas", argumenta.
Certamente o peso da carne no bolso influenciará a decisão dos suíços. Se um quilobetesporte bonuscarne bovina moída e temperada para hambúrguer sai por 58 francos (R$ 190), no mesmo supermercado a apenas um corredorbetesporte bonusdistância é possível comprar o hambúrguerbetesporte bonusinseto já embaladobetesporte bonusporçõesbetesporte bonus170 gramas pelo preçobetesporte bonus52,60 francos (R$ 170) o quilo.
Ou seja, o consumobetesporte bonus"carnebetesporte bonusinseto" se traduzbetesporte bonusuma economiabetesporte bonuscercabetesporte bonus11% para o bolso do consumidor.
Peso no bolso
Os hambúrgueres alternativos são também uma resposta ao padrãobetesporte bonusconsumo alto e "insustentável" dos suíços.
A nação dos Alpes é uma das maiores consumidorasbetesporte bonuscarnes per capita no território da Europa. De acordo com um ranking organizado pela empresabetesporte bonusconsultoria americanabetesporte bonusalimentação Caterwings, a Suíça é o mercado onde a carne é a mais cara do mundo.
O preço médio do quilobetesporte bonuscarne bovina está avaliadobetesporte bonusUS$ 49,68 (R$ 160).
De acordo com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o padrãobetesporte bonusconsumo dos suíços é insustentável.
Em um relatório publicadobetesporte bonusnovembro, o secretário geral da organização, Angel Gurría, criticou os hábitos dos consumidores.
"A Suíça tem uma enorme pegadabetesporte bonuscarbono associada ao seu padrão insustentávelbetesporte bonusconsumo. O consumo suíço está impondo significativa pressão (no meio ambiente) para muito alémbetesporte bonussuas fronteiras", escreveu.
O próprio país reconhece isso. Um relatório publicado pelo governobetesporte bonusjunho passado apontou que os suíços precisam mudar seus hábitos alimentaresbetesporte bonusrelação às carnes.
"Carnes: Nós consumimos 3 vezes mais que o necessário", afirma o documento assinado pelo líder Alain Berset.
Os suíços consomem na média 150 gramasbetesporte bonusproteínasbetesporte bonusdiversas fontes a cada dia.
A consumidora Danielle Heer considera boa a ideiabetesporte bonuspromover a sustentabilidade, mas não deu uma nota alta ao sabor dos produtos à basebetesporte bonusinsetos. "Achei as barrinhas um pouco secas", avaliou.
Reportagem: Marina Wentzel, da Basileia (Suíça) para a BBC Brasil